UFV - Teses
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Item Resistência horizontal a Hemileia vastatrix Berk & Br. em cafeeiros descendentes do híbrido de Timor(Universidade Federal de Viçosa, 1988) Abreu, Mário Sobral de; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de ViçosaCom o objetivo de detectar níveis de resistência horizontal, foram inoculados com uredosporos de cada uma das raças I, II, III, VIII, XV e XXIV de Hemileia vastatrix mudas, folhas destacadas e discos foliares de progênies de cafeeiros Catimor e Cavimor, em geração F3 e F5, e de progênies, em geração F1 e F2, de cruzamentos entre Cavimor e o Cultivar Catuaí. Dentre 12 progênies de Catimor e Cavimor, as menores porcentagens de germinação de uredosporos foram observadas nas progênies UFV 4181 e UFV 4269, nas avaliações realizadas oito horas depois da inoculação. Considerando (1) o grau de reação, (2) a severidade de doença, (3 ) a razão de esporulação e (4) a intensidade de esporulação como critérios individuais de avaliação de resistência, as progênies UFV 4269, UFV 4280, H8-1 e H3-9 sempre apresentaram os maiores níveis de resistência horizontal dentre todas estudadas. Nas avaliações para resistência, os resultados mais consistentes foram obtidos nos ensaios com mudas e folhas destacadas. As raças II e III de Hemilieia vastatrix, dentre as estudadas, destacaram-se como as mais agressivas.Item Crescimento vegetativo estacional do cafeeiro e suas inter-relações com fontes de nitrogênio, fotoperíodo, fotossíntese e assimilação do nitrogênio(Universidade Federal de Viçosa, 1991) Amaral, Jose Augusto Teixeira do; Rena, Alemar Braga; Universidade Federal de ViçosaEstudaram-se as variacões sazonais do crescimento vegetativo do cafeeiro Arábico irrigado e suas relacões com fontes de nitrogênio, com a remocão de frutos, com as características climáticas e com a assimilacão do carbono e do nitrogênio, em Vicosa (latitude = 2Oo45'S; longitude = 42o15'W e altitude = 650 m ). O crescimento de ramos e de folhas decresceu a partir de fins de março, atingindo níveis mínimos de junho a agosto, coincidindo com as menores temperaturas registradas no período. A retomada do crescimento ocorreu no início de setembro, após a elevação da temperatura mínima para 14,7oC. A adição de nitrogênio suplementar, em épocas frias, não alterou esse padrão de crescimento, nem as flutuações da fotossíntese potencial, cujas taxas diminuíram a partir de fins de maio. Entre o início de junho e fins de agosto a atividade da redutase do nitrato foliar foi nula, mas nesse mesmo período o N suplementar manteve a atividade da redutase do nitrato radicular e os teores de N-nítrico nas raizes elevados. Os teores de N-nítrico e de N-amínico nas folhas decresceram a partir de fins de abril, enquanto que os teores de amido atingiram valores elevados na epoca fria. O padrão de crescimento também não foi modificado pela adição de nitrogênio em epocas quentes, e tampouco pela remoção dos frutos, ainda que cafeeiros sem frutos tenham exibido maiores taxas de crescimento. A redutase do nitrato foliar foi oposta, baixa nos cafeeiros sem frutos e elevada nos cafeeiros com frutos, enquanto que os teores de amido e de aminoácidos nas folhas foram maiores nos cafeeiros sem frutos. As taxas fotossintéticas potenciais variaram pouco ao longo desse período. Os decréscimos no crescimento de ramos e de folhas, ocorridos em janeiro, coincidiram com altas temperaturas do ar, maior período diário de brilho solar e altos déficits de pressão de vapor nas horas quentes do dia, bem como com altas temperaturas foliares e elevadas resistências difusivas estomáticas a tarde. A extensão do fotoperíodo para 14 horas, a partir de março, não afetou o crescimento. Baixas temperaturas e elevadas resistências difusivas estomáticas. nesse período, coincidiram com as quedas nas taxas de crescimento.Item Respostas de mudas de café em solução nutritiva à localização de nitrogênio, fósforo e enxofre no sistema radicular(Universidade Federal de Viçosa, 1991) Alves, José Donizeti; Rena, Alemar Braga; Universidade Federal de ViçosaObjetivou-se estudar os efeitos do suprimento localizado de N, P e S, em diferentes combinações no ambiente radicular, sobre o desenvolvimento de mudas de café crescidas em solução nutritiva, utilizando-se a técnica de raízes divididas. Para tanto, avaliaram-se, nas folhas e nas raízes, o crescimento, a distribuição das frações nitrogenadas, fosfatadas, sulfuradas e os teores de carboidratos. A distribuição simultânea de NPS ou de N a todas as raízes e o fornecimento de PS, P ou S em somente um dos vasos (suprimento localizado) foram as condições que mais favoreceram o crescimento da parte aérea. A localização do N comprometeu severamente o metabolismo do nutriente na planta. Dos três nutrientes em estudo, o N foi o único que estimulou o crescimento das raízes no vaso em que ele foi suprido localizadamente. Para esses tratamentos a diferença do peso da matéria seca entre as porções radiculares (supridas ou não com N) aumentou. Aquelas raízes que estavam em contato direto com o N localizado apresentaram, de maneira geral, maiores valores de I max (N03-) e semelhantes teores de N-total e de N-N03- , relativamente a todo o sistema radicular em contato com o N-exógeno. O maior teor de N-orgânico e o menor teor de carboidrato presente nas raízes que receberam o N localizado sugerem que tais estímulos devem estar relacionados com o incremento na síntese de compostos nitrogenados nas raízes. A semelhança do crescimento entre as porções radiculares supridas ou não com o P, S ou PS parece estar relacionada à eficiente mobilidade desses nutrientes na planta. O isolamento de um nutriente dos demais, ao afetar o crescimento geral da planta, revelou uma interação entre o metabolismo dos três nutrientes no cafeeiro.Item Efeitos de calcário, gesso e superfosfato triplo sobre a movimentação de cálcio, magnésio, enxofre e fósforo e o crescimento inicial do cafeeiro (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1993) Bolivar, Georges Bruno; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de ViçosaObjetivou-se avaliar no presente trabalho, principalmente, a movimentação de Ca, Mg, S e P, sua absorção e o crescimento inicial do cafeeiro Catuaí com a aplicação de doses de calcário, gesso e fósforo. O experimento constou de duas séries de 14 tratamentos gerados pela matriz Box-Bérard