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    Fertirrigação nitrogenada por gotejamento em cafezal e sua influência em características químicas do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Costa, Édio Luiz da; Ramos, Márcio Mota; Universidade Federal de Viçosa
    Com o aumento das fronteiras cafeeiras e a necessidade de uma agricultura mais eficiente, surge a necessidade de informações técnicas que melhorem a rentabilidade, a qualidade final do produto e a conservação do ambiente. A irrigação é uma técnica que vem em auxílio dos fatores mencionados acima. No entanto, o aumento da demanda por recursos hídricos tem despertado nos usuários a necessidade do uso racional da água, o que se tem buscado com o uso de métodos de irrigação mais eficientes, como a irrigação localizada. Aliado à maior eficiência na aplicação de água, a eficiência na utilização de fertilizantes tem sido buscada com o uso da fertirrigação, que se ajusta perfeitamente aos métodos de irrigação localizada, especialmente no sistema de gotejamento. A fertirrigação no sistema de gotejamento pode trazer alterações químicas no solo ainda pouco elucidadas pela pesquisa. O objetivo com este trabalho foi proporcionar informações quanto às alterações advindas do uso de diferentes fontes e doses de Nitrogênio aplicadas por fertirrigação e adubação convencional nas características do solo e do cafeeiro irrigado por gotejamento. Os trabalhos foram conduzidos na Fazenda Laje, localizada em Teixeiras- MG, entre agosto de 2003 e julho de 2004. A variedade estudada foi Catuaí Vermelho, plantada no espaçamento de 2,5 x 0,8 m (5.000 plantas ha-1), irrigadas por gotejamento. As características do solo avaliadas foram: CE, pH, Al3+, N-NO3-, N-NH4+ e V. As características analisadas da planta foram: altura da planta, diâmetro do caule, percentagem de frutos retidos na planta, número de entrenós emitidos, produtividade e análise de nutrientes na folha. Foram conduzidos dois ensaios. No ensaio 1, na análise dos dados das características do solo, adotou-se o esquema de parcelas subdivididas em que as fontes de N (uréia, sulfato de amônio e nitrato de cálcio) e as doses de N (200, 400 e 600 kg ha-1 ano-1) constituíram os tratamentos da parcela, e as camadas (0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,30 e 0,30-0,50 m) e as posições amostradas (dentro e fora do bulbo úmido), com restrições à casualização, constituíram os tratamentos das subparcelas. Na análise das características do cafeeiro adotou-se o fatorial 3x3, sendo três fontes e três doses de N, citadas anteriormente. No ensaio 2, na análise dos dados das características do solo, adotou-se o esquema de parcelas subdivididas em que as fontes de N (uréia, sulfato de amônio e nitrato de cálcio) e os modos de aplicação de N (fertirrigação e adubação convencional) constituíram os tratamentos da parcela, e as camadas (0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,30 e 0,30-0,50 m) e as posições amostradas (dentro e fora do bulbo úmido), com restrições à casualização, constituíram os tratamentos das subparcelas. Na análise das características do cafeeiro adotou-se o fatorial 3x2, sendo três fontes de N e dois modos de aplicação de N, citadas anteriormente. As doses de nitrogênio alteraram os valores de saturação de bases, condutividade elétrica, pH e as formas de nitrogênio na região do bulbo úmido. A fonte sulfato de amônio foi responsável pelo maior teor de N-mineral no solo, reduzindo o risco de perdas por lixiviação. A nitrificação foi maior com a aplicação do sulfato de amônio na fertirrigação. Na fertirrigação com a uréia, o teor de N-NH4+ aumentou com a profundidade do solo. A uréia não proporcionou acidificação do solo. As características da planta do cafeeiro não foram alteradas com as fontes, doses e o modo de aplicação do nitrogênio. As fontes de nitrogênio alteraram as características nutricionais do cafeeiro. A produtividade do cafeeiro foi maior com a fertirrigação.