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    Soil organic matter stock and quality in agroforestry and full sun coffee systems
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-26) Xavier, Francisco Alisson da Silva; Mendonça, Eduardo de Sá
    A restauração dos níveis de matéria orgânica do solo (MOS) é considerada um dos mais importantes fatores para o aumento da qualidade do solo. A avaliação das mudanças nos níveis da MOS em função do manejo é fundamental para identificar estratégias para o aumento da produtividade, para evitar a degradação do solo e diminuir a emissão dos gases que proporcionam o aumento do efeito estufa. No Brasil, o manejo do solo com o plantio direto tem sido amplamente difundido como uma alternativa para o aumento do sequestro de C no solo em diferentes ecossistemas. Entretanto, pouca atenção tem sido voltada para outros tipos de uso do solo que promovem a restauração da MOS. O cultivo do café sob sistema agroflorestal (SAF) tem sido considerado uma opção de manejo do solo ideal para solucionar parte dos problemas agrícolas na região da Zona da Mata mineira, uma vez que tais sistemas contribuem para a redução da erosão do solo, melhoram a ciclagem de nutrientes e aumentam os teores de MOS. Em 1995, uma equipe composta por agricultores familiares e pesquisadores, com o apoio do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, especialmente com Departamento de Solos, iniciaram um processo de experimentação participativa com o cultivo de café sob SAFs. O potencial dos SAFs para o aumento dos estoques de C, N e P no solo e o efeito desse tipo de manejo sobre a qualidade da MOS não estão completamente elucidados em agroecossistemas específicos na região da Zona da Mata mineira. As hipóteses gerais envolvidas no presente estudo consideram que: (i) devido ao constante aporte de resíduos orgânicos derivados dos componentes arbóreos, os SAFs favorecem o aumento dos estoques de C, N e P do solo e nos diferentes compartimentos da MOS em comparação ao sistema de cultivo à pleno sol (PSOL); e que (ii) a diversidade e qualidade dos resíduos orgânicos nos SAFs afetam as características químicas e estruturais da MOS refletindo as diferentes formas com que esta atua na ciclagem de nutrientes. Os objetivos gerais deste estudo foram: (i) quantificar os estoques de C orgânico, N e P do solo e em diferentes compartimentos da MOS em áreas com cultivo de café sob SAF e PSOL, e (ii) avaliar a influência da diversidade e qualidade dos resíduos orgânicos sobre as características químicas e estruturais das substâncias húmicas em ambos os sistemas. O estudo foi conduzido em três propriedades de agricultores familiares em sistemas de cultivo de café sob SAF e PSOL em áreas situadas nos municípios de Divino e Araponga na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Áreas sob fragmentos de mata nativa (MN) foram também amostradas e utilizadas como referência da condição de equilíbrio do solo. Amostras de solo foram coletadas nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. O capítulo 1 apresenta a introdução geral enfatizando os principais problemas do estudo. No capítulo 2 avaliaram-se os estoques totais de C orgânico, N e P no solo e nas substâncias húmicas. Os estoques de C orgânico nas áreas cultivadas variaram de 1,36 a 3,92 kg m-2 entre os diferentes sítios de estudo. De modo geral, não houveram diferenças significativas nos estoques de C, N e P do solo entre os sistemas SAF e PSOL em todos as áreas avaliadas. Tal efeito parece estar relacionado com outras características físicas do solo. O cultivo do solo reduziu os estoques de C em relação à MN. Nos SAFs tal redução foi menor quando comparado aos sistemas PSOL. A adoção dos SAFs resultou no aumento do índice de manejo de C em todos os sítios avaliados, sugerindo a reabilitação dos níveis de SOM. O potencial dos SAFs