UFLA - Teses
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Item Aplicação de zinco via solo em plantas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em casa de vegetação(Universidade Federal de Lavras, 1999-10-04) Souza, Carlos Alberto Spaggiari; Guimarães, Paulo Tácito GontijoConduziram-se quatro experimentos em casa de vegetação, no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, objetivando avaliar a resposta do cafeeiro (Coffea arábica L.) à aplicação de doses de Zn, seus efeitos nas características de crescimento, estimar os níveis críticos de Zn nos solos e nas plantas, verificar os índices de eficiência, a interação entre os nutrientes e avaliar o comportamento de três cultivares de cafeeiro às doses de zinco aplicadas. Foram usadas amostras de três solos: Latossolo Vermelho-Amarelo textura média, um Latossolo Vermelho Amarelo textura argilosa e um Latossolo Roxo textura muito argilosa. Os experimentos foram instalados em DBC, em esquema fatorial, com quatro repetições, divididos em duas etapas; na primeira etapa cada solo foi considerado um experimento, sendo testadas cinco doses de zinco como primeiro fator, diferenciadas para cada solo, e três doses de calcário como segundo fator: dose 0 de calcário, dose 1 e dose 2, sendo as duas últimas baseadas em curvas de incubação para cada solo visando elevar o pH dos mesmos para 5,5 e 6,5, respectivamente. Na segunda etapa foram testadas cinco doses de zinco (0,5,10, 20 e 40 mg.dm-³), no Latossolo Vermelho-Amarelo, textura média, na faixa de pH 5,5, em três cultivares de cafeeiro (Catuai Vermelho, Mundo Novo e Icatu). Os solos receberam carbonato de cálcio e de magnésio na relação 4:1, de acordo com os valores de pH desejados e uma adubação básica com macro e micronutrientes. Após incubação por 23 dias antes da repicagem das mudas, os solos foram amostrados e analisados para todos os nutrientes, sendo o zinco determinado pelo extrator DTPA. Na primeira etapa cada parcela foi constituída por um vaso de 4 dm³, onde foram cultivadas duas plantas por 180 dias após a repicagem. Na segunda etapa, cada parcela foi constituída por um vaso de 3 dm³, onde foram cultivadas duas plantas por 210 dias após a repicagem. Após a colheita dos experimentos determinaram-se a matéria seca e o teor de nutrientes para cada parte da planta. O cafeeiro respondeu em produção de matéria seca e outras características de crescimento à aplicação de Zn e a doses de calcário, com uma distinta potencialidade dos solos segundo as características avaliadas. Os níveis críticos de Zn no solo variaram entre os solos e entre as doses de calcário aplicadas, pelo extrator DTPA. Houve variação dos níveis críticos de Zn na matéria seca da parte aérea entre os solos e as doses de calcário estudadas, como resposta aos tratamentos aplicados, diferenciando-os ainda no coeficiente de utilização do micronutriente pelas plantas. As cultivares mostraram distinta eficiência no uso do Zn aplicado via solo.Item Adubação do cafeeiro com nitrato de potássio via solo e folha no outono-inverno e primavera-verão(Universidade Federal de Lavras, 2004-03-12) Freitas, Rupert Barros de; Alves, José DonizetiA literatura tem mostrado que, para o cafeeiro, a substituição da adubação nitrogenada no solo pela aplicação nitrogenada via folha não traz benefícios adicionais. No entanto, esses resultados, na maioria das vezes, foram obtidos utilizando-se adubos como a uréia, nitrato de potássio ou cloreto de potássio em concentrações de até 2% ou um pouco mais. Diante disso, este estudo teve como objetivo verificar o efeito da adubação de 100 g de N/ano/planta, dividida em três épocas (outono-invemo, primavera-verão, outono-inverno e primavera-verão) e três modos de aplicação (na folha, no solo, na folha e no solo) no desenvolvimento da planta, na atividade da redutase do nitrato foliar e radicular, no teor de clorofila total, de nitrato foliar e radicular, e na produção de plantas da cultivar Rubi MG com quatro anos de idade. A combinação de épocas e modo de aplicação