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    Terroir de café em lavouras no município de Araponga - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-05) Silva, Samuel de Assis; Queiroz, Daniel Marçal de
    O café é um produto que tem seu valor estipulado em função da sua qualidade e esta é dependente das características do local onde esse é produzido. A diferenciação dos cafés através da noção de terroir permite determinar áreas potenciais para a produção de cafés especiais e caracterizar o tipo de café característico dessas áreas, explorando suas potencialidades. O estudo dos terroirs está relacionado à compreensão de um território comumente pequeno, em que diferentes fatores locais conferem qualidades distintas aos produtos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar e delimitar terroirs de produção de café de lavouras no município de Araponga – MG, definir a influência de variáveis climáticas, de solo e da topografia sobre os terroirs e a qualidade, e utilizar um sistema de visão artificial para estimar a qualidade da bebida. Os dados foram coletados em quatro lavouras do município de Araponga – MG, as quais foram escolhidas considerando as diferenças significativas entre si, principalmente no que diz respeito a altitude das mesmas. Foram coletadas amostras de frutos cereja em cada um dos talhões de cada lavoura, as quais foram utilizadas para determinar a qualidade global do café e suas características sensoriais peculiares. Desses frutos mediram-se o teor de sólidos solúveis (o Brix) com auxílio de um refratômetro portátil, o comportamento espectral utilizando um espectroradiômetro com iluminação artificial e as características colorimétricas através de imagens digitais obtidas com câmeras fotográficas. A influência do clima sobre os terroirs e sobre a qualidade do café foi avaliada em função da umidade relativa do ar, temperatura, radiação solar e número médio de horas de luz. O solo dos terroirs foi caracterizado com base em seus atributos físicos texturais e quanto à sua formação e material de origem. A qualidade do café foi avaliada por meio da análise de suas características físicas e pela análise sensorial, segundo as regras de competições nacionais e internacionais da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA). A definição dos terroirs de produção de café foi feita à partir das notas globais dos cafés das fazendas e também de suas características peculiares. A fazenda do Boné se destacou em relação às demais com base na qualidade global média e também nos valores médios de doçura e sabor dos cafés. O município de Araponga – MG possui mais de um terroir de produção de café caracterizado por dois distintos extratos de altitude e que exercem influencia singular sobre a qualidade dos cafés colhidos, tornando-os diferenciáveis. A qualidade do café é dependente do terroir, e este, por sua vez, da altitude, da posição da lavoura e das características microclimáticas. A qualidade global do café apresenta correlação significativa com os valores de Banda R e reflectância dos frutos. Os valores de o Brix não apresentaram correlação significativa com a qualidade do café. É possível utilizar os valores de Banda R e de reflectância na banda do vermelho dos frutos cereja para a estimativa dos valores de qualidade global do café, sendo viável a adoção de um sistema simplificado para aquisição das imagens.
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    Desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão para definir zonas de manejo em cafeicultura de precisão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-03-04) Valente, Domingos Sárvio Magalhães; Queiroz, Daniel Marçal de
    A aplicação de fertilizantes e corretivos às taxas variáveis, baseada nas propriedades físicas e químicas do solo, exige uma amostragem densa para se determinar a variabilidade espacial no campo. Uma das técnicas para reduzir o número de amostras é definir zonas de manejo. Alguns pesquisadores têm demonstrado a importância desempenhada pelas variáveis elétricas do solo para explicar a variabilidade de suas propriedades. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar um sistema de apoio à decisão, para definir zonas de manejo com base na variabilidade espacial da condutividade elétrica aparente do solo em regiões de produção de cafés de montanha. O sistema de apoio à decisão foi estruturado com formulários específicos para ajustes dos semivariogramas, interpolação dos mapas por krigagem e delimitação das zonas de manejo, utilizando-se o algoritmo fuzzy k-means . Para encontrar o número ótimo de classes, determinou-se o valor de dois índices: o Índice de Performance Fuzzy (FPI) e Entropia da Partição Modificada (MPE). A condutividade elétrica aparente do solo foi determinada a 0,20 m (CE20) e 0,40 m (CE40) de profundidade, utilizando-se o medidor portátil ERM-02. Foram criadas seis zonas de manejo definidas a partir do mapa de altitude (ZMA), do mapa de CE20 (ZM20), do mapa de CE40 (ZM40), dos