Navegando por Autor "Silva, Orlando Monteiro da"
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Item Aplicação de um modelo mundial para cafés diferenciados por origem(Universidade Federal de Viçosa, 2003) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro da; Universidade Federal de ViçosaSabe-se que existem quatro tipos principais de cafés produzidos e comercializados no mundo: o suave colombiano, com produção principalmente na Colômbia e no Quênia; outros suave, com origem nos países centro-americanos, México, Papua Nova Guiné, Equador e Peru; o arábica brasileiro, que predomina no Brasil e na Etiópia; e o robusta, originário do Vietnã, da Indonésia, da Costa do Marfim, de Uganda, da Tailândia e do Brasil. No entanto, a maioria dos estudos que tem sido desenvolvido no âmbito do mercado mundial do café considera que os cafés provenientes de quaisquer países ou regiões exportadores em um dado mercado importador são substitutos perfeitos. O presente estudo, ao contrário, considerou a diferenciação conforme o país, ou região, exportador (Brasil, Colômbia, México, América Central, África e o Resto do Mundo - composto pelos outros países exportadores) e, portanto, pressupõe que os mercados importadores de café (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda e a região denominada Resto do Mundo - formada pelos demais países importadores) fazem distinção entre os cafés de origens diversas, que, em virtude disso, deixam de ser substitutos perfeitos. Foram estimadas as elasticidades de substituições para os principais mercados importadores mundiais de café com procedência dos principais mercados exportadores mundiais. A seguir, em conformidade com a pressuposição de Armington, utilizada no estudo, os cafés das diferentes origens compuseram um grupo separável na função de utilidade de cada país, ou região, importador. Em virtude disso, a demanda total interna é atendida por um bem resultante de uma agregação Constant Elasticity Substitution (CES), entre os bens com origem nos vários mercados exportadores. Para isso, foram obtidos os valores médios da elasticidade de substituição em cada mercado importador, os quais foram utilizados para calcular os índices CES de quantidade e de preço. Esses índices, juntamente com uma proxy para a renda, foram usados para estimar as elasticidades-preço e renda da demanda total de importações do café nos vários mercados importadores do produto. Mediante a aplicação das fórmulas de Armington, estimaram-se as elasticidades-preço diretas e cruzadas para os diversos países ou regiões exportadores nos mercados importadores estudados. Os resultados encontrados apontaram que as elasticidades-preço diretas da demanda foram inelásticas para todos os mercados, com exceção da Holanda, que apresentou demanda unitária para o café. No que se refere às elasticidades-preço cruzadas da demanda de Armington, os resultados indicaram que os cafés com origem nos diversos mercados exportadores apresentam pouca substitubilidade em todos os países ou regiões exportadores considerados. Portanto, concluiu-se que a demanda de café pelos mercados importadores leva em consideração, ao se decidir sobre suas importações, a sua região de procedência. Desse modo, apesar de serem substitutos, os cafés com origem nas diversas regiões ou países exportadores eles não são substitutos perfeitos nesses mercados. As simulações feitas em relação ao comércio internacional do café reforçam os resultados anteriores. De fato, os diversos países e regiões exportadores são afetados distintamente em razão da ocorrência de choques exógenos no mercado internacional do café.Item BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CAFÉ: O CASO DOS CUSTOS DE TRANSPORTE(2009) Almeida, Fernanda Maria de; Silva, Orlando Monteiro da; Braga, Marcelo José; Embrapa - CaféO objetivo principal deste estudo foi avaliar os fatores determinantes dos custos de transportes das exportações brasileiras de café verde, que é um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar os impactos que estes fatores têm sobre as exportações desta commodity. Primeiramente, utilizou-se um modelo “tipo-gravidade”, o qual considerou, dentre outras variáveis, distintas medidas da variável distância, para averiguar os determinantes dos custos de transportes do café. A segunda análise foi realizada por meio de um modelo de gravidade básico acrescido das variáveis utilizadas como determinantes dos custos de transportes. Para ambas as estimativas, utilizaram-se o método Tobit com dados em painel, para os anos de 2000 a 2006. Os resultados, como esperado, indicaram que os gastos com transporte nas exportações