para o aumento do estoque de C no solo depende das condições ambientais particulares de cada sítio de estudo. A dinâmica do C, N e P no solo foi diretamente influenciada pela qualidade dos resíduos orgânicos nos SAFs. O estudo da dinâmica do C e N em diferentes classes de agregados é apresentado no capítulo 3. O teor de C na fração 250–2000 μm representou a maior parte do C orgânico total do solo. Em Divino, o conteúdo de matéria orgânica particulada livre no SAF foi 2,8 e 2,0 vezes maior que no sistema PSOL nas camadas de 0-5 e 5-10, respectivamente. Em Araponga(I) tais proporções foram 1,3 e 1,8 vezes maior no SAF comparado ao PSOL. Em Divino e Araponga(I) os SAFs melhoraram a agregação do solo devido ao aumento dos macroagregados estáveis e promoveram o aumento da proteção de C e N nos microagregados formados no interior do macroagregados. Portanto, a estabilidade dos teores de C e N no solo à longo prazo nestes sítios parece estar muito associada com a continuidade do cultivo sob manejo agroflorestal. No capítulo 4 foi realizada a caracterização da distribuição das formas inorgânicas e orgânicas de P (Pi e Po) em diferentes compartimentos em áreas sob SAF e PSOL. Para tal, utilizou-se a técnica de fracionamento sequencial. A distribuição dos compartimentos de Pi e Po variaram entre os diferentes sítios estudados, sugerindo que a ciclo do P depende das características particulares de cada agroecossistema. A dinâmica das frações de P nos SAFs dependeu do compartimento orgânico de P. Em Divino e Araponga(I), os SAFs aumentaram o compartimento de Po mineralizável (NaHCO3-Po + HClconc.-Po), o que favorece os processos biológicos na ciclagem de P no solo. Em Araponga(II), o SAF aumentou o compartimento de Po moderadamente lábil (NaOH-Po), sugerindo que a ciclagem de P ocorre a médio prazo, uma vez que este compartimento é considerado como fonte de P quando formas de maior labilidade são utilizadas prioritariamente. A caracterização química e estrutural dos ácidos húmicos (AH) e ácidos fúlvicos (AF) foi o enfoque do capítulo 5. AH e AF foram extraídos das camadas de 0-5 e 5-10 cm e caracterizados comparativamente utilizando técnicas químicas e espectroscópicas específicas, incluindo: análise elementar (teores de C, H, N and O), análise dos grupamentos funcionais, termogravimetria (TG), espectroscopia na região do infra-vermelho transformada de Fourier (FTIR) e resonância magnética nuclear do 13 C (13C CP-MAS/NMR). Em superfície, SAF em Divino apresentou AH com maior razão atômica H/C e menor O/C em relação ao cultivo PSOL, indicando que o manejo agroflorestal favoreceu a formação de AH com menor grau de oxidação. A tendência dos resultados obtidos com a análise elementar foi comprovada com a termogravimetria. De modo geral, os espectros de FTIR dos AHs e AFs foram semelhantes entre os tipos de manejo SAF e PSOL. Em todos os sítios estudados, os espectros de 13 C NMR de AH foram dominados pelo grupamento O-alquil C seguido de grupos alquil-C. Os dados de 13 C CP-MAS/NMR confirmaram os resultados obtidos com as demais técnicas, indicando que AH extraído de solos sob SAFs em Divino e Araponga(I) apresentaram menor grau de humificação, enquanto que em Araponga(II) esta clara evidência não foi verificada. Em conclusão, as mudanças químicas na estrutura de AHs e AFs em função do uso do solo sob manejo agroflorestal dependem das características particulares do ambiente nas quais este tipo de manejo é implantado. Desta forma, o efeito do manejo agroflorestal sobre as características químico-estruturais das substâncias húmicas em comparação ao manejo a pleno sol não deve ser generalizado. Finalmente, o capítulo 6 apresenta o resumo geral e as considerações finais, apontando alguns aspectos importantes quanto às necessidades de pesquisas futuras considerando o cultivo do solo sob manejo agroflorestal na Zona da Mata.
