Navegando por Autor "Ponciano, Niraldo José"
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Item Ajustamentos na política comercial brasileira e seus efeitos nas cadeias agroindustriais(Universidade Federal de Viçosa, 2000) Ponciano, Niraldo José; Campos, Antônio Carvalho; Universidade Federal de ViçosaA política comercial desempenhou papel fundamental no processo de estabilização e na abertura da economia brasileira. Por outro lado, essa política tem sido recorrentemente apontada como desfavorável ao País, por gerar grandes distorções na competitividade dos produtos nacionais, elevados déficits na balança comercial e crescentes índices de desemprego. Assim, torna-se relevante a análise dos principais instrumentos que controlam a balança comercial. Este estudo objetivou avaliar os impactos de políticas que simulam a redução da renúncia fiscal nas importações, a desoneração dos impostos sobre as exportações agropecuárias e agroindustriais, e a combinação da redução do déficit externo com o crescimento das exportações. Utilizou-se um modelo computável de equilíbrio geral para simular a interação dos agentes econômicos. A eliminação das renúncias fiscais das importações do resto do mundo promoveu forte queda no nível das atividades e, conseqüentemente, na renda das famílias, que, por sua vez, diminuíram os gastos com consumo de alimentos. A elevação do preço das importações dificultou o acesso aos insumos, reduzindo, assim, os níveis das atividades produtivas, inclusive as do CAI. Em conseqüência dessa recessão, houve tendência de apreciação na taxa de câmbio efetiva real, devido à redução da demanda de importações, situação que funcionaria como uma correção paulatina de parte da sobrevalorização cambial. Por outro lado, com exceção da receita do governo que aumentou, houve queda generalizada nos níveis dos demais indicadores econômicos, crescimento das taxas de desemprego, assim como redução nos níveis de bem-estar dos consumidores, comportamento que reflete a essencialidade das importações brasileiras. No que diz respeito aos cenários que desoneram as exportações das principais atividades ligadas ao CAI, verifica-se efeito depressivo sobre o nível da atividade econômica, com queda no nível de renda das famílias que resulta na diminuição do consumo de alimentos e da receita do governo. O desemprego rural decresceu fortemente, enquanto o desemprego urbano aumentou levemente. Houve reduções nos níveis de satisfação dos consumidores nesses cenários analisados. Nos ajustes das contas externas, a combinação das medidas de política de redução no déficit com a de expansão das exportações produziu um novo dinamismo na economia, apesar do declínio na taxa de câmbio e da queda na receita do governo, e ocorreu expansão dos investimentos, principalmente nas atividades ligadas às exportações. Para uma postura coerente com esse cenário, há necessidade de o governo incentivar o crescimento da competitividade em atividades potencialmente promissoras nas exportações. O declínio na taxa de câmbio ocorreu, em parte, devido à forte redução nos gastos com importações e, também, ao aumento do influxo de moeda estrangeira, mediante acréscimo nas exportações. Houve redução no desemprego e aumento nos níveis de bem-estar das famílias e de renda provenientes do setor externo.Item Café convencional versus café orgânico: perspectivas de sustentabilidade socioeconômica dos agricultores familiares do Espírito Santo(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03) Siqueira, Haloysio Miguel de; Souza, Paulo Marcelo de; Ponciano, Niraldo JoséEsse artigo enfoca a viabilidade de investimento na produção de café arábica, no Estado do Espírito Santo, comparando os sistemas convencional e orgânico, para identificar o que proporciona maior sustentabilidade socioeconômica aos produtores familiares. Os métodos de avaliação econômica utilizados foram o valor presente líquido, a taxa interna de retorno e o tempo de retorno do capital investido. Também foi feita a análise de sensibilidade. Demonstrou-se que ambos os sistemas de produção foram viáveis, mas, observou-se a grande dependência de rece- bimento do prêmio para viabilizar o cultivo orgânico, compensando a sua menor produtividade. Além disso, o preço recebido foi a variável que exerceu a maior influência na rentabilidade dos cafeicultores familiares. Concluiu-se que, assegurada a eficiência econômica e ecológica do sistema orgânico, o desafio é aperfeiçoar a sua eficiência técnica, para que possa contribuir com a sustentabilidade socioeconômica dos cafeicultores familiares.Item Distanciamento dos padrões regionais de qualidade dos cafés usados pelas torrefadoras no Brasil em relação ao padrão superior oficial(2001) Rezende, Alberto Martins; Ponciano, Niraldo José; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA indústria brasileira torrefadora de café, apesar da apropriação de inovações tecnológicas e processos administrativos modernos, por parte de algumas empresas, ainda oferece um café de qualidade "indefinida" para o grande público consumidor nacional. A qualidade da matéria-prima demandada para torrefação varia para cada Estado da federação onde a indústria esta instalada. Em geral, a qualidade do café adquirido como matéria-prima, independentemente da região, é inferior, comparada com a qualidade dos cafés superiores, de acordo com a classificação oficial. As empresas torrefadoras mais distantes das regiões produtoras, no entanto, são as que oferecem um padrão de qualidade mais constante e, provavelmente, mais fácil de fixar preferência de sabor no consumidor e criar fidelidade pela marca.Item A qualidade do café torrado e moído e do café em grão exportado pelo Brasil na visão dos empresários do setor(2000) Rezende, Alberto