do café brasileiro são sensíveis à distância entre o país e seus parceiros comerciais, ou seja, quanto maior a distância, maiores os custos de transporte. Na análise das exportações, a distância entre os países e a ausência de um litoral nos países importadores, foram os fatores que mais afetaram os custos de transporte, apresentando-se como barreiras às exportações do café.Item O comércio internacional do café brasileiro: a influência dos custos de transporte(Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2011) Almeida, Fernanda Maria de; Silva, Orlando Monteiro da; Braga, Marcelo JoséO objetivo principal deste estudo foi avaliar os fatores determinantes dos custos de transporte das exportações brasileiras de café verde, que é um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar os impactos que esses fatores têm sobre as exportações dessa commodity. Primeiramente, utilizou-se um modelo “tipo-gravidade”, que considerou, entre outras variáveis, distintas medidas da variável distância, para averiguar os determinantes dos custos de transporte do café. A segunda análise foi realizada por meio de uma equação que utiliza variáveis de modelos de gravidade básicos, acrescido das variáveis utilizadas como determinantes dos custos de transporte. Em ambas as estimativas utilizou-se o método Tobit com dados em painel, de 2000 a 2006. Os resultados, como esperado, indicaram que os gastos com transporte, nas exportações do café brasileiro, são sensíveis à distância entre o Brasil e seus parceiros comerciais, ou seja, quanto maior a distância, maiores os custos de transporte. Na análise das exportações, a distância entre os países e a ausência de litoral nos países importadores foram os fatores que mais afetaram os custos de transporte, apresentando-se como barreiras às exportações do café.Item Custos de logística nas exportações de café: o caso do porto seco de Varginha(Universidade Federal de Viçosa, 2002) Espiríto Santo, Frederico Martini do; Silva, Orlando Monteiro da; Universidade Federal de ViçosaOs custos logísticos, no Brasil, interferem diretamente no aumento das exportações brasileiras para os diversos países com os quais o Brasil possui relações comerciais. No caso específico do café, os custos logísticos variam entre os diferentes portos e estações aduaneiras de interior no Brasil, interferindo diretamente na competitividade das exportações deste produto. O conhecimento sobre a diferença entre os custos logísticos praticados nos portos de Santos, Rio de Janeiro e na Estação Aduaneira de Interior de Varginha-MG ajudaria os produtores e exportadores a tornarem-se mais competitivos. O objetivo deste trabalho foi, portanto, discriminar e analisar as principais etapas da logística na exportação do café brasileiro pelos principais portos. Foram identificados, como principais fatores que afetam os custos da logística nas exportações de café: o frete interno, o seguro da carga, os serviços de "handling" que compreendem o plano de estufagem e a estufagem do container, a armazenagem, a pesagem da carga, a movimentação da carga no terminal e o transporte da carga para a realização da capatazia, a capatazia. Cada um destes fatores foi descrito e relacionado aos custos da logística. Constatou-se que a Estação Aduaneira de Interior (EADI) de Varginha-MG é a estação que mais contribui para a redução dos custos logísticos, que incidem na exportação do café, uma vez que está estrategicamente localizada em uma área produtora de café, com estrutura de embalagem e desembaraço condizentes com os processos mais modernos de exportação para o setor.Item A demanda de café em grãos à nível mundial: o que os dados mostram(2000) Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Pinto, Wildson Justiniano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo desse trabalho foi verificar a evolução das variáveis relacionadas à demanda de café em grão, nos principais países e regiões importadoras, através de análises tabulares, gráficas e das taxas de crescimento. Os resultados indicam que nos países que já atingiram níveis elevados de renda, o consumo de café parece ter estabilizado. Aumentos maiores no consumo estão ocorrendo nos países da Ásia, onde as taxas de crescimento da população e da renda são maiores. Mercados novos, contudo, apresentam padrões de preferências específicos que devem ser observados e avaliados por produtores e exportadores, se o objetivo é participar desses mercados.Item Demanda interna de café no Brasil: novos condicionantes e perspectivas(Universidade Federal de Viçosa, 2003) Costa, Sidnei Lopes da; Silva, Orlando Monteiro da; Universidade Federal de