UFV - Teses
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Item Adubação verde com leguminosas em complementação à adubação orgânica ou mineral em cafeeiros(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-05) Araujo, João Batista Silva; Santos, Ricardo Henrique SilvaA reciclagem de nutrientes por meio da adubação orgânica e a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) pelas leguminosas podem contribuir para a adubação no sistema produtivo. No entanto a resposta do cafeeiro a estes adubos é pouco estudada. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de massa de Crotalaria juncea sobre o crescimento e a absorção de N-leguminosa por cafeeiros adubados com diferentes doses de composto orgânico; e avaliar o efeito da aplicação de massa de feijão-de-porco (FP) sobre o crescimento e a absorção de N-leguminosa por cafeeiros fertilizados com N mineral. Dois experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG e implantados em fevereiro/março de 2009 com o cv. Oeiras. As leguminosas foram cultivadas com ou sem enriquecimento com 15 N. As leguminosas marcadas foram cultivadas em vasos com sulfato de amônio enriquecido com 2% de átomos em excesso de 15 N. O Experimento-1 (Exp-1) foi em esquema fatorial 4x2 e o delineamento em blocos casualisados com quatro repetições. Os cafeeiros foram cultivados em condições de campo e adubados com composto orgânico nas doses de N a 25%, 50%, 75% e 100% da recomendada, e com zero e 450 g/planta de matéria seca de C. juncea. A Crotalária foi aplicada sob a copa dos cafeeiros em dois anos seguidos. A crotalária marcada foi aplicada em microparcelas com duas plantas de cafeeiros. No Experimento-2 (Exp-2), o delineamento foi em blocos casualisados, com seis tratamentos e quatro repetições. O cultivo foi em vasos de 60 L. As doses de FP foram 146 g/vaso (FP-1) e 584 g/vaso (FP-2) de matéria seca por ano. Os tratamentos foram: 1) 100% de adubação mineral (100-AM); 2) 30% de adubação mineral (30-AM); 3) 30-AM + 15N-FP-1 no Ano 1; 4) 30-AM + 15N-FP-2 no Ano 1; 5) 30-AM + 15N-FP-1 no Ano 2; 6) 30-AM + 15N-FP-2 no Ano 2. As quantidades de N na dose 100% nos dois experimentos corresponderam a 30 e 21 g/planta, nas adubações de 1o e 2o anos, respectivamente. Avaliou-se o crescimento vegetativo em altura, diâmetro da copa, número de ramos, número de nós por ramo e número de folhas por ramo. Avaliou-se a produtividade de café e a qualidade em relação à peneira; os teores foliares de N e o percentual foliar de N derivado das leguminosas (N-FP e N-Cj) no cafeeiro e em quatro datas; a meia vida da matéria seca e do N remanescentes da crotalária; e os teores de nutrientes no solo. No Exp-1, o cafeeiro apresentou maior crescimento com o aumento das doses de composto ou com a crotalária, após o inicio da fase reprodutiva; houve resposta positiva aumento das doses de composto em todas as variáveis do solo; tanto o composto quanto a crotalária aumentaram os teores foliares de N nos cafeeiros; os percentuais foliares de N derivado da crotalária aplicada em Jan/2010 diminuíram de 9,96% para 6,08% com o aumento das doses de composto, porém com a crotalária aplicada em Dez/2010 os teores foram de 17,93% e independentes da dose de composto. O t1/2 do N da crotalária foi de 32,4 dias. No Exp-2, até 20 meses após a implantação, o cafeeiro não apresentou resposta à adubação; os percentuais foliares de N derivado do FP em abril-junho/2010 foram de 4,68% e 18,65% nas doses respectivas de 148 e 584 g/vaso. Até o florescimento o cafeeiro não apresenta aumento da produção em resposta à complementação do composto com a parte aérea de C. juncea. O aumento das doses de composto promove a elevação do pH, P, K, Ca, Mg, soma de bases, CTCefetiva, saturação de bases e matéria orgânica, e redução da