Martins; Ponciano, Niraldo José; Rezende, Aline Marins; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféMudanças na qualidade no mercado de café requerem respostas dos empresários na mesma intensidade. Este estudo avaliou a qualidade do café oferecido pelos empresários brasileiros e concluiu que este, em geral, é de qualidade média, havendo espaço para melhoria se problemas de informação de mercado, principalmente, forem resolvidos.Item Relações de troca com efeito tecnológico no mercado doméstico de arroz, milho, café e soja(Universidade Federal de Viçosa, 2007-04) Ponciano, Niraldo José; Souza, Paulo Marcelo de; Mata, Henrique Tomé da Costa; Detmann, EdenioO objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio da relação de troca, o comportamento da rentabilidade de duas culturas voltadas para o mercado interno e de duas culturas de exportação. Outro objetivo foi identificar a compensação do acréscimo de produtividade na queda de preços. Foram estimadas as taxas geométricas de crescimento da produção, da área e da produtividade. Os termos de troca foram estimados pela relação entre os índices de preço dos insumos e os índices de preços obtidos pelo agricultor na comercialização de seu produto. Os resultados mostraram forte tendência de deterioração dos termos de troca para todos os produtos analisados. Constatou-se que esses efeitos foram mais acentuados para arroz e milho. Tal comportamento associa- se ao fato de as culturas de arroz e de milho serem destinadas ao mercado interno, e suas demandas têm sido mais inelásticas em relação às culturas de soja e de café.Item Segmento exportador da cadeia agroindustrial do café brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 1995) Ponciano, Niraldo José; Rezende, Alberto Martins; Universidade Federal de ViçosaÉ evidente a forte redução da participação do café brasileiro na receita de divisas e no comércio internacional, nas últimas décadas. No entanto, o café ainda possui papel relevante na economia nacional, visto que o "agribusiness" do café brasileiro chega a envolver negócios que somam em torno de US$ 4,52 bilhdes de dólares anuais. No Brasil, o complexo café foi um dos últimos a ganhar a liberdade de mercado. A instabilidade dos preços do produto evidencia o problema de desorganizaçao da cadeia agroindustrial do café brasileiro em relação aos outros complexos agroindustriais. Este trabalho objetiva analisar a cadeia agroindustrial do café brasileiro destinado à exportação, sua competitividade e o comportamento das margens de comercialização, com vistas em subsidiar decisões de política comercial e, até mesmo, de investimentos privados. Utilizou-se análise tabular para descrever os diversos segmentos que compõem a cadeia agroindustrial do café brasileiro e fazer algumas inferências sobre sua competitividade no mercado internacional. Para analisar o comportamento das margens ao longo do tempo, usou-se o modelo de tendência das margens de comercialização. A cadeia agroindustrial do café brasileiro apresentou estrutura de mercado pouco concentrada e ineficiente nos segmentos de produção (baixa produtividade) e na agroindústria do café torrado e moído (incapacidade de desenvolver "blends" para exportação), onde este produto é destinado apenas ao mercado interno. Por outro lado, a agroindústria do café solúvel apresentou estrutura mais organizada, com sua dinâmica associada ao mercado internacional. O segmento exportador possui 174 exportadoras que exportam cerca de 19 milhões de sacas anuais. Os importadores de café possuem estrutura oligopsônica, dado que apenas cinco empresas concentram 80% das importações mundiais de café. Em relação à receita proveniente das exportações brasileiras do setor agricola, o complexo café teve sua participação relativa sensivelmente diminuída; em 1971, representava 48,59% e, em 1992, apenas 10,67%. Essa redução da participação relativa do "agribusiness" do café brasileiro, em geral, esteve diretamente ligada à grande intervenção do governo na comercialização do produto, como a sustentação de preços elevados artificialmente, enquanto a agregação de valor ao produto, a melhoria de qualidade e o desenvolvimento de marketing foram negligenciados. A análise da exportação do café brasileiro para os EUA, de 1982 a 1992, indicou que a margem de comercialização do atacadista dos EUA foi crescente em relação à margem do exportador brasileiro. Com relação a parcela recebida. pelo produtor brasileiro, a margem do atacadista dos EUA foi decrescente, no período de 1982 a 1986, e crescente, no período de 1986 a 1992. A margem de comercialização do exportador em relação ao preço recebido pelo produtor apresentou-se decrescente, no período de 1982 a 1986 ; e crescente, no período de 1986 a 1992. O comportamento dos preços do café exportado para todos os países importadores membros da OIC também foi decrescente. Verificou-se que o preço de importação (CIF) reduziu-se, drasticamente, de 168,7 para 78,9 centavos de dólar, por libra-peso, no período de 1986 a 1991. Para este mesmo período, a margem de comercialização das indústrias processadoras de café desses países aumentou de 229,5 para 327,3 centavos de dólar por libra-peso. O forte crescimento da margem de comercialização dos países importadores de café pode estar associado à estrutura concentrada dos grandes grupos empresariais importadores. O preço do café processado nos principais mercados consumidores é bastante elevado, mas o Brasil exporta pequena parcela de café industrializado. O estudo indica que a agroindústria do café precisa acelerar seu desenvolvimento, para cumprir seu importante papel no conjunto da economia cafeeira, colocando no mercado internacional maior quantidade do produto processado.