ViçosaO Brasil ocupa, hoje, a segunda posição entre os maiores consumidores mundiais de café e a primeira dentre os maiores produtores, destacando-se, ainda, o fato de ser o único país produtor que consome parcela significativa de sua produção. No início da década de 90, com a extinção do IBC, o mercado interno, juntamente com toda cadeia produtiva do café, passou por grandes transformações em sua estrutura que afetaram os níveis de consumo per capita e total de café. Com a implantação do selo de pureza em 1989, houve mudança da imagem negativa que os cafés consumidos internamente tinham perante os consumidores. Merecem também destaques, com relação ao consumo interno, a implantação do plano real, em 1994, e a participação das mulheres no mercado de trabalho. Ao eliminar a inflação e elevar a renda real dos consumidores, o plano real teve efeito significativo no consumo desse produto. O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, com conseqüente redução do tempo para o preparo de café na sua forma tradicional (no coador), forçou a substituição por formas de maior conveniência no preparo, dentre as quais, a utilização do café solúvel. Outros fatores que interferiram na ampliação do consumo de café no Brasil foram maior diversificação nos tipos e bebidas à base de café (ex. café expresso) e mudanças nos hábitos da população brasileira (refeições fora de casa). Para captar esses efeitos no consumo interno, foram estimadas funções de regressão múltipla incluindo tais variáveis, com o objetivo de explicar a evolução do consumo dos cafés torrado e moído e solúvel, em face dessa nova realidade. Tais funções serviriam também para prever como se comportará o consumo no futuro. O modelo teórico utilizado baseia-se na teoria neoclássica da demanda, usada para explicar o comportamento do consumidor. As variáveis utilizadas mostraram-se estacionárias, sendo, portanto, utilizadas nos modelos de regressão. Empregaram-se variáveis dummies para os efeitos do plano real e da implantação do selo de pureza. Os resultados obtidos indicaram que a demanda de café torrado e moído é inelástica (-0,069) e, portanto, pouco sensível às variações de preço. A elasticidade-preço para o café solúvel foi igual a -0,604. Quanto à participação das mulheres no mercado de trabalho, os resultados indicaram que cada 1% de aumento nessa participação resultou em 0,62% de decréscimo no consumo. No caso do café solúvel, houve aumento de 7,1%, para o mesmo percentual de crescimento da participação das mulheres, no mercado de trabalho, o que reflete maior busca por conveniência por parte da população feminina. A melhoria da qualidade do produto, captada pela implantação do selo de pureza, teve também contribuição significativa para o aumento do consumo do café torrado e moído e pequena redução na demanda do café solúvel. A implantação do plano real, com a melhoria na renda, afetou também, de maneira positiva, a demanda dos dois tipos de cafés. Projeções feitas por meio da equação estimada para a demanda de café torrado e moído, para o ano de 2010, indicam crescimento significativo no consumo interno. Ao utilizar suposições pessimistas e otimistas para o comportamento das variáveis de mercado, constata-se que o consumo per capita de café variaria de 5,16 a 5,95 kg/hab/ano, naquela data, e o consumo total médio estaria em torno de 17 milhões de sacas de 60 kg/ano.Item A demanda internacional por cafés diferenciados por origem(2003) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféSabe-se que existem quatros tipos principais de cafés produzidos e comercializados no mundo: os suaves colombianos, com produção principalmente na Colômbia e no Quênia; outros suaves, com origem nos países centro-americanos, México, Papua Nova Guiné, Equador e Peru; os naturais brasileiros, cafés da variedade arábica que predominam no Brasil e na Etiópia; e robustas, originário do Vietnã, Indonésia, Costa do Marfim, Uganda, Tailândia e do Brasil; além de outros tipos de menor importância. O presente estudo tem por objetivo, analisar a sensibilidade da demanda internacional pelos diferentes tipos de cafés, nos diferentes mercados, às alterações de preços, considerando uma diferenciação do produto conforme o país ou região exportadora (Brasil, Colômbia, México, América Central, Ásia, África e uma região chamada de Resto do Mundo, composta pelos demais países exportadores). Para tanto, selecionou-se como principais mercados importadores, Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda e também, uma região residual denominada de Resto do Mundo, composta pelos demais países importadores, que não os considerados explicitamente. Foram