mapas de CE20 e altitude (ZM20A), dos mapas de CE40 e altitude (ZM40A) e dos mapas de altitude, CE20 e CE40 (ZM2040A). Para cada caso, a área foi classificada em duas, três, quatro e cinco classes. Para análise da concordância entre as zonas de manejo e as propriedades do solo, calculou-se o coeficiente Kappa. Os valores médios obtidos para CE20 e CE40 foram de 1,80 mS m -1 e 1,22 mS m -1 , respectivamente. A CE20 e CE40 apresentaram baixa correlação com as propriedades do solo. A correlação mais elevada foi obtida para o fósforo remanescente com valores de 0,427 e 0,465 para a CE20 e CE40, respectivamente. Os mapas de CE20 e CE40 apresentam forte semelhança entre si, com um coeficiente de correlação de 0,969. O mapa de potássio foi o que melhor se correlacionou com o mapa de CE20. Pelos valores obtidos de FPI e MPE, foi observado que a ZMA exige uma análise adicional para se determinar o número ótimo de classes. Para a ZM20 e ZM40, o número ótimo de classes foi de duas. Para a ZM20A, ZM40A e ZM2040A, o número ótimo de classes foi de três. O coeficiente Kappa para ZMA foi significativamente superior na classificação do zinco, saturação por bases, pH, matéria orgânica, acidez potencial e areia fina, em relação às demais zonas de manejo. Para as demais propriedades do solo, os valores mais elevados de coeficiente Kappa foram obtidos utilizando-se a ZM20A e ZM40A. Pela análise dos coeficientes Kappa, concluiu-se que ZM20A, ZM40A e ZM2040A apresentaram melhores resultados na classificação das propriedades do solo. Entretanto, a ZM2040A não apresentou melhores resultados que a ZM20A e ZM40A.
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    Ação do glyphosate sobre o crescimento e teores de nutrientes em cultivares de café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) França, André Cabral; Silva, Antônio Alberto da; Universidade Federal de Viçosa
    O controle das plantas daninhas em lavouras jovens de café deve ser realizado em tempo hábil, a fim de reduzir eventuais interferências das espécies infestantes. Devido ao pequeno número de herbicidas seletivos e registrados para a cultura, cafeicultores utilizam-se de herbicidas não-seletivos, como o glyphosate, através da aplicação dirigida sobre as plantas daninhas. Apesar de todos os cuidados com a tecnologia de aplicação são constatados casos de intoxicação de plantas de café, pela deriva do produto aplicado. Diante da frequência e importância do uso do glyphosate nas lavouras cafeeiras faz-se necessário conhecer os reais efeitos desse herbicida em cafeeiros jovens. Para isso, foram realizados três experimentos visando avaliar os efeitos do glyphosate no crescimento de cultivares de café (Coffea arabica L.), bem como, a influência desse herbicida sobre a nutrição mineral dessas plantas. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, entre os meses de junho e março, no ano agrícola 2008/09. No primeiro experimento, utilizou-se do esquema fatorial (3 x 5) em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos por três cultivares de café: Catucaí Amarelo (2SL), Oeiras (MG- 6851) e Topázio (MG-1190) e cinco doses de glyphosate (0, 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1). O herbicida foi aplicado aos 120 dias após o transplantio das mudas para vasos de 10 L, de forma que não atingisse o terço superior das mesmas. Os sintomas de intoxicação nas plantas de café foram semelhantes nas diferentes cultivares, sendo caracterizados por clorose e estreitamento do limbo foliar. A cultivar Topázio foi a cultivar mais sensível ao glyphosate, quanto ao acúmulo de área foliar e de matéria seca das raízes e na densidade radicular. No segundo experimento avaliaram-se os efeitos do glyphosate sobre os teores foliares de nutrientes em três cultivares de café (Catucaí, Oeiras e Topázio). Houve redução nos teores foliares de N, P, K, Cu e Zn quando as folhas foram coletadas aos 45 dias após a aplicação do glyphosate (DAA), e de N, K, Mn e Zn, quando a coleta foi realizada aos 120 DAA, independentemente da cultivar utilizada. A cultivar Topázio apresentou as maiores reduções nos teores foliares de Fe e Mn aos 45 DAA e, de P e Fe aos 120 DAA, quando tratadas com glyphosate. No terceiro experimento avaliaram-se os efeitos do glyphosate sobre o crescimento de duas cultivares de café de crescimento distinto, sendo Acaiá de internódios longos e, Catucaí de internódios curtos. Utilizou-se do esquema fatorial (2 x 5) em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos por duas cultivares de café (Coffea arabica L.): Catucaí Amarelo (2 SL), e Acaiá (IAC 474/19) e cinco doses de glyphosate (0; 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1). A cultivar Acaiá mostrou-se menos tolerante ao glyphosate, quando comparada à Catucaí. Essa cultivar apresentou menor crescimento que Catucaí quando submetida ao tratamento com o herbicida, possivelmente devido ao maior comprimento dos internódios, favorecendo a exposição de suas folhas às gotas contendo glyphosate.