aumentada (3). A primeira envolveu o estudo de calcário e gesso e a segunda, combinações de doses da mistura calcário-gesso (3 :1 ) e doses de fósforo. Os tratamentos foram aplicados, na cova e no sulco, 15 dias antes do transplantio, em espaçamento de 3 x 1 m. Após 12 e 24 meses, foram coletadas amostras de solo às profundidades de 0 a 30, 30 a 50 e 50 a 80 cm, bem como amostras do terceiro e quarto pares de folhas. Também, mediram-se: comprimento de ramos ortotrópicos e plagiotrópicos, diâmetros de copa e tronco, número de ramos primários e a produção. Nas amostras de solos foram determinados pH, Ca, Mg e Al trocáveis e S e P disponíveis e, no extrato foliar, Ca, Mg, S e P. Houve lixiviação e movimentação de Ca e de Mg. A quantidade de nutrientes lixiviados e movimentados esteve relacionada às doses de cálcário e gesso e da mistura calcário-gesso. O pH diminuiu, em geral, pelo incremento das doses de gesso. Os teores de P disponível foram baixos. Houve pouca variação dos valores dos nutrientes foliares e das variáveis de crescimento. A produção aumentou linearmente com as doses de gesso e de fósforo e, quadraticamente, com as doses da mistura calcário e gesso.Item Emissão de fluorescência e evolução de oxigênio fotossintético em Coffea arabica L. durante um ciclo de desidratação / reidratação(Universidade Federal de Viçosa, 1993) Almeida, Alex-Alan Furtado de; Maestri, Moacyr; Universidade Federal de ViçosaAcompanharam-se a evolução fotossintética de oxigênio e a cinética de indução da fluorescência lenta da clorofila, bem como a curva de resposta da fotossíntese potencial à densidade do fluxo luminoso, em folhas de mudas de café de 8 meses de idade, submetidas a desidratação e reidratação. Foram estudadas a progênie de Catimor UFV-1359, a linhagem de Catuaí Vermelho - LCH 2077-2-5-44 e os híbridos H-421 [UFV 2143-236 EL 7 (Catuaí Amarelo - LCH 2077-2-5-30) x UFV 427-15 (Híbrido de Timor - CIFC 1343/136] e H-430 [UFV 2145-113 EL 7 (Catuaí Vermelho - LCH 2077-2-5-81) x UFV 442-108 (Híbrido de Timor - CIFC 2570)] . De modo geral, com a desidratação, as taxas fotossintéticas potenciais máximas reduziram-se gradualmente para os diversos genótipos, a partir de um potencial hídrico de -1,0 MPa, à exceção da linhagem de Catuaí, em que a redução ocorreu a partir de -0,8 MPa. Durante a desidratação, aparentemente não houve perda de clorofila nas folhas de todos os genótipos, mas o fluxo de elétrons entre os dois fotossistemas sofreu redução, sendo a progênie de Catimor a menos afetada. Em contrapartida, as reações luminosas do fotossistema II e sua capacidade de reduzir o aceptor fotossintético primário de elétrons não foram afetadas pela deficiência hídrica. A recuperação das características da fluorescência da clorofila, para os diversos genótipos, antecedeu a recuperação da fotossíntese potencial, após a reidratação. No híbrido H-430 a fotofosforilação provavelmente recuperou-se mais lentamente. A progênie de Catimor apresentou a mais alta taxa fotossintética potencial máxima, ao contrário do híbrido H-421, cuja taxa foi inferior aos demais genótipos. O híbrido H-430 e a progênie de Catimor apresentaram os maiores rendimentos quâinticos, enquanto o menor valor foi apresentado pela linhagem de Catuaí.Item Avaliação do estado nutricional do cafeeiro Conilon no Estado do Espírito Santo utilizando diferentes métodos de interpretação de análise foliar(Universidade Federal de Viçosa, 1993) Leite, Roberto de Aquino; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de ViçosaForam amostradas 65 lavouras de cafeeiro Conilon representantes das principais classes de solos da região norte do Estado do Espírito Santo, nas safras de 86/87, 87/88 e 88/89. Coletaram-se amostras foliares para análise química, cujos resultados foram tabulados juntamente com os dados de produtividade das lavouras. Adotou-se como critério de produtividade ótima 30 sacas de café beneficiado/ha, por apresentar um aumento de 50% sobre aquela que atualmente é considerada satisfatória na região (20 sc/ha). Os resultados de análise foliar foram interpretados segundo os seguintes critérios: Nível Crítico; Alimentação Global e Equilibrios Fisiológicos; Indices Balanceados de Kenworthy e DRIS. Apresentou-se o método do nível crítico na forma de fertigrama que permitiu calcular a área do polígono que surge ao se unirem os pontos referentes aos teores de cada nutriente analisado. Não houve correlação significativa entre a produção e a área do fertigrama. Isoladamente os equilíbrios fisiológicos permitiram identificar visualmente, no diagrama, problemas nutricionais em escala regional, evidenciando desbalanceamentos nutricionais, principalmente com relação a Mg, Cu e Mn. O maior problema evidenciado foi com relação aos micronutrientes, especialmente para o Mn que se apresentou em níveis altos, em um grande número de lavouras, podendo inclusive estar causando problemas de toxicidade, principalmente no solo LE. No solo LA a deficiência de Mn foi freqüentemente observada. Os métodos índices balanceados de Kenworthy e DRIS apresentaram resultados bastante semelhantes entre si, porém o DRIS fornece além de seus índices normais, o índice de balanço nutricional global da lavoura (IBN), com o qual se pode evidenciar limitações de ordem não-nutricional.Item Desempenho fotossintético do cafeeiro em resposta a tensões abióticas(Universidade Federal de Viçosa, 1995) DaMatta, Fábio Murilo; Maestri, Moacyr; Universidade Federal de ViçosaForam investigadas respostas fisiológicas decorrentes de tensões luminosa, térmica e hídrica, sobre o aparelho fotossintético de Coffea arabica cv Catuaí Vermelho e C. canephora cv Conillon. Sob alta irradiância, a fotoinibição foi manifestada por decréscimos lineares da eficiência fotoquímica do fotossistema II (FSII). Cloranfenicol (CAP) intensificou a extensão da fotoinibição e bloqueou completamente o seu restabelecimento sob baixa irradiância, sem quaisquer efeitos aparentes de ditiotreitol (DTT). Não foi observada separação de fases na reversão da fotoinibição. A evolução de oxigênio fotossintético, sob condições fotoinibitórias, foi reduzida por CAP e DTT, sendo decrescida apenas marginalmente nas plantas-controles de Catuaí, porém com pronta recuperação após 90min de exposição a baixa irradiância. Com relação à temperatura, o desempenho fotossintético de Conilon e Catuaí foi reduzido em folhas que se desenvolveram no