consideradas as elasticidades de substituição entre os cafés das diversas origens nos principais mercados importadores, que de acordo com a pressuposição de Armington, utilizada no estudo, constituem um grupo separável na função de utilidade de cada país ou região importadora. A demanda total por café, em cada país, é obtida considerando-se os diferentes tipos de cafés, resultantes da agregação através de uma função com Elasticidade de Substituição Constante (CES), dos cafés com origem nos vários mercados exportadores. Os valores médios das elasticidades de substituição em cada mercado importador servem para calcular os índices CES de quantidade e preço utilizados para estimar as elasticidades preço total e renda da demanda de importação de café, nos vários mercados importadores. As elasticidades de substituição, da demanda total, e a participação relativa dos cafés de cada origem em cada mercado, são então utilizadas nas fórmulas propostas por Armington, para obter-se as elasticidades-preço diretas e cruzadas (sintetizadas) para os cafés diferenciados por local de origem em cada mercado consumidor. As elasticidades de substituição obtidas variam entre 0,371 no Japão e 1,125 na Holanda, caracterizando um mercado com pouca substituição nos cafés das diferentes origens quando há alteração nos preços relativos. Essa rigidez de mercado é também evidenciada pelos resultados das elasticidades-preço da demanda total por café, que variaram de -0,05 nos Estados Unidos a -0,73 na Itália. O valor para os Estados Unidos, por exemplo, indicaria uma redução de somente 0,5 porcento nas importações totais, para um aumento de 10 porcento no preço dos cafés. Para o cálculo das participações de cada país exportador nos países importadores, escolheu-se o período compreendido entre 1995 e 2000. Os valores encontrados mostram que em média, a Colômbia foi o maior fornecedor para os mercados dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Holanda, enquanto o Brasil foi o maior exportador para o Japão, Itália e Espanha. Os países africanos tiveram maior participação na França e os países asiáticos maior participação na Inglaterra. Os resultados encontrados para as elasticidades sintetizadas (elasticidades-preço direta da demanda por cafés diferenciados por origem) indicaram demandas inelásticas em todos os mercados, com exceção da Holanda, que apresentou uma demanda unitária para o café. No que se refere às elasticidades-preço cruzadas, os resultados indicaram que os cafés com origem nos diversos países exportadores apresentam-se como complementares em todos os mercados importadores considerados. Portanto, pode-se concluir que ao tomar suas decisões sobre a importação de café, os diferentes países levam em consideração a região ou o país de procedência e, ao invés de substitutos perfeitos, os cafés com origem nas diversas regiões são complementares nesses mercados.Item Discriminação de preços nas exportações brasileiras de café em grão(2000) Ferreira, Alexandre Nogueira; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo desse trabalho é analisar a estrutura competitiva das exportações brasileiras de café, baseado na transmissão das variações da taxa de cambio para os preços de exportação. Um modelo proposto por Knetter (1989), que distingue entre um mercado competitivo e dois mercados de competição imperfeita, é utilizado para testar se há discriminação de preços nas exportações de café em grão, para os principais países importadores. Os resultados encontrados com a estimação das equações, comprovam a hipótese de que o mercado exportador de café apresenta-se como de competição imperfeita, com discriminação de preços, de acordo com o destino das exportações.Item Efetividade do Hedging em contratos de café no mercado mundial(2001) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNeste trabalho, procurou-se comparar a viabilidade e a eficiência das operações de hedge nas bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova York (NYBOT), tendo como principal objetivo servir com referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Preços defasados dos mercados físicos e futuros são utilizados em um modelo de regressão proposto por Myers e Thompson (1989). Os resultados indicam que, em linhas gerais, a melhor efetividade de hedge é verificada na BM&F, seguida por aquela da NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade é maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado para a BM&F, principalmente para o ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela internacionalização das operações de hedge promovida pela BM&F.Item Evolução e