SPCB (10. : 2019 : Vitória, ES) – Resumos Expandidos
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Resultados da Pesquisa
Item Variabilidade no domínio LRR de peptídeos codificados em “clusters” homólogos ao SH3 em diferentes genomas de coffea(Embrapa Café, 2019-10) Angelo, Paula Cristina da Silva; Ariyoshi, Caroline; Caixeta, Eveline Teixeira; Pereira, Luiz Filipe Protásio; Ribas, Alessandra F.; Sera, Gustavo H.O locus S H 3 é relacionado com as reações de defesa contra Hemileia vastatrix, o agente causador da ferrugem alaranjada. Há um “cluster” de genes CC-NBS-LRR no locus S H 3 da variedade IAPAR59 de Coffea arabica. Esse “cluster” reúne oito cópias de CC-NBS-LRRs, que variam na sua estrutura primária, especialmente na região carboxi-terminal onde são localizados motivos ricos em leucina. Esses motivos LRR são característicos de proteínas que participam do reconhecimento de patógenos pelas plantas. Os “clusters” homólogos na variedade Caturra e em um cafeeiro de origem etíope da espécie C. arabica, em C. canephora DH200-94 e em C. eugenioides CCC68 foram identificados. A variabilidade das regiões codificadoras incluídas no “cluster” S H 3 foi avaliada alinhando com o aplicativo CLUSTAW e agrupando pelo método de Fitsh-Margoliash as sequências da região carboxi-terminal dos peptídeos deduzidos de todas as cópias de NBS-LRRs codificadas em “clusters” homólogos naqueles quatro genótipos e também previamente analisadas em IAPAR59 e em C. canephora IF200. Concluiu-se que há divergência entre as sequências dos domínios LRR de diferentes membros dos “clusters” em diferentes genótipos, o que pode ser parcialmente resultante dos processos de sequenciamento e montagem, mas que também resulta de evolução e seleção. Também há diferença no número de cópias do gene em diferentes genótipos. Consideramos a hipótese de que o número, a organização, a integridade e a estrutura primária dos genes nos “clusters” S H 3 podem estar relacionados com o mecanismo de reconhecimento das raças fisiológicas de H. vastatrix por diferentes variedades de cafeeiros.Item Incidência de ferrugem e cercosporiose em populações de café arábica nos anos de 2018 e 2019(Embrapa Café, 2019-10) Silva, Ana Carolina Andrade; Caixeta, Eveline Teixeira; Oliveira, Antônio Carlos Baião de; Mariz, Bruna Lopes; Feitosa, Francielle de Matos; Zambolim, LaércioO Brasil se destaca como o maior produtor e exportador de café arábica (Coffea arabica L.) do mundo. Dentre as doenças que atacam a cultura, a ferrugem da folha do café causada pelo fungo biotrófico Hemileia vastatrix e a cercosporiose causada pelo fungo Cercospora coffeicola se destacam por causarem prejuízos na produtividade e na qualidade da bebida. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento da incidência de ferrugem e de cercosporiose em duas populações de cafeeiros Arábica durante os anos de 2018 e 2019, com o propósito de identificar genótipos resistentes. O experimento foi conduzido em Viçosa - MG, no campo experimental do Departamento de Fitopatologia da UFV (DFT-Fundão), nos anos 2018 e 2019. Foram fenotipadas duas populações na geração F 2 , provenientes de diferentes genitores. Uma população foi originada do cruzamento entre Catiguá MG2 x Acauã Novo e a outra população, do cruzamento entre Oeiras MG 6851 x Arara. A avaliação das doenças foi realizada por meio de notas de 1 a 5, de acordo com o grau de infestação. Nos dois anos de avaliação, as plantas se apresentaram resistentes à ferrugem, havendo predominância da nota 2. Esta nota também prevaleceu na avaliação da cercosporiose em todas populações e anos. Por meio dos resultados observa-se que há genótipos resistentes à ferrugem e com pouca incidência de cercosporiose nas populações avaliadas, os quais podem ser utilizados por programas de melhoramento do cafeeiro para desenvolver genótipos com resistência à H. vastatrix e C. coffeicola.Item Regulação transcricional do metabolismo de glicerol-3-fosfato induz resistência à ferrugem do café(Embrapa Café, 2019-10) Gazolla, Lizandra Cristina de Oliveira Figueiredo; Almeida, Dênia Pires; Castro, Isabel Samila Lima; Castro, Alex Gazolla de; Arruda, Luiz Vinícius de Souza; Vieira, Nívea Maria; Mantovani, Hilário Cuquetto; Zambolim, Laércio; Caixeta, Eveline Teixeira; Mendes, Tiago Antônio de OliveiraA produção mundial de café tem sido profundamente afetada pela ferrugem do cafeeiro, doença causada pelo fungo biotrófico Hemileia vastatrix. Apesar do Híbrido de Timor 832/2, um híbrido natural de Coffea arabica e C. canephora resistente à ferrugem, ser uma importante fonte de genes para programas de melhoramento genético, o mecanismo associado à resistência incluindo a regulação do metabolismo durante a infecção é pouco conhecido. Reconstruímos o primeiro modelo metabólico em escala genômica (GEM) para café e a análise do balanço de fluxo (FBA), após a integração de dados de transcriptômica, sugeriu o acúmulo de glicerol-3-fosfato (G3P) na via glicolítica do Híbrido de Timor. A quantificação de G3P nos cultivares em estudo confirmou o acúmulo previsto. O tratamento de plantas suscetíveis com glicerol 3% antes da inoculação do fungo aumentou a concentração de G3P e reduziu os sintomas da doença. Esses resultados destacam o G3P e o metabolismo primário de carboidratos como importante via de resistência à ferrugem do cafeeiro.Item Produção de bioplástico a partir de resíduos de café e seu uso como matriz de liberação de antimicrobianos(Embrapa Café, 2019-10) Paulino, Graziela dos Santos; Pereira, Júlia Santos; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; Caixeta, Eveline Teixeira; Mendes, Tiago Antônio de OliveiraCada vez mais tem-se buscado desenvolver produtos sustentáveis, dada a grande preocupação com a disposição de rejeitos no meio ambiente. O objetivo desse trabalho foi desenvolver um bioplástico de amido reforçado com microfibras de celulose extraídas do café e incorporado com ampicilina, para avaliação do mesmo como matriz de liberação de ampicilina. Para a fabricação do bioplástico, utilizou-se uma mistura de frutos cereja, boia e verde e o antibiótico testado para liberação controlada foi a ampicilina. Foram utilizados dois protocolos diferentes para a extração das microfibras de celulose, os resultados preliminares mostraram que o protocolo 1 foi mais eficiente. Além disso, todos os biofilmes foram capazes de liberar ampicilina, resultando na inibição do crescimento de Escherichia Coli BL21 em placa. Em estudos futuros pretende-se obter nanocelulose a partir da hidrólise ácida das microfibras para a criação de um bioplástico de celulose pura, que posteriormente será funcionalizado para aplicação na indústria de alimentos.