inverno, com decréscimos mais drásticos no primeiro cultivar, principalmente em virtude de fatores não-estomáticos. O teor de amido foliar foi significativamente maior no inverno, Catuaí mostrando teores 70% superiores àqueles observados em Conilon. Foi verificada, naquele cultivar, uma estreita correlação entre a evolução de oxigênio fotossintético e a concentração foliar de amido. Quando os níveis desse carboidrato foram reduzidos à metade, a evolução do oxigênio fotossintético e a eficiência fotoquímica do FSII foram estabelecidas a taxas semelhantes àquelas medidas em folhas desenvolvidas no verão. Conilon acumulou prolina e ascorbato em maior extensão do que Catuaí, no inverno, ocorrendo o oposto com relação a malondialdeído. A constante da taxa de recuperação da fotoinibição, no inverno, foi quatro vezes menor em Catuaí, sendo incrementada no verão, mas a valores inferiores aos mostrados por Conilon. Nesse cultivar, a redução da fotossíntese nas fases iniciais da seca foi governada, principalmente, por fatores não-estomáticos, enquanto em Catuaí, tanto fatores estomáticos quanto não-estomáticos estiveram associados com a redução do seu desempenho fotossintético. Sob défice hídrico severo, limitações não-estomáticas foram as mais importantes, no controle das taxas fotossintéticas, com menores decréscimos em Conilon, que maximizou o ganho de carbono às expensas de conservação de água. Deficiência hídrica moderada, per se, não afetou consistentemente a evolução do oxigênio fotossintético na recuperação da fotoinibição em ambos os cultivares, porém, sob seca severa, a capacidade fotossintética de Catuaí foi drasticamente reduzida. De modo geral, o aparelho fotossintético do Conilon foi menos sensível do que o do Catuaí a altas irradiâncias, à temperatura e ao défice hídrico.Item Herança da resistência a Hemileia vastatrix Berk. et Br. em cafeeiros derivados do híbrido de Timor(Universidade Federal de Viçosa, 1995) Pereira, Antônio Alves; Chaves, Geraldo Martins; Universidade Federal de ViçosaEstudou-se a herança da resistência a Hemileia vastatrix Berk. Et Br. em descendências de sete cruzamentos de Catuaí e Mundo Novo com seleções de Híbrido de Timor. Foram estudadas as freqüências de plantas com reações às raças fisiológicas II e XXV de H. vastatrix nas classes fenotípicas de resistência e suscetibilidade nas progênies dos genitores P1 e P2, nos cafeeiros híbridos F1 e em suas progênies F2 e nos retrocruzamentos dos híbridos F1 com os genitores suscetíveis (RC1.1) e resistentes (RC1.2). Para as sete combinações estudadas - H 419, H 421, H 430, H 447, H 464, H 469 e H 484, as reações de resistência dos cafeeiros mostraram ser conferidas por alelos com dominancia completa. Nos descendentes da combinação H 421, a reação de resistência mostrou ser monogênica (3:1), enquanto nas demais combinações mostrou ser conferida por três alelos dominantes e com segregaçáo independente entre os locos (63:1). Considerando-se a interação patógeno-hospedeiro e sabendo-se que as raças utilizadas para as inoculaçóes das várias populações do hospedeiro têm genótipos de virulência v5 para a raça II e v2, v5 e v6 para a raça XXV, a luz do conceito gene-agene para o complexo cafeeiro - H. vastatrix, conclui-se que a resistência nos derivados do Híbrido de Timor usados como genitores na obtenção das combinações híbridas estudadas, deve ser conferida por alelos diferentes do SH5 e do SH6. Admite-se, entretanto, a possibilidade de ter ocorrido perda de alelos para virulência na cultura UFV Hem 3348 do patógeno. Neste caso, a resistência no cafeeiro UFV 427-15, possivelmente, poderá ser conferida pelo alelo SH6 e esse mesmo fator deve ser um dos alelos responsáveis pela resistência nos outros cafeeiros do Híbrido de Timor que apresentaram essa característica controlada por três alelos dominantes.Item Epidemiologia e controle químico da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1996) Acuna, Ramón Silva; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de ViçosaNo estudo da epidemia da ferrugem do cafeeiro, empregando a análise de trilha, de 1992 a 1994, em Teixeiras e Patrocínio, localidades do Estado de Minas Gerais, as variáveis climáticas temperatura entre 21 e 26 o C, precipitação pluviométrica e molhamento foliar noturno foram as mais importantes, porém a precipitação pluviométrica, em Patrocínio, não foi variável explicativa. Em 1993, a doença não evoluiu em Teixeiras, em razão da baixa carga pendente; em Patrocínio, as variáveis climáticas estudadas não explicaram o aumento da doença. No controle da ferrugem, o fungicida oxicloreto de cobre foi mais eficiente que os fungicidas sistêmicos em Teixeiras, no ano agrícola 1991/1992. Resultados semelhantes foram obtidos em 1992/1993 e 1993/1994, quando foi usado o fungicida cúprico, pulverizado em quatro ocasiões (dezembro a março). Em Patrocínio, nos anos agrícolas 1991/1992 e 1992/1993, os fungicidas sistêmicos foram mais eficientes que os cúpricos, entretanto os tratamentos com o cúprico apresentaram maiores rendimentos. No ciclo de 1993/1994, os tratamentos com o cúprico não foram eficientes. A dose de 0,72 kg/ha de triadimenol 6 GR foi a mais eficiente nas duas localidades, nos ciclos de 1991/1992 e 1993/1994. Não houve resposta na produção para as doses entre 0,24 e 0,72 kg/ha. O tratamento triadimenol + dissulfoton foi o melhor no controle da doença e no rendimento. A redução da dose para o valor comercialmente recomendado, no terceiro ano não afetou o controle da doença. A umidade do solo não limitou a efetividade do tratamento triadimenol + dissulfoton no controle da ferrugem do cafeeiro.Item Fenologia e produtividade do cafeeiro (Coffea arabica L.) cv. Catuaí, sob diferentes densidades de plantio e doses de fertilizante no Cerrado de Patrocínio - MG(Universidade Federal de Viçosa, 1997) Nacif, Antônio de Pádua; Ribeiro, Antônio Carlos; Universidade Federal de ViçosaO município de Patrocínio, Minas Gerais, encontra-se inserido no ecossistema do cerrado brasileiro, com solos de baixa fertilidade natural, precipitação pluviométrica anual de 1.372 mm distribuídos no período de outubro a março, inverno seco, baixa umidade relativa do ar e temperaturas médias anuais de 21,8 o C. É importante pólo de desenvolvimento da mais tecnificada cafeicultura que se pratica no Brasil. Nessas condições, estudou-se o crescimento do cafeeiro (Coffea arabica L., cv ‘Catuaí’) submetido a diferentes densidades de plantio e doses de fertilizantes, no período de 1987 a 1994. A resposta do cafeeiro foi medida sobre seis componentes vegetativos e quatro reprodutivos do crescimento do cafeeiro, avaliando-se também a produtividade e os aspectos econômicos da produção. Verificou-se que a altura da planta, o diâmetro da base da copa e o da base do caule foram os componentes vegetativos sensíveis ao adensamento do cafeeiro. A produção de botões verdes e brancos, a de frutos chumbinhos e de frutos completamente formados, bem como as suas relações sofreram forte influência do adensamento e da produção antecedente. A região distinguiu-se das regiões produtoras do Sudeste pelo alargamento do período da maturação dos frutos, e o adensamento das ruas contribuiu para agravar este fenômeno. A produção de café beneficiado por área foi, até certo ponto, crescente com o adensamento na rua e de plantas na fileira e trouxe vantagens econômicas à atividade, pela diminuição dos custos por unidade produzida e pelo aumento da receita líquida por área cultivada.Item Translocação e compartimentalização de zn em cafeeiro e feijoeiro, aplicado via raízes e folhas(Universidade Federal de Viçosa, 1997) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de ViçosaForam realizados quatro experimentos, em casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, empregando-se plantas de feijão e café cultivadas em solução nutritiva. Os dois primeiros experimentos constaram de fatorial 2 x 3. Os fatores em estudo constituíram-se de cultivo em presença ou ausência de Zn na solução nutritiva e, aplicações foliares de soluções aquosas sem zinco, com ZnEDTA (0,31%) e com ZnSO4 (0,40%). Os dois últimos experimentos foram instalados em sistema de vasos geminados, sendo o sistema radicular igualmente dividido nos dois recipientes. Em um dos recipientes geminados foi adicionada uma solução sem Zn, e, no outro, foram aplicadas doses crescentes do elemento (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 mmol/L), as quais constituíram os tratamentos. O delineamento experimental utilizado para os quatro ensaios foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Nos dois primeiros experimentos, em ambas as espécies, o Zn fornecido pelo ZnSO4 foi mais adsorvido à cutícula da folha que o fornecido pelo ZnEDTA, demonstrando ser esta uma importante barreira a sua absorção. O estado nutricional do feijoeiro quanto ao Zn demonstrou ser uma característica importante no melhor aproveitamento do Zn aplicado via foliar. Em condição de inadequada nutrição em Zn, em ambas as espécies, a utilização de ZnEDTA mostrou ser mais eficiente, em termos de translocação do Zn para fora da folha em que foi aplicado. Quando foi aplicado ZnSO4 às folhas de cafeeiro, crescidas em solução nutritiva não contendo Zn, houve acúmulo de Zn no caule, indicando que há uma grande afinidade do Zn++ do sulfato com as cargas livres existentes nos vasos condutores. Nos dois últimos experimentos, para plantas de feijoeiro, o Zn apresentou mobilidade no floema, havendo translocação da parte aérea para o sistema radicular. Já as plantas de cafeeiro demonstraram apresentar mínima mobilidade ou mesmo imobilidade de Zn no floema. As plantas de feijoeiro apresentaram resposta linear crescente, tanto para teor, como para conteúdo de Zn nas diferentes partes analisadas em função do aumento das doses de Zn, a que metade do sistema radicular estava submetido. Plantas de cafeeiro apresentaram mínima alteração no peso da matéria seca, no conteúdo e teor de Zn da parte aérea, em resposta às doses de Zn fornecidas à metade do sistema radicular. O aumento das doses de Zn propiciaram acúmulo preferencial do elemento no caule, tanto do cafeeiro quanto do feijoeiro.Item Determinação da necessidade de calagem para o crescimento inicial do cafeeiro (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1998) Freitas, José de Arimatéia Duarte de; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de ViçosaEm experimento conduzido em casa de vegetação, objetivou-se determinar a necessidade de calagem para o crescimento inicial do cafeeiro em solos de Minas Gerais, por meio da avaliação dos efeitos das doses de calcário recomendadas por diferentes critérios sobre o crescimento inicial e a composição mineral de plantas jovens de café. Os tratamentos consistiram da combinação fatorial entre os 14 solos e sete doses de calcário, no delineamento em blocos ao acaso, com três repetições. Cinco doses de calcário foram definidas com base nos critérios neutralização do Al 3+ , solução-tampão SMP, neutralização do Al 3+ e elevação dos teores de Ca 2+ + Mg 2+ , saturação por bases e teor de matéria orgânica e elevação do pH do solo a 6,0. As outras duas corresponderam à testemunha e a uma dose adicional, para melhor compor o espaço experimental. Sete dm 3 de cada solo foram incubados com as respectivas doses de calcário, por 30 dias. Após este período coletaram-se amostras dos solos, para determinar: pH em água, H + Al, Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e K disponível. Subamostras de 5,0 dm 3 dos solos incubados foram acondicionadas em vasos, onde foram cultivadas duas plantas de café "Catuaí Vermelho", durante 12 meses. O solo de cada vaso foi adubado com todos os macro e micronutrientes. Ao fim do cultivo, coletaram-se o terceiro e quarto pares de folhas de cada ramo das plantas. Em seguida, colheram-se a parte aérea e o sistema radicular das plantas. A matéria seca foliar foi submetida à digestão nítrico-perclórica, e determinaram-se os teores de Ca, Mg e K. Os efeitos das doses de calcário foram avaliados por meio de equações de regressão ajustadas com as variáveis de respostas, em função das doses de calcário aplicadas. Com base nas equações de regressão ajustadas entre o pH dos solos e as doses de calcário, estimaram-se as doses necessárias para atingir pH 6,0. A partir das respectivas equações de regressão ajustadas, estimaram-se os teores de Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e H + Al e os valores de saturação por bases correspondentes a essas doses. Estimaram-se, também, as doses de calcário, o pH, os teores de Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e H + Al, os valores de saturação por bases e os teores foliares de Ca, Mg e K correspondentes a 95% da produção máxima de matéria seca total. As doses de calcário estimadas pelos