decomposição dos preços do café no período 1985/1999(2001) Costa, Mayla Cristina; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA queda nos preços reais recebidos pelos produtores, justificada pela apreciação da taxa de câmbio e pela liberalização comercial, tem afetado diretamente a lucratividade da agricultura. Neste trabalho, a evolução dos preços reais do café, no período 1985-1999, é decomposta em três fatores principais, quais sejam: a taxa de câmbio, os preços internacionais e a intervenção no mercado. Os resultados mostram que, para o período como um todo, a queda dos preços ao produtor foi de 18,92%, explicada pela queda nos preços internacionais (39,36%) e pela apreciação da taxa de câmbio (22,79%). A variação nas políticas de intervenção (78%) indica a adoção de um comportamento de compensação pelo governo e pelas demais instituições ligadas ao setor.Item Imperfeição comercial e diferenciação, por origem, no mercado internacional de cafés(Universidade Federal de Viçosa, 2004-05) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro daNeste estudo, um modelo mundial para o mercado internacional do café é desenvolvido e analisado, considerando-se os principais países e regiões exportadores (Brasil, Colômbia, México, África, América Central e Ásia) e os principais importadores (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda). Esse modelo é, então, simulado para vários choques, tais como diminuição de barreiras que reduzam os preços do café em todos os mercados importadores, incremento na renda que aumente a demanda mundial e variações na produção do Brasil e da Ásia. Os resultados avaliados, nos prazos curto e longo, mostram, dentre outros, grandes efeitos sobre os preços do café quando havia alterações na produção, especialmente no Brasil. Reduções nas barreiras teriam pequeno efeito nos fluxos de comércio, e aumentos na demanda internacional beneficiariam, relativamente, mais as exportações do Brasil e do México.Item Novos condicionantes da demanda de café no Brasil e projeções para 2010(2003) Costa, Sidnei Lopes da; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antonio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféÉ reconhecido que a cafeicultura participou intensamente do progresso e do desenvolvimento de várias regiões brasileiras e até os dias de hoje, apesar de ter sua participação nas exportações totais do país reduzida, o agronegócio café é de suma importância na geração de renda e empregos em muitos municípios brasileiros. Ao longo do processo de desenvolvimento da cafeicultura brasileira, pouca importância tem sido dada ao mercado consumidor interno, ficando este sempre relegado a um segundo plano nas decisões de política cafeeira. O país ocupa hoje a segunda colocação entre os maiores consumidores mundiais de café, e a primeira posição dentre os maiores produtores, destacando-se ainda, o fato do Brasil ser o único país produtor que consome parcela significativa de sua produção. No início da década de 90, com a extinção do IBC, o mercado interno, juntamente com toda cadeia produtiva do café, passou por grandes transformações em sua estrutura, que afetaram os níveis de consumo per capita e total de café. Com a implantação do selo de pureza em 1989, iniciou-se a mudança de uma imagem negativa que os cafés consumidos internamente tinham perante os consumidores. Também merecem destaques, com relação ao consumo interno, a implantação do plano real em 1994, e a participação das mulheres no mercado de trabalho. Ao eliminar a inflação e elevar a renda real dos consumidores o plano real teve efeito significativo no consumo de café. O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho com uma conseqüente redução do tempo para o preparo de café na sua forma tradicional (no coador), forçou uma substituição por formas de maior conveniência no preparo, dentre as quais, a utilização do café solúvel. Outros fatores que interferiram na ampliação do consumo de café no Brasil, foram uma maior diversificação nos tipos e bebidas a base de café (ex. café expresso), e mudanças nos hábitos da população brasileira (refeições fora de casa). Para captar esses efeitos no consumo interno, foram estimadas funções de regressão múltipla incluindo tais variáveis, com o objetivo de explicar a evolução do consumo dos cafés torrado e moído e solúvel, frente a essa nova realidade. Tais funções serviriam também, ao objetivo de prever como se comportará o consumo no futuro. O modelo teórico utilizado baseia-se na teoria neoclássica da demanda, utilizada para explicar o comportamento do consumidor. As variáveis utilizadas mostraram-se estacionárias, sendo, portanto, utilizadas