Morel, MarcoLemos, Marcelo Sant’Ana2019-09-242019-09-242004-05-07LEMOS, M. S. O índio virou pó de café?: a resistência dos índios Coroados de Valença frente à expansão cafeeira no Vale do Paraíba (1788-1836). 2004. 228 f. Dissertação (Mestrado em História Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2004.http://www.sbicafe.ufv.br/handle/123456789/12119Dissertação de mestrado defendida no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Os índios Coroados do Médio Paraíba do Sul sofreram um cerco, no seu território, como conseqüência da expansão da fronteira social luso-brasileira, nos sécs. XVIII e XIX. Esse processo foi estimulado pela expansão do mercado interno do Sudeste, que criou condições favoráveis para acumulação de capitais, necessários para o estabelecimento da lavoura cafeeira, na região de Valença (RJ), que acelerou o cerco e a desestruturação do modo de vida Coroado. Esse processo resultou em diferentes momentos de resistência e de composição com a sociedade luso-brasileira e depois brasileira, com avanços e recuos, que deram origem ao aldeamento de Valença (RJ).No século XIX, de uma maneira geral, a questão indígena foi subordinada ao problema da terra, mas cada local desenvolveu os seus processos com ritmos próprios e particulares, que devem merecer a atenção dos estudiosos. Em Valença (RJ) a questão da mão-de-obra indígena esteve presente, com peso, até a segunda década do século XIX, e somente daí em diante a questão de terras passa a ter centralidade. A política indígena variou também pela forma como foi aplicada pelos agentes do Estado, com repercussões demográficas nas populações indígenas. O desaparecimento político dos Coroados ocorre a partir da terceira década do século XIX. Esse desaparecimento político não significou a sua extinção física e nem étnica, como foi interpretado e difundido pela historiografia regional.Les indigènes Coroados du Moyen Paraíba du Sud eurent leur territoire assiégé à la suíte de l ́expansion de la frontière luso-brésilienne, pendant le XVIII ème et le XIX ème siècle. Ce processus, stimulé par l ́expansion du marché intérieur du Sud-Est , créa lês conditions favorables à l ́accumulation de capitaux , nécessaires pour établir la culture du café , dans la région de Valença , ce qui fit accélerer le siège et la destructuration du style de vie Coroado. Il en résulta différents moments de résistance et d ́alliance avec la société luso- brésilienne et plus tard brésilienne , faits de progrès et de marches en arrière , qui donnèrent naissance à la bourgade de Valença (RJ). Au XIX ème siècle , d ́une manière générale, le problème indigène finit par être dépendant de la question de la terre néanmoins, ces processus se déroulèrent diféremment ,selon les localités, à des rythmes propres et particuliers, ce qui doit mériter l ́attention des chercheurs. À Valença (RJ), la question de la main-d ́oeuvre indigène eut de l ́importance jusqu’`a la deuxième décennie du XIX ème siècle et ce n ́est qu’à partir de ce moment-là que la question des terres devint fondamentale. La politique envers les indigènes subit dês variations selon la forme d ́application employée par les agents de l` État, laquelle eut dês répercussions sur la démographie des populations indigènes. La disparition politique des Coroados a lieu dès la 3ème décennie du XIX ème siècle.Cette disparition politique ne signifia pas pour autant leur extinction physique ou éthnique, telle qu ́elle est interprétée et diffusée par l ́historiographie régionale.228 folhaspt-BRÍndios da América do SulIndios CoroadosCafeicultura::Extensão e inovaçãoO índio virou pó de café?: a resistência dos índios Coroados de Valença frente à expansão cafeeira no Vale do Paraíba (1788-1836)Dissertação