UFV - Teses
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Item Mapeamento genético de marcadores AFLP ligados ao gene de resistência do cafeeiro à Hemileia vastatrix Berk. & Br.(Universidade Federal de Viçosa, 2007) Brito, Giovani Greigh de; Loureiro, Marcelo Ehlers; Universidade Federal de ViçosaA ferrugem alaranjada causada por Hemileia vastatrix Berk et Br é tida como a mais importante doença do cafeeiro. Este trabalho objetivou estudar a herança gênica e a identificação de marcadores moleculares ligados ao gene que confere resistência à raça II de H vastatrix. Para este estudo foram utilizados a população F2 (160 indivíduos), o retrocruzamento resistente (RCr; 20 indivíduos) e o suscetível (RCs, 135 indivíduos), derivados do cruzamento entre o Híbrido de Timor UFV 427-15 (CIFC 1343-136), genitor resistente e o suscetível Catuaí Amarelo UFV-2143-236 (IAC 30). Na população do Híbrido de Timor já foram detectados cinco genes (SH5 a SH9) que, de forma isolada ou em associação, conferem resistência às raças fisiológicas de H. vastatrix até o momento identificadas. Constituem-se, portanto, em importantes fontes de resistência, as quais poderão auxiliar na obtenção de cultivares que apresentem resistência durável a esta doença. A análise de segregação das populações, em estudo, indicou que um único gene dominante, presente no acesso do Híbrido de Timor UFV427-15, é responsável pela resistência à raça II do fungo H. vastatrix. Foram utilizadas as metodologias de BSA (Bulked Segregant Analysis) e AFLP, e analisadas 852 combinações de primers, que permitiram identificar três marcadores ligados ao gene de resistência. O mapeamento genético na população F2 demonstrou que estes marcadores flanqueiam esse gene. De um lado, o marcador E.CTC/M.TTT405 posicionase a 8,69 cM do gene, (LOD= 18,91), enquanto o marcador E.CGT/M.TGT300 dista-se 28,00 cM (LOD= 4,02). Do outro lado do gene, o marcador E.CCT/M.TTC230 situa-se a 20,50 cM do gene de resistência (LOD= 6,15). Estes são os primeiros marcadores ligados ao gene de resistência à ferrugem presente no Híbrido de Timor identificados e poderão ser úteis na seleção em programas de melhoramento para a resistência à ferrugem.Item Diversidade genética e introgressão do genoma em café.(Universidade Federal de Viçosa, 2009) Setotaw, Tesfahun Alemu; Sakiyama, Ney Sussumu; Universidade Federal de ViçosaPara estudar a diversidade genética e o padrão de melhoramento entre cultivares de C. arabica lançados entre 1939 e 2009, foi utilizado um total de 110 cultivares. A fim de avaliar a introgressão do genoma do Híbrido de Timor e sua relação com outras espécies de café, foram utilizados cinco acessos de C. arabica, dez de C. canephora var conilon, quinze de C. canephora var robusta e quarenta e seis de Híbrido de Timor, com os marcadores moleculares AFLP, RAPD e SSR. O coeficiente de parentesco estimado entre cultivares de C. arabica foi usado para o estudo da diversidade genética e do padrão de melhoramento do café arábica no Brasil, mostrando uma baixa diversidade genética. O padrão de melhoramento de C. arabica no Brasil foi definido pelas treze linhagens ancestrais. Entre elas, Bourbon Vermelho, Sumatra e Híbrido de Timor contribuíram com mais de 80.00% dos genes para os cultivares de C. arabica. As duas primeiras progênies, Mundo Novo e Icatu Vermelho, contribuíram com 87.56% dos genes para os cultivares de C. arabica no Brasil. A diversidade genética entre cultivares de C. arabica lançados recentemente foi aumentada com a introdução de novas linhagens parentais no programa de melhoramento. O estudo de relação genética entre Híbrido de Timor e outras espécies mostrou alta similaridade genética entre Híbrido de Timor e C. arabica. A análise de introgressão do genoma entre Híbrido de Timor CIFC 4106 com C. arabica e C. canephora var robusta mostrou 18.9% de introgressão do genoma de C. canephora. A mesma análise, considerando todos os acessos de Híbrido de Timor, foi de 10.00%, o que confirma a baixa introgressão de C. canephora. Este resultado confirma que Híbrido de Timor não é planta F1, mas que é proveniente de, no mínimo, dois retrocruzamentos com C. arabica. Além disso, este estudo mostrou a existência de alta diversidade genética entre acessos de Híbrido de Timor, o que é importante no melhoramento de C. arabica no Brasil e no mundo, uma vez que Híbrido de Timor é usado como fonte de resistência para doenças e pragas no café.Item Biometria aplicada ao melhoramento genético do café Conilon.