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    Resposta de cafeeiros ao sombreamento e à dinâmica de serrapilheira em condições de sistema agroflorestal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007) Botero, Catalina Jaramillo; Santos, Ricardo Henrique Silva; Universidade Federal de Viçosa
    O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo avaliar o comportamento das plantas de café sob condições de competição por luz e nutrientes e avaliar o efeito da presença das árvores sobre os principais fatores microclimáticos e de solos, que ajudam a explicar as causas do comportamento das plantas de café em sistema agroflorestais. No trabalho também foi explorado o aporte potencial de nutrientes das árvores de Senna macranthera através da serrapilheira e da deposição de folhas frescas. Para isto foram realizados três experimentos, um realizado em estação experimental e dois, na propriedade de um agricultor familiar da região. No primeiro experimento foram simuladas condições de competição por radiação fotossinteticamente ativa e nutrientes, de um sistema agroflorestal durante seis anos, de 2001 a 2006. Foram realizadas avaliações do crescimento e da área foliar, no final da época de maior e menor crescimento dos cafeeiros durante o ano. A produção por planta foi avaliada durante os meses da safra. Ao longo dos anos não foi observado efeito dos níveis de adubação sobre nenhuma variável e crescimento, desenvolvimento vegetativo ou produção. As características de crescimento e desenvolvimento vegetativo apresentaram efeito dos níveis de sombreamento a partir de 2004. Entre 2004 e 2006 foi observado menor número de nós totais e maior área foliar de ramo e com o aumento do sombreamento. Também foi observada maior retenção de folhas durante a época fria e seca do ano, com o aumento do sombreamento. A bienalidade na produção das plantas de café diminuiu com o aumento do sombreamento. Nos anos de alta produção foi observada diminuição na produção por planta com o aumento do sombreamento. As plantas sombreadas apresentaram menor número de frutos e mais pesados, que as plantas a pleno sol. As plantas de café sofreram modificações morfológicas associadas à adaptação às condições de baixa radiação. Apesar destas modificações houve queda na produção nas plantas sombreadas quando comparadas com as plantas a pleno sol. Nos experimentos realizados na área do agricultor foram marcadas quarenta plantas de café e determinados círculos concêntricos ao redor de cada cafeeiro em intervalos de distância de 0 a 3, 3 a 5 e 5 a 7m. Em cada intervalo de distância foram contados e identificados o número de indivíduos arbóreos de cada espécie. Em cada planta marcada foi avaliada a produção de 2005 e 2006. Na área ao redor de cada cafeeiro foram monitoradas a queda de serrapilheira, a incidência de RFA, a umidade do solo e o teor de P e K do solo. Foi observada diminuição da produção das plantas de café com o incremento do número de indivíduos de Schizolobium parahyba (Guapuruvu) presentes entre 0 e 7 metros de distância dos cafeeiros. O aumento do número de indivíduos de Senna macranthera (Fedegoso) entre 3 e 5m causou o incremento na produção das plantas de café, através do aumento da umidade do solo durante a época seca, causado pelo sombreamento. Os resultados indicam que nas condições locais a disponibilidade de água durante a época seca é determinante para a produção. S. macranthera depositou 12 Kg de MS individuo- 1ano-1 sendo que o período de maior queda de folhas foi entre novembro e fevereiro, quando o café demanda grandes quantidades de nutrientes. Houve efeito do aumento do numero de indivíduos de S. macranthera sobre a quantidade de serrapilheira. A serrapilheira depositada no outono (0 a 3 m) e na primavera (0 a 5 m) causou aumento na produção média dos cafeeiros. As folhas frescas de S. macranthera apresentaram alto teor de N e P assim como de lignina e polifenóis. Apesar disto a metade da massa foi decomposta aos 25 dias e a metade do nitrogênio liberado em 29 dias. A chuva, a baixa relação C:N do material e o fato do material ter sido colocado em contato direto com o solo favoreceram a decomposição e a liberação de N e K. S. macranthera não apresentou evidências de fixação biológica de nitrogênio na época seca.