critérios estudados correlacionaram-se com as doses necessárias para atingir pH 6,0, estimadas a partir das curvas de neutralização. Apenas o critério que visa a neutralização do Al 3+ e elevação dos teores de Ca 2+ + Mg 2+ e o critério que visa elevar a saturação por bases recomendaram doses de calcário que tenderam a se aproximar daquelas estimadas para atingir pH 6,0. As doses de calcário estimadas pelos diferentes critérios também correlacionaram-se com as doses necessárias para atingir 95% da produção máxima de matéria seca total de plantas de café. O critério que visa somente neutralizar o Al 3+ foi o único que, em geral, subestimou essas doses. Os demais critérios, sobretudo o que considera o pH do solo e o teor de matéria orgânica, tenderam a superestimá-las. Estes resultados indicam que as plantas de café, em seu estádio inicial de desenvolvimento, exigem menores doses de calcário que aquelas recomendadas pelos critérios em uso e, também, que na avaliação de critérios para determinação da necessidade de calagem deve-se considerar a resposta da cultura à dose de calcário como critério de referência, levando em consideração seu estádio de desenvolvimento.Item Embriogênese somática indireta e fusão interespecífica de protoplastos em Coffea(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Cordeiro, Antônio Teixeira; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de ViçosaEsta pesquisa foi conduzida com o objetivo de verificar a exeqüibilidade da fusão protoplástica interespecífica como ferramenta no melhoramento parassexual em Coffea. Para tanto, pretendeu-se a introgressão das resistências aos nematóides Meloidogyne incognita e M. exigua, do cultivar canéfora Apoatã, nos genótipos arábicas diplóide DH3 e tetraplóides Catimor e Catuaí Amarelo. Com vistas à obtenção dos protoplastos, foi dado início a suspensões celulares embriogênicas a partir de calos friáveis embriogênicos induzidos de explantes foliares. Posteriormente foram estudadas, nas suspensões celulares Apoatã e DH3 , as cinéticas do crescimento e do rendimento protoplástico em função do tempo pós-subcultura, bem como as condições de digestão enzimática da parede celular de seus agregados celulares. Foram realizados, ainda, estudos para a seleção dos heterofusionados. Embora todos os genótipos testados tenham reagido favoravelmente à formação de tecido embriogênico friável, apenas os arábicas DH3 e Catuaí Vermelho requereram a ação conjunta de auxina e citocinina. Os demais Apoatã, Catimor e Catuaí Amarelo reagiram mais favoravelmente quando o regulador de crescimento foi apenas a citocinina BAP. As maiores freqüências de explantes com calos friáveis verificadas para os genótipos canéfora Apoatã e arábicas DH3 , Catimor, Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho foram, respectivamente, 80, 60, 40, 40 e 20%. A diferenciação embriogênica dos agregados celulares, em cultura líquida, rendeu cerca de 241.000, 72.870 e 121.760 embriões g-1 MF de agregados celulares Apoatã, Catimor e DH3 , respectivamente. As suspensões celulares Apoatã e DH3 revelaram, imediatamente após a subcultura, uma fase exponencial de crescimento celular até um ponto de inflexão, a partir do qual as taxas de crescimento reduziram progressivamente para atingir um peso de matéria fresca dos agregados celulares assintótico. Coincidentemente, os menores rendimentos protoplásticos foram observados para tempos pós-subcultura superiores àquele do ponto de inflexão. A pré-plasmólise, a seleção dos agregados celulares de diâmetro inferior a 1 mm e a adição de cisteína 0,83 mM, durante a digestão enzimática, não interferiram no rendimento protoplástico das suspensões celulares Apoatã e DH3 , ao contrário das concentrações das enzimas pectinases e celulase. De maneira geral, o rendimento protoplástico Apoatã, sempre inferior àquele DH3 , foi maior quando as duas pectinases, pectoliase e macerozima, estiveram associadas à celulase, as três nas maiores concentrações testadas. Os 12 meios de cultivo de protoplastos testados não permitiram distinguir os protoplastos parentais Apoatã e DH3 em nível de crescimento dos microcalos. Alternativamente, os inibidores metabólicos iodoacetamida e rodamina, nas respectivas concentrações de 2 e de 0,9 mM, mostraram-se eficazes em inibir a regeneração dos protoplastos parentais em microcalos. Seu aproveitamento permitiu a realização de 23 ensaios de eletrofusão interespecífica, cujos produtos, aparentemente justificados pela complementação metabólica, encontram-se em desenvolvimento com vistas à diferenciação embriogênica e regeneração de plantas. Esta última permitirá análises para verificação do potencial da fusão protoplástica no melhoramento parassexual em Coffea.Item Análises biométricas em café Conillon (Coffea canephora Pierre)(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Sediyama, Tocio; Universidade Federal de ViçosaEste trabalho teve como propósito a obtenção de um conjunto de informações genéticas, capazes de oferecer subsídios importantes para o adequado planejamento e execução de programas de melhoramento genético do café Conillon (Coffea canephora Pierre). Para isso, as seguintes análises biométricas foram realizadas: estimação de parâmetros genéticos e ambientais; correlações fenotípicas, genotípicas e de ambiente; repetibilidade do caráter produção de grãos; análise discriminante para classificação de genótipos; e análise da divergência genética, na qual foram utilizados diversos métodos multivariados. Utilizaram-se dados relativos a um conjunto de características, algumas das quais avaliadas em apenas uma repetição, obtidas a partir de um experimento conduzido em blocos ao acaso, com 80 tratamentos e quatro repetições, a partir do qual foi possível a obtenção das variedades EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131, as primeiras variedades clonais da espécie, obtidas e recomendadas no Brasil. As elevadas estimativas dos coeficientes de determinação genotípicos (H 2 ) para todos os caracteres considerados nesta etapa, bem como a tendência dos valores obtidos nas estimativas das correlações genotípicas em superar, em magnitude, aqueles verificados nas correlações fenotípicas, indicam a predominância dos componentes de variação genéticos em relação aos ambientais. A seleção de indivíduos para o caráter produção de grãos, com base em quatro colheitas, ofereceu uma acurácia, estimada