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    Sistemas conservacionistas de manejo integrado de plantas daninhas na cultura do café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-06) Zaidan, Ursula Ramos; Freitas, Francisco C. L. de; Costa, Maurício Dutra; Santos, Ricardo H. Silva
    O manejo de plantas daninhas é um aspecto de suma importância no cultivo de café, pois trata- se de uma cultura sensível à competição por água, luz e nutrientes. As plantas daninhas usualmente são controladas de forma intensiva e sem rotação de métodos de controle, o que vem causando a depauperação das lavouras, esgotamento dos solos e seleção de espécies de difícil controle. Fato que vem causando a depauperação das lavouras, esgotamento dos solos e seleção de espécies de difícil controle. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes estratégias de controle de plantas daninhas sobre a composição florística, a produtividade e a qualidade do solo de lavoura cafeeira mensurada por meio de indicadores microbiológicos, ao longo de três anos. O experimento foi conduzido em lavoura de café (Coffea arabica L.) estabelecida, onde foram avaliadas cinco estratégias de manejo de plantas daninhas na entrelinha do cafeeiro: cultivo de Urochloa ruziziensis, Pueraria phaseoloides e vegetação espontânea mantidos por roçada, para formação de cobertura vegetal sobre o solo; controle da vegetação espontânea com duas aplicações de herbicidas ao longo do ano e solo mantido “no limpo” por meio de capinas manuais. O primeiro capítulo aborda o estudo fitossociológico nas unidades experimentais e demonstra que estratégias de manejo de plantas daninhas modificam a composição florística, a diversidade e a densidade destas. A capina manual selecionou e aumentou a densidade das espécies Cyperus rotundus e C. esculentus nas unidades experimentais. Este estudo remete à compreensão de que estratégias de manejo com produção e manutenção de cobertura vegetal viva ou morta sobre o solo, como no cultivo de U. ruziziensis e P. phaseoloides na entrelinha, são alternativas para reduzir a infestação de plantas daninhas e que a adoção de roçadas, controle químico e capinas devem ser intercalados no intuito de evitar pressão de seleção de espécies adaptadas aos respectivos métodos de controle. O segundo capítulo avalia a produtividade e granulometria dos grãos de café, também em função das estratégias de manejo. No período avaliado a produtividade não foi afetada pelos métodos de controle. Nas unidades experimentais em que o solo foi mantido descoberto os grãos de café apresentaram maior granulometria. Embora os métodos de manejo com manutenção de palhada sobre o solo não tenham apresentado benefícios em termos de produtividade no período avaliado, deve-se considerar os beneficios relacionados à proteção e qualidade do solo à médio e longo prazos. No terceiro capítulo, avaliou-se a qualidade e a sustentabilidade do sistema solo-planta por meio da análise de indicadores microbiológicos sensíveis à distúrbios ocorridos no solo relacionados as estratégias de manejo de plantas daninhas. Neste estudo verificou-se que os indicadores microbiológicos utilizados não indicaram diferenças entre as estratégias de manejo de plantas daninhas quando em condição de estresse hídrico por baixa disponibilidade de água no solo. Entretanto, observou-se diferença nos valores de gC0O> com tendência de melhoria da qualidade do solo e da sustentabilidade do sistema nas estratégias de manejo em que houve acúmulo de matéria seca sobre o solo quando as avaliações foram realizadas na época do ano com alto índice pluviométrico. O manejo de plantas daninhas no cafeeiro deve ser realizado integrando diferentes métodos de controle, procurando manter a cobertura do solo com material vegetal de modo a evitar a seleção de espécies de plantas daninhas de dificil controle, preservando a microbiota do solo e mantendo a produtividade e qualidade dos grãos, em um sistema de produção sustentável. Palavras-chave: Composição florística no cafeeiro. Atividade microbiana no solo. Manejo conservacionista de plantas daninhas. Cobertura vegetal.