totalizaram nove tratamentos que foram distribuídos em bloco ao acaso com quatro repetições de cinco plantas, sendo três úteis. A atividade da redutase do nitrato foliar foi estimulada ao pulverizar as folhas com nitrato de potássio e também ao fornecê-lo no solo. Nas raízes, não ocorreram diferenças na atividade dessa enzima, por meio da adubação nos dois locais. As maiores produções e taxas de crescimento vegetativo foram obtidas pelas pulverizações nitrogenadas aplicadas nos períodos de outono-inverno ou no de primavera-verão. Parcelando o nitrato de potássio nos dois períodos, tanto nas folhas, no solo ou folha e solo, foi possível encontrar os mesmos ganhos em produção. Considerando a adubação de solo na primavera-verão como aquela normalmente realizada pelos produtores e comparando-se com a que se fez a complementação nitrogenada nas folhas, esta última proporcionou maiores produções nesta mesma época. Por meio do fornecimento de toda quantidade do fertilizante nas folhas (outono-inverno), apenas no solo ou nas folhas em complementação ao solo (outono-inverno e primavera-verão), foi possível constatar um maior número de frutos e crescimento de íamos. Apesar da inviabilidade de um grande número de pulverizações, conforme as que foram realizadas neste experimento, os dados permitem concluir que, eventualmente, uma ou mais pulverizações com nitrato de potássio a 25% podem substituir eficientemente a adubação nitrogenada no solo.Item Épocas de irrigação, parcelamento de adubação e custo de produção do cafeeiro 'Catuaí' na região de Lavras - MG(Universidade Federal de Lavras, 2005-12-28) Coelho, Gilberto; Silva, Antônio Marciano daAvaliou-se, neste trabalho, o efeito de épocas de irrigação e de parcelamentos da adubação sobre a produtividade do cafeeiro ‘Catuaí’ nas sasfras 1998 a 2005, defeitos intrínsecos e atributos químicos dos grãos nas safras 2002 a 2004 além do seu custo de produção nas safras 2002 a 2005. Concluiu-se que: parcelamentos de adubação não promovem alterações em nenhum das variáveis estudadas; a irrigação entre 01/06 e 30/09, seja com aplicação de fertilizantes via água de irrigação ou com aplicação manual, proporcionou a melhor produtividade média e quebrou o ciclo bienal de produtividade, mas, concorreu para a redução de sua amplitude a irrigação entre 01/06 e 30/09 com aplicação de fertilizantes via água de irrigação proporcionou atraso na maturação dos frutos, resultando na colheita com alto percentual de frutos verdes, que por sua vez, aumentou o número de defeitos oriundos dos grãos verdes, como ardidos, pretos e chochos e a lixiviação de potássio, reduziu os teores de açúcares, entretanto, não denegriu a qualidade da bebida que foi na pior situação classificado como de bebida dura. Finalmente, a irrigação entre 01/06 e 30/09 com aplicação manual de fertilizantes proporcionou menores custos de produção por saca de 60 kg de café beneficiado em duas das três safras em que ocorreram diferenças significativas e estes custos ficaram significativamente abaixo do valor médio pago pela saca no ano de 2005.Item Avaliação agronômica e econômica da lavoura de Coffea arabica L. em diferentes níveis de adubação nas fases de implantação e condução(Universidade Federal de Lavras, 2022-08-08) Brandão, Lorena Martins; Guimarães, Rubens José; Fontes, Renato EliasO alto custo dos fertilizantes atualmente reflete em maiores custos de produção e pressiona o produtor rural a ser cada vez mais eficiente no uso deste insumo indispensável para a produção vegetal, este que tem participação em cerca de 18% nos custos operacionais. Assim, os cafeicultores têm reduzido a adubação como estratégia de sobrevivência a curto e médio prazos afetando, portanto, a nutrição das lavouras e consequentemente a produtividade. Pode acontecer também, em épocas em que o preço do café é alto e as condições financeiras favoráveis, que os cafeicultores excedam nas quantidades de fertilizantes utilizadas, o que pode desequilibrar e provocar perdas de produtividade. Portanto, objetivou-se com o