Resende, Mário Lúcio Vilela deAmaral, Daniel Rufino2024-01-252024-01-252005-02-18AMARAL Daniel Rufino. Indução de resistência em cafeeiro contra Cercospora coffeicola por eliciadores abióticos e extratos vegetais.2005. 96 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Fitopatologia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2005.http://www.sbicafe.ufv.br/handle/123456789/14067Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal de LavrasO estudo desenvolvido no departamento de Fitopatologia da UFLA, Lavras-MG, Brasil, teve como objetivos: 1) induzir proteção contra Cercospora coffeicola em cafeeiro com doses de silicato potássio e extratos vegetais; 2) caracterizar as reações bioquímicas do cafeeiro, desenvolvidas em função do estímulo de proteção, visando esclarecer parte da natureza das interações no patossitema C.coffeicola – cafeeiro. Testaram-se os seguintes eliciadores: silicato de potássio (doses 0,75; 1,5; 3,0 e 6,0 mL/L de água), extrato de casca de frutos de café (ECF), extrato de folhas de café infectadas com Hemileia vastatrix (EFID 100), extrato bruto aquoso de ramos de lobeira (Solanum lycocarpum) infectados com Crinipellis perniciosa (VLA) e extrato de folhas de eucalipto (Corymbia citriodora) (ECC). Nos experimentos com os eliciadores abióticos e bióticos, os produtos foram aplicados em cafeeiro C. arábica cv. Topázio e Acaiá Cerrado respectivamente, sete dias antes da inoculação com C. coffeicola. Observou-se que entre os eliciadores abióticos, o melhor resultado foi encontrado com silicato de potássio 1,5 mL/L, com uma diminuição de 47% na doença quando comparado ao da testemunha inoculada. A diminuição da doença com a utilização de ASM (acibenzolar S-metil) foi de 43% em relação a mesma testemunha. Entre os extratos vegetais, os melhores resultados foram encontrados com os extratos EFID 100, VLA e ECF. Estes extratos proporcionaram uma diminuição na área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) DE 37%, 32% e 40%, respectivamente, quando comparados com a testemunha inoculada. Plantas tratadas com ASM apresentaram 41% menor AACPD que a testemunha inoculada. Nos testes bioquímicos, pode-se observar que a pulverização de silicato de potássio (1,5 mL/L) proporcionou, em cafeeiro, um aumento na atividade de peroxidase, com pico aos 5 DAP (dias após a pulverização), sem inoculação. Inoculadas, as plantas apresentaram pico dessa enzima 10 DAP e 5 DAP. Para a polifenoloxidase, o pico de atividade ocorreu aos 15 DAP, sem inoculação. Quando se inoculou o patógeno, o pico de atividade ocorreu aos 10 DAP e 5 DAP. Também o maior acúmulo de lignina ocorreu em plantas tratadas com silicato de potássio 1,5 Ml/L e inoculadas com o patógeno. Na dosagem de 1,5 mL/L, o silicato de potássio proporcionou um aumento na espessura da cutícula, provavelmente pela maior quantidade de cera na superfície inferior das folhas. Plantas tratadas com EFID 100 e ECF induziram maior atividade de peroxidases aos 20 dias, enquanto aquelas tratadas com VLA induziram aos 15 dias. Para polifenoloxidase, as plantas tratadas com EFID 100, VLA e ECF apresentaram pico de atividade aos 20 dias. EFID 100 e VLA proporcionaram maior acúmulo de lignina, após a inoculação de C. coffeicola.96 folhaspt-BRCaféDoenças e pragasCercosporioseCafeicultura::Pragas, doenças e plantas daninhasIndução de resistência em cafeeiro contra Cercospora coffeicola por eliciadores abióticos e extratos vegetaisDissertação