(Universidade Federal de Viçosa, 2004) Ferrão, Romário Gava; Cruz, Cosme Damião; Universidade Federal de ViçosaDas diferentes atividades ligadas ao negócio agrícola em nível mundial, o agronegócio do café está entre as de maior importância econômica e social. O Brasil é o maior produtor desse grão, com mais de 30% da produção mundial, sendo o Estado do Espírito Santo o segundo maior produtor brasileiro, com aproximadamente 20% da safra nacional. No citado estado, Coffea canephora, variedade Conilon, é a espécie mais plantada, representando mais de 60% do café do estado e 70% do café Robusta brasileiro. Em razão da importância do café Conilon do Espírito Santo, vem o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) desenvolvendo um programa de pesquisa em melhoramento genético, desde 1985. Como resultados aplicados desse programa, foram desenvolvidas, lançadas, recomendadas e disponibilizadas aos produtores capixabas cinco variedades clonais e uma propagada por semente. O objetivo geral deste trabalho foi gerar informações biométricas que poderão ser úteis na geração de novos conhecimentos e, ou, tecnologias, no planejamento, redirecionamento e execução de futuros trabalhos de melhoramento genético com o Conilon no Espírito Santo. Quarenta genótipos foram avaliados por sete colheitas em dois locais nas Fazendas Experimentais do Incaper, nos municípios de Sooretama e Marilândia, ES, no delineamento experimental em blocos casualizados, com relação a 18 características. Esta tese é composta por quatro capítulos, que, além das avaliações dos comportamentos dos genótipos, foram realizadas diferentes análises biométricas, como a obtenção de estimativas de parâmetros genéticos, estudos de repetibilidade de comportamento para produção, análise de divergência genética, estimativas de interação genótipo x ambiente e de adaptabilidade e estabilidade de produção. Na maioria dos caracteres estudados nas diferentes colheitas e locais, verificaram-se diferenças significativas (P<0,05 ou 0,01) para genótipos que, associados às magnitudes da variância genética e coeficientes de variação genotípicos e também ao coeficiente de determinação genotípico e à relação CVg/CVe, indicam a existência de variabilidade genética nos materiais genéticos para as características em Sooretama e Marilândia e condições favoráveis para obtenção de ganhos genéticos pela seleção nos dois locais. As altas produtividades médias obtidas nos dois locais (acima de 60 sc.benef./ha), com genótipos produzindo mais de 120 sc/ha, evidenciam o elevado potencial produtivo da maioria dos genótipos. Nos estudos de correlações, em 95,45% dos casos a correlação genotípica foi superior à fenotípica, mostrando maior influência dos fatores genéticos em relação aos ambientais e condições propícias ao melhoramento dos diferentes caracteres. O estudo de repetibilidade indicou que o método de componentes principais com uso de matriz de covariância foi o mais adequado, com coeficientes de repetibilidade de 0,501 e 0,432 e R 2 de 87,56 e 84,19%, em Sooretama e Marilândia, respectivamente, e que são necessárias de cinco a sete colheitas para se obter acurácia de 85% do valor real do genótipo. No estudo de divergência genética, observou-se pela distância generalizada de Mahalanobis dissimilaridade entre os genótipos variando de 1,28 a 211,70. O agrupamento de genótipos, pela técnica de Tocher, indicou que em Sooretama os genótipos foram distribuídos em 10 grupos e, em Marilândia, em cinco grupos. Na análise de dispersão gráfica pela técnica de variáveis canônicas, os genótipos mais divergentes em Sooretama foram ES 318, ES 311, ES 308 e ES 01- T2 e, em Marilândia, ES 315, ES 318, ES 338, ES 317, ES 309, ES 337 e ES 321. Seguindo as metodologias de Eberhart e