UFV - Teses

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/4

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação econômica e simulação em sistemas agroflorestais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-07) Cordeiro, Sidney Araujo; Silva, Márcio Lopes da
    O objetivo geral deste trabalho foi analisar a viabilidade econômica de sistemas agroflorestais, utilizando simulação, procurando identificar os benefícios e os aspectos a serem melhorados nestes. Especificamente pretendeu-se levantar os custos de produção dos projetos de sistemas agroflorestais; realizar a análise financeira desses sistemas; e realizar análise de risco de investimento para os projetos em estudo. Para alcançar seus objetivos, este estudo foi dividido em três capítulos. No capítulo 1, realizou-se uma análise financeira mediante os métodos de avaliação de projetos florestais, e para a análise de risco utilizou-se a técnica de simulação de Monte Carlo, mediante o programa @RISK. O sistema agrossilvicultural testado é composto por eucalipto, milho e pupunha (Bactris gasipaes Kunth). Os resultados indicaram viabilidade financeira, com valor presente líquido (VPL) igual a R$ 20.688,62/ha, taxa interna de retorno (TIR) de 44% a.a. e valor anual equivalente (VAE) igual a R$ 2.619,85/ha/ano. A simulação da análise de risco indicou que as variáveis que afetaram o valor presente líquido (VPL) para o sistema agroflorestal, na sua ordem de importância (R), foram: produção de madeira serrada, preço de venda da madeira serrada, taxa de juros, produção do palmito, preço de venda do palmito, custo de implantação, produção de carvão e preço de venda do carvão. No capítulo 2, analisou-se a viabilidade técnica e econômica de sistemas silvipastoril e agrossilvipastoril, comparando-os com um projeto convencional de monocultivo de eucalipto para produção de carvão, mostrando a possibilidade de renda a ser gerada aos produtores, bem como o risco de se investir neste tipo de atividade e, com isso, fornecer subsídios para a implantação dos mesmos. Realizou-se uma análise financeira mediante os métodos de avaliação de projetos florestais . Com base nos resultados obtidos, observa-se que tanto a produção de carvão vegetal quanto os sistemas agrossilvicultural e silvipastoril são viáveis economicamente, desde que sejam efetuados de forma correta, com a devida orientação técnica, sendo assim, boas alternativas de renda, principalmente em condições de maior produtividade. Os sistemas agrossilvicultural e silvipastoril obtiveram melhores indicadores financeiros, e isto se deve ao valor da madeira para serraria, que agrega maior valor de comercialização, quando comparado ao carvão vegetal. Uma importante contribuição do consórcio é o retorno precoce de investimentos feitos no arranjo produtivo consorciado, devido à venda dos produtos agrícolas. No capítulo 3, utilizou-se os dados de projetos referentes às Unidades de Experimentação Integração Lavoura Pecuária e Floresta, nos anos de 2007/2008, fornecidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG) e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com objetivo de levantar os custos de produção de sistemas agroflorestais implantados na Zona da Mata – MG e realizar simulação visando melhorias nesses sistemas. Realizou-se uma simulação com base na unidade experimental da regional Viçosa, município de Senador Firmino. Os custos de produção do sistema agroflorestal em questão foram comparados com o monocultivo do eucalipto, bem como variação das receitas devido à variação no espaçamento de plantio. Os resultados indicaram que o sistema agroflorestal obteve VPL negativo, ou seja, não é viável financeiramente. Concluiu-se que o eucalipto plantado no espaçamento 14 x 2m, com 357 mudas por hectare, é viável economicamente, obtendo o VPL de R$ 6.319,96/ha. O eucalipto em monocultivo apresentou melhores resultados, sendo o projeto mais rentável. Na medida em que se aumenta o espaçamento de plantio das árvores de eucalipto, tem-se um aumento da área disponível para plantio de milho e criação de gado. Mas, como comprovado pelos resultados, esse ganho em área não obtém o mesmo retorno financeiro caso essa área estivesse com plantio de árvores.