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    Aperfeiçoamento do uso de hipoclorito de sódio para acelerar a germinação de sementes e a emergência de plântulas de cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006) Sofiatti, Valdinei; Araújo, Eduardo Fontes; Universidade Federal de Viçosa
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das concentrações de hipoclorito de sódio na solução aquosa de pré-embebição de sementes de cafeeiro, com graus de umidade entre 10 e 33%, sobre o desempenho das sementes em condições de laboratório e a emergência das plântulas em condições de viveiro, bem como avaliar o desenvolvimento das mudas. Foram realizados três experimentos utilizando-se sementes de cafeeiro da variedade Catuaí Vermelho IAC 44, as quais foram secadas à sombra até atingirem os graus de umidade desejados. No experimento I, foram realizados cinco ensaios avaliando-se as sementes quanto à germinação e vigor em laboratório. Utilizaram-se cinco graus de umidade das sementes em base úmida (13, 18, 23, 28 e 33%). Cada grau de umidade constituiu um ensaio com 12 tratamentos, formados pelas combinações de cinco concentrações de hipoclorito de sódio na solução de pré-embebição (3, 4, 5, 6 e 7% de cloro ativo) e dois tempos de pré-embebição (3 e 6 horas), além de sementes com pergaminho e sem pergaminho removido manualmente (testemunha). Os resultados mostraram que a pré-embebição das sementes de cafeeiro em hipoclorito de sódio na concentração de 6% de cloro ativo, durante 3 horas, além de degradar o pergaminho eficientemente, proporcionou germinação e índice de velocidade de germinação semelhantes ao tratamento testemunha, quando as sementes apresentavam grau de umidade inicial entre 23 e 33%. Nas sementes com grau de umidade de 18 e 13%, a pré-embebição em hipoclorito de sódio proporcionou desempenho germinativo inferior às sementes sem pergaminho, removido manualmente, independente da combinação entre concentração e tempo de embebição utilizada. Com os melhores tratamentos obtidos no experimento I, foi realizado o experimento II. Utilizaram-se, os mesmos graus de umidade do experimento I, avaliando-se as sementes quanto a percentagem e velocidade de emergência e as mudas quanto ao seu desenvolvimento em condições de viveiro. Cada grau de umidade das sementes originou um ensaio, o qual foi constituído por cinco tratamentos, formados por sementes pré-embebidas em três concentrações de hipoclorito de sódio (4, 5 e 6% de cloro ativo), durante um período de três horas, além das sementes com pergaminho e sem pergaminho removido manualmente (testemunha). Os resultados mostraram que a pré-embebição das sementes em solução aquosa, contendo hipoclorito de sódio na concentração de 4% de cloro ativo, aumentou a percentagem e a velocidade de emergência das plântulas de cafeeiro, além de ter melhorado o desenvolvimento das mudas em relação às sementes com pergaminho. Esse tratamento com hipoclorito de sódio foi tão eficiente quanto à remoção manual do pergaminho, quando as sementes apresentaram grau de umidade igual ou superior a 23%. No experimento III foram utilizadas sementes apresentando grau de umidade inicial de 10, 15 e 20%. Cada grau de umidade das sementes originou um ensaio. As sementes foram reidratadas até atingirem os graus de umidade de 23±1 e 33±1%, utilizando-se quatro métodos de reidratação: 1-reidratação por imersão em água; 2-reidratação por imersão em água com aeração; 3-reidratação por imersão em água corrente e 4-reidratação em rolos de papel toalha umedecidos. Em cada grau de umidade inicial, sementes não reidratadas e também após os tratamentos de reidratação, foram submetidas aos tratamentos de degradação do pergaminho por meio da pré-embebição em solução aquosa contendo hipoclorito de sódio nas concentrações de 5 e 6% de cloro ativo, por um período de 3 horas; além destes tratamentos, para cada grau de umidade inicial das sementes e método de reidratação, foram acrescentados tratamentos constituídos por sementes cujo pergaminho foi removido manualmente após a reidratação, além de um tratamento constituído por sementes sem reidratação, cujo pergaminho foi removido manualmente (testemunha). Os resultados mostraram que a reidratação das sementes em rolos de papel umedecidos ou água corrente até atingirem grau de umidade de 33%, associada à pré-embebição em hipoclorito de sódio, na concentração de 6% de cloro ativo, foi eficiente para degradação do pergaminho e aceleração da germinação, quando as mesmas apresentavam umidade inicial de 15 e 20%.
