UFV - Teses

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    Produtividade dos treze clones do cafeeiro Conilon Vitória submetido a diferentes lâminas de irrigação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-14) Oliveira, Ednaldo Miranda de; Oliveira, Rubens Alves de
    Até poucos anos atrás a cafeicultura era explorada quase que exclusivamente em áreas não-irrigadas. As mudanças no perfil da cafeicultura brasileira, na última década, potencializaram a busca de sistemas altamente tecnificados, que incorporam novos conhecimentos científicos e uma gestão empresarial, tanto em nível de pequenos quanto de grandes cafeicultores. Neste contexto, esse trabalho teve como objetivo geral avaliar o desempenho do café conilon Vitória irrigado e o manejo da irrigação para esta variedade de café consorciado com a cultura do coco, nas condições edafoclimáticas de Santa Teresa-ES. O experimento foi instalado e conduzido na área experimental do campus do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), em Santa Teresa, ES, nas coordenadas geográficas: latitude de 19°48’ Sul, longitude 40°40’ Oeste e altitude de 174 m. O cafeeiro utilizado no experimento foi a variedade clonal conilon Vitória, composto por 13 clones, plantado em março de 2006, no espaçamento 3,0 x 1,5 m, num Latossolo Vermelho-Amarelo. O sistema de irrigação instalado na área experimental é por gotejamento, constituído por linhas principal e derivação de PVC enterradas e linhas laterais sobre o solo ao longo das fileiras de plantas. A irrigação foi conduzida com turno de rega variável. O experimento teve início em janeiro de 2011, abrangendo as safras 2011/2012 e 2012/2013. Para os 13 clones estudados (V1 a V13), foram feitas aplicações de cinco diferentes lâminas de irrigação (L1 = 40%, L2 = 60%, L3 = 80%, L4 = 100% e L5 =120% da ET 0 ), durante as duas safras. Avaliou-se a produtividade de quatro plantas de cada tratamento, que foi posteriormente convertida em sacas por hectare de café beneficiado. Para analisar os efeitos do manejo da irrigação sobre a produtividade da cultura do cafeeiro foi determinado o coeficiente de resposta da produção ou índice de sensibilidade ao déficit hídrico (ky) e o potencial hídrico da planta. De acordo com os resultados, para a safra 2011/2012, podemos verificar que os clones V4 e V5 foram os mais produtivos, com 56,82 e 56,93 sc.ha -1 de café beneficiado, respectivamente, seguidos pelo clone V11 com 41,35 sc.ha -1 , considerando a menor lâmina de irrigação. O clone V8 foi o menos produtivo com apenas 22,76 sc.ha - 1 de café beneficiado. Comparadas à média estadual (26,09 sc.ha -1 de café beneficiado), para as condições de maior restrição hídrica (lâmina de irrigação igual a 40% da ETo), as produtividade dos clones V4 e V5, foram aproximadamente 118 e 117%, respectivamente, maiores. Já para o clone V8, a produtividade foi 12% menor que a média estadual para a cultura. Para a safra 2012/2013, verificou-se que, para as lâminas irrigação iguais a 40, 60 e 80% da ETo, não houve diferença significativa na produtividade do café conilon Vitória. Já para a lâmina de irrigação igual a 100% da ETo, os clones V4, V5, V9 e V12 foram os mais produtivos com 88,09; 82,56; 101,23 e 82,98 sc.ha -1 de café beneficiado, respectivamente. Estes valores foram 237, 216, 288 e 218%, respectivamente, para os mesmo clones, maiores que produtividade média estadual do café conilon. Considerando a lâmina de maior disponibilidade hídrica (120% da ETo), os clones V2, V4, V5, V9, V11 e V12 foram os mais produtivos com 93,38; 96,51; 90,97; 113,62; 84,63 e 100,70 sc.ha -1 de café beneficiado, respectivamente. Notam-se valores dos coeficientes de resposta ao déficit hídrico maiores que 1,15 apenas para os clones V7 e V9, com a lâmina de 40% da ETo, para a safra de 2011/2012. De acordo com a classificação, estes clones têm alta sensibilidade ao déficit hídrico. Os Clones V8 e V12, com coeficientes de resposta ao déficit hídrico com valores iguais a 1,11 e 1,06, respectivamente, foram classificados como de média/alta sensibilidade ao déficit hídrico. Para esta lâmina, os clones V3, V4 e V5, com ky iguais a 0,83; 0,75 e 0,79, respectivamente, ficaram classificados como de baixa sensibilidade ao déficit hídrico. Os demais clones, com ky entre 0,85 e 1,00, foram classificados como de baixa/média sensibilidade. Ainda nesta mesma safra, para a lâmina de irrigação de 60%, os clones V1, V3, V11, V12 e V13, com coeficientes ky entre 1,00 e 1,15, foram classificados como de média/alta sensibilidade ao déficit hídrico; os clones V4 e V5, com coeficientes iguais e de valor 0,91, foram classificados como de baixa/média sensibilidade e os demais clones tiveram alta sensibilidade ao déficit hídrico (ky > 1,15). Na safra 2012/2013, observa-se que, para as lâminas de 40% da evapotranspiração, os clones V2, V3, V6, V10 e V13 apresentaram valores de ky menores que 0,85, sendo classificados como de baixa sensibilidade ao déficit hídrico. Para a lâmina