em nível nos modelos de regressão. Utilizou-se variáveis dummies para os efeitos do plano real e da implantação do selo de pureza. Os resultados obtidos indicaram que a demanda pelo café torrado e moído é inelástica (-0,069) e, portanto, pouco sensível às variações de preço. A elasticidade preço encontrada para o café solúvel foi igual a -0,604. Quanto à participação das mulheres no mercado de trabalho, os resultados indicaram que a cada 1% de aumento nessa participação, o consumo decresceria em 0,62%. Para o caso do café solúvel, ocorreria um aumento de 7,1%, para o mesmo percentual de crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, refletindo uma maior busca por conveniência por parte da população feminina. A melhoria da qualidade do produto, captada pela implantação do selo de pureza, mostrou também, contribuição significativa ao aumento do consumo do café torrado e moído, e pequena redução na demanda do café solúvel. A implantação do plano real, com a melhoria na renda, afetou também de maneira positiva a demanda pelos dois tipos de cafés. Projeções realizadas com a equação estimada para a demanda de café torrado e moído para o ano de 2010, indicam, um crescimento significativo no consumo interno., Utilizando-se de suposições pessimistas e otimistas para o comportamento das variáveis de mercado, o consumo per capta de café variaria entre 5,16 a 5,95 kg/hab/ano, naquela data. O consumo total médio estaria em torno de 17 milhões de sacas de 60kg/ano.Item O plano de retenção do café: ganhadores e perdedores(2001) Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo do estudo foi fazer uma análise das conseqüências da adoção da política de retenção de 20% das exportações de café, da Associação de Países Produtores de Café, para produtores, consumidores e demais membros da cadeia. Para isso, utiliza-se da análise estático-comparativa e da teoria dos controles das exportações, para mostrar os ganhadores e perdedores com o plano de retenção. A fim de garantir a elevação dos preços internacionais, há necessidade de adesão significativa dos países membros da APPC ao plano. Apesar de punir todos os compradores externos com preços mais altos, tal política vai beneficiar os exportadores de muitos países competidores, muitos deles pequenos e/ou com custos de produção elevados e que são influenciados pelos preços internacionais.Item Preços relativos e a substituição dos cafés em grão no mercado internacional(2003) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA maioria dos estudos desenvolvidos no âmbito do mercado mundial do café tem considerado que os cafés provenientes de diferentes países ou regiões exportadoras, em um dado mercado importador, são substitutos perfeitos. Assim, por pressuposição, independentemente da origem e do mercado importador, tais estudos consideram que os cafés apresentam, implicitamente, elasticidade de substituição que são infinitamente elásticas; isto é, quando ocorre uma alteração nos preços relativos de cafés de origens diferentes, em um dado mercado, os países importadores tenderiam a deixar de importar os cafés de preços relativos maiores e passariam a importar daqueles países cujos preços relativos tornaram-se menores. Em tais circunstâncias, a estimação das elasticidades de substituição, tornam-se irrelevantes. O presente estudo, ao contrário, levou em consideração a diferenciação do café conforme o país ou região de origem e, portanto, pressupõe que os países importadores fazem distinção entre os diversos cafés, que deixam de ser substitutos perfeitos, apresentando elasticidades de substituição que não são infinitamente elásticas. Entre as causas de diferenciação dos cafés à vista dos importadores, estão aquelas relacionadas à qualidade (Cafés robustas ou Arábicas, suaves ou naturais, por exemplo), ou aquelas relacionadas à "fatores nacionais", como a escolha de diferentes origens para minimizar restrições na oferta, ou mesmo fatores ligados à imperfeição dos mercados. Nesses casos, quando há uma alteração nos preços relativos, os países ou regiões importadoras tenderiam a reduzir as importações originárias dos exportadores com preços mais elevados, sem, contudo, deixarem de importar daqueles países. Foram estimadas as elasticidades de substituição para os cafés importados pelos principais países importadores, com procedência dos principais países exportadores. Pelo lado do mercado importador selecionou-se os Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda e uma região denominada Resto do Mundo, a qual englobou os demais países importadores não considerados explicitamente no estudo; No que se refere