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    Conteúdo foliar de zinco, produção, qualidade de grãos e plasticidade foliar do cafeeiro em resposta ao suprimento do nutriente.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) Neves, Yonara Poltronieri; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    O objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade da suplementação do zinco via inserção de comprimidos na haste ortotrópica do Coffea arabica L., avaliar a resposta do cafeeiro em termos de produtividade e qualidade dos grãos a doses e modos de fornecimento de Zn e estudar o efeito do Zn na plasticidade anatômica foliar do cafeeiro. Para avaliação do conteúdo foliar de Zn foram instalados dois experimentos em área da Universidade Federal de Viçosa. O experimento 1 foi conduzido na área de pesquisa denominada "Agronomia Vale", no período de outubro de 2003 a junho de 2005. O ensaio foi analisado segundo um esquema fatorial 3x4 sendo o primeiro fator três formas de fornecimento de Zn (T0 - testemunha, sem fornecimento de Zn; T1 - pulverização foliar de ZnSO4 a 0,4%; T2 - combinação de sais 1 - com 1,80g de sais de Zn) e o segundo fator constituído de quatro cultivares de Coffea arabica L. (Acaiá IAC-474-19, Icatu Amarelo IAC-3282, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99). O experimento 2 foi instalado em novembro de 2006 e conduzido até fevereiro de 2009, na área de pesquisa denominada "Agronomia Aeroporto" sendo estudados os seguintes tratamentos: T0 - testemunha, sem fornecimento de Zn; T1.- pulverização foliar com ZnSO4 a 0,4%; T2 - combinação de sais 1 (comprimido com 1,8g de sais de Zn); T3 - combinação de sais 2 (comprimido com 0,5g de sais de Zn); T4 - combinação de sais 2 (comprimido com 1,0g de sais de Zn); T5 - combinação de sais 2 (comprimido com 3,0g de sais de Zn). As combinações de sais, em ambos os experimentos, foram fornecidas na forma de comprimidos inseridos no ramo ortotrópico do cafeeiro a 10 cm da superfície do solo. No experimento 2 também foram avaliados a produção de grãos, a qualidade dos grãos e o efeito do Zn na plasticidade foliar do cafeeiro. O suprimento de Zn em ambas as formas de fornecimento, pulverização foliar e comprimidos inseridos no tronco, aumentou os conteúdos foliares de Zn do cafeeiro embora os comprimidos tenham fornecido o nutriente de forma mais regular que a pulverização foliar. A produção e a qualidade dos grãos de café, caracterizada pelo seu tamanho, porcentagem de grãos brocados, condutividade elétrica e o potássio lixiviado, também foram maiores nos tratamento com fornecimento de Zn, independente da forma do fornecimento. Ambas as combinações de sais possuem comportamento semelhante, sendo a dose fornecida determinante para a obtenção do maior conteúdo foliar de Zn e maior produção de grãos. O fornecimento de Zn afetou a anatomia foliar que sob deficiência deste elemento aumentou as espessuras do limbo foliar, do mesofilo e do parênquima lacunoso. O suprimento de Zn por meio da inserção de comprimidos no tronco de cafeeiros mostrou ser uma forma promissora de fornecimento deste elemento.
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    Matéria orgânica de Latossolos Húmicos: análises térmica e espectroscópica, efeito do uso e correção química
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Assis, Cristiane Pereira de; Jucksch, Ivo; Universidade Federal de Viçosa
    Este estudo teve por objetivo principal contribuir na elucidação de vários aspectos relacionados com o comportamento da matéria orgânica (MO) em solos altamente intemperizados. Foram coletadas seis amostras de Latossolos com horizonte A húmicos em três regiões de Minas Gerais: i) Sericita, (sob café, pastagem, samambaias e fragmento de Mata Atlântica); ii) Mutum (sob fragmento de Mata Atlântica); e iii) Araçuaí (sob Cerrado). Amostras compostas foram obtidas para as camadas entre 0-10 e 60-100 cm de profundidade no horizonte A. Para a região de Sericita também foram coletadas amostras da serapilheira produzida sob café, pastagem e fragmento de Mata Atlântica para a analise comparativa da composição lipídica. Os lipídios (do solo e da serapilheira) foram extraídos com diclometano/metanol (3:1, v/v) utilizando sistema Soxhlet e analisados por cromatografia a gás e espectrometria de