SPCB (08. : 2013 : Salvador, BA) – Resumos Expandidos

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    Consórcio café x tremoço (Lupinus albus L.) como método para proteção de cafezais contra geadas
    (Embrapa Café, 2013) Carbonieri, Juliana; Morais, Heverly; Sera, Gustavo Hiroshi; André, Joaquim; Sera, Tumoru
    O uso de espécies de hábito arbóreo ou arbustivo no interior de cafezais tem-se mostrado como uma prática favorável ao cultivo de café consorciado, pelos efeitos benéficos agregados a prática. Estudos sobre a estrutura e dinâmica de sistemas agroflorestais têm mostrado a importância do sombreamento para a melhoria das condições climáticas de cafeeiros. No presente trabalho, as condições microclimáticas do consórcio de cafeeiros jovens com tremoço branco foram avaliadas na sede experimental do IAPAR em Londrina, PR, durante o mês de agosto de 2013. Foram feitas medições de temperatura e radiação por meio de estação meteorológica automática e sensores de precisão, a fim de estudar as alterações microclimáticas provocadas pela cobertura. Houve, durante o período experimental, um episódio de geada fraca, ocorrido no dia 15 de agosto e a temperatura mínima da folha do cafeeiro registrada durante a geada foi maior no consórcio quando comparada ao café sem proteção. As temperaturas máximas das folhas dos cafeeiros foram menores no consórcio. Os resultados obtidos neste trabalho demonstram modificações microclimáticas nos cafeeiros recém-plantados, provocadas pela cobertura vegetal do tremoço e indicam esta arborização temporária como alternativa favorável para proteção de cafezais jovens contra as geadas.
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    Resistência ao nematoide Meloidogyne paranaensis das cultivares de café IPR 100 e Apoatã IAC 2258 em diferentes níveis de inóculo
    (Embrapa Café, 2013) Andreazi, Elder; Sera, Gustavo Hiroshi; Faria, Ricardo Tadeu de; Sera, Tumoru; Shigueoka, Luciana Harumi; Brandet, Eugenio; Carvalho, Filipe Gimenez; Carducci, Fernando Cesar; Forgerini, Roger Robert Carneiro; Mariucci Junior, Valdir
    O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de resistência das cultivares IPR 100 e Apoatã IAC 2258 em diferentes níveis de inóculo do nematoide Meloidogyne paranaensis. O experimento foi conduzido no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina, PR, no delineamento em blocos ao acaso e esquema fatorial 4 x 6 (quatro cultivares e seis níveis de inoculo) com 10 parcelas de uma planta. As cultivares IPR 100, Apoatã IAC 2258 (Apoatã), Catuaí Vermelho IAC 99 (Catuaí) e Tupi IAC 1669-33 (Tupi) foram avaliadas para a resistência ao nematoide. Os níveis de inóculo utilizados foram: N1 = 0 ovos; N2 = 500 ovos; N3 = 1500 ovos; N4 = 3000 ovos; N5 = 5000 ovos; N6 = 8000 ovos. Como padrão de suscetibilidade foi utilizada a cultivar Catuaí. As mudas foram originadas de sementes de polinização aberta germinadas em areia. O inóculo foi extraído a partir de populações puras e multiplicado em plantas de tomateiro da cultivar Santa Clara e cafeeiros da cultivar Catuaí. A inoculação foi feita no momento em que as plantas atingiram três pares de folhas bem desenvolvidos. O peso fresco das raízes e o número de ovos foram avaliados 110 dias da inoculação. Com esses dados foram determinados o número de ovos por grama de raízes (NO/GR), fator de reprodução (FR) e índice de suscetibilidade hospedeira (ISH). Foram utilizadas as porcentagens de plantas resistentes e suscetíveis, segundo o ISH, para verificar se o(s) alelo(s) de resistência aos nematoides estavam em condição homozigótica. Os resultados demonstraram quantidades significativamente menores de NO/GR em IPR 100 e ‘Apoatã’ em relação às cultivares Tupi e Catuaí. Quanto ao FR e ISH as médias demonstraram reação de resistência em todos os níveis estudados para IPR 100 e Apoatã e suscetibilidade para Tupi. IPR 100 e Apoatã apresentaram 100% das plantas imunes ou resistentes, enquanto que Tupi apresentou 4% das plantas resistentes e 12% moderadamente resistentes e a cultivar Catuaí apresentou 100% das plantas suscetíveis. Neste trabalho foi possível confirmar a resistência da ‘IPR 100’ ao M. paranaensis, mesmo com níveis de inóculo mais altos como 3000, 5000 e 8000 ovos por planta.