presente trabalho, avaliar o impacto de diferentes níveis de adubação na produtividade determinando o melhor nível e as doses de fertilizantes (N, P e K) adequadas agronomicamente e economicamente. O experimento foi conduzido no Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras-MG de novembro de 2018 a maio de 2021 utilizando-se mudas da Cultivar Mundo Novo IAC 379/19. O delineamento foi em blocos casualizados, com seis tratamentos, quatro repetições e subdivisão das parcelas, no tempo. Os níveis de adubação utilizados foram 10%, 40%, 70%, 100%, 130% e 160%, onde a adubação padrão é 100%. A máxima produtividade de café beneficiado (sc ha-1 ) foi alcançada com 119,06% do nível de adubação recomendado, ou seja, 19,06% maior em relação a adubação padrão, porém, alcançando um pequeno aumento na produtividade, ou seja, de apenas 1,80% a mais em produtividade em relação a obtida com a adubação padrão (100%), cujas doses foram 239,48 kg ha-1 de N e 177,8 kg ha-1 de K2O. A adubação mínima necessária para lavouras de café em sequeiro no segundo ano de formação após o transplantio, sem prejuízos superiores a 10% de produtividade é de: 149,7 kg ha-1 de N e 111,15 kg ha-1 de K2O, e a faixa crítica dos teores foliares de nitrogênio foi encontrada entre 30,30 g.kg-1 e 32,43 g.kg-1. Em relação a análise econômica concluiu-se que o cafeeiro com níveis de adubação entre 10% e 40% da adubação padrão têm sua produtividade comprometida; o nível de 74,43% é satisfatório do ponto de vista econômico sem que haja prejuízos de produtividade superiores a 10%; lavouras implantadas com 130% e 160% da adubação padrão não tem bons resultados econômicos em relação ao nível de 70%; diante de um cenário de menores custos com fertilizantes e melhores preços da saca de café, pode ser interessante aumentar o nível de adubação no intervalo entre 70% e 119%.Item Avaliação agronômica e econômica da lavoura de Coffea arabica L. em diferentes níveis de adubação nas fases de implantação e condução(Universidade Federal de Lavras, 2022-08-08) Brandão, Lorena Martins; Guimarães, Rubens José; Fontes, Renato EliasO alto custo dos fertilizantes atualmente reflete em maiores custos de produção e pressiona o produtor rural a ser cada vez mais eficiente no uso deste insumo indispensável para a produção vegetal, este que tem participação em cerca de 18% nos custos operacionais. Assim, os cafeicultores têm reduzido a adubação como estratégia de sobrevivência a curto e médio prazos afetando, portanto, a nutrição das lavouras e consequentemente a produtividade. Pode acontecer também, em épocas em que o preço do café é alto e as condições financeiras favoráveis, que os cafeicultores excedam nas quantidades de fertilizantes utilizadas, o que pode desequilibrar e provocar perdas de produtividade. Portanto, objetivou-se com o presente trabalho, avaliar o impacto de diferentes níveis de adubação na produtividade determinando o melhor nível e as doses de fertilizantes (N, P e K) adequadas agronomicamente e economicamente. O experimento foi conduzido no Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras-MG de novembro de 2018 a maio de 2021 utilizando-se mudas da Cultivar Mundo Novo IAC 379/19. O delineamento foi em blocos casualizados, com seis tratamentos, quatro repetições e subdivisão das parcelas, no tempo. Os níveis de adubação utilizados foram 10%, 40%, 70%, 100%, 130% e 160%, onde a adubação padrão é 100%. A máxima produtividade de café beneficiado (sc ha-1 ) foi alcançada com 119,06% do nível de adubação recomendado, ou seja, 19,06% maior em relação a adubação padrão, porém, alcançando um pequeno aumento na produtividade, ou seja, de apenas 1,80% a mais em produtividade em relação a obtida com a adubação padrão (100%), cujas doses foram 239,48 kg ha-1 de N e 177,8 kg ha-1 de K2O. A adubação mínima necessária para lavouras de café em sequeiro no segundo ano de formação após o transplantio, sem prejuízos superiores a 10% de produtividade é de: 149,7 kg ha-1 de N e 111,15 kg ha-1 de K2O, e a faixa crítica dos teores