de irrigação igual a 60% da ETo, os clones V3 e V6 foram classificados como de baixa sensibilidade ao déficit hídrico, enquanto o clone V10 foi classificado como de baixa/média sensibilidade. Já os clones V2, V4, V5, V8, V12 e V13 foram classificados como de média/alta sensibilidade e os demais como de alta sensibilidade ao déficit hídrico. Considerando a lâmina de irrigação igual a 80% da ETo, exceto os clones V3 e V6, que foram classificados como de baixa/média sensibilidade, os clones foram classificados como de alta sensibilidade. De modo geral, o comportamento dos clones foi bastante semelhante, com a ocorrência de maiores potenciais de água nas folhas das plantas entre os meses de novembro e março, cujos valores variaram entre - 0,4 e -0,2 MPa e coincidentes com os meses de maiores precipitações. Por outro lado, nos meses de agosto e setembro foram observados os menores valores de potenciais de água na planta, da ordem de -1,44, -1,45 e -1,41 MPa para os clones V1, V2 e V9, respectivamente.
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    Fertirrigação nitrogenada por gotejamento em cafezal e sua influência em características químicas do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Costa, Édio Luiz da; Ramos, Márcio Mota; Universidade Federal de Viçosa
    Com o aumento das fronteiras cafeeiras e a necessidade de uma agricultura mais eficiente, surge a necessidade de informações técnicas que melhorem a rentabilidade, a qualidade final do produto e a conservação do ambiente. A irrigação é uma técnica que vem em auxílio dos fatores mencionados acima. No entanto, o aumento da demanda por recursos hídricos tem despertado nos usuários a necessidade do uso racional da água, o que se tem buscado com o uso de métodos de irrigação mais eficientes, como a irrigação localizada. Aliado à maior eficiência na aplicação de água, a eficiência na utilização de fertilizantes tem sido buscada com o uso da fertirrigação, que se ajusta perfeitamente aos métodos de irrigação localizada, especialmente no sistema de gotejamento. A fertirrigação no sistema de gotejamento pode trazer alterações químicas no solo ainda pouco elucidadas pela pesquisa. O objetivo com este trabalho foi proporcionar informações quanto às alterações advindas do uso de diferentes fontes e doses de Nitrogênio aplicadas por fertirrigação e adubação convencional nas características do solo e do cafeeiro irrigado por gotejamento. Os trabalhos foram conduzidos na Fazenda Laje, localizada em Teixeiras- MG, entre agosto de 2003 e julho de 2004. A variedade estudada foi Catuaí Vermelho, plantada no espaçamento de 2,5 x 0,8 m (5.000 plantas ha-1), irrigadas por gotejamento. As características do solo avaliadas foram: CE, pH, Al3+, N-NO3-, N-NH4+ e V. As características analisadas da planta foram: altura da planta, diâmetro do caule, percentagem de frutos retidos na planta, número de entrenós emitidos, produtividade e análise de nutrientes na folha. Foram conduzidos dois ensaios. No ensaio 1, na análise dos dados das características do solo, adotou-se o esquema de parcelas subdivididas em que as fontes de N (uréia, sulfato de amônio e nitrato de cálcio) e as doses de N (200, 400 e 600 kg ha-1 ano-1) constituíram os tratamentos da parcela, e as camadas (0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,30 e 0,30-0,50 m) e as posições amostradas (dentro e fora do bulbo úmido), com restrições à casualização, constituíram os tratamentos das subparcelas. Na análise das características do cafeeiro adotou-se o fatorial 3x3, sendo três fontes e três doses de N, citadas anteriormente. No ensaio 2, na análise dos dados das características do solo, adotou-se o esquema de parcelas subdivididas em que as fontes de N (uréia, sulfato de amônio e nitrato de cálcio) e os modos de aplicação de N (fertirrigação e adubação convencional) constituíram os tratamentos da parcela, e as camadas (0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,30 e 0,30-0,50 m) e as posições amostradas (dentro e fora do bulbo úmido), com restrições à casualização, constituíram os tratamentos das subparcelas. Na análise das características do cafeeiro adotou-se o fatorial 3x2, sendo três fontes de N e dois modos de aplicação de N, citadas anteriormente. As doses de nitrogênio alteraram os valores de saturação de bases, condutividade elétrica, pH e as formas de nitrogênio na região do bulbo úmido. A fonte sulfato de amônio foi responsável pelo maior teor de N-mineral no solo, reduzindo o risco de perdas por lixiviação. A nitrificação foi maior com a aplicação do sulfato de amônio na fertirrigação. Na fertirrigação com a uréia, o teor de N-NH4+ aumentou com a profundidade do solo. A uréia não proporcionou acidificação do solo. As características da planta do cafeeiro não foram alteradas com as fontes, doses e o modo de aplicação do nitrogênio. As fontes de nitrogênio alteraram as características nutricionais do cafeeiro. A produtividade do cafeeiro foi maior com a fertirrigação.