Russell (1966), Cruz et al. (1989), Lin e Binns (1988) e Carneiro (1998), nos estudos de adaptabilidade e estabilidade nenhum clone foi considerado ideal, mas ES 309, ES 311, ES 319, ES 332 e ES 336 apresentaram adaptação geral; ES 308, ES 313, ES 320, ES 327, ES 328, ES 329, ES 335 e ES 337 o fizereram em ambientes favoráveis e os clones ES 309, ES 328 e ES 329, em ambientes desfavoráveis, apesar de apresentarem baixa previsibilidade, mesmo exibindo R 2 i >70% pelas duas primeiras metodologias. Os resultados são importantes para programas de melhoramento, em especial para o conduzido no Estado do Espírito Santo, uma vez que foram obtidos conhecimentos que avaliam a variabilidade genética da espécie; caracterizam os ambientes onde é desenvolvida a maioria dos estudos de melhoramento; proporcionam informações úteis na predição de ganhos genéticos e na seleção direta e indireta de caracteres; auxiliam a definição dos materiais genéticos que poderão compor novas variedades clonais melhoradas, de progenitores divergentes, que poderão ser utilizados em cruzamentos visando à obtenção de híbridos e auxiliar a recomendação de clones para os diferentes ambientes; e, sobretudo, definem mais eficientemente o tempo necessário de melhoramento e outras estratégias, objetivando a obtenção de maiores ganhos genéticos, com menores custos e tempo.Item Desenvolvimento, eficiência nutricional e produção, de cafeeiros enxertados.(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Tomaz, Marcelo Antonio; Sakiyama, Ney Sussumu; Universidade Federal de ViçosaO objetivo destes três experimentos foi avaliar o desenvolvimento, eficiência nutricional e produção, de cafeeiros enxertados. O primeiro experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, utilizando o método circulante de fornecimento de solução nutritiva e areia como substrato. Utilizaram-se como enxerto quatro genótipos de Coffea arabica L.: as variedades Catuaí Vermelho IAC 15 e Oeiras MG 6851 e as progênies ‘H 419-10-3-1-5’ e ‘H 514-5-5-3’ e, como porta-enxerto, quatro genótipos, sendo três de Coffea canephora Pierre ex Froenher: Apoatã LC 2258, Conilon Muriaé-1 e RC EMCAPA 8141 (recombinação entre clones da variedade Robustão Capixaba - EMCAPA 8141) e uma variedade de C. arabica: Mundo Novo IAC 376-4, além da utilização de quatro pés-francos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 20 tratamentos, 4 repetições e uma planta por parcela. Após 170 dias do transplantio para os vasos, o material foi seco, pesado, triturado e analisado quimicamente para os cálculos das eficiências de absorção, translocação e utilização de zinco, cobre e manganês. O segundo trabalho foi conduzido em condições de campo, na fazenda Jatobá município de Paula Cândido – MG, utilizando os mesmos tratamentos do primeiro experimento. O delineamento foi em blocos casualizados com 20 tratamentos, 3 repetições, 4 plantas por parcela e espaçamento de plantio 3,0 x 0,80 metros. As medições realizadas foram de crescimento e produção. O terceiro experimento foi conduzido no viveiro de café da Universidade Federal de Viçosa, MG, utilizando-se vasos de 20 Litros e como substrato, terra, areia e esterco. Utilizaram-se como enxertos da espécie C. arabica as variedades Catuaí Vermelho IAC 15 e Oeiras MG 6851 as progênies ‘H 419-10-3-4-4’ e ‘H 514-5-5-3’. Como porta-enxerto foram empregados cinco progênies famílias de meio-irmãos de clones de Coffea canephora Pierre cv. Conilon ‘ES 21‘, ‘ES 36‘, ‘ES 26‘, ‘ES 23‘ e ‘ES 38’. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 24 tratamentos, 3 repetições e 3 plantas por parcela. Após 18 meses do plantio em vaso avaliou-se o crescimento de raiz e parte aérea das plantas. Posteriormente o material foi seco, pesado, triturado e analisado quimicamente para o cálculo das eficiências de absorção, translocação e utilização de nutrientes pelas plantas. Em hidroponia a progênie ‘H 514-5-5-3’ apresentou melhor desempenho na eficiência de utilização de Zn, Cu, Mn e produção de matéria seca quando combinada com os porta-enxertos Apoatã e Mundo Novo. No trabalho conduzido em campo, a progênie ‘H 419-10-3-1-5’ apresentou