UFLA - Teses
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Resultados da Pesquisa