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    Impactos de especificidades regionais na competitividade da atividade cafeeira sobre a localização da produção e na redistribuição espacial de renda
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-23) Pires, Mônica de Moura; Campos, Antônio Carvalho
    O potencial de crescimento da atividade cafeeira, tanto para o mercado interno, com a estabilização, quanto para ter maior alcance no mercado externo, com a globalização, é bastante promissor diante da nova ordem econômica. Esse processo de desenvolvimento da atividade cafeeira levará muitos produtores e regiões a serem marginalizados, à medida que a atividade for se profissionalizando e concentrando em regiões mais favoráveis. Por outro lado, para que essa competitividade possa ser conquistada de forma duradoura, tem que se pensar nos diversos elos da cadeia que envolvem a atividade cafeeira. O objetivo deste é avaliar os impactos das diferenças na competitividade regional da atividade cafeeira sobre a localização espacial da produção e na conseqüente redistribuição regional de renda. Para tanto, aplicou-se um modelo multissetorial de equilíbrio geral computável, com 26 atividades e três grupos de consumidores. O modelo foi calibrado ao ano-base de 1995. Em seguida, realizaram -se modificações nas demandas interna e externa e na participação dos diferentes sistemas de produção na oferta nacional de café. Cada cenário proposto caracteriza uma alteração a ser efetuada na condição do equilíbrio inicial, de forma a representar as novas situações que vêm sendo esperadas no mercado cafeeiro, principalmente quando se consideram as tendências da última década. Os resultados obtidos no Cenário 1 indicam , de forma lógica, que a expansão da demanda, nos níveis estabelecidos, revela efeito positivo sobre as atividades produtivas nas regiões que apresentam maior potencial de crescimento para os cafés especiais. Portanto, os ajustes da produção implicam maior racionalidade na utilização dos recursos produtivos, por meio de redistribuição da produção de café. A resposta da oferta ao aumento da demanda implica elevação dos preços do café, em todas as regiões. Como o choque de demanda não foi acompanhado de choques na oferta, isso provocou diminuição nos níveis de emprego rural e de capital rural. Essas mudanças provocam retrações nas rendas das famílias, do governo e do exterior, reduzindo o bem -estar das famílias, comportamento que sugere que a expansão da demanda de cafés especiais seja medida necessária para garantir a oferta de produto de qualidade no mercado. No Cenário 2, nota-se que os resultados mais expressivos ocorrem nas atividades relacionadas com a agroindústria e com a exportação de café. A interdependência das regiões produtoras de café indica que, quando se elevam a produtividade e, conseqüentemente, a competitividade do café, os efeitos diretos sobre a atividade são reduções no nível de atividade em quase todas as regiões, excetuando-se a Zona da Mata mineira e outras regiões brasileiras. A maior produtividade não foi suficiente para elevar a oferta dessas regiões. Portanto, os níveis de produtividade estabelecidos estes são, ainda, relativamente pequenos para elevar a oferta das regiões produtoras de café. Como o choque de oferta não foi acompanhado de alterações na demanda, há excesso de produto no mercado. Se, por um lado, o excesso de oferta provoca reduções nos níveis de preços, por outro, melhora o bem-estar das famílias. O impacto no emprego agrícola do aumento da produção é positivo. A expansão conjunta da demanda e oferta (Cenário 3) evidencia um comportamento complementar em relação aos resultados obtidos nos Cenários 1 e 2, isoladamente. Observa-se que, quanto maior a incorporação de progresso técnico, mais acentuada será a redução nos preços, o que propiciará aumentos nas rendas das famílias. Esses resultados sugerem que a expansão regional da produção, resultante do crescimento diferenciado da demanda de café e de melhorias na produtividade dos sistemas de produção, permite uma realocação dos recursos produtivos utilizados na atividade cafeeira e, conseqüentemente, uma redistribuição regional da renda. De modo geral, os resultados corroboram com a expectativa de que modificações na qualidade do produto proporcionem efeitos positivos sobre a atividade cafeeira, e a exploração de nichos de mercados torna-se uma alternativa na competição. Dessa forma, o ganho de eficiência constitui importante fator impulsionador da atividade, conjuntamente com estratégias de marketing. Ressalta-se, assim, que o Brasil possui condições especiais para desenvolver a cafeicultura, especialmente no que se refere aos aspectos edafoclimáticos, o que constitui uma vantagem em face à segmentação do mercado e aos países concorrentes. A implementação de medidas que visem reestruturar a atividade torna-se fundamental na competitividade regional, o que justifica a adoção de avanços tecnológicos. Nesse contexto, portanto, algumas regiões devem expandir a cultura, enquanto outras devem reduzir sua produção, pois os produtores que não conseguirem operar com maior nível de concorrência, praticamente estarão “condenados” a abandonar a atividade.