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    Fertirrigação do cafeeiro com águas residuárias da lavagem e descascamento de seus frutos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Monaco, Paola Alfonsa Lo; Matos, Antonio Teixeira de; Universidade Federal de Viçosa
    As águas residuárias da lavagem e descascamento dos frutos do cafeeiro (ARC), por serem ricas em material orgânico em suspensão e constituintes orgânicos e inorgânicos em solução, apresentam grande poder poluente para o ambiente. Em vista das condições impostas pela Legislação Ambiental para lançamento de águas residuárias em cursos d’água, torna-se necessário o desenvolvimento de novas formas de tratamento e disposição final desses resíduos no ambiente. Dentre as formas alternativas de tratamento e/ou disposição de águas residuárias ricas em material orgânico está a fertirrigação, cuja técnica prioriza o aproveitamento dos nutrientes presentes na água residuária para substituição de parte da adubação química em áreas agrícolas cultivadas. Com o objetivo de avaliar o estado nutricional do cafeeiro Arábica e as alterações químicas no solo, após a aplicação de diferentes doses de água residuária da lavagem e descascamento dos frutos do cafeeiro (ARC), conduziu-se um experimento na Área Experimental de Hidráulica, Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola em área de 290 m2 e cerca de 162 plantas de cafeeiro Arábica, cultivar Catuaí. A ARC utilizada no experimento foi coletada na unidade beneficiadora de frutos do cafeeiro da UFV após passar por um processo de filtração, cujo material filtrante era o pergaminho dos frutos do cafeeiro. Com base nas análises de conteúdo de potássio da ARC filtrada, foram estabelecidas as doses de ARC a serem aplicadas ao solo. As doses foram 66,4; 99,6; 132,77; 166,0 e 199,0 gramas de K+, aplicadas durante dois meses. Para avaliar o estado nutricional do cafeeiro, amostras de folhas do cafeeiro foram coletadas nos meses de maio, junho, julho, agosto e dezembro, sendo avaliadas as concentrações de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Cu e Mn. Equações de regressão polinomial foram ajustadas para a concentração dos nutrientes em função do tempo. Ao final da aplicação da ARC, amostras de solo foram coletadas, nas profundidades de 0 a 20 cm; 20 a 40 cm; 40 a 60 cm e 60 a 90 cm, para obtenção do valor do pH, condutividade elétrica em solução 1:2,5, e quantificação das concentrações de Ntotal; P, K, Ca, Mg e; P, Fe, Zn, Cu e Mn disponíveis e soma de bases. Os resultados obtidos com a análise de solo foram utilizados para o ajuste de equações de regressão buscando-se obter modelos de distribuição dos nutrientes e de alterações químicas nas diferentes profundidades do solo. A aplicação da ARC, além de fornecer nutrientes, proporcionou condições para maior absorção de alguns macro e micronutrientes pelas plantas e lixiviação geral de macronutrientes no perfil do solo, além de proporcionar aumento na concentração de potássio trocável até 90 cm, o que proporcionou aumento na condutividade elétrica da solução do solo cultivado com cafeeiro. O aumento na concentração de potássio no solo proporcionou deficiência de cálcio e principalmente de magnésio nas folhas do cafeeiro, tornando-se recomendável o reforço desses macronutrientes em áreas fertirrigadas com ARC. A ARC, quando aplicada em doses maiores e iguais 3,0 vezes à recomendação de potássio para a cultura, provoca sérios problemas ao cafeeiro, em razão da diminuição do potencial osmótico no solo. A ARC não pode ser aplicada em doses estabelecidas com base em requerimentos para irrigação do cafeeiro e a continuidade da aplicação de água no cafeeiro não causou efeitos fisiológicos detectáveis e nem alterou o estado nutricional do cafeeiro.
