Efeito da geada em mudas de café sob diferentes métodos de proteção

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Data

2003

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Resumo

Cafeeiros recém-plantados são mais sensíveis a baixas temperaturas por se localizarem próximos ao solo, onde há maior acúmulo de ar frio e por estarem plenamente expostos à perda noturna de calor. Assim, medidas de proteção são importantes para o cultivo em regiões sujeitas a eventuais geadas. Foi conduzido um trabalho de campo para avaliar diferentes alternativas de proteção de cafeeiros jovens contra as geadas. Para tanto, um lote de plantas da cultivar Catuaí Vermelho, com 5 a 6 pares de folhas foi plantado em junho de 2002 na fazenda experimental do IAPAR em Curitiba, região propícia à ocorrência de geadas, em um espaçamento de 1,0 m entre linhas por 0,5 m entre plantas. Foram avaliadas diferentes formas de proteção: 1 - enterrio das plantas; 2 - cepilho; 3 - bambu gigante cortado ao meio e coberto com uma camada de solo; 4 - bambu gigante cortado ao meio e colocado sobre as plantas; 5 - PVC de 4 polegadas cortado ao meio e coberto com uma camada de solo; 6 - palha de gramínea com espessura aproximada de 10 cm; 7 - PVC de 4 polegadas cortado ao meio; 8 - saco de aniagem dobrado em 4 camadas, 9 - plantas sem proteção. Os tratamentos foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com 5 plantas por parcela e 4 repetições. Em uma das parcelas de cada tratamento monitorou-se a temperatura da folha de uma planta, utilizando sensores de termopar cobre-constatã, em contato com a face inferior da folha. Os sensores foram conectados a um coletor de dados (micrologger), o qual armazenou dados médios de temperatura a cada 10 minutos. Foram monitoradas as massas de ar frio com potencial de provocar geadas. Não houve geadas pronunciadas durante a avaliação. No período de 10 a 17 de junho de 2002 houve episódios de baixas temperaturas, variando de -1 o C a 9,8 o C. As coberturas foram colocadas sobre os cafeeiros na véspera da ocorrência do primeiro resfriamento (dia 9 de junho) e retiradas somente no dia 18 de junho, após eliminados os riscos de novos resfriamentos. Ao final, avaliou-se os tratamentos quanto às temperaturas mínimas registradas. O enterrio, cepilho e o bambu enterrado mostraram-se bastante eficazes, apresentando temperaturas mínimas mais elevadas que os demais tratamentos, chegando a registrar no dia 16 de junho temperatura mínima de 9,3 o C e 7,7 o C respectivamente, enquanto nas plantas sem proteção a temperatura mínima atingiu -1 o C. Durante todo o período de resfriamento as diferenças nestes tratamentos foram as mais pronunciadas em relação às plantas sem proteção, com valores entre 8 o C a 10 o C. Os demais tratamentos, exceto o PVC, também mantiveram uma diferença média de 6 o C superior aos cafeeiros sem proteção durante o período de resfriamento. A cobertura com o PVC apresentou as menores diferenças em relação ao cultivo sem proteção, mais ainda com temperaturas mínimas positivas, variando de 2,9 o C a 5,5 o C. Portanto, para as condições de resfriamento observadas neste trabalho, conclui-se que o cepilho e enterrio das plantas apresentam os melhores resultados como métodos de proteção e saco de aniagem, palha de gramínea, PVC enterrado e o bambu enterrado também revelaram bons resultados de proteção aos cafeeiros.

Descrição

Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.

Palavras-chave

Café Proteção contra geadas Avaliação de métodos Cobertura Danos

Citação

Caramori, Paulo Henrique; Grodzki, Leocádio; Morais, Heverly; Juliato, Horácio. Efeito da geada em mudas de café sob diferentes métodos de proteção. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 66.

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