aumento na produção de café quando combinada com os porta-enxertos Apoatã LC 2258 e RC EMCAPA 8141, e no crescimento pelo RC EMCAPA 8141. No experimento em vasos a combinação de enxertia Catuaí 15/ES 26, apresentou grande afinidade entre copa/porta-enxerto, o que condicionou um maior desenvolvimento da planta. A variedade Catuaí Vermelho IAC 15 foi beneficiada na eficiência de utilização de N, P, Mg e produção de matéria seca total, pelo porta-enxerto ‘ES 26’ e ‘ES 23’ e na eficiência de utilização de K pelo porta-enxerto ‘ES 23’. Na maioria das vezes as plantas enxertadas, tiveram desempenho igual ou inferior ao do pé-franco no desenvolvimento, eficiência nutricional e produção.Item Diversidade de bactérias endofíticas em frutos de café(Universidade Federal de Viçosa, 2008) Cordero, Alexander Francisco Perez; Borges, Arnaldo Chaer; Universidade Federal de ViçosaO objetivo do presente trabalho foi estudar a diversidade de bactérias endofíticas associadas aos frutos em quatro cultivares de Coffea arabica L., em diferentes altitudes na Zona da Mata Norte, Minas Gerais, Brasil. As amostras de frutos sadios, no estádio cereja, foram coletadas em lavouras de Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Bourbon Amarelo e Bourbon Vermelho. O isolamento e a quantificação de bactérias dos frutos foram realizados em meio de cultura R2A, estabelecendo-se uma coleção de culturas de bactérias endofíticas e epifíticas de frutos de café no Laboratório de Ecologia Microbiana (LEM) do Departamento de Microbiologia com 381 isolados, dos quais 134 de endofíticas. Entre essas foram identificados e descritos 48 morfotipos, que constituíram o universo-base para o presente estudo. A identificação fenotípica foi por características culturais e análises de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) pelo sistema de identificação Sherlock®(MIDI). O estudo das endofíticas cultiváveis foi realizado com dados do seqüenciamento direto de amplicons obtidos por PCR, enquanto que para o das não-cultiváveis foram utilizados primer específicos para grupos de bactérias de três filos, Proteobacteria classes, [alfa], [Beta] e y, Firmicutes e Actinobacteria, sendo os produtos do Nested-PCR analisados por eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE). Nas amostras de café cereja a altitudes entre 676 até 1.187 m, as densidades de endofíticas variaram, em UFC.fruto-1, de 2,93 x 104 a 6,2 x 106 em Catuaí Amarelo; 7,6 x 104 a 6,0 x 106 em Catuaí Vermelho; 1,24 x 104 a 1,35 x 106 em Bourbon Amarelo e 4,6 x 104 a 2,69 x 106 em Bourbon Vermelho. As médias de densidades populacionais de bactérias endofíticas, em relação a cultivares e à altitude, diferiram (p<0,05) entre si. Os maiores valores das médias a altitudes superiores a 1.000 m, em Catuaí Vermelho e Bourbon Vermelho, diferiram (p<0,05) das de Catuaí, Amarelo e Vermelho à 676 m . A correlação simples por Pearson mostrou relação positiva (p<0,05) entre as contagens e altitude. As endofíticas cultiváveis foram identificadas com base no perfil FAME/MIDI como sendo de isolados de Curtubacterium flaccumfaciens betae/oortii (LEM CA16, LEM CV20, LEM CA25 e LEM CA28), Brevibacterium epidermis/oidium (LEM BV41), Microbacterium barkeri (LEM CA26 e LEM BV37), Microbacterium luteolum (LEM CA01), Pectinobacterium carotovorum/carotovorum (LEM CA30, LEM CV35, LEM BV38, LEM BA43 e LEM BA45), Pseudomonas putida biótipo A (LEM BA47), Salmonella typhymurium GC grupo B (LEM CV19), Staphylococcus simulans (LEM CV23) e Bacillus sp. (LEM CV24). A análise filogenética com uso de seqüências de rDNA 16S mostrou, para o isolado LEM CV24 uma maior identidade com Bacillus niacini AJ21160.1, enquanto o LEM BV39 correspondeu a Enterobacter amnigenus EU340927.1, e os isolados LEM CA01 e BV37 a Microbacterium sp. Das bactérias endofíticas associadas a cultivares de café, P. carotovorum/carotovorum, S. typhymurium, B. epidermis/oidium, S. simulans, B. niacini e E. amnigenus, são relatadas pela primeira vez como endofíticas em frutos de cafeeiros arábica. As análises de diversidade de bactérias totais, endofíticas e epifíticas, por PCR-DGGE utilizando o