ao mercado exportador, selecionou-se como principais países ou regiões: Brasil, Colômbia, México, América Central, África, Ásia e também, uma região chamada Resto do Mundo, agregando os demais países exportadores que não os anteriormente citados. A divisão do mercado internacional de café dessa forma, resultou na estimação de um total de 210 equações de regressão, uma vez que se estimou três modelos distintos, para dez países e regiões importadoras, com origem em sete países ou regiões exportadoras. Para a grande maioria das equações estimadas (184 de 210) o sinal encontrado para a elasticidade de substituição foi conforme o esperado (positivo); e, a maior parte dos coeficientes encontrados foi estatisticamente significativa, ao nível de 10% ou menores. Os valores das elasticidades de substituição obtidos no trabalho não apresentaram grandes variações, tendo oscilado entre 0,54 nos Estados Unidos e 1,24 na Holanda. Os valores médios para as elasticidades de substituição, calculados em cada mercado importador, indicam os mercados do Japão, Canadá e Inglaterra, como sendo os de maior rigidez quanto a substituição entre os diferentes cafés e os da Holanda, Itália e França, como os de menor rigidez. De maneira geral, as elasticidades de substituição obtidas mostraram-se com pequenos valores, sugerindo uma baixa substitubilidade do café em todos os mercados importadores, no curto prazo. Desse modo, pode-se concluir que, quando da importação de café, os países levam em consideração, as características intrínsecas ou não, próprias de cada produto, com origem em cada país exportador. Portanto, nas análises das demandas dos cafés por origem, deveria ser considerado tal comportamento do mercado importador, o que certamente melhoraria as previsões quanto a preços e consumo do produto.Item Relações de longo prazo entre mercados futuros e spot de café(2003) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Brasil ainda é o maior produtor mundial de café, porém não ocupa mais a posição de semimonopolista no mercado internacional. Por conta de uma política de sustentação de preços no mercado mundial, o Brasil incentivou concorrentes e, conseqüentemente, perdeu a hegemonia que até então possuía. O País teve sua participação reduzida, ao longo dos anos, no mercado internacional de café. A partir da década dos 50 do século XX, as exportações brasileiras declinaram para menos de 50% do total mundialmente exportado, chegando a menos de 24% na década de 80. A produção de café dos países africanos e da Colômbia e do Vietnã elevou-se consideravelmente nos últimos anos, fazendo com que os mesmos ampliassem sobremaneira suas participações no comércio global. Almeida, Mesquita (1995) realizaram teste de causalidade entre preços externos e quantidades exportadas de café do Brasil no mercado mundial. Segundo os autores, os preços externos determinaram as quantidades de café exportadas pelo Brasil, porém, as quantidades exportadas não determinaram os preços, ou seja, o Brasil foi tomador de preços no mercado mundial de café, durante o período 1965/1989. Entretanto, o Brasil nem sempre esteve na posição de tomador de preços no mercando mundial de café, aparecendo como formador de preços no trabalho desenvolvido por Lemos (1983), que analisou o período 1821/1980. Dois fatores podem ter contribuído para essa mudança: a participação relativa do Brasil no mercado internacional do café durante os períodos estudados; o condicionamento das exportações brasileiras de café ao sistema de preços e quotas do Acordo Internacional do Café. Este trabalho teve como objetivo definir as relações de equilíbrio de longo e de curto prazo entre o preço do contrato futuro de café, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros e na Coffee, Sugar & Cocoa Exchange, (NYBOT) e os Preços Spot Santos de café cotados no porto de Santos no período 1996-2002, através de uma análise de cointegração. Os resultados obtidos até o momento nesse trabalho permitem concluir que existe uma relação de equilíbrio de longo prazo entre os preços futuros e à vista do café interno e externo. Em outras palavras, indica que o comportamento dos preços à vista e futuros internos e externos estão intimamente relacionados. Tal constatação pode ser justificada tanto pelo fato do café ser uma commodity transacionada no mundo inteiro, por isso, sujeita a fatores de oferta e demanda internacionais, como também pelas possibilidades de arbitragem entre os mercados de café brasileiro e norte-americano.Item Relações de preços e hedging no mercado de café(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da; Universidade Federal de ViçosaNeste