Navegando por Autor "Pereira, Eliseu José Guedes"
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Item Efeitos letais e subletais de uma mistura inseticida para controle da broca-do-café(Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-19) Quintero Cortes, Johana Elizabeth Johana Elizabeth; Pereira, Eliseu José GuedesA broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae) é uma das pragas mais importantes nos cultivos de café. O controle químico é o método mais usado no controle de H. hampei. No passado esta praga era controlada pelo organoclorado endossulfan que devido aos seus efeitos nocivos à saúde humana e ao ambiente foi banido. Desta forma, é necessário a seleção de inseticidas que sejam eficientes no controle desta praga e que não apresentem caraterísticas ecotoxicológicas inadequadas. Entre os grupos de inseticidas registrados para uso em lavouras de café com essas características estão os piretróides e os neonicotinóides. Na seleção dos inseticidas é importante se estudar tanto os efeitos letais como os subletais. Assim, este trabalho teve por objetivo determinar os efeitos os letais e subletais do piretróide bifentrina e do neonicotinóide acetamipride isolados e em mistura. Nos bioensaios foram usados insetos adultos coletados em lavoura sem aplicação de inseticidas. Para o estudo do efeito letal dos inseticidas foram estimadas curvas concentração e tempo mortalidade para os adultos de H. hampei. Já para estudo dos efeitos subletais foram realizados bioensaios de preferência alimentar e da progênie (oviposição e desenvolvimento larval do inseto). Na dose recomendada a bifentrina causou 100% de mortalidade aos adultos da broca do café 12 horas após a aplicação. Já o acetamipride na dose recomentada não causou mortalidade à praga. A mistura dos dois inseticidas teve efeito similar à bifentrina. Não se observou efeito subletal dos inseticidas sobre H. hampei. Portanto, a bifentrina pode ser recomendada nos programas de manejo integrado de H. hampei em lavouras de café devido a este inseticida ser eficiente e ter ação rápida de controle desta praga. Além disso, a bifentrina apresenta baixo custo e baixa toxicidade ao homem e não é persistente no ambiente. Palavras-chave: Hypothenemus hampei. Bifentrina. Acetamipride. Neonicotinoide. Piretroide. Comportamento. raios-x.Item Proposta de manejo fitossanitário de Coffea canephora na agricultura familiar do Mato Grosso(Universidade Federal de Viçosa, 2024-03-13) Santos, Eva Macedo dos; Pereira, Eliseu José GuedesO café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e ele possui importância econômica, social e ambiental. As principais espécies cultivadas são o café arábica (Coffea arabica) e o café canéfora (Coffea canephora). O Brasil é o maior produtor e exportador de café. Os principais estados produtores são Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rondônia. A produção do café canéfora tem sido incentivada aos produtores da agricultura familiar no estado do Mato Grosso. Contudo, falta a eles informações confiáveis e acessíveis, sobretudo sobre o manejo fitossanitário. Assim, esse trabalho teve o objetivo de propor programa de manejo fitossanitário para cultivos de C. canephora em agricultura familiar. Para tanto, foi realizada pesquisa em fontes bibliográficas confiáveis para elaborar proposta de programa de manejo fitossanitário adaptado aos produtores familiares de café canéfora de Mato Grosso. Nesses cultivos a broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae) é a principal praga. Já a ferrugem do cafeeiro causada pelo fungo Hemileia vastratrix (Uredinales: Pucciniaceae) é a principal doença. A ferrugem incide severamente nos cultivares menos resistentes e cultivados em condições climáticas favoráveis. A broca é especializada em viver no fruto e alimentar da semente do café. Esse besouro possui grande capacidade de reproduzir e colonizar eficazmente os frutos do café e reduzir drasticamente o valor do produto e qualidade da bebida. Na implantação dos cafezais, deve se procurar escolher cultivares adequados e resistentes à ferrugem, obter mudas saudáveis, utilizar espaçamento adequado e realizar adubação adequada das plantas. Na fase produtiva dos cafezais, deve-se realizar controle cultural da broca do café, efetuar colheita cuidadosa com repasse e catação dos frutos remanescentes nas plantas e no solo. Em conclusão, para o controle eficiente e sustentável das pragas e doenças pelos produtores familiares de café canéfora é adequado adotar o programa de manejo fitossanitário aqui proposto. Para tanto, se deve adotar um programa educacional de assistência técnica pelo governo estadual em colaboração com cooperativas e cafeicultores. Palavras-chave: Cafeicultura. Broca do café. Ferrugem do cafeeiro. Café canéfora. Métodos de controle.Item Proteção de frutos de café contra Hypothenemus hampei por inseticidas: quanto mais velho, melhor?