primer universal (F948GC/R1378), revelaram a presença de 80 unidades taxonômicas operacionais (UTOs), enquanto a riqueza de endofíticas correspondeu a 64 UTOs. Entretanto, com a utilização de grupos de primer específicos, Nested-PCR, a diversidade de bactérias endofíticas correspondeu a uma riqueza de 110 UTOS para o filo Firmicutes, 71 para y-Proteobacteria e 50 UTOs para Actinobacteria. A constatação da existência de diversidade de endofíticas em C. arábica evidencia a urgência de estudos funcionais desta microbiota, especialmente com relação a compostos precursores de aroma, sabor e acidez, de interesse para produção comercial de cafés de qualidade superior.Item Repetibilidade, correlações fenotípicas e mapeamento de QTLs em populações segregantes de café arábica.(Universidade Federal de Viçosa, 2004) Machado, Cristina de Fátima; Sakiyama, Ney Sussumu; Universidade Federal de ViçosaTrês populações de retrocruzamento 1 (RC1) e uma população F2 foram obtidas a partir do cruzamento "Mundo Novo IAC 464-18 x Híbrido de Timor UFV 440-22", sendo elas: população 1, RC1 - [("Mundo Novo IAC 464-18 x Híbrido de Timor UFV 440-22") x ("Mundo Novo IAC 464-18")], com 28 plantas; população 2, RC1 - [("Mundo Novo IAC 464-18") x ("Mundo Novo IAC 464-18 x Híbrido de Timor UFV 440-22")], com 40 plantas; população 3, RC1 - [("Mundo Novo IAC 464-18 x Híbrido de Timor UFV 440-22") x ("Híbrido de Timor UFV 440-22")], com 86 plantas; e população 4, F2 - com 47 plantas, obtida a partir da autofecundação controlada de uma planta F1 (H 464-2). Inicialmente foram estimados os coeficientes de repetibilidade e seus respectivos coeficientes de determinação, por meio dos métodos dos componentes principais e análise estrutural, a partir das matrizes de covariância e correlação. As características agronômicas avaliadas foram: altura da planta (ALTP), diâmetro da copa (DICP), vigor vegetativo (VIVG), posição da ramificação principal (PRAP), número de ramos laterais (NRAL), número de nós no ramo principal (NNRP), número de nós nos ramos laterais (NNRL), altura do primeiro ramo (ALPR) e diâmetro do caule (DIAC). As avaliações fenotípicas foram realizadas em cinco sucessivas épocas de avaliação (novembro de 2002 a novembro de 2003), com intervalo de três meses entre avaliações, exceto para o DIAC que foram quatro, sendo estas iniciadas a partir da segunda época de avaliação das demais características. As populações 1 e 2 (RC1s) e 4 (F2) foram avaliadas, a partir de 17 meses e a população 3, RC1 a partir de 50 meses. As altas estimativas de repetibilidade das nove características (épocas 1 a 5) nas quatro populações segregantes de café arábica, além da existência de correlações significativas a 1% de probabilidade, apontam tais características como bons indicadores da acurácia na identificação dos locos controladores das características quantitativas (QTLs) para a seleção precoce. Neste sentido, marcadores do tipo RAPD foram utilizados para construção de dois mapas de ligação, utilizando-se LOD escore mínimo (logaritmo na base 10 da razão entre a probabilibildade de que os marcadores estejam ligados e a probabilidade de que eles não estejam ligados) de 3,0 e r (freqüência máxima de recombinação entre o QTL e o marcador) de 0,40. Para a população 3, RC1 um dos objetivos foi aumentar o número de marcas no mapa de ligação do cafeeiro, construído pelo programa de melhoramento do cafeeiro da Universidade Federal de Viçosa (UFV)/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). Tais mapas foram construídos, visando caracterizar e identificar os possíveis QTLs candidatos associados a essas características. Cinqüenta marcadores RAPD foram acrescentados ao mapa parcial da população 3, RC1. Um total de 137 marcadores RAPD foram obtidos, dos quais 124 (90,51%) apresentaram segregação 1:1 (P < 0,01), 13 (9,49%) segregação (2:1). Para a construção do mapa, foram utilizados os 124 marcadores, que segregaram 1:1, sendo que 26 não mostraram-se ligados aos grupos formados. Noventa e oito marcadores RAPD resultaram em 10 grupos de ligação (GLs) cobrindo 789,55 cM. Os quatro primeiros grupos obtidos tiveram boa