foliares de nitrogênio foi encontrada entre 30,30 g.kg-1 e 32,43 g.kg-1 . Em relação a análise econômica concluiu-se que o cafeeiro com níveis de adubação entre 10% e 40% da adubação padrão têm sua produtividade comprometida; o nível de 74,43% é satisfatório do ponto de vista econômico sem que haja prejuízos de produtividade superiores a 10%; lavouras implantadas com 130% e 160% da adubação padrão não tem bons resultados econômicos em relação ao nível de 70%; diante de um cenário de menores custos com fertilizantes e melhores preços da saca de café, pode ser interessante aumentar o nível de adubação no intervalo entre 70% e 119%.Item Tecnologias de fertilizantes nitrogenados na cafeicultura(Universidade Federal de Lavras, 2017-12-02) Chagas, Wantuir Filipe Teixeira; Silva, Douglas Ramos GuelfiA aplicação de fertilizantes nitrogenados estabilizados, de liberação lenta, controlada e blends pode reduzir as perdas de N-NH3 em comparação à ureia convencional. Essa redução nas perdas de N pode aumentar o aproveitamento e a recuperação do N pela planta. No capítulo 1, objetivou-se avaliar as características de crescimento, nutricionais, fisiológicas e a eficiência agronômica da adubação nitrogenada com fertilizantes estabilizados, de liberação lenta, controlada e blends no crescimento de mudas do cafeeiro. O experimento foi realizado em casa de vegetação em vasos com volume de 14 L. Os seguintes fertilizantes nitrogenados foram aplicados na dose de 10 g vaso -1 de N, parceladas em três aplicações com intervalo de 50 dias entre cada aplicação: Ureia convencional; Nitrato de Amônio; Ureia + formaldeído; Polyblen Extend® ; Polyblen Montanha® ; Ureia + Poliuretano; Ureia + resina plástica; Sulfato de Amônio + CaCO3 e o controle, sem aplicação de N. Os maiores valores de altura de plantas, massa seca total de plantas, área foliar e acúmulo de N na folha e na planta inteira foram encontrados com a aplicação do Polyben Extend® . A aplicação do Polyben Extend® também promoveu maior eficiência agronômica e aumentou a taxa fotossintética e o índice relativo de clorofila nas mudas do cafeeiro ao final do período de condução do experimento. No segundo capítulo, o objetivo foi quantificar as perdas de N por volatilização de amônia e suas alterações nos parâmetros nutricionais, na produtividade e na eficiência agronômica, após a aplicação de fertilizantes nitrogenados convencionais e blends em cobertura no cafeeiro em produção, no ano agrícola de 2014/2015 e 2015/2016. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com seis tratamentos: T1 = Ureia granulada aplicada na dose de 450 kg de N ha-1 ano-1 (100% da dose recomendada) em três parcelamentos iguais com intervalo de 50 dias; T2 = Nitrato de amônio aplicado na dose de 450 kg de N ha-1 ano-1 (100% da dose recomendada) em três parcelamentos iguais com intervalo de 50 dias; T3 = Polyblen Extend® (100% da dose recomendada) aplicado em dois parcelamentos (70% da dose total de N no 1o e 30% no 2o parcelamento); T4 = Polyblen Extend® (70% da dose recomendada): aplicado na dose de 315 kg de N ha-1 ano-1 em dois parcelamentos (70% da dose total de N no 1o e 30% no 2o parcelamento); T5 = Polyblen Montanha® (100% da dose recomendada) sem parcelamento; T6 = Polyblen Montanha® (70% da dose recomendada) sem parcelamento, com três repetições. No total dos dois anos, a ureia promoveu as maiores perdas por volatilização de N-NH3 (165,6 kg ha-1 de N) quando comparado com os demais fertilizantes nitrogenados aplicados no cafeeiro. O nitrato de amônio promoveu menor perda de N por volatilização (3,8 kg ha-1 de N). O Polyblen Extend® e o Polyblen Montanha® reduziram as perdas por volatilização em comparação a ureia. Dentre os blends, o Polyblen Montanha® -70% proporcionou menor perda de N-NH3 (43,6 kg ha-1 de N). Na média dos dois anos, a aplicação de nitrato de amônio e dos blends (63,3 sacas ha-1) aumentaram a produtividade do cafeeiro em comparação à aplicação de ureia (52,8 sacas ha-1). O Polyblen Extend® e o Polyblen Montanha® promoveram a mesma