pelo coeficiente de determinação (R 2 ), variando entre 65,32 e 81,59%, dependendo do método de estimação utilizado. A classificação original dos genótipos apresenta grande concordância com aquela obtida através da análise discriminante, com taxa de erro aparente de apenas 6,25%. Os genótipos ES 22, ES 25 e ES 92, pertencentes, respectivamente, às variedades EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131, mostraram-se como os mais divergentes do grupo, sendo os dois primeiros os mais indicados para programas de cruzamentos visando a obtenção de híbridos heteróticos, considerando-se conjuntamente a divergência genética e o desempenho individual destes. Verificou-se a existência de expressiva dissimilaridade genética entre os genótipos componentes de cada variedade clonal estudada, indicando a adequada composição destas, com clones distribuídos em vários grupos dissimilares. Foram discutidas as implicações destas e outras informações no estabelecimento de programas eficazes de melhoramento genético para a espécie.Item Níveis criticos de enxofre em solos e em folhas de cultivares de café(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Souza, Ronessa Bartolomeu de; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de ViçosaPara correlacionar e calibrar métodos de análises de enxofre em solos e em plantas de café, dois experimentos foram realizados em casa de vegetação. Em um experimento, plantas de café (Coffea arabica L.), cultivar Catuaí Vermelho, foram cultivadas em amostras de 12 solos empregados na cafeicultura de Minas Gerais; solos com ampla variação de sua capacidade tampão de S (CT). No outro, buscando avaliar as variações nos níveis críticos e na eficiência de uso de S, cinco cultivares de café, Catuaí Vermelho, Icatu Amarelo, Rubi, Acaiá e Mundo Novo, foram cultivados em amostras de um LR de São Sebastião do Paraíso e de um PV de Ponte Nova. Em ambos os ensaios, os tratamentos consistiram de seis doses de S. Após a incubação com S e antes do transplantio, foram retiradas subamostras de solo para análises de S disponível com NH4OAc 0,5 mol/L e HOAc 0,25 mol/L (AM-Ac), com Ca(H2PO4)2, 500 mg/L de P, em H2O (FM-Aa) e em HOAc 2 mol/L (FM-Ac). Doze meses após o transplantio, foram determinados a altura das plantas, o diâmetro do caule, a área foliar, a produção de matéria seca (PMS) e os teores de S total e de S-SO4 de raízes, de caules mais ramos e de folhas novas, indicadoras e maduras. Os níveis críticos de S disponível variaram com o solo e extrator, sendo que, tanto as declividades ( D S recuperado/ D S adicionado) como os níveis críticos obtidos pelo FM-Ac correlacionaram-se bem com o equivalente de umidade, e com os teores de argila e de P remanescente das amostras, características estreitamente relacionadas à CT de S. Os outros dois extratores apresentaram correlações inferiores para as declividades e, os níveis críticos não se correlacionaram com essas características. Entretanto, nas testemunhas, sem adição de S, o S relativo (90 . teor S (dose 0)/ NiCri) obtido com o extrator AM-Ac apresentou melhores correlações com a PMS, com o crescimento relativo [CR = 100 . PMS (dose 0)/PMS (0,9 PMS máxima)] e com o conteúdo de S do que os outros dois extratores. Os níveis críticos de S nas folhas indicadoras variaram de 0,14 a 0,24 dag/kg de S total e de 0,014 a 0,039 dag/kg de S-SO4, e não se correlacionaram com as características do solo que estimam a CT de S. Nos dois solos estudados, o cultivar Rubi apresentou maiores PMS da parte aérea, das raízes e eficiência de utilização de S seguido pelo Catuaí. Já os cultivares de porte alto, Icatu, Acaiá e Mundo Novo, acumularam menores quantidades de matéria seca na parte aérea e raiz e, apresentaram também, menores eficiências nutricionais para S do que os cultivares de porte baixo. Os valores de níveis críticos de S disponível e de S total e S-SO4 nas folhas indicadoras do cafeeiro mostraram-se variáveis de acordo com o solo e cultivar estudado.Item Análise da irrigação na cafeicultura em áreas de Cerrado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Bonomo, Robson; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de ViçosaO presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de se fazer uma análise técnica e econômica da cafeicultura irrigada em áreas de cerrado de Minas Gerais, com ênfase nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais, sendo dividido em três etapas. Na primeira etapa avaliou-se a evapotranspiração de referência (ETo) estimada pelos métodos de Penman-Monteith (PM), considerado como padrão, Kimberley - Penman (KPen), Penman FAO (FcPn), Penman 63 (63Pn), Hargreaves e Samani (Harg), Radiação-FAO (FRad), Blaney e Criddle FAO (FB-C) e Thornthwaite simplificado por Camargo (Camargo). Dentre os métodos analisados, o método 63Pn foi o que mais se aproximou do método-padrão, e o método Camargo apresentou tendência de subestimar a ETo, principalmente no período seco do ano. Quando se dispõe apenas de dados de temperatura do ar, o método Harg mostrou-se preferível ao método Camargo. Foi realizada também a regionalização da ETo para os meses do ano, estimada pelo método PM. Na segunda etapa foram determinados os parâmetros de desempenho correspondentes à uniformidade de aplicação de água e eficiência de irrigação, visando caracterizar as condições atuais do uso da irrigação na cafeicultura da região, sendo seis por pivô central, cinco por autopropelido, dois por canhão hidráulico, quatro por gotejamento e quatro por tubo de polietileno perfurado. Os resultados indicaram boa uniformidade para todos os sistemas, à exceção do gotejamento. Quanto ao momento da irrigação, observou-se que elas foram feitas dentro do limite máximo recomendado de água disponível no solo. Para o pivô central e autopropelido, observou-se a aplicação de lâminas de irrigação inferiores às lâminas requeridas, proporcionando elevados valores de déficit, ao contrário dos sistemas por gotejamento, em que foram observadas elevadas perdas por percolação. Quanto à eficiência de irrigação, destacam-se o pivô central e o autopropelido, com valores adequados. Na terceira etapa do trabalho foram determinados os custos da irrigação para a cafeicultura na região, para pivô central, autopropelido, gotejamento e tubo de polietileno perfurado, selecionando três distintas situações de demanda de irrigação suplementar e lavouras com áreas de 25, 