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    Desempenho de variedades de café (Coffea arabica L.) em espaçamentos adensados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000) Augusto, Humberto Silva; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Na avaliação do desempenho de seis genótipos de café (Catuaí Vermelho IAC 44, Catuaí Vermelho IAC 99, Rubi MG 1192, Katipó, Oeiras MG 6851 e Catimor UFV 3880) em espaçamentos adensados entre fileiras (1,00; 1,50; 2,00; 2,50 m entre fileiras x 0,75 m entre plantas), em Ervália - MG, verificou-se que não houve aumento da competição entre plantas provocada pelo adensamento, suficiente para reduzir a produção por plantas, indicando a possibilidade de se utilizar espaçamentos inferiores a 1,00 x 0,75 m para atingir maiores produtividades nas duas primeiras colheitas. Aos 33 meses, o adensamento aumentou a altura de planta da maioria das variedades, exceção feita à da Oeiras MG 6851 que não foi influenciada pelos espaçamentos. Esta variedade mostrou-se bastante adequada ao adensamento, pois além de ser uma das que alcançaram maiores produtividades, também apresentou maturação mais precoce e características vegetativas que favorecem os tratos culturais e a colheita em plantios adensados, uma vez que com a diminuição do espaçamento não ocorreu estiolamento da planta e o diâmetro máximo da copa diminuiu linearmente. Tanto as características vegetativas do cafeeiro (altura de planta, diâmetro máximo da copa, diâmetro da base do caule e número de ramos plagiotrópicos) quanto o teor foliar de nutrientes explicaram de maneira satisfatória a variação na produtividade, conforme constatado pela análise de trilha. Aos 20 meses, plantas mais altas tenderam a produzir mais, em todos espaçamentos. Aos 33 meses, isso aconteceu somente no espaçamento de 2,5 m; no espaçamento de 1,0 m, o desenvolvimento da altura de planta competiu com a produção de grãos, enquanto que plantas com maior diâmetro de caule e com maior número de ramos plagiotrópicos tenderam a ser mais produtivas. Aos 34 meses após o plantio, o adensamento influenciou a disponibilidade dos nutrientes P, K e Mg no solo, e/ou a capacidade de absorção desses nutrientes pelo cafeeiro, aumentando a de P, para a maioria das variedades e aumentando a de K e diminuindo a de Mg, para as variedades Katipó e Oeiras Mg 6851. Com as doses de corretivo e adubos empregadas, as concentrações foliares de nutrientes relacionadas às variações na produção de grãos foram a falta de N (primeira safra) e dos micronutrientes Zn, Fe e B (segunda safra) nos espaçamentos mais largos e à falta (primeira colheita) ou ao excesso (segunda colheita) de Ca nos mais adensados.
