Navegando por Autor "Pereira, Jomar da Paes"
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Item Consorciação da seringueira e cafeeiro em fase terminal. - Efeito no desenvolvimento vegetativo da seringueira e produção do cafeeiro(2001) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO noroeste do Paraná, com o tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves originários do Arenito Caiuá, onde a heveicultura vem se estabelecendo, sofreu processo acelerado de colonização com a retirada da floresta original e implantação da cafeicultura, a qual não se sustentou, devido a diminuição do potencial produtivo dos solos, erosão hídrica, nematóides e outros problemas conjunturais. A ampliação da fronteira heveícola no país a partir do seu habitat natural (Amazônia), para as áreas consideradas de escape ao Microcyclus ulei, visando atingir a auto-suficiência em borracha natural, estendeu-se até o Sul, numa condição subtropical, chegando ao noroeste do Paraná, cuja condição fundiária calcada em pequenas propriedades favorece a sua implementação. Com a retomada da cafeicultura, isso abriu alternativas para o uso do café adensado, e sistemas agroflorestais, onde se inclui a seringueira como forma de ocupação produtiva destes. Dois clones - IAN 873 (Amazônico) e GT 1 (Asiático) - foram plantados no espaçamento de 8,0 x 2,5 m nas entrelinhas de cafezal, cultivar Catuaí Amarelo, no espaçamento de 4,0 m x 2,5 m, com 10 anos de idade e já em fase de erradicação, localizado em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em Paranapoema. Os resultados obtidos com base em duas coletas anuais, durante sete anos, revelaram vantagens dos plantios consorciados em relação aos solteiros para todos os parâmetros avaliados. No consórcio, o clone IAN 873 foi superior ao GT 1 na antecipação da entrada em produção e na percentagem de plantas aptas para sangria (CAP > 45 cm). Esse sistema possibilitou ainda o aumento da sobrevida e a recuperação produtiva dos cafeeiros por algumas safras, constituindo uma tecnologia positiva na recuperação produtiva de áreas de cafezais decadentes e/ou em fase de erradicação e renovação no Paraná.Item Efeito da orientação das filas duplas de seringueira no microclima e na produção dos cafeeiros em sistema agroflorestal(2007) Leal, Alex Carneiro; Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Embrapa - CaféO consórcio café (Coffea arabica) x seringueira (Hevea brasiliensis) em filas duplas apresenta vantagens quando comparado ao cultivo solteiro de ambas as culturas conforme resultados de alguns experimentos conduzidos na região cafeeira paranaense. Este trabalho analisa a produtividade das plantas de café situadas no limite das copas nos lados norte e sul das filas duplas de seringueira no terceiro ano de produção (ano de alta produção) em um experimento conduzido em Londrina (latitude 23°S). Observou-se que a produtividade média das plantas tendeu a ser maior no lado sul das filas duplas do que no lado norte. Considerando ambos os lados, a média de produtividade foi semelhante entre as plantas situadas sob a influência das copas e as da parcela com cultivo solteiro. Essas diferenças entre as faces norte e sul das filas de árvores foram atribuídas à menor insolação recebida no inverno pelas plantas na face sul, conforme evidenciado pelo monitoramento das temperaturas das folhas dos cafeeiros feitos em um dia típico de inverno e um próximo ao solstício de verão. Conclui-se que, apesar das temperaturas médias da região serem adequadas ao cultivo do café arabica, a redução das temperaturas durante o dia, propiciada por um sombreamento leve, pode favorecer a produtividade dos cafeeiros.Item Sistema agroflorestal permanente cafeeiro e seringueira. 1. - influência da projeção da copa da seringueira sobre o crescimento e produção do cafeeiro(2003) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Noroeste do Paraná, com tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves derivados do Arenito Caiuá, foi submetido a um processo acelerado de colonização baseado na cafeicultura, importante para a economia da região. Essa cultura sofreu grande declínio devido à baixa fertilidade do solo, incidência de nematóides, eventual ocorrência de geadas provocando danos à parte aérea e sobre a produção e carência de práticas conservacionistas adequadas. Com base na retomada da cafeicultura na região, respaldada em plantios adensados e, na recente introdução da seringueira (Hevea brasiliensis) despontando como uma das alternativas para composição de sistemas agroflorestais com cafeeiro, buscou-se o estudo de sistemas agroflorestais envolvendo essas duas culturas. Visando não só a proteção e reduzir os danos por geada à lavoura cafeeira, mas como forma de atender os aspectos sociais, econômicos e de preservação das condições dafoclimáticas, avaliou-se a interferência mútua no desempenho das duas culturas em sistema agroflorestal permanente. A escolha da seringueira deveu-se ao grande potencial dessa cultura para a região, podendo ocupar pequenas e médias propriedades rurais, e a sua importância estratégica para o país, que importa cerca de 63% do seu consumo interno, sujeito a um crescente aumento dos preços internacionais . O experimento foi instalado em fevereiro de 1993 em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná -CMNP, no município de Paranapoema-PR, com o cafeeiro, progênie Icatu x Catuaí - IAPAR PR755054-28, no espaçamento adensado uniforme de 2,5m x 1,3m com três espaçamentos entre filas duplas de seringueira (clone PB 235) de 4,0m x 2,5m afastadas de 13,0m, 16,9m e 22,1m, além dos plantios solteiros das duas culturas, delineados em blocos casualizados com cinco repetições. Considerando os afastamentos das linhas de café em relação à projeção das copas da seringueira, a partir do centro das filas duplas, as produções médias de café beneficiado, ao longo de cinco colheitas, tem mostrado não haver efeito da seringueira, sobre o crescimento e a produção do cafeeiro. A melhor produção obtida pelo café ocorreu no espaçamento de filas duplas distanciadas 16,9m, com 1.071kg/ha, seguida de 22,1m, com 956kg/ha e vice-versa em relação à seringueira, quanto à CAP e EC, número de plantas aptas para sangria e produção de borracha seca/ha/ano. Os resultados obtidos ao longo do período de duração do experimento, baseados na produção do café (excluindo-se 2000 a 2002 sem produção devido ao efeito de geada nas parcelas de café solteiro o que provocou a recepa total e replantio visando a uniformização) e na análise de variância, seguida de comparação de médias, vêm mostrando que as diferenças superiores e favoráveis às parcelas consorciadas em relação aos plantios solteiros das duas culturas, não foram estatisticamente significantes, o que permite concluir que o agro-ecossistema café x seringueira, constitui-se num fator positivo de ocupação produtiva de extensas áreas do Noroeste Paranaense, inclusive como forma de minimizar os danos provocados por geadas e promover a diversificação de renda na propriedade rural.