massa. As amostras de solo, coletadas em todas as regiões foram submetidas ao procedimento de extração e purificação dos ácidos húmicos (AH) e fúlvicos (AF), os quais foram caracterizados por análise elementar; espectroscopia no UV-visível e no infravermelho (FTIR), ressonância magnética nuclear (13C-RMN) e termodegradação por dessorção (280 °C) e pirólise (610 °C). Em Sericita na camada de 0-10 cm, o solo sob mata natural apresentou maior teor de lipídios que o solo cultivado. Houve preservação seletiva no horizonte húmico de biopolímeros alifáticos originados da serapilheira, com acúmulo entre 60-100 cm. Detectou-se também maior preservação de compostos alcanos de cadeia curta em solo sob vegetação natural. A composição lipídica sobre diferentes agroecossistemas permitiu avaliar mudanças relacionadas com o uso da terra. As técnicas aplicadas no estudo dos AH e AF foram eficientes para elucidar as diferenças estruturais entre essas frações, assim como suas modificações no perfil do solo. Por meio do UV-visível foi possível evidenciar a contribuição de pigmentos melânicos de origem fúngica como explicação do escurecimento observado em subsuperfície do horizonte A húmico. Os espectros no FTIR revelaram que os AH extraídos da região de Cerrado apresentaram menor processo de descarboxilação, desidratação, condensação e aromatização que aqueles extraídos em regiões de Mata Atlântica. A caracterização dos AH através do 13C -RMN indicou uma rota de humificação no sentido da diminuição de grupamentos alquílicos e aumentos na região de sinal do Caromático. Os resultados da termodegradação mostraram que AH e AF extraídos na superfície são estruturalmente mais ricos que aqueles de subsuperfície e, que sob vegetação natural há maior proporção de compostos nitrogenados na estrutura húmica da MO. Os resultados também indicaram que o aumento no sinal do C-aromático foi devido à presença de benzenos e tolueno. Detectou-se maior proporção de estruturas ricas em polissacarídeos nos AF extraídos entre 60-100 cm de profundidade, revelando importantes movimentações desses ácidos no perfil. Nos primeiros 10 cm, o uso agrícola do solo promoveu reduções nos compostos alifáticos e nitrogenados na estrutura dos AH e, de compostos fenólicos, de lignina, ácidos graxos e nitrogenados na estrutura dos AF. A termodegradação por dessorção e pirólise revelou que o aumento do grau de aromaticidade (~20%) verificado por 13C-RMN para os AH extraídos entre 60-100 cm, correspondeu principalmente à incorporação estrutural de compostos nitrogenados heterocíclicos. Os processos que conduziram à estabilização estrutural envolveram acúmulos de compostos nitrogenados, aromáticos e alifáticos em AH e de compostos aromáticos e fenólicos em AF. As características carboxílicas e fenólicas dos AF os tornam componentes chaves nos processos de complexação e translocação de Fe e Al nesses horizontes tropicais húmicos. Em razão da intensa utilização dos Latossolos Húmicos com cultivos de café e pastagem na região de Sericita, avaliou-se, paralelamente, o impacto de práticas agrícolas como calagem, adubação fosfatada e adição de fonte de carbono (sacarose) lábil na decomposição da MO. Para tanto, foi montado um experimento em delineamento inteiramente casualizado num esquema fatorial 5x2x2, sendo cinco níveis de calagem (0; 0,5; 1; 2 e 3 vezes a quantidade necessária para elevar a saturação de bases do solo a 60%), dois níveis de adubação fosfatada (com e sem) e dois níveis de fonte de C lábil na forma de sacarose (com e sem). Curvas de respiração foram estabelecidas a partir das quantidades acumuladas de C-CO2 liberado durante 136 dias e ajustadas ao modelo de cinética de primeira ordem. Após o período de incubação foram avaliados o C total do solo e das frações humificadas (humina, húmico e fúlvico). A produção total de C-CO2 acumulado no tempo foi afetada positivamente pela presença de sacarose. A fração fúlvica do solo tendeu a aumentar com a adição de sacarose e reduzir com a presença de fosfato. Observou-se também, com a calagem, redução do C da fração ácido húmico, e incremento no C da fração humina. Os resultados indicam que práticas agrícolas como calagem, adubações fosfatadas e adições de resíduos na forma de C-lábil alteram a dinâmica do C da matéria orgânica de Latossolos com horizontes A húmicos.