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    Análise comparativa de cafeeiros (Coffea arabica L.) em sistema agroflorestal e monocultivo na Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Campanha, Mônica Matoso; Finger, Fernando Luiz; Universidade Federal de Viçosa
    Na busca de novos conhecimentos acerca de sistema agroflorestal com café (Coffea arabica L.), este trabalho teve como objetivos analisar comparativamente cafeeiros sob sombreamento (SAF) e cultivados a pleno sol (SOLT) e avaliar a interferência potencial de alguns fatores na produção de café no SAF. Para isso, por um período de 19 meses, na Zona da Mata mineira, foi determinado em plantas de café, nos dois sistemas: o crescimento vegetativo, pelo número de nós, de folhas, tamanho e área foliar por ramo; o desenvolvimento reprodutivo, pelo número de nós produtivos, de botões florais e de frutos nos diferentes estádios de desenvolvimento (chumbinho, verde, início de maturação, cereja e seco); a incidência de pragas e doenças (broca-dos-frutos, bicho-mineiro, cercosporiose e ferrugem); o estado nutricional; a produção e a produtividade. Foram quantificadas a queda e o teor de nutrientes nas serrapilheiras e realizada análise de rotina e determinação de umidade nos solos em cada sistema, além do monitoramento da temperatura do ar. O componente arbóreo do SAF foi caracterizado e seu crescimento acompanhado. Verificou-se que, no SAF, a sombra promovida pelas 133 árvores de 26 espécies, reduziu a amplitude térmica neste sistema, que apresentou em média, temperatura máxima de 2,6oC abaixo daquela registrada no SOLT. Todas as árvores obtiveram ganho em crescimento, sendo Casuarina sp., Eugenia uniflora, Licania tomentosa, Hovenia dulcis and Mangifera indica as mais abundantes. Nos dois sistemas, o período de maior crescimento vegetativo do cafeeiro coincidiu com o período de chuvas e temperaturas mais altas (primavera/verão). Os cafeeiros no SAF apresentaram menores crescimento de ramos e emissão de folhas, mas mostraram menor desfolha e, em média, folhas de maior tamanho; e iniciaram seu processo produtivo mais cedo, com menor número de nós produtivos e botões florais, refletindo em menor quantidade de frutos na colheita. A incidência do bicho-mineiro e broca-dos-frutos foi pequena nos sistemas, porém a lavoura sombreada foi mais infestada pela cercosporiose e ferrugem. Em ambos os sistemas, os cafeeiros apresentaram teores foliares adequados de N, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe e Mn, baixos de P e K e alto de S e B. Maiores teores de nutrientes foram encontrados na serrapilheira do SOLT, exceto Ca e Zn, no entanto, o SAF contribuiu com 6,1 x 10 3 kg.h1-1.ano-1 de serrapilheira ao sistema, enquanto que o sistema a pleno sol, com 4,5 x 10 3 kg.ha-1.ano-1. O SAF apresentou maior teor de umidade na camada de 20-40 cm do solo, além de valores de pH, Ca, Mg, K, Zn, V acima, e de Al, m e CTC a pH 7, abaixo daqueles mostrados pelo SOLT. A produção média dos dois anos, de 40 sc.ha-1 de café em coco do cafezal solteiro, foi superior a de 8,6 sc.ha-1 de café em coco do cafeeiro em sistema agroflorestal. Analisando apenas os cafeeiros no SAF, constatou-se que o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro apresentou alta correlação positiva com a produção, destacando o número de folhas. A quantidade e qualidade da serrapilheira tende a influenciar a produção de café, observando que maior teor de manganês na mesma interferiu negativamente. As pragas e doenças mostraram-se pouco interferentes, enquanto que o estado nutricional da lavoura cafeeira foi fator relevante tanto para o crescimento como para produção. O número de folhas, de nós e a presença de frutos na planta interferiram e foram afetados pela condição nutricional da lavoura, sendo que cafeeiros com menor teor de cobre ou maior de zinco e nitrogênio nas folhas, tenderam a crescer mais e serem mais produtivos. As características do solo no horizonte mais superficial (0-20 cm) estiveram mais correlacionadas com a produção de café, que aquelas obtidas na profundidade de 20-40 cm, observando que a saturação de bases (V) e os teores de Ca, Mg e K da primeira camada do solo estiveram significativa e positivamente correlacionados com a produção. O solo ainda afetou o crescimento vegetativo do cafeeiro, o estado nutricional da lavoura e o teor de nutrientes na serrapilheira. O crescimento do cafeeiro foi favorecido pelo maior teor de K, P e umidade na camada de 0-20 cm do solo, e pela redução do teor de Al na camada de 20-40 cm. O estado nutricional das plantas de café, destacando o teor de P, sofreu influência positiva do teor de umidade, de matéria orgânica, pH e CTC dos solos, que influenciaram também a concentração de nutrientes na serrapilheira.