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    Seleção de progênies de café arábica com resistência a ferrugem
    (Embrapa Café, 2013) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Shigueoka, Luciana Harumi; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Mariucci Junior, Valdir; Azevedo, José Alves de; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Jussiani, David Trevizan; Carducci, Fernando Cesar
    O objetivo desse estudo foi selecionar progênies de café produtivas e com resistência à ferrugem em dois locais do Estado do Paraná (Brasil). Os experimentos de campo foram instalados no delineamento experimental em blocos ao acaso nos município de Itaguajé e Congonhinhas. Foram avaliadas as características produção, vigor vegetativo e resistência à ferrugem em nove progênies de café arábica e em três cultivares padrões. Vários genótipos derivados do “Sarchimor” e do “Catucaí” apresentaram plantas suscetíveis. Três cafeeiros do germoplasma Sarchimor e uma progênie “F6 de Catuaí x (Catuaí x cafeeiro da série BA-10)” foram selecionados para avanço de geração e têm potencial para se tornarem novas cultivares, pois apresentaram produção maior que ‘IAPAR 59’ e ‘Tupi IAC 1669-33’ e muitas plantas apresentaram resistência completa à ferrugem.
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    Desempenho de cultivares de café arábica em área infestada pelo nematoide Meloidogyne paranaensis
    (Embrapa Café, 2013) Shigueoka, Luciana Harumi; Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Azevedo, José Alves de; Machado, Pedro; Fiori, Kayo Henrique; Carducci, Fernando Cesar; Mariucci Junior, Valdir
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de cultivares de café arábica em uma área infestada pelo nematoide Meloidogyne paranaensis. O experimento em campo foi instalado no município de São Jorge do Patrocínio, na região noroeste do Estado do Paraná (Brasil). As cultivares avaliadas foram IAPAR 59, IPR 97, IPR 98, IPR 99, IPR 100, IPR 102, IPR 103, IPR 104 e IPR 107. Foram avaliadas as características produção e vigor vegetativo, além de medir a altura e o diâmetro da copa dos cafeeiros. Também foi estimada a porcentagem de plantas mortas. A cultivar de café arábica IPR 100 apresentou boa produção e desenvolvimento vegetativo na área infestada pelo nematoide M. paranaensis. As demais cultivares demonstraram reduções drásticas da produção e desenvolvimento vegetativo das plantas ao longo dos anos de avaliação, além de alta frequência de plantas mortas.