acidez potencial. A aplicação de crotalária permite a complementação do composto orgânico no fornecimento de N. O teor foliar de N-Cj independe da dose de composto, com a crotalária aplicada ao cafeeiro cerca de dois meses após o composto. A complementação da adubação mineral com a parte aérea de FP promove aumentos de Ca2+, soma de bases, CTC efetiva, matéria orgânica e produtividade do cafeeiro em relação à adubação mineral exclusiva. A parte aérea de FP pode atender parcialmente a necessidade de N pelo cafeeiro e a absorção de N do FP é proporcional a dose fornecida.Item Contribuição da adubação verde para o crescimento, nutrição nitrogenada e produção de cafeeiros em diferentes idades(Universidade Federal de Viçosa, 2016-12-09) Martins Neto, Fábio Lúcio; Santos, Ricardo Henrique SilvaO objetivo foi determinar a contribuição da adubação verde (AV) para o crescimento, nutrição nitrogenada e produção de cafeeiros (Coffea arabica). No primeiro experimento determinou-se a contribuição do nitrogênio derivado da adubação verde (N dav ) à nutrição nitrogenada de cafeeiros com diferentes idades e ao longo do tempo após a aplicação da leguminosa Crotalaria juncea. Cultivou-se plantas de Coffea arabica em vasos e adubou- se com fertilizante nitrogenado e biomassa da leguminosa enriquecida com 15 N. Em cafeeiros com seis meses de idade determinou-se a contribuição da AV entre 90 e 210 dias após a aplicação da leguminosa. Para a avaliação da contribuição da AV ao longo do tempo após a aplicação da leguminosa, comparou-se a absorção do N dav em cafeeiros com 21 meses de idade cuja AV ocorreu aos 6 meses com cafeeiro de mesma idade, mas cuja AV ocorreu aos 18 meses. Também se avaliou a contribuição da AV três meses após a aplicação em cafeeiros de 9 e 21 meses de idade e a contribuição da AV três e 15 meses após a aplicação de leguminosa em cafeeiros com 6 meses de idade. No segundo experimento, o objetivo foi verificar o efeito da AV sobre o crescimento e a produtividade de cafeeiros cultivados em campo ao longo de quatro safras. Estes cafeeiros foram adubados com diferentes doses de composto orgânico (CO) correspondentes à 25, 50, 75 ou 100% da dose de nitrogênio recomendada. Assim, conclui-se que: i) a AV contribui para a nutrição nitrogenada do cafeeiro até 15 meses após a aplicação da leguminosa; e ii) em campo, a AV aumenta o crescimento e a produtividade média de quatro anos agrícolas de cafeeiros adubados com diferentes quantidades de composto orgânico.Item Período de consorciação de lablabe e feijão-de-porco com cafeeiros e trapoeraba(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Cardoso, Rosileyde Gonçalves Siqueira; Santos, Ricardo Henrique SilvaA elevada demanda de nitrogênio pelos cafeeiros e a infestação de plantas daninhas, que competem por água, luz e nutrientes, são fatores limitantes para o sucesso da produção orgânica da cultura, visto que os adubos permitidos neste sistema apresentam baixa concentração de N e a limitação do uso de herbicidas. Como estratégia nutricional tem-se o uso de adubos verdes, mas torna-se necessário a sincronia entre a mineralização do nutriente e a demanda da cultura. O conhecimento sobre a taxa de decomposição e mineralização de nutrientes dos adubos verdes possibilita tal sincronia. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de adubação orgânica, espécies e períodos de consorciação dos adubos verdes sobre a nutrição, o crescimento e a produtividade de cafeeiros; avaliar o crescimento, a decomposição e a mineralização de nitrogênio de duas espécies de adubos verdes, consorciadas com cafeeiros por três períodos diferentes e determinar o efeito de espécies de adubo verde e períodos de consorciação sobre o acúmulo de massa em trapoeraba e sobre o crescimento e a produtividade inicial de cafeeiros cultivados em vasos. Os experimentos foram conduzidos na Horta Velha e na área da Agroecologia, no Vale da Agronomia, na UFV, em Viçosa, MG, durante o período de outubro de 2007 a maio de 2011. O experimento 1, de campo, foi instalado em esquema fatorial (2x4) com parcela subdividida e a subparcela constituída pela adubação, o delineamento foi em blocos casualizados com cinco repetições, sendo dois consórcios com cafeeiros (café+feijão-de-porco e café+lablabe), quatro períodos de consorciação com as leguminosas (30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura da leguminosa) e um tratamento adicional (sem leguminosa). O experimento 2, de decomposição, foi instalado em esquema fatorial (2x3) com parcela subdividida e a subparcela formada pelas datas de coleta (0, 3, 7, 12, 18, 25, 32, 40 e 60 dias após o corte da leguminosa - DACL) em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento 3, de vaso, foi instalado em esquema fatorial (5x4)+1, com cinco consórcios entre cafeeiros e três diferentes espécies (café+feijão-de-porco; café+lablabe; café+trapoeraba; café+feijão-de-porco+trapoeraba e café+lablabe+trapoeraba) e quatro períodos de consorciação (30, 50, 70 e 90 dias após a semeadura das espécies) e um tratamento adicional (testemunha absoluta, sem adubos verdes e trapoeraba), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada parcela experimental constou de um vaso, com uma planta de café. No experimento 1, o feijão-de-porco superou a lablabe na produção de massa fresca, seca, concentração e acúmulo de N; o aumento do período de consorciação entre leguminosas e cafeeiros influenciou a altura e o número de nós das plantas de café; não houve efeito de adubação, independente das leguminosas e com a adubação de 50%, o consórcio com lablabe resultou em maior altura dos cafeeiros; a consorciação com o lablabe resultou em maior diâmetro de copa dos cafeeiros em 2010 e maior diâmetro acumulado nos dois anos avaliados; houve aumento nas concentrações foliares de N do final do ciclo reprodutivo (150 DAS) em relação ao início do ciclo (30 DAS), em todas as épocas de consórcio; as leguminosas supriram as necessidades nutricionais exigidas na colheita do café adubado com 50% da dose; o cultivo dos adubos verdes feijão-de- porco e lablabe consorciados ao cafeeiro não prejudicou o rendimento deste e os adubos verdes feijão-de-porco e lablabe complementam a adubação em cafeeiros. No experimento 2, a taxa de decomposição foi menor para ambas as espécies de adubo verde à medida que retardava o corte; a mineralização do nitrogênio do feijão-de-porco é mais lenta à medida que o adubo verde permanece no campo; a mineralização do N foi mais lenta que a decomposição da massa; a mineralização do N do feijão-de-porco foi mais acelerada que na lablabe apenas quando manejados aos 60 DAS, apresentando similaridade aos 90 e 120 DAS e os adubos verdes devem ser plantados tão logo seja possível (início das chuvas) e manejados aos 90 dias após a semeadura. No experimento 3, o nitrogênio acumulado dependeu diretamente da massa seca acumulada; a presença da trapoeraba junto aos adubos verdes lablabe e feijão-de-porco não influenciou o acúmulo de massa seca nos adubos verdes, quando estes foram cultivados em vaso; a trapoeraba foi prejudicada pelo maior acúmulo de massa seca dos adubos verdes; os adubos verdes reduziram a trapoeraba e a lablabe apresentou-se mais efetiva nessa redução que o feijão-de-porco; o aumento do período de consorciação com a trapoeraba e os adubos verdes lablabe e feijão-de-porco, quer estejam sozinhos ou associados, reduziram o ganho no crescimento inicial dos cafeeiros em condições de vaso e na primeira colheita realizada não foi detectado efeito da espécie ou do período de consorciação.