densidade de marcadores. O maior intervalo entre dois marcadores adjacentes foi 33,42 cM, sendo que 88,64% dos intervalos não excederam 20 cM. Na população segregante 4, F2, 97 marcadores RAPD foram utilizados para construção do mapa, sendo que 35 não mostraram-se ligados aos grupos formados. Sessenta e dois marcadores RAPD resultaram em 13 GLs cobrindo 339,71 cM. O maior intervalo entre dois marcadores adjacentes foi 20,58 cM, sendo que 97,96% dos intervalos não excederam 20 cM. As metodologias de marca simples, mapeamento por intervalo simples e mapeamento por intervalo composto foram empregadas, para detectar e mapear regiões genômicas associadas às nove características agronômicas mencionadas anteriormente. A metodologia de marca simples além de indicar marcadores consistentes, que explicam as variações das características ALTP, DICP, VIVG, PRAP, NRAL, NNRL e ALPR (população 3, RC1) e ALTP, DICP, PRAP, NRAL, NNRP, NNRL e ALPR (população 4, F2) (épocas 1 a 5), apontaram dois e três marcadores, respectivamente, associados a mais de uma característica nessas populações. Tais marcadores são: a) OPZ09 associado ao VIVG e a ALPR; e OPAK08b associado ao NNRL e a ALPR (população 3, RC1); e b) OPAL12 associado a PRAP e a ALPR; OPAX20 associado ao NRAL e ao NNRP; e OPAR02 associado ao NNRL e a ALPR (população 4, F2). As metodologias de marca simples e mapeamento por intervalo composto detectaram e identificaram um QTL associado a PRAP e um outro ligado a ALPR. Tais QTLs foram consistentes (épocas 1 a 5), e estão presentes nos GLs 5 e 9 do mapa parcial de ligação da população 3, RC1, respectivamente, para a PRAP e a ALPR. Estes QTLs explicam de 12,25% a 16,48% e de 8,27 a 8,44% da variação fenotípica da característica PRAP, associada aos locos OPV17 e OPS10a, além da ALPR associada ao loco OPAK08b. Para a população 4, F2, um QTL consistente (épocas 1 a 5), associado a ALPR foi detectado e identificado por meio das metodologias de marca simples, mapeamento por intervalo simples e mapeamento por intervalo composto. Tal QTL está presente no GL 4 do mapa parcial de ligação da população 4 (F2). Este QTL explica entre 29,14% a 29,41% (épocas 1 e 2) e entre 30,32 a 30,45% (épocas 3 a 5) da variação fenotípica da característica ALPR associada aos locos OPAE05 e OPG14. O número reduzido de QTLs detectados no presente estudo é devido à baixa saturação do mapa, número reduzido das progênies e a utilização de um só tipo de marcador (dominante). O número de grupos de ligação, obtidos para as duas populações segregantes mapeadas, é inferior ao correspondente número haplóide de cromossomos (22). Sendo assim, o genoma de Coffea arabica L. foi parcialmente explorado e muitas regiões ainda não foram identificadas.Item Utilização de técnicas citogenéticas, de citometria de fluxo e de imagem para caracterização do genoma de Coffea canephora e C. arabica(Universidade Federal de Viçosa, 2008) Clarindo, Wellington Ronildo; Carvalho, Carlos Roberto de; Universidade Federal de ViçosaA aplicação de técnicas citogenéticas, de citometria de fluxo e de imagem tem possibilitado a caracterização do genoma de Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre ex Froehner. Esses trabalhos vêm provendo relevantes informações a estudos evolutivos e para o melhoramento da cultura. Levando em conta a necessidade de ampliação das informações acerca do genoma de C. arabica e C. canephora, esse estudo aprimorou estratégias citogenéticas e citométricas para gerar novos dados acerca do genoma dessas espécies. Inicialmente, metodologias citogenéticas aplicadas em suspensões de agregados celulares de C. canephora geraram cromossomos com morfologia adequada para caracterização morfométrica e montagem do cariograma da espécie. A aplicação das técnicas de bandeamento Ag-NOR e Hsc-FA possibilitaram a identificação da NOR ativa no braço curto do cromossomo 6. Após empregar os mesmos procedimentos utilizados para C. canephora em agregados celulares de C. arabica, foram obtidos cromossomos metafásicos e prometafásicos apresentando resolução suficiente para realização das análises citogenéticas e para montagem do cariograma