Navegando por Autor "Truzzi, Oswaldo Mário Serra"
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Item Configuração das elites política e econômica em São Carlos/SP – 1873 a 1904(Universidade Federal de São Carlos, 2015-05-11) Conceição, Carla Fernandes da; Truzzi, Oswaldo Mário SerraNo período compreendido entre a passagem do Império para a República, os fazendeiros de café paulistas compunham a elite econômica e política nas esferas municipal, estadual e federal. Partindo de uma perspectiva da Sociologia Histórica e baseando-se nos autores clássicos do estudo das elites – Mosca, Pareto e Michels, esta pesquisa teve por objetivo entender a presença dos fazendeiros de café nas transformações ocorridas no município de São Carlos. Para tanto, estudar a configuração destes fazendeiros mostrou-se relevante para a compreensão das relações mantidas e criadas entre os membros desta elite, especificamente, no período entre 1873 a 1904.Item A família no processo de construção social de mercados: uma análise da constituição moral do trabalho livre na economia cafeeira de São Carlos(Universidade Federal de São Carlos, 2010-02-25) Palma, Rogério da; Truzzi, Oswaldo Mário SerraAs relações familiares adquiriram fundamental importância no processo de trabalho da economia cafeeira do “novo” oeste paulista, mas ainda não é conhecido um estudo sistemático sobre como elas atuaram na inserção ocupacional de italianos e brasileiros negros. Através da consulta a um recenseamento municipal e a inquéritos policiais, o presente trabalho possui como propósito a análise da configuração familiar e das percepções acerca da família entre italianos e brasileiros negros situados nos latifúndios cafeeiros de São Carlos durante a virada do século XIX para o século XX. Baseando-se na ideia segundo a qual os mercados são construções sociais, procurou-se auxiliar na compreensão da formação histórica do mercado de trabalho livre em questão. Em um primeiro momento, percebeu-se, por meio do exame de dados referentes à configuração familiar de negros e italianos, o exercício de maior controle, por parte dos italianos, para a permanência de filhos casados no núcleo familiar. Tal fato pode demonstrar que eles possuíam um projeto familiar mais consolidado em torno do colonato. Conseguiu-se também delimitar pressupostos morais semelhantes nos discursos de ambas as categorias estudadas. Ficou evidente, entretanto, o fato de a experiência em torno desses pressupostos ser bem distinta entre eles. O processo de racialização do período abordado relegou aos negros uma representação contrária a da moralidade familiar tida como condizente ao mercado de trabalho livre. Acredita-se que, juntamente com a maior consolidação do colonato enquanto “projeto familiar” entre os italianos, este pré-conceito para com a moralidade familiar dos afro-descendentes é fundamental para se explicar o posicionamento desta categoria social no mercado de trabalho livre da economia cafeeira de São Carlos.Item Padrões de nupcialidade na economia cafeeira de São Paulo (1860-1930)(Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2012) Truzzi, Oswaldo Mário SerraO objetivo deste trabalho é apresentar e discutir as pautas matrimoniais vigentes em um município típico da economia cafeeira paulista, entre 1860 e 1930, tomando tal variável como indicador do vigor da identidade étnica e do grau de assimilação dos estrangeiros na sociedade local. São Carlos foi fundado em 1857 e conformou-se, a partir da penúltima década do século XIX, como um município bastante representativo da economia cafeeira que se desenvolveu no Estado. De fato, com uma mão de obra inicialmente composta por escravos negros, a partir dos anos 1880 o município passou a receber expressivas levas de imigrantes europeus – italianos, portugueses, espanhóis e outros numericamente menos significativos – para trabalhar nas plantações de café, a ponto de, em 1894, ter recebido o maior contingente de imigrantes de todo o interior paulista. A partir de uma análise dos 15.011 registros paroquiais de casamento observados no período, o trabalho discute a evolução das preferências matrimoniais desses diversos grupos que, ao lado de brasileiros brancos e negros, conformaram uma população estimada em 60 mil indivíduos em 1930. Os dados analisados indicam que a origem nacional atuou como condicionante muito significativo das opções matrimoniais efetivamente concretizadas até pelo menos final dos anos 1920. Assim, as evidências colhidas apontam que pelo menos as primeiras duas gerações de indivíduos de origem imigrante, que viveram em São Carlos até a Grande Depressão do final da década de 1920, mostraram-se bastante resistentes ao processo de assimilação, pelo menos sob o ângulo das pautas matrimoniais.Item População, grupos étnico-raciais e economia cafeeira: São Carlos, 1907(Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2009) Truzzi, Oswaldo Mário Serra; Bassanezi, Maria Silvia BeozzoEm São Carlos, a formação de uma população estabelecida iniciou-se ainda na primeira metade do século XIX, com as primeiras fazendas mantidas a braço escravo. Em 1884, com a chegada da ferrovia, o município inseriu-se definitivamente na vigorosa economia cafeeira paulista. São Carlos acompanhou assim a transição de uma economia tocada por trabalho escravo para outra em que predominavam colonos livres, de origem europeia, sobretudo italiana. Menos de duas décadas após a abolição do cativeiro, a composição racial da população alterou-se significativamente, graças ao grande afluxo de imigrantes e, provavelmente também, ainda que em menor grau, à saída de ex-escravos do município. Esse aporte diversificado traduziu-se no levantamento censitário realizado no município em 1907, que abrangeu a compilação de informações variadas referentes a 38.642 indivíduos que então o habitavam. Este trabalho busca analisar e discutir as características demográficas e a inserção social de diferentes grupos étnico-raciais presentes na população de São Carlos nessa época. Sua relevância deriva também da ausência de levantamentos populacionais no período em questão, dadas as conhecidas deficiências do censo de 1890 e 1900 e o longo período de 34 anos de intermitência entre o levantamento populacional da província de São Paulo de 1886 e o censo nacional de 1920, este mais confiável, porém omisso quanto à cor dos indivíduos.Item O pós-abolição e suas dinâmicas de sociabilidade: lógicas familiares e relações interpessoais no oeste paulista cafeeiro(Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2013) Palma, Rogério da; Truzzi, Oswaldo Mário SerraTomando como foco o município de São Carlos, um dos principais centros da economia cafeeira do oeste paulista durante a virada do século XIX para o XX, o artigo analisa as tensões presentes nas relações interpessoais tecidas entre negros, de um lado, e fazendeiros e pequenos proprietários rurais, de outro. Por meio da leitura de dois inquéritos policiais da época, percebeu-se que essas relações eram mediadas por determinados códigos morais, os quais, por sua vez, delimitavam certas normas de sociabilidade. Quando alguns destes códigos eram quebrados, as situações de conflito se potencializavam. Pode-se afirmar que, se a proximidade com pessoas de posse ainda era, para a população negra do pós-abolição, uma das principais fontes para obtenção de recursos materiais e simbólicos, as relações de poder inscritas nesses vínculos não deixavam de produzir contestações quanto às identificações e hierarquias encerradas no âmbito familiar. De modo geral, acredita-se que as disputas de poder presentes nessas interações podem estar relacionadas à renegociação, trazida pelo fim do escravismo, de determinadas formas de distinção social.