produtividade aplicando 100 e 70% da dose recomendada. O Nitrato de amônio e o Polyblen Montanha® - 100% apresentaram maior Índice de Eficiência agronômica relativa. A ureia promoveu menor eficiência agronômica entre os fertilizantes nitrogenados. No terceiro capítulo, o objetivo foi avaliar a influencia da aplicação de fertilizantes convencionais e “blends” na granulometria e composição química do café. Na média dos dois anos, o nitrato de amônio, Polyblen Montanha® 100% e Polyblen Montanha® 70% promoveram maior percentual de grãos chato graúdo. Ao final dos dois anos, o nitrato de amônio, Polyblen Extend® 100%, Polyblen Montanha® 70% e Polyblen Montanha® 100% promoveram maior acúmulo de cafeína nos grãos de café. E o nitrato de amônio e o Polyblen Montanha® 100% promoveram o maior acúmulo de açúcares totais.Item Manejo de cambissolos e argissolos na implantação de cafeeiros(Universidade Federal de Lavras, 2018-06-18) Barbosa, Samara Martins; Oliveira, Geraldo César deTécnicas agronômicas que possibilitam aumentar a eficiência dos sistemas produtivos frente às variações climáticas são cada vez mais necessárias na busca por uma agricultura mais sustentável. A restrição hídrica e o aumento da temperatura média anual já prejudicam significativamente a produtividade e a qualidade do café nas principais regiões de cultivo. A escassez de água para produção cafeeira, muitas vezes é ocasionada pela redução da capacidade de recarga de água dos solos devido manejo inadequado. Neste sentido, o presente estudo propõe utilização de técnicas de manejo do solo que possibilitem o uso eficiente da água armazenada no solo a exemplo dos condicionadores de solo e abertura de sulcos profundos para um melhor aproveitamento do recurso água por um maior volume de solo explorado. Foram instalados dois experimentos, um deles no município de Bom Sucesso localizado na Mesorregião fisiográfica Oeste de Minas, e outro no município de Nazareno localizado na Mesorregião fisiográfica Campos das Vertentes, em Minas Gerais. Para o primeiro, o preparo de um Argissolo Vermelho Amarelo, consistiu na abertura dos sulcos de plantio com dimensões de 0,40 m de largura e 0,60 m de profundidade, sendo feito o destorroamento do solo até os 0,60 m. Os tratamentos consistiram na aplicação de fertilizantes e cobertura plástica na linha de cultivo, sendo: M: adubação mineral; O: adubação organomineral; MM: adubação mineral + cobertura plástica; OM: adubação organomineral + cobertura plástica; MZ: adubação mineral + mineral zeólita. Neste experimento foi avaliada a influência dos manejos na variabilidade espaço-temporal do conteúdo de água no solo, assim como na sua disponibilidade às plantas, na distribuição radicular e sistema de poros. O segundo experimento foi conduzido em Cambissolo, cuja implantação de cafeeiros objetivou investigar a ação do preparo de sulco profundo associado a um adicional de corretivo agrícola nos índices de qualidade e na função normalizada de distribuição de poros por volume [S*(h)] no perfil do solo. Os tratamentos consistiram de: 40 (preparo convencional com sulcador a 0,40m); 60 (abertura de sulco com preparador de solo a 0,60m com correção convencional (60S) e calcário complementar (60C)); 80 (abertura de sulco com preparador de solo a 0,80m com correção convencional (80S) e calcário complementar (80C)) além de uma área preservada e, portanto não revolvida, Natural. Ambas as tecnologias estudadas comprovaram sua eficácia para o cultivo de cafeeiros em áreas de solos rasos que possuem limitações ao desenvolvimento radicular, por contornar problemas advindos do déficit hídrico na fase inicial de desenvolvimento de cafeeiros. Como houve melhorias no sistema poroso dos solos ao longo dos perfis estudados, a implementação de manejos promoveu aumento de conteúdo de água disponível no perfil do solo e favoreceu o crescimento do sistema radicular das plantas.Item Emissoes de gases de efeito estufa por fertilizantes nitrogenados em lavoura cafeeria irrigada(Universidade Federal de Lavras, 2016-04-18) Soares, Danilo