da espécie. As análises morfométricas evidenciaram tanto cromossomos morfologicamente idênticos quanto diferentes, sugerindo que C. arabica é um alotetraplóide, não segmental, formado a partir do cruzamento de duas espécies com genoma similar. A citometria de fluxo foi empregada para mensurar o conteúdo de DNA nuclear e determinar a composição de bases de C. canephora e C. arabica. Análises preliminares mostraram que os procedimentos envolvendo o uso dos tampões OTTO e de compostos antioxidantes resultaram histogramas apresentando picos de núcleos em G0/G1 com coeficientes de variação considerados adequados para análises citométricas. Além disso, foi demonstrado que, em comparação com Pisum sativum e Raphanus sativus, Solanum lycopersicum foi a planta utilizada como padrão de DNA conhecido que gerou as estimativas mais acuradas acerca do conteúdo de DNA nuclear de C. arabica e C. canephora. Numa segunda etapa foi verificado que o tamanho médio do genoma nuclear de C. arabica (2,62 picogramas) e C. canephora (1,41 picogramas) obtido por meio do fluorocromo iodeto de propídeo foi idêntico ao mensurado com núcleos corados com SYBR Green I. Entretanto, o corante SYBR Green I proporcionou análises citométricas mais precisas, visto que os picos gerados por núcleos na fase G0/G1 apresentaram coeficientes de variação abaixo dos obtidos com iodeto. Além do conteúdo absoluto de DNA, a composição de bases também foi mensurada para as duas espécies utilizando núcleos corados com 4’,6’-diamidino-2-fenilindole (DAPI) e cromomicina A3 (CMA3). C. arabica apresentou um percentual de bases AT equivalente a 63,04% e GC 36,96%, enquanto o percentual de base AT de C. canephora foi 65,27% e GC 34,73%. A associação de metodologias citogenéticas e citométricas de fluxo e imagem permitiu estimar o conteúdo de DNA de cada cromossomo de C. arabica e C. canephora. Os resultados obtidos também mostraram que C. arabica é um verdadeiro allotetraplóide e geraram evidências que C. canephora é um possível progenitor dessa espécie. Os dados apresentados forneceram novas informações acerca das características, composição e organização do genoma de C. arabica e C. canephora e representam um avanço na prospecção do genoma do cafeeiro.Item Enraizamento de estacas de Coffeea arabica L.(Universidade Federal de Lavras, 2000) Pereira, André Barretto; Pasqual, Moacir; Universidade Federal de LavrasA propagação vegetativa de Coffeaarabica L. se justifica para imediata exploração de híbridos F1, representando grande economia de tempo com a redução do número de ciclos de seleção necessários para obtenção de linhagens, garantindo a uniformidade do povoamento e manutenção do ganho genético obtido na seleção. Com o objetivo de ampliar os conhecimentos no enrzizarnento de estacas de C. arabica L., foram realizados vários experimentos, em casa de vegetação, nos anos de 1997 a 1999, na Universidade Federal de Lavras (Lavras-MG), abordando os efeitos do tempo de imersão em solução com auxinas, acido indolbutírico (AIB) e ácido naftaleno-acético (ANA), o comportamento de cultivares, o uso de diferentes substratos e uma alternativa ao uso de estufas com sistemas automáticos de nebulização, para produção de mudas por estaquia de C. arabica L. Foram utilizadas estacas herbáceas, oriundas de ramos ortotrópicos, constituídas de um nó, um par de folhas reduzidas a l/3 de seu tamanho e 8-10 cm de comprimento. Os resultados obtidos mostraram que o AIB como promotor de enraizamento não é eficiente e, portanto, seu emprego não é recomendável para estacas de C. arabica L. cv. "Mundo Novo". Há aumento do percentual de enraizamento com imersão da base da estaca em solução com 650 mg.L-1 de ANA por 6 horas. Os substratos areia, húmus de minhoca, moinha de café (resíduo da máquina de beneficiamento de café) e o substrato padrão (utilizado na germinação de sementes de café) apresentam bom desempenho no enraizamento em estufas com nebulização. Os cultivares Catuaí e Icatu enraízam melhor do que o Mundo Novo. O composto orgânico mostra ser o melhor em estufas sem nebulização. A utilização de estufim para o enraizamento de estacas