50, 75, 100 e 125 hectares. Os sistemas por pivô central e por tubo perfurado apresentaram, em geral, os menores e maiores custos, respectivamente. Os indicadores taxa interna de retorno (TIR) e valor atual líquido (VAL), para uma taxa de juros de 8% ao ano, foram crescentes com o aumento da área irrigada, independentemente do local e sistema de irrigação, e indicaram alta atratividade para a cafeicultura irrigada da região.Item Aplicação de zinco via solo em plantas de cafeeiro (Cofea arabica L.) em casa de vegetação(Universidade Federal de Lavras, 1999) Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Universidade Federal de LavrasConduziram-se quatro experimentos em casa de vegetação, no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, objetivando avaliar a resposta do cafeeiro (Coffea arabica L.) a aplicação de doses de Zn, seus efeitos nas características de crescimento, estimar os níveis criticos de Zn nos solos e nas plantas, verificar os índices de eficiência, a interação entre os nutrientes e avaliar o comportamento de três cultivares de cafeeiro as doses de zinco aplicadas. Foram usadas amostras de três solos: Latossolo Vermelho-Amarelo textura média, um Latossolo Vermelho Amarelo textura argilosa e um Latossolo Roxo textura muito argilosa. Os experimentos foram instalados em DBC, em esquema fatorial, com quatro repetições, divididos em duas etapas; na primeira etapa cada solo foi considerado um experimento, sendo testadas cinco doses de zinco como primeiro fator, diferenciadas para cada solo, e três doses de calcário como segundo fator: dose O de calcário, dose 1 e dose 2, sendo as duas últimas baseadas em curvas de incubação para cada solo visando elevar o pH dos mesmos para 5,5 e 6.5, respectivamente. Na segunda etapa foram testadas cinco doses de zinco (O, 5 , 10, 20 e 40 mg.dm-3), no Latossolo Vermelho-Amarelo, textura média, na faixa de pH 5,5, em três cultivares de cafeeiro (Catuaí Vermelho, Mundo Novo e Icatu). Os solos receberam carbonato de cálcio e de magnésio na relação 4:1, de acordo com os valores de pH desejados e uma adubação básica com macro e micronutrientes. Após incubação por 23 dias antes da repicagem das mudas, os solos foram amostrados e analisados para todos os nutrientes, sendo o zinco determinado pelo extrator DTPA. Na primeira etapa cada parcela foi constituída por um vaso de 4 dm3, onde foram cultivadas duas plantas por 180 dias após a repicagem. Na segunda etapa, cada parcela foi constituída por um vaso de 3 dm3, onde foram cultivadas duas plantas por 210 dias após a repicagem. Após a colheita dos experimentos determinaram-se a matéria seca e o teor de nutrientes para cada parte da planta. O cafeeiro respondeu em produção de matéria seca e outras características de crescimento à aplicação de Zn e a doses de calcário, com uma distinta potencialidade dos solos segundo as características avaliadas. Os níveis criticos de Zn no solo variaram entre os solos e entre as doses de calcário aplicadas, pelo extrator DTPA. Houve variação dos níveis críticos de Zn na matéria seca da parte aérea entre os solos e as doses de calcário estudadas, como resposta aos tratamentos aplicados, diferenciando-os ainda no coeficiente de utilização do micronutriente pelas plantas. As cultivares mostraram distinta eficiência no uso do Zn aplicado via solo.Item Eficiência nutricional de nitrogênio e de potássio em plantas de café (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Pereira, João Bosco Diniz; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de ViçosaEsta pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência de uso de nitrogênio e potássio por três linhagens de café, em experimentos conduzidos na fase de formação de mudas e durante o desenvolvimento no campo até a primeira colheita, tendo sido analisadas, em ambos os casos, as linhagens: UFV 2237 (Catuaí Vermelho), UFV 2983 (Catimor) e UFV 3880 (Catimor). O experimento com mudas foi conduzido em vasos, no período de abril a outubro de 1996, utilizando o esquema fatorial 5 x 5 x 3, com cinco doses de N e de K (0, 50, 100, 200 e 400 mg/dm3) aplicadas às três linhagens mencionadas, no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Quando as plantas completaram sete meses de idade, efetuou-se a colheita total, dividida em três etapas: folhas, caule + ramos e raízes. As características avaliadas foram a produção total da matéria seca, os conteúdos dos nutrientes nas folhas e as eficiências de uso de nutriente, conceituadas como: eficiência de uso, eficiência de conversão, eficiência de translocação, eficiência de utilização e eficiência de absorção. A linhagem UFV 2237 destacou-se em relação às estimativas mais altas dos conteúdos foliares e do índice de utilização de N. A linhagem UFV 3880 distinguiu-se entre as estimativas mais altas da eficiência de utilização de N. Não se observou distinção entre as linhagens em relação às estimativas mais altas nas eficiências de conversão de N e K e de translocação e absorção de N. O conjunto de dados obtidos evidencia que as variedades estudadas necessitam mais de aplicações de N do que de K para o aproveitamento eficiente destes nutrientes na formação de mudas. O experimento de campo foi conduzido desde o plantio, em novembro/94, até a primeira safra, em maio/97, empregando o esquema fatorial, tendo as três citadas linhagens constado de três doses de N (totais de 40 g, 120 g e 200 g por planta) e três doses de K (totais de 39 g, 111 g e 183 g por planta), no delineamento em blocos ao acaso, com três repetições. Por ocasião da safra, realizou-se, em uma planta representativa de cada parcela, a colheita total, em etapas, de grãos maduros, folhas e caule + ramos. Avaliaram-se as seguintes características: capacidade produtiva, número de ramos plagiotrópicos, teores foliares, índice de colheita, índice de eficiência, índice de nutriente, eficiência de uso, eficiência de conversão e eficiência agronômica. Não se constatou diferença entre as linhagens, em relação ao índice de eficiência. A linhagem UFV 2237 apresentou os teores foliares mais altos e também o maior número de ramos plagiotrópicos. A linhagem UFV 3880 destacou-se na avaliação do índice de nutriente de N e no índice de colheita. A linhagem de maior destaque no campo foi a UFV 2983, que se sobressaiu em matéria seca de grãos, eficiência de uso, eficiência de conversão, índice de nutriente de K e eficiência