trabalho, procurou-se analisar os mercados futuros de café tendo como foco as bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova Iorque (NYBOT), como o objetivo principal de servir como referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Para isso foram feitas análises de co- integração, objetivando detectar semelhanças entre os preços praticados pelas bolsas e os praticados no mercado à vista com cálculos da razão ótima do hedge e da efetividade do hedge , com o intuito de mostrar a quantidade que deveria ser "hedgeada" no mercado futuro para minimizar o risco e quanto da proporção da variância da receita poderia ser eliminada por meio de adoção da razão ótima do hedge . Foram utilizadas séries de preços de quatro regiões de referência: Garça e Santos (São Paulo), Patrocínio (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo). Excetuando-se a região de Vitória, de onde foram utilizadas cotações de preços do café tipo Conillon, em todas as outras os preços cotados foram para o café Arábica. Val ores médios para os diferenciais de preço em diferentes períodos e cálculos dos desvios-padrão serviram de base de apresentação para o comportamento dos preços tanto do mercado à vista quanto de futuros. As análises de co-integração indicaram que os preços à vista das regiões de Patrocínio, Garça e Santos tinham relação de equilíbrio de longo prazo com os preços futuros da BMF&F e NYBOT. Em outras palavras, o comportamento dos preços tanto à vista quanto futuros internos e externos está intimamente relacionado. Com relação aos preços cotados em Vitória (café Conillon), isso não se verificou. Comparando as três bolsas, constatou-se que as operações realizadas no mercado futuro da BM&F são aquelas que apresentam maior razão do hedge e, portanto, maior capacidade de reduzir o risco de preço da operação. O presente estudo permitiu concluir, em linhas gerais, que a melhor efetividade do hedge foi verificada na BM&F, seguida pela NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade foi maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado na BM&F, principalmente no ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela sua abertura para os agentes estrangeiros das operações do hedging.Item Relações de preços e hedging no mercado de café(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-19) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro daNeste trabalho, procurou-se analisar os mercados futuros de café tendo como foco as bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova Iorque (NYBOT), como o objetivo principal de servir como referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Para isso foram feitas análises de co- integração, objetivando detectar semelhanças entre os preços praticados pelas bolsas e os praticados no mercado à vista com cálculos da razão ótima do hedge e da efetividade do hedge, com o intuito de mostrar a quantidade que deveria ser "hedgeada" no mercado futuro para minimizar o risco e quanto da proporção da variância da receita poderia ser eliminada por meio de adoção da razão ótima do hedge. Foram utilizadas séries de preços de quatro regiões de referência: Garça e Santos (São Paulo), Patrocínio (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo). Excetuando-se a região de Vitória, de onde foram utilizadas cotações de preços do café tipo Conillon, em todas as outras os preços cotados foram para o café Arábica. Valores médios para os diferenciais de preço em diferentes períodos e cálculos dos desvios-padrão serviram de base de apresentação para o comportamento dos preços tanto do mercado à vista quanto de futuros. As análises de co-integração indicaram que os preços à vista das regiões de Patrocínio, Garça e Santos tinham relação de equilíbrio de longo prazo com os preços futuros da BMF&F e NYBOT. Em outras palavras, o comportamento dos preços tanto à vista quanto futuros internos e externos está intimamente relacionado. Com relação aos preços cotados em Vitória (café Conillon), isso não se verificou. Comparando as três bolsas, constatou-se que as operações realizadas no mercado futuro da BM&F são aquelas que apresentam maior razão do hedge e, portanto, maior capacidade de reduzir o risco de preço da operação. O presente estudo permitiu concluir, em linhas gerais, que a melhor efetividade do hedge foi verificada na BM&F, seguida pela NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade foi maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado na BM&F, principalmente no ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela sua abertura para os agentes estrangeiros das operações do hedging.