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    Eficiência de produção de raízes, absorção, translocação e utilização de nutrientes em cultivares de café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002) Amaral, José Francisco Teixeira do; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Foram avaliadas quatro variedades de café arábica (Acaiá IAC-474-19, Icatu Amarelo IAC-3282, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99) quanto à produtividade e eficiência nutricional. O experimento foi conduzido em Viçosa-MG, em condições de campo, no delineamento experimental em blocos completos casualizados envolvendo quatro variedades, quatro repetições e três níveis de adubação (baixo, normal e alto). As parcelas úteis constituíram-se de nove plantas com espaçamento de 2 x 1 m. Determinaram-se os teores e conteúdos de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu e Zn em raízes, caule, ramos, folhas e frutos de uma planta com trinta e um meses de idade, em cada parcela experimental. Avaliaram-se a produtividade, eficiência agronômica, eficiência de produção de raízes, eficiência de absorção de nutrientes, eficiência de translocação de nutrientes, eficiência de utilização de nutrientes e eficiência de recuperação de macronutrientes. A variedade Icatu Amarelo IAC-3282 foi a mais produtiva no ambiente com restrição de nutrientes, enquanto as variedades Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99 mostraram-se mais produtivas em ambientes com alto suprimento de nutrientes. Por sua vez, a variedade Acaiá IAC-474-19 apesar de responder positivamente à adubação, foi menos produtiva que as demais, principalmente no nível baixo de adubação. A melhor produtividade do Icatu Amarelo IAC-3282 no nível baixo de adubação pode ser devido à sua alta eficiência de utilização de P, enquanto as elevadas produtividades do Rubi MG-1192 e do Catuaí Vermelho IAC-99 no nível alto de adubação podem estar relacionadas às suas altas eficiências de utilização de nutrientes para produção de frutos. Estudaram-se, ainda, as correlações entre eficiências nutricionais por meio da análise de trilha. Encontraram-se altas correlações entre a eficiência de utilização (EUB) e de absorção (EAB) de boro, as quais medem relação de causa e efeito, pela elevada magnitude da estimativa de EUB sobre EAB.
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    Alocação de fotoassimilados e nutrientes em folhas e frutos de cafeeiro em diferentes altitudes de cultivo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007) Laviola, Bruno Galvêas; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Em regiões de maior altitude observa-se que o cafeeiro leva maior tempo para completar o seu ciclo. Em função disso, é possível que o pico de exigência nutricional em cafeeiros plantados em regiões de maior altitude seja mais tardio. Desta forma, as épocas e intervalos entre as práticas de adubação deveriam ser diferenciados, levando em conta, o período de maior exigência nutricional do cafeeiro em cada região. Determinou-se a alocação de fotoassimilados e nutrientes em frutos de cafeeiro arábico, da antese à maturação, em diferentes altitudes. Para este estudo foram efetuados dois experimentos, sendo um no município de Viçosa e outro em Martins Soares, ambos pertencentes ao estado de Minas Gerais. Em Viçosa, a 650 m de altitude, o experimento foi realizado com três variedades de cafeeiro distribuídas em três ensaios independentes (níveis de adubação baixo, adequado e alto), instalados em blocos ao acaso com duas repetições em esquema de parcelas subdivididas no tempo. Já, em Martins Soares, o experimento constituiu-se da variedade de cafeeiro (Coffea arabica L.) Catuaí IAC 44 cultivada a 720, 800, 880 e 950 m de altitude, em esquema de parcela subdividida no tempo, no delineamento inteiramente ao acaso, com três repetições. Em Viçosa, não se observou efeito das variedades, bem como dos níveis de adubação no acúmulo de macronutrientes em frutos nem em sua concentração nas folhas ao longo do período reprodutivo. Analisando ambos os experimentos verifica-se que a elevação da altitude de cultivo, de 650 m em Viçosa a 720 e 950 m em Martins Soares, influenciou o ciclo reprodutivo, como tabém no acúmulo de nutrientes e carboidratos em frutos de cafeeiro. Em menores altitudes o ciclo reprodutivo foi mais precoce e o acúmulo de nutrientes e carboidratos nos frutos ocorreu em maior velocidade. O acúmulo de nutrientes e carboidratos, assim como, a formação dos frutos foram mais críticos em condições de menor altitude, já que a planta necessita completar tais processos em menor espaço de tempo. De modo geral, a altitude influenciou na variação das concentrações foliares de nutrientes e carboidratos, apesar de não se ter observado um padrão de resposta da concentração foliar ao aumento da altitude. Conclui-se que a elevação da altitude de cultivo do cafeeiro retarda o acúmulo de nutrientes e carboidratos em frutos e folhas de cafeeiro.