(Universidade Federal de Viçosa, 2020-04-29) Araya Rojas, Leonel Adelson; Pereira, Eliseu José GuedesA broca do café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae) é praga-chave em cultivos de café (Coffea spp.: Rubiaceae). As fêmeas constroem galerias no mesocarpo e endocarpo e põem ovos na semente, aonde as larvas se alimentam reduzindo o peso dos grãos e sua qualidade. Esse comportamento alimentar endofítico dificulta a exposição dos indivíduos a inseticidas eventualmente pulverizados para proteger contra o broqueamento do grão pela broca do café. Além disso, é necessário a busca por eficazes substitutos ao banido endosulfan, que nos últimos 30- 40 anos havia sido o único inseticida utilizado no controle da broca do café. Assim, neste estudo foi avaliado a eficácia e o período residual contra H. hampei pelos inseticidas clorpirifós, bifentrina + carbosulfano e ciantraniliprole. Monitorou-se a mortalidade dos insetos após a aplicação da concentração recomendada do inseticida em frutos e folhas de café no laboratório e frutos no campo e além da mortalidade foi avaliada a proteção dos frutos. Nessa última condição, os tratamentos foram aplicados por pulverização nos frutos de café aos 77 dias após início da floração, simulando uma aplicação de inseticida para controle da broca do café. Nos resultados em laboratório, bifentrina + carbosulfano e clorpirifós apresentaram mortalidade ≥ 80% em frutos e folhas, com um tempo letal de 2-4 h, enquanto ciantraniliprole só atingiu tal eficácia quando aplicado nas folhas de café e com 48 h de exposição dos insetos. Em campo, clorpirifós teve a mais longa residualidade, causando mortalidade das brocas ≥ 80% (43 dias) e protegendo a semente, mesmo que os insetos broqueassem até o mesocarpo. Bifentrina + carbosulfano causou mortalidade ≥ 80% até os 22 dias, mas protegeu as sementes até os 43 dias. Ciantraniliprole causou 28% de mortalidade, protegendo as sementes até os 15 dias. Esses resultados indicam que bifentrina + carbosulfano e clorpirifós são inseticidas promissores para proteção de frutos de café contra H. hampei. Esta pesquisa permitiu identificar inseticidas com capacidade para proteger grãos de café com bom efeito residual sobre H. hampei. Palavras-chave: Broca do café. Eficácia de controle. Fosforado. Piretroide. Diamida. Proteção do fruto. Período residual.Item Resistência de acessos do banco de germoplasma de café da EPAMIG a Hypothenemus hampei(Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-30) Manrique Burbano, Marylyn Bellyne; Pereira, Eliseu José Guedes; Pereira, Antonio AlvesO primeiro passo para desenvolvimento de cultivares resistentes a um inseto fitófago consiste em avaliar criteriosamente genótipos da planta hospedeira de interesse agronômico na tentativa de identificar fontes de resistência ao inseto. Assim o objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de acessos de Coffea arabica à broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae). Para isso, este trabalho foi dividido em duas partes, a primeira foi realizada em campo e nela se avaliou a intensidade de ataque da praga a 100 acessos do Banco de Germoplasma de café da EPAMIG, usando como comparador a variedade Catuaí Vermelho IAC 99. Contabilizou-se a porcentagem de frutos atacados e o número de indivíduos imaturos e adultos por fruto, e se determinou a escala de penetração da broca do café. Já a segunda parte do trabalho foi realizada em laboratório e nela foi estimado o número de estádios biológicos e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) da broca nos 10 acessos mais resistentes à praga, selecionados no primeiro experimento, e na variedade controle (Catuaí Vermelho). Foi observado que 27 acessos de C. arabica foram os menos atacados por H. hampei e neles a porcentagem de frutos broqueados variou de 21 a 43%, enquanto que na variedade Catuaí Vermelho IAC 99 o 79 ± 4% dos frutos estavam broqueados. A média de estádios biológicos de H. hampei variou entre os acessos menos infestados e correlacionou-se positivamente com a porcentagem de frutos broqueados na escala D (i.e., broca no interior da semente com sua descendência). No experimento em laboratório o número de ovos e larvas por fêmea e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de H. hampei foram menores nos acessos MG0004 (Bourbon Vermelho), MG0175 (Caturra x H.T. IAC 2012), MG0205 (Guatenano) e MG0230 (Catuaí Erecta) para a primeira geração da broca, mas não para as gerações subsequentes, nas quais o valor de ri não diferiu entre os genótipos avaliados. Os acessos destacados neste estudo figuram-se como promissores na busca pela obtenção de variedades de café com maior resistência a H. hampei do que as atualmente cultivadas.