agronômica. A análise dos resultados obtidos até a primeira safra indica que a linhagem UFV 2237, para ser eficiente, apresenta grandes exigências de N e que a linhagem UFV 2983, ao contrário do que se observou no período de formação de mudas, destacou-se pela alta eficiência de utilização de N e K, quando estes estão escassos.Item Desempenho de variedades de café (Coffea arabica L.) em espaçamentos adensados(Universidade Federal de Viçosa, 2000) Augusto, Humberto Silva; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de ViçosaNa avaliação do desempenho de seis genótipos de café (Catuaí Vermelho IAC 44, Catuaí Vermelho IAC 99, Rubi MG 1192, Katipó, Oeiras MG 6851 e Catimor UFV 3880) em espaçamentos adensados entre fileiras (1,00; 1,50; 2,00; 2,50 m entre fileiras x 0,75 m entre plantas), em Ervália - MG, verificou-se que não houve aumento da competição entre plantas provocada pelo adensamento, suficiente para reduzir a produção por plantas, indicando a possibilidade de se utilizar espaçamentos inferiores a 1,00 x 0,75 m para atingir maiores produtividades nas duas primeiras colheitas. Aos 33 meses, o adensamento aumentou a altura de planta da maioria das variedades, exceção feita à da Oeiras MG 6851 que não foi influenciada pelos espaçamentos. Esta variedade mostrou-se bastante adequada ao adensamento, pois além de ser uma das que alcançaram maiores produtividades, também apresentou maturação mais precoce e características vegetativas que favorecem os tratos culturais e a colheita em plantios adensados, uma vez que com a diminuição do espaçamento não ocorreu estiolamento da planta e o diâmetro máximo da copa diminuiu linearmente. Tanto as características vegetativas do cafeeiro (altura de planta, diâmetro máximo da copa, diâmetro da base do caule e número de ramos plagiotrópicos) quanto o teor foliar de nutrientes explicaram de maneira satisfatória a variação na produtividade, conforme constatado pela análise de trilha. Aos 20 meses, plantas mais altas tenderam a produzir mais, em todos espaçamentos. Aos 33 meses, isso aconteceu somente no espaçamento de 2,5 m; no espaçamento de 1,0 m, o desenvolvimento da altura de planta competiu com a produção de grãos, enquanto que plantas com maior diâmetro de caule e com maior número de ramos plagiotrópicos tenderam a ser mais produtivas. Aos 34 meses após o plantio, o adensamento influenciou a disponibilidade dos nutrientes P, K e Mg no solo, e/ou a capacidade de absorção desses nutrientes pelo cafeeiro, aumentando a de P, para a maioria das variedades e aumentando a de K e diminuindo a de Mg, para as variedades Katipó e Oeiras Mg 6851. Com as doses de corretivo e adubos empregadas, as concentrações foliares de nutrientes relacionadas às variações na produção de grãos foram a falta de N (primeira safra) e dos micronutrientes Zn, Fe e B (segunda safra) nos espaçamentos mais largos e à falta (primeira colheita) ou ao excesso (segunda colheita) de Ca nos mais adensados.Item Tolerância de genótipos de café ao alumínio em solução nutritiva e em solo(Universidade Federal de Viçosa, 2000) Braccini, Maria do Carmo Lana; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de ViçosaForam conduzidos quatro experimentos em laboratório e em casa de vegetação para estudar a tolerância de genótipos de café ao alumínio. No primeiro experimento, vinte e seis genótipos de café foram avaliados pelo método do papel-solução. As sementes foram colocadas para germinar na ausência e na presença de Al, na concentração de 45 mg L-1, e após quarenta e dois dias foi avaliado o comprimento da raiz principal. Os genótipos foram agrupados em quatro classes de tolerância em função do percentual de redução no comprimento da raiz principal. No segundo experimento, vinte e cinco genótipos de café foram estudados quanto à tolerância medida pela inibição no crescimento da parte aérea e das raízes e utilizando-se a técnica da hematoxilina. As plantas foram cultivadas em solução nutritiva na ausência e na presença de Al, na concentração de 8 mg L-1 durante 80 dias. Os resultados expressos em percentagem de inibição no comprimento da raiz principal causada pelo Al e no crescimento da parte aérea e das raízes, foram analisados pela técnica multivariada. Os genótipos foram separados nas classes tolerante, intermediária e sensível. Apenas três genótipos foram considerados tolerantes ao Al e seis sensíveis, enquanto que a maioria deles pertence à classe intermediária. O teste de coloração com hematoxilina não foi adequado para selecionar genótipos tolerantes ao Al. Foi conduzido um terceiro experimento com o objetivo de avaliar a relação entre alteração do pH da rizosfera e tolerância ao Al, de cinco genótipos, na presença e na ausência de calagem. Utilizou-se a técnica do agar-indicador no qual uma fina camada de agar contendo indicador é derramada sobre a superfície do solo. Quando o solo foi corrigido, observou-se o desenvolvimento da coloração amarela próximo às raízes, indicando abaixamento do pH. Observou-se variação de 0,2 e 0,3 unidades de pH entre solo e rizosfera. Entretanto, na presença de Al não houve diferença entre pH do solo e da rizosfera, indicando que alteração no pH da rizosfera não parece ser o mecanismo de possível tolerância ao Al em cafeeiros. O quarto experimento teve como objetivo avaliar o crescimento da parte aérea e das raízes e a composição mineral de três cultivares de café, cultivados em coluna de solo, formada por três anéis, com diferentes saturações por Al na camada superficial e elevada acidez subsuperficial. A acidez foi neutralizada com doses de carbonatos de cálcio e de magnésio para reduzir a saturação por Al de 70 para 45, 29, 0 e 0%. Após oito meses de cultivo, foram avaliados produção de biomassa seca da parte aérea e das raízes, comprimento e superfície das raízes em cada anel. Nos tecidos foram determinadas as concentrações de Al, P, K Ca, Mg, Fe, Mn, Cu e Zn. Tanto o cultivar sensível (Catuaí Vermelho - UFV 2147) quanto os tolerantes (Catuaí Amarelo - UFV 2149 e Icatu - IAC 4045) emitiram raízes em camadas de solo com alta saturação por Al. Entretanto, a elevada saturação por Al reduziu o comprimento e a superfície das raízes do cultivar Catuaí Vermelho. A calagem reduziu a concentração de Cu e de Zn na planta; desta forma, a produção de biomassa seca da parte aérea e das raízes das cultivares Catuaí Vermelho e Icatu foi maior sem a correção da acidez do solo.