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    Avaliação do estado nutricional do cafeeiro Conilon no Estado do Espírito Santo utilizando diferentes métodos de interpretação de análise foliar
    (Universidade Federal de Viçosa, 1993) Leite, Roberto de Aquino; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de Viçosa
    Foram amostradas 65 lavouras de cafeeiro Conilon representantes das principais classes de solos da região norte do Estado do Espírito Santo, nas safras de 86/87, 87/88 e 88/89. Coletaram-se amostras foliares para análise química, cujos resultados foram tabulados juntamente com os dados de produtividade das lavouras. Adotou-se como critério de produtividade ótima 30 sacas de café beneficiado/ha, por apresentar um aumento de 50% sobre aquela que atualmente é considerada satisfatória na região (20 sc/ha). Os resultados de análise foliar foram interpretados segundo os seguintes critérios: Nível Crítico; Alimentação Global e Equilibrios Fisiológicos; Indices Balanceados de Kenworthy e DRIS. Apresentou-se o método do nível crítico na forma de fertigrama que permitiu calcular a área do polígono que surge ao se unirem os pontos referentes aos teores de cada nutriente analisado. Não houve correlação significativa entre a produção e a área do fertigrama. Isoladamente os equilíbrios fisiológicos permitiram identificar visualmente, no diagrama, problemas nutricionais em escala regional, evidenciando desbalanceamentos nutricionais, principalmente com relação a Mg, Cu e Mn. O maior problema evidenciado foi com relação aos micronutrientes, especialmente para o Mn que se apresentou em níveis altos, em um grande número de lavouras, podendo inclusive estar causando problemas de toxicidade, principalmente no solo LE. No solo LA a deficiência de Mn foi freqüentemente observada. Os métodos índices balanceados de Kenworthy e DRIS apresentaram resultados bastante semelhantes entre si, porém o DRIS fornece além de seus índices normais, o índice de balanço nutricional global da lavoura (IBN), com o qual se pode evidenciar limitações de ordem não-nutricional.
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    Determinação da necessidade de calagem para o crescimento inicial do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998) Freitas, José de Arimatéia Duarte de; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de Viçosa
    Em experimento conduzido em casa de vegetação, objetivou-se determinar a necessidade de calagem para o crescimento inicial do cafeeiro em solos de Minas Gerais, por meio da avaliação dos efeitos das doses de calcário recomendadas por diferentes critérios sobre o crescimento inicial e a composição mineral de plantas jovens de café. Os tratamentos consistiram da combinação fatorial entre os 14 solos e sete doses de calcário, no delineamento em blocos ao acaso, com três repetições. Cinco doses de calcário foram definidas com base nos critérios neutralização do Al 3+ , solução-tampão SMP, neutralização do Al 3+ e elevação dos teores de Ca 2+ + Mg 2+ , saturação por bases e teor de matéria orgânica e elevação do pH do solo a 6,0. As outras duas corresponderam à testemunha e a uma dose adicional, para melhor compor o espaço experimental. Sete dm 3 de cada solo foram incubados com as respectivas doses de calcário, por 30 dias. Após este período coletaram-se amostras dos solos, para determinar: pH em água, H + Al, Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e K disponível. Subamostras de 5,0 dm 3 dos solos incubados foram acondicionadas em vasos, onde foram cultivadas duas plantas de café "Catuaí Vermelho", durante 12 meses. O solo de cada vaso foi adubado com todos os macro e micronutrientes. Ao fim do cultivo, coletaram-se o terceiro e quarto pares de folhas de cada ramo das plantas. Em seguida, colheram-se a parte aérea e o sistema radicular das plantas. A matéria seca foliar foi submetida à digestão nítrico-perclórica, e determinaram-se os teores de Ca, Mg e K. Os efeitos das doses de calcário foram avaliados por meio de equações de regressão ajustadas com as variáveis de respostas, em função das doses de calcário aplicadas. Com base nas equações de regressão ajustadas entre o pH dos solos e as doses de calcário, estimaram-se as doses necessárias para atingir pH 6,0. A partir das respectivas equações