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    Reação ao déficit hídrico em mudas de cafeeiros arábica portadores de genes de Coffea racemosa, C. canephora e C. liberica
    (Embrapa Café, 2013) Carvalho, Filipe Gimenez; Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Andreazi, Elder; Mariucci Junior, Valdir; Shigueoka, Luciana Harumi; Chamlet, Daniel
    A espécie Coffea arabica encontra no Brasil grandes áreas adequadas a seu cultivo, porém, verifica-se a expansão da cafeicultura para locais com limitações hídricas, além de má distribuição das chuvas ao longo do ano e temperaturas elevadas. A deficiência hídrica é um dos fatores ambientais limitantes ao desenvolvimento dos cafeeiros, tornando-se um desafio atingir alta produtividade em locais com essas condições. As espécies C. racemosa, C. canephora e C. liberica tem potencial para se comportarem melhor à seca e podem ser utilizadas em programas de melhoramento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação ao déficit hídrico em genótipos de café portadores de genes dessas espécies em mudas de seis meses de idade. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em abril de 2012, no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina. Testaram-se 18 genótipos de C. arabica contendo genes de C. racemosa, C. canephora e C. liberica, além de dois genótipos de C. arabica puros e um genótipo de C. canephora puro. O experimento foi instalado no delineamento em blocos ao acaso, com oito repetições e parcelas de três plantas. Avaliou-se em duas datas o grau de murcha das folhas pela escala visual de notas, de 1 a 5, sendo: 1 = sem sintoma de murcha; 5 = mudas completamente secas. Os padrões C. canephora cv. Apoatã IAC 2258 e C. arabica cv. Catuaí Vermelho IAC 99 apresentaram médias de 3,4 e 2,8, respectivamente. As notas médias dos genótipos mais tolerantes ao déficit hídrico foram: “Aramosa 11260” = 1,5; “Etiópia CAF600” = 1,8; ‘IPR 100’ (“Catindu”) = 1,8 e ‘IPR 103’ (“Catucaí”) = 1,9.
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    Identificação de polimorfismos em genótipos de Coffea arabica de uma coleção da Etiópia
    (Embrapa Café, 2013) Yuyama, Priscila Mary; Pot, David; Dereeper, Alexis; Pointet, Stéphanie; Silva, João Batista Gonçalves Dias da; Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Charmetant, Pierre; Domingues, Douglas Silva; Leroy, Thierry; Pereira, Luiz Filipe Protasio
    Os marcadores moleculares são ferramentas importantes para acelerar os programas de melhoramento. Para o cafeeiro, uma espécie perene, o uso de marcadores é particularmente desejável devido ao tempo e recursos gastos para o lançamento de uma nova cultivar. Duas espécies do gênero Coffea são responsáveis por quase toda a produção de café: Coffea arabica e C. canephora. Contudo, para C. arabica, o número de marcadores polimórficos é relativamente baixo comparado a C. canephora e outras culturas, uma vez que a espécie apresenta baixa diversidade genética. Muitos estudos com marcadores genéticos foram feitos para analisar a diversidade da C. arabica, mas os resultados não foram eficientes para a discriminação genotípica detalhada e mapeamento genético. O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) possui uma coleção de 132 acessos de C. arabica originários da Etiópia, que apresentam variabilidade fenotípica com potencial para serem utilizados para exploração da diversidade. Neste sentido, este estudo buscou analisar a diversidade nucleotídica pela identificação de polimorfismos, SNPs e INDELs, de uma população do centro de origem de C. arabica, associado com o sequenciamento de nova geração. O RNA-seq de dois tecidos, frutos e folhas, de quatro genótipos de C. arabica de uma população da Etiópia, C. arabica cv. Mundo Novo e de um dos seus ancestrais de C. arabica – C. eugenioides, foram sequenciados pela metodologia Illumina HiSeq2000. Os reads obtidos foram processados e posteriormente as sequências foram mapeadas em uma referência de C. canephora para identificação dos polimorfismos. Foram feitas duas estratégias: i) na primeira estratégia, foi utilizado uma ferramenta chamada SNiPloid com critérios de cobertura para o polimorfismo identificado e ii) uma segunda estratégia que considera os polimorfismos encontrados diretamente dos arquivos de detecção dos polimorfismos. Os resultados identificaram um número grande de polimorfismos. Na primeira estratégia, foram encontrados pelo menos 5.500 SNPs potenciais para a genotipagem e na segunda, 103.791 SNPs potenciais. Para essa última, ainda é necessário estabelecer critérios e filtros para escolher os polimorfismos que serão inicialmente genotipados. Os dados também mostraram a importância de utilizar um grupo mais diverso de genótipos associado com o sequenciamento de nova geração para detecção de SNPs. Este trabalho será importante para direcionar futuros trabalhos na caracterização da diversidade genética em C. arabica, além de estudos de mapeamento genético por associação.