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    Efeito da lâmina de irrigação e da porcentagem de área molhada no desenvolvimento e produção do cafeeiro em Patrocínio, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    A expansão da cafeicultura em áreas consideradas marginais tem tornado obrigatório o uso da irrigação. A cada ano esta expansão é maior, com abertura de novas áreas no oeste baiano, Mogiana Paulista, nas regiões norte, leste e no Triângulo de Minas Gerais, sendo este último onde se encontram as maiores áreas de cafeeiros irrigados, o que torna imprescindível o desenvolvimento de pesquisas que venham a criar novas tecnologias com intuito de aumentar a produtividade e reduzir os custos de maneira ambientalmente correta. Informações sobre o efeito da irrigação na produtividade na fisiologia da parte aérea e do sistema radicular do cafeeiro é de suma importância para a cafeicultura irrigada. Com o objetivo geral de estudar os efeitos da irrigação localizada sobre a produção e o desenvolvimento fisiológico do cafeeiro, nas condições edafoclimáticas do município de Patrocínio Minas Gerais, realizou-se o presente estudo, que foi conduzido na Fazenda Experimental da EPAMIG, em um cafeeiro da variedade Rubi com cinco anos de idade, com espaçamento 3,5 m entre as linhas e 0,65 m entre as plantas. Avaliou-se a influência da irrigação localizada e da aplicação de diferentes lâminas de irrigação sobre: o desenvolvimento vegetativo da parte aérea do cafeeiro, a produtividade e a estrutura e a distribuição do sistema radicular do cafeeiro irrigado com variação da porcentagem de área molhada (PAM). A altura de planta e o diâmetro de copa foram afetados positivamente pela variação da lâmina de irrigação a partir de 75% da ETc, sendo superior aos demais a 5% de significância. Para o parâmetro diâmetro de caule não foram observadas diferenças estatísticas entre os tratamentos aplicados nos dois anos estudados. As maiores produtividades foram alcançadas com aplicação das maiores lâminas, não havendo diferença estatística entre os tratamentos a partir da lâmina de 75% da ETc. Para o ano estudado, a variação da PAM não afetou a produtividade, não havendo neste período boa distribuição das chuvas. O aumento da PAM promoveu uma distribuição do sistema radicular.
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    Uso de água residuária de origem doméstica na fertirrigação do cafeeiro: efeitos no solo e na planta
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Souza, José Alberto Alves de; Ramos, Márcio Mota; Universidade Federal de Viçosa
    A água é um recurso natural finito e essencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social. Devido à sua alta demanda por água, a irrigação tem que ser a mais eficiente possível quanto ao seu uso. No Brasil, as políticas públicas de saneamento básico priorizaram a construção dos sistemas de coleta, relegando a segundo plano, talvez devido ao custo elevado, o tratamento dos resíduos coletados. A irrigação por gotejamento com águas residuárias permite aliar a economia de água de boa qualidade com o tratamento de efluentes, preservando a qualidade da água, além de possibilitar a economia no uso de fertilizantes químicos. No entanto, quando não usada adequadamente, pode ocasionar problemas como: contaminação do lençol freático e das culturas por patógenos e parasitas, acumulação de elementos tóxicos, salinização, impermeabilização e o desequilíbrio de nutrientes no solo. Este trabalho teve como objetivo investigar, em condições de campo: as alterações nas propriedades físicas e químicas do solo; a possibilidade de contaminação por microrganismos patogênicos no perfil do solo após a irrigação e a possibilidade dessa contaminação atingir o lençol freático; algumas características fisiológicas, o estado nutricional e a produtividade do cafeeiro em resposta à fertirrigação com água residuária de origem doméstica bruta, além de comparar os resultados com aqueles obtidos com a irrigação com água-doce e adubação convencional. Foram monitoradas várias características químicas, biológicas e físicas do solo; as concentrações foliares de N, P, K, Ca, Mg, S, Zn, Fe, Mn, Cu e B; e a produtividade da cultura. O experimento foi implementado no Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. Para as características químicas do solo, ADA e estado nutricional do cafeeiro, os tratamentos (T) avaliados foram: manejo convencional - MC (T1), com irrigação com água-doce e adubação; e manejo com água residuária - MR, com aplicação de cinco diferentes lâminas, correspondentes a T2, T3, T4, T5 e T6. Para as demais características avaliadas foi incluído um tratamento sem irrigação, com