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    Impactos de especificidades regionais na competitividade da atividade cafeeira sobre a localização da produção e na redistribuição espacial de renda
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Pires, Mônica de Moura; Campos, Antônio Carvalho; Universidade Federal de Viçosa
    O potencial de crescimento da atividade cafeeira, tanto para o mercado interno, com a estabilização, quanto para ter maior alcance no mercado externo, com a globalização, é bastante promissor diante da nova ordem econômica. Esse processo de desenvolvimento da atividade cafeeira levará muitos produtores e regiões a serem marginalizados, à medida que a atividade for se profissionalizando e concentrando em regiões mais favoráveis. Por outro lado, para que essa competitividade possa ser conquistada de forma duradoura, tem que se pensar nos diversos elos da cadeia que envolvem a atividade cafeeira. O objetivo deste é avaliar os impactos das diferenças na competitividade regional da atividade cafeeira sobre a localização espacial da produção e na conseqüente redistribuição regional de renda. Para tanto, aplicou-se um modelo multissetorial de equilíbrio geral computável, com 26 atividades e três grupos de consumidores. O modelo foi calibrado ao ano-base de 1995. Em seguida, realizaram -se modificações nas demandas interna e externa e na participação dos diferentes sistemas de produção na oferta nacional de café. Cada cenário proposto caracteriza uma alteração a ser efetuada na condição do equilíbrio inicial, de forma a representar as novas situações que vêm sendo esperadas no mercado cafeeiro, principalmente quando se consideram as tendências da última década. Os resultados obtidos no Cenário 1 indicam , de forma lógica, que a expansão da demanda, nos níveis estabelecidos, revela efeito positivo sobre as atividades produtivas nas regiões que apresentam maior potencial de crescimento para os cafés especiais. Portanto, os ajustes da produção implicam maior racionalidade na utilização dos recursos produtivos, por meio de redistribuição da produção de café. A resposta da oferta ao aumento da demanda implica elevação dos preços do café, em todas as regiões. Como o choque de demanda não foi acompanhado de choques na oferta, isso provocou diminuição nos níveis de emprego rural e de capital rural. Essas mudanças provocam retrações nas rendas das famílias, do governo e do exterior, reduzindo o bem -estar das famílias, comportamento que sugere que a expansão da demanda de cafés especiais seja medida necessária para garantir a oferta de produto de qualidade no mercado. No Cenário 2, nota-se que os resultados mais expressivos ocorrem nas atividades relacionadas com a agroindústria e com a exportação de café. A interdependência das regiões produtoras de café indica que, quando se elevam a produtividade e, conseqüentemente, a competitividade do café, os efeitos diretos sobre a atividade são reduções no nível de atividade em quase todas as regiões, excetuando-se a Zona da Mata mineira e outras regiões brasileiras. A maior produtividade não foi suficiente para elevar a oferta dessas regiões. Portanto, os níveis de produtividade estabelecidos estes são, ainda, relativamente pequenos para elevar a oferta das regiões produtoras de café. Como o choque de oferta não foi acompanhado de alterações na demanda, há excesso de produto no mercado. Se, por um lado, o excesso de oferta provoca reduções nos níveis de preços, por outro, melhora o bem-estar das famílias. O impacto no emprego agrícola do aumento da produção é positivo. A expansão conjunta da demanda e oferta (Cenário 3) evidencia um comportamento complementar em relação aos resultados obtidos nos Cenários 1 e 2, isoladamente. Observa-se que, quanto maior a incorporação de progresso técnico, mais acentuada será a redução nos preços, o que propiciará aumentos nas rendas das famílias. Esses resultados sugerem que a expansão regional da produção, resultante do crescimento diferenciado da demanda de café e de melhorias na produtividade dos sistemas de produção, permite uma realocação dos recursos produtivos utilizados na atividade cafeeira e, conseqüentemente, uma redistribuição regional da renda. De modo geral, os resultados corroboram com a expectativa de que modificações na qualidade do produto proporcionem efeitos positivos sobre a atividade cafeeira, e a exploração de nichos de mercados torna-se uma alternativa na competição. Dessa forma, o ganho de eficiência constitui importante fator impulsionador da atividade, conjuntamente com estratégias de marketing. Ressalta-se, assim, que o Brasil possui condições especiais para desenvolver a cafeicultura, especialmente no que se refere aos aspectos edafoclimáticos, o que constitui uma vantagem em face à segmentação do mercado e aos países concorrentes. A implementação de medidas que visem reestruturar a atividade torna-se fundamental na competitividade regional, o que justifica a adoção de avanços tecnológicos. Nesse contexto, portanto, algumas regiões devem expandir a cultura, enquanto outras devem reduzir sua produção, pois os produtores que não conseguirem operar com maior nível de concorrência, praticamente estarão "condenados" a abandonar a atividade.