de Araujo; Silva, Douglas Ramos GuelfiNa agricultura, os solos agrícolas são a maior fonte de emissões óxido nitroso (N 2 O), para a atmosfera, gás esse que é produzido no solo durante as reações de nitrificação e desnitrificação e que tem impacto nas mudanças climáticas e na destruição da camada de ozônio. No Brasil, existem poucas informações científicas relacionadas às emissões de N 2 O, em áreas de cafeicultura, onde a dose de nitrogênio (N) aplicada varia entre 200 – 600 kg ha -1 ano. A avaliação de práticas de manejo da adubação nitrogenada que reduzem a poluição ambiental e promovam aumento na eficiência de utilização do N pelas culturas precisa ser mais estudada nas condições brasileiras. Uma das alternativas, para tentar mitigar as emissões de N 2 O e as perdas de N, na forma de amônia (N- NH 3 ), para a atmosfera, é a utilização de fertilizantes estabilizados, de liberação lenta ou controlada. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as perdas de N, na forma de amônia e óxido nitroso e as emissões de dióxido de carbono (CO 2 ) e metano (CH 4 ), após aplicação de fertilizantes nitrogenados convencionais, estabilizados e de liberação controlada em lavoura cafeeira irrigada. O estudo foi realizado, no município de Monte Carmelo/MG, no ano agrícola 2012/2013, em lavoura cafeeira irrigada. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram na aplicação de 368 kg ha -1 de N (4 parcelamentos de 92 kg ha -1 de N, à exceção da fertirrigação), aplicados na projeção da copa das plantas, utilizando - se as seguintes fontes: 1) Ureia convencional granulada (UR); 2) Ureia granulada revestida com 600 mg kg -1 de NBPT (UR+NBPT); 3) Ureia granulada revestida por polímero elástico (UR+PE); 4) Composto orgânico + ureia (25% do N total aplicado na forma de composto orgânico e os outros 75% na forma de ureia) (UR+CO); 5) Cerrado (Controle: sem aplicação de fertilizantes) (CER) e 6) 11 aplicações de N na fertirrigação (FERT). As emissões de N, na forma de óxido nitroso, seguiram a seguinte ordem decrescente: UR+CO (0,925 kg ha -1 de N) = UR (0,849 kg ha -1 de N) = UR+NBPT (0,817 kg ha -1 de N) > FERT (0,465 kg ha -1 de N) = UR+PE (0,425 kg ha -1 de N) > CER (0,064 kg ha -1 de N). As emissões de N, na forma de amônia, seguiram a seguinte ordem decrescente: UR+NPBT (177,2 kg ha -1 de N) = UR (166,5 kg ha -1 de N) > UR+CO (116,9 kg ha -1 de N) = UR+PE (103,5 kg ha -1 de N) > CER (4,7 kg ha -1 de N) = FERT (4,4 kg ha -1 de N). A aplicação do N, na fertirrigação e na forma de ureia revestida com polímeros, promove as menores emissões de N-N 2 O e NH 3 . A natureza e o modo de aplicação dos fertilizantes nitrogenados não influenciam nas emissões de metano e gás carbônico e a produtividade do cafeeiro.Item Fertilizantes nitrogenados de eficiência aumentada e convencionais na cultura do cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2016-07-29) Dominghetti, Anderson William; Guimarães, Rubens JoséWith this study, we aimed at evaluating the influence of the use of different nitrogen fertilizers regarding nitrogen (N) loss by ammonia volatilization; emission of carbon dioxide (CO 2 ); foliar content of N, S, Cu and B; soil pH; productivity and coffee production cost. The experiment was conducted in an experimental field at the Universidade Federal de Lavras, Lavras, Minas Gerais, Brazil, using a randomized blocks design with three replicates, during two years (from August 2013 to July 2015). The treatments consisted of ten nitrogen fertilizers: urea, ammonium sulfate, urea dissolved in water, ammonium nitrate, urea + copper (Cu) + boron (B), urea + anionic polymer, urea + sulfur (S) + polymer, urea + thermoplastic resin, urea + NBPT, and urea formaldehyde, in a total equivalent to 450 kg ha -1 of N, divided into three applications at intervals of sixty days. During the first year, the average nitrogen loss by volatilization followed the decreasing order: urea + anionic polymer (35.8%) > urea (31.2%) = urea + S + polymer (30.9%) > urea + Cu + B (25.6%) > urea + NBPT (11.9%) = urea + resin (8.6%) > urea dissolved in water (4.6%) = urea formaldehyde (1.1%) = ammonium sulfate (0.9%) = ammonium nitrate (0.3%). For pH values and foliar N, we verified decrease with the progression of the evaluations. However, there was no significant difference of the final mean between treatments, as well as for the foliar contents of S, Cu and B. Regarding CO 2 emission, there was variation between all three fertilizations, motivated especially by edaphoclimatic factors in the area. In average, we verified higher emission of urea, urea + anionic polymer, urea + Cu + B, urea + S + polymer and urea + resin. During the second year, in the mean of the three fertilizations, the decreasing order of the amount of volatilized N was: urea + anionic polymer (41%) = urea (38%) > urea + S + polymer (29%) urea + NBPT (26%) > urea + Cu + B (17%) = urea + resin (16%) > urea dissolved in water (5%) = ammonium sulfate (1%) = urea formaldehyde (1%) = ammonium nitrate (0.2%). The lowest pH values were obtained with the use of ammonium nitrate, ammonium sulfate and urea formaldehyde, regarding this year, and the foliar contents of N were not influenced by higher losses in some of the fertilizers. In addition, there was no difference between the sources regarding the foliar contents of Cu. The foliar contents of S were higher with the use of ammonium sulfate. There was no significant difference between productivity means of 2015/2016. The use of urea + Cu + B provided lower total operational cost per hectare, fertilizer Urea + resin, the highest cost, and urea + NBPT, the higher net margin.Item Caracterização do encrostamento superficial do solo cultivado com cafeeiros submetido ao controle de plantas daninhas com herbicida de pré-emergência(Universidade Federal de Lavras, 2015-12-21) Siqueira, Raphael Henrique da Silva; Ferreira, Mozart MartinsO solo desprovido de cobertura vegetal está sujeito ao impacto direto das gotas de chuva, acarretando a quebra dos agregados e dispersão da argila que, a partir da sua migração com a água infiltrante ocasiona o entupimento dos poros formando um selo superficial. No presente trabalho, objetivou-se caracterizar o encrostamento superficial e o comportamento físico-hídrico de um Latossolo Vermelho submetido ao controle químico de plantas daninhas em cultivo de café. Os tratamentos avaliados foram: herbicida de pré-emergência (solo encrostado), herbicida de pós-emergência e sem capina. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, perfazendo um fatorial, 3x2, sendo três métodos de controle, duas camadas analisadas (0-5 e 5-15 cm) e nove repetições. Foram realizadas análises para caracterização física e química das camadas amostradas. A presença do encrostamento superficial do solo ficou caracterizada por baixos valores de infiltração acumulada e condutividade hidráulica, assim como pelos maiores valores de resistência à penetração e densidade do solo. A aplicação contínua de herbicida de pré-emergência no Latossolo Vermelho resulta em menor rugosidade superficial, parâmetro intrínseco de solos encrostados. Imagens por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e mapeamento dos elementos, a partir da espectroscopia de energia dispersiva (EED), não somente permitiram visualizar a estrutura granular e presença de diversos minerais no Latossolo, mas também diferentes padrões de agregação e porosidade. A formação de crostas na superfície do solo influenciou o comportamento físico-hídrico do Latossolo Vermelho submetido a métodos químicos de controle de plantas daninhas na cultura do café. O manejo do solo com herbicida de pré-emergência, em decorrência da formação de encrostamento superficial, causou uma redução do volume de poros com diâmetro superior a 145 μM, afetando negativamente os processos na drenagem e arejamento do solo. Por outro lado, o aumento da capacidade de água disponível do solo com crosta superficial na camada subsuperficial denota um potencial de reter mais água do que os demais tratamentos avaliados.