adubação e calagem apenas no início do experimento, denominado testemunha (T0). O período de avaliação foi de 18 meses. Ao final do experimento, verificou-se que: de modo geral, o MR melhorou a fertilidade do solo, sendo mais eficiente que o MC para elevar o pH do solo e diminuir os teores de Al3+ trocável, de H+Al e a saturação por alumínio na CTCe (m) e tão eficiente quanto para elevar os teores de N, P, Ca2+, Mg2+, a soma de bases (SB), a capacidade de troca catiônica efetiva (CTCe) e potencial (CTCt), a saturação por bases (V) e o Premanescente do solo; o MR não proporcionou ao solo os mesmos teores de K+ e S proporcionados pelo MC, no entanto forneceu maior concentração de Na+ no solo, maior índice de saturação por sódio (ISNa) e maior ADA, RAS e PST que o MC; o teor de Na+ no solo sob o MR teve comportamento sazonal, aumentando nos períodos secos e diminuindo nos períodos chuvosos; o teor de matéria orgânica do solo diminuiu no decorrer do tempo no MR e não sofreu influência do tempo no MC; o MC proporcionou maior aumento da CEes que o MR; não houve diferença significativa entre os teores de Zn, Fe, Mn, Cu e B no solo, entre o MR e o MC; os teores de B decresceram linearmente com o tempo em ambos os manejos; o MR aumentou a massa específica do solo mais que o MC, e ambos os manejos aumentaram a microporosidade e a capacidade de campo e diminuíram a macroporosidade e a K0; no MR, a contaminação por coliformes fecais na superfície ficou abaixo de 500 NMP 100 g-1, chegando à ausência de contaminação a 1,00 m de profundidade; o MR proporcionou maiores concentrações de N, P, Ca, Mg e B e menores concentrações de K nas folhas do cafeeiro que o MC; e ambos os manejos foram eficientes em aumentar a produtividade do cafeeiro, porém a produtividade foi maior no MC.
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    Análise da irrigação na cafeicultura em áreas de Cerrado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999) Bonomo, Robson; Mantovani, Everardo Chartuni; Universidade Federal de Viçosa
    O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de se fazer uma análise técnica e econômica da cafeicultura irrigada em áreas de cerrado de Minas Gerais, com ênfase nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais, sendo dividido em três etapas. Na primeira etapa avaliou-se a evapotranspiração de referência (ETo) estimada pelos métodos de Penman-Monteith (PM), considerado como padrão, Kimberley - Penman (KPen), Penman FAO (FcPn), Penman 63 (63Pn), Hargreaves e Samani (Harg), Radiação-FAO (FRad), Blaney e Criddle FAO (FB-C) e Thornthwaite simplificado por Camargo (Camargo). Dentre os métodos analisados, o método 63Pn foi o que mais se aproximou do método-padrão, e o método Camargo apresentou tendência de subestimar a ETo, principalmente no período seco do ano. Quando se dispõe apenas de dados de temperatura do ar, o método Harg mostrou-se preferível ao método Camargo. Foi realizada também a regionalização da ETo para os meses do ano, estimada pelo método PM. Na segunda etapa foram determinados os parâmetros de desempenho correspondentes à uniformidade de aplicação de água e eficiência de irrigação, visando caracterizar as condições atuais do uso da irrigação na cafeicultura da região, sendo seis por pivô central, cinco por autopropelido, dois por canhão hidráulico, quatro por gotejamento e quatro por tubo de polietileno perfurado. Os resultados indicaram boa uniformidade para todos os sistemas, à exceção do gotejamento. Quanto ao momento da irrigação, observou-se que elas foram feitas dentro do limite máximo recomendado de água disponível no solo. Para o pivô central e autopropelido, observou-se a aplicação de lâminas de irrigação inferiores às lâminas requeridas, proporcionando elevados valores de déficit, ao contrário dos sistemas por gotejamento, em que foram observadas elevadas perdas por percolação. Quanto à eficiência de irrigação, destacam-se o pivô central e o autopropelido, com valores adequados. Na terceira etapa do trabalho foram determinados os custos da irrigação para a cafeicultura na região, para pivô central, autopropelido, gotejamento e tubo de polietileno perfurado, selecionando três distintas situações de demanda de irrigação suplementar e lavouras com áreas de 25, 50, 75, 100 e 125 hectares. Os sistemas por pivô central e por tubo perfurado apresentaram, em geral, os menores e maiores custos, respectivamente. Os indicadores taxa interna de retorno (TIR) e valor atual líquido (VAL), para uma taxa de juros de 8% ao ano, foram crescentes com o aumento da área irrigada, independentemente do local e sistema de irrigação, e indicaram alta atratividade para a cafeicultura irrigada da região.