de C. arabica L. é uma alternativa tecnicamente viável. O período de 6 semanas mostra-se ideal para permanência das estacas no estufim.Item Padrões moleculares, diversidade genética e mapa parcial de ligação do cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Cabral, Terezinha Aparecida Teixeira; Sakiyama, Ney Sussumu; Universidade Federal de ViçosaCinqüenta e dois primers arbitrários foram utilizados para avaliar a reprodutibilidade e a influência do número de marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) na estimação de distâncias genéticas entre 40 acessos do gênero Coffea do banco de germoplasma da UFV/EPAMIG (incluindo 4 espécies diferentes). A técnica RAPD mostrou-se adequada para a estimação de distâncias genéticas (complemento de Jaccard) entre acessos de Coffea, obtendo-se nível de reprodutibilidade de 76,88%. O número de locos não influenciou a formação dos grupos principais, mas influenciou a ordenação dos acessos dentro dos subgrupos. Para a caracterização molecular de 18 clones diferenciadores de raças de Hemileia vastatrix foram utilizados 35 primers da Operon Technologies, Inc. Os 35 primers identificaram 158 locos polimórficos. O agrupamento, utilizando o método UPGMA, foi realizado com base na matriz de valores de dissimilaridades (complemento de Jaccard), e os grupos formados foram compatíveis com as informações disponíveis na literatura sobre a origem genealógica. A técnica RAPD foi eficaz na caracterização dos clones diferenciadores, produzindo marcas específicas para cada clone. O mapa parcial de ligação gênica para Coffea arabica L. foi construído a partir de uma população segregante RC1 obtida do cruzamento entre Mundo Novo (IAC 464-18) e Híbrido de Timor (CIFC 2570), sendo este último utilizado como genitor recorrente. Foram obtidos 93 marcadores RAPD, dos quais 87 (93,5%) apresentaram segregação 1:1 (P>0,01), quatro (4,4%) segregação 2:1 (P>0,05) e dois (2,2%) segregação 5:1 (P>0,05). Para construção do mapa, foram utilizados os 87 marcadores que segregaram 1:1, sendo que cinco não mostraram-se ligados aos grupos formados. Oitenta e dois marcadores RAPD resultaram em oito grupos de ligação cobrindo 540,6 cM. Os grupos obtidos tiveram uma boa densidade de marcadores, exceto dois grupos. O maior intervalo entre dois marcadores foi 36.4 cM, e 94,5% dos intervalos não excederam a 20 cM. O tamanho dos grupos de ligação apresentou alta correlação com o número de marcadores (r=0,887), indicando distribuição aleatória dos marcadores nos grupos. O número de grupos de ligação é inferior ao correspondente número haplóide de cromossomos (22) e, portanto, o genoma da espécie foi parcialmente explorado e muitas regiões ainda não foram identificadas.Item Colonização de Coffea arabica L. por bactérias endofíticas promotoras de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Sakiyama, Cássia Camargo Harger; Silva, Daison Olzany; Universidade Federal de ViçosaOs protocolos de esterilização superficial e de isolamento de bactérias endofíticas foram estabelecidos para frutos e caules de café arábica. Um isolado bacteriano produtor de pectina liase extracelular foi fisiologicamente e fenotipicamente caracterizado. A incidência de microbiota epifítica e endofítica foi constatada em amostras de frutos de café arábica oriundas de diferentes localidades. Bactérias, leveduras e fungos filamentosos foram isolados, sendo em Viçosa 1.042 isolados epifíticos e 282 potencialmente endofíticos, em Serra do Salitre 71 isolados epifíticos e 28 potencialmente endofíticos e em Patrocínio 85 isolados epifíticos e 33 potencialmente endofíticos. As bactérias foram isoladas em maior número, sendo que os bastonetes predominaram sobre os cocos e, dentre os bastonetes, as bactérias Gram negativas. A colonização de explantes de Coffea arabica L. por bactérias endofíticas foi demonstrada in situ pela técnica de imunofluorescência e comprovada pela recuperação das bactérias após sua reintrodução. Cinco isolados de bactérias endofíticas promoveram o crescimento de explantes de Coffea arabica e Coffea canephora, indicando que a sua interação não é espécie-específica.