de regressão ajustadas, estimaram-se os teores de Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e H + Al e os valores de saturação por bases correspondentes a essas doses. Estimaram-se, também, as doses de calcário, o pH, os teores de Al 3+ , Ca 2+ , Mg 2+ e H + Al, os valores de saturação por bases e os teores foliares de Ca, Mg e K correspondentes a 95% da produção máxima de matéria seca total. As doses de calcário estimadas pelos critérios estudados correlacionaram-se com as doses necessárias para atingir pH 6,0, estimadas a partir das curvas de neutralização. Apenas o critério que visa a neutralização do Al 3+ e elevação dos teores de Ca 2+ + Mg 2+ e o critério que visa elevar a saturação por bases recomendaram doses de calcário que tenderam a se aproximar daquelas estimadas para atingir pH 6,0. As doses de calcário estimadas pelos diferentes critérios também correlacionaram-se com as doses necessárias para atingir 95% da produção máxima de matéria seca total de plantas de café. O critério que visa somente neutralizar o Al 3+ foi o único que, em geral, subestimou essas doses. Os demais critérios, sobretudo o que considera o pH do solo e o teor de matéria orgânica, tenderam a superestimá-las. Estes resultados indicam que as plantas de café, em seu estádio inicial de desenvolvimento, exigem menores doses de calcário que aquelas recomendadas pelos critérios em uso e, também, que na avaliação de critérios para determinação da necessidade de calagem deve-se considerar a resposta da cultura à dose de calcário como critério de referência, levando em consideração seu estádio de desenvolvimento.
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    Translocação e compartimentalização de zn em cafeeiro e feijoeiro, aplicado via raízes e folhas
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Foram realizados quatro experimentos, em casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, empregando-se plantas de feijão e café cultivadas em solução nutritiva. Os dois primeiros experimentos constaram de fatorial 2 x 3. Os fatores em estudo constituíram-se de cultivo em presença ou ausência de Zn na solução nutritiva e, aplicações foliares de soluções aquosas sem zinco, com ZnEDTA (0,31%) e com ZnSO4 (0,40%). Os dois últimos experimentos foram instalados em sistema de vasos geminados, sendo o sistema radicular igualmente dividido nos dois recipientes. Em um dos recipientes geminados foi adicionada uma solução sem Zn, e, no outro, foram aplicadas doses crescentes do elemento (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 mmol/L), as quais constituíram os tratamentos. O delineamento experimental utilizado para os quatro ensaios foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Nos dois primeiros experimentos, em ambas as espécies, o Zn fornecido pelo ZnSO4 foi mais adsorvido à cutícula da folha que o fornecido pelo ZnEDTA, demonstrando ser esta uma importante barreira a sua absorção. O estado nutricional do feijoeiro quanto ao Zn demonstrou ser uma característica importante no melhor aproveitamento do Zn aplicado via foliar. Em condição de inadequada nutrição em Zn, em ambas as espécies, a utilização de ZnEDTA mostrou ser mais eficiente, em termos de translocação do Zn para fora da folha em que foi aplicado. Quando foi aplicado ZnSO4 às folhas de cafeeiro, crescidas em solução nutritiva não contendo Zn, houve acúmulo de Zn no caule, indicando que há uma grande afinidade do Zn++ do sulfato com as cargas livres existentes nos vasos condutores. Nos dois últimos experimentos, para plantas de feijoeiro, o Zn apresentou mobilidade no floema, havendo translocação da parte aérea para o sistema radicular. Já as plantas de cafeeiro demonstraram apresentar mínima mobilidade ou mesmo imobilidade de Zn no floema. As plantas de feijoeiro apresentaram resposta linear crescente, tanto para teor, como para conteúdo de Zn nas diferentes partes analisadas em função do aumento das doses de Zn, a que metade do sistema radicular estava submetido. Plantas de cafeeiro apresentaram mínima alteração no peso da matéria seca, no conteúdo e teor de Zn da parte aérea, em resposta às doses de Zn fornecidas à metade do sistema radicular. O aumento das doses de Zn propiciaram acúmulo preferencial do elemento no caule, tanto do cafeeiro quanto do feijoeiro.
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    Sistema para recomendação de corretivos e de fertilizantes para a cultura do café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Prezotti, Luiz Carlos; Novais, Roberto Ferreira de; Universidade Federal de Viçosa
    Com base em informações disponíveis sobre a nutrição do cafeeiro e sobre os fatores que influenciam a disponibilidade de nutrientes do solo, desenvolveu-se um Sistema para recomendação de corretivos e de fertilizantes para a cultura do café arábica. Este Sistema tem por princípio o balanço nutricional, isto é, estima a adubação com base na diferença entre a quantidade de nutrientes necessária para a produção de biomassa vegetativa e de frutos e a quantidade de nutriente disponível no solo, utilizando equações que consideram idade da cultura, produtividade, população de plantas, volume de solo explorado pelas raízes, teor de nutrientes do solo e seu fator capacidade. Considera também a adição de nutrientes via retorno da casca de frutos, da biomassa incorporada por meio de podas (recepa, decote, esqueletamento e desbaste) e da adubação orgânica. Com o objetivo de comparar as recomendações de adubação adotadas nos estados maiores produtores de café do País com as estimadas pelo Sistema, foram realizadas várias simulações, em que se observam variações das doses de nutrientes, provavelmente atribuídas às diferentes características regionais de solo e clima. As doses determinadas pelo Sistema para essa comparação foram estimadas utilizando-se valores médios das variáveis (fator capacidade dos solos, teor do elemento "disponível", produtividade e população de plantas). Em situações em que uma ou mais dessas variáveis se distancia da média, o Sistema apresenta maior sensibilidade, variando as recomendações de maneira contínua, aproximando-se mais da realidade, ao passo que as tabelas não apresentam essa flexibilidade.
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    Efeitos de calcário, gesso e superfosfato triplo sobre a movimentação de cálcio, magnésio, enxofre e fósforo e o crescimento inicial do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1993) Bolivar, Georges Bruno; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Universidade Federal de Viçosa
    Objetivou-se avaliar no presente trabalho, principalmente, a movimentação de Ca, Mg, S e P, sua absorção e o crescimento inicial do cafeeiro Catuaí com a aplicação de doses de calcário, gesso e fósforo. O experimento constou de duas séries de 14 tratamentos gerados pela matriz Box-Bérard aumentada (3). A primeira envolveu o estudo de calcário e gesso e a segunda, combinações de doses da mistura calcário-gesso (3 :1 ) e doses de fósforo. Os tratamentos foram aplicados, na cova e no sulco, 15 dias antes do transplantio, em espaçamento de 3 x 1 m. Após 12 e 24 meses, foram coletadas amostras de solo às profundidades de 0 a 30, 30 a 50 e 50 a 80 cm, bem como amostras do terceiro e quarto pares de folhas. Também, mediram-se: comprimento de ramos ortotrópicos e plagiotrópicos, diâmetros de copa e tronco, número de ramos primários e a produção. Nas amostras de solos foram determinados pH, Ca, Mg e Al trocáveis e S e P disponíveis e, no extrato foliar, Ca, Mg, S e P. Houve lixiviação e movimentação de Ca e de Mg. A quantidade de nutrientes lixiviados e movimentados esteve relacionada às doses de cálcário e gesso e da mistura calcário-gesso. O pH diminuiu, em geral, pelo incremento das doses de gesso. Os teores de P disponível foram baixos. Houve pouca variação dos valores dos nutrientes foliares e das variáveis de crescimento. A produção aumentou linearmente com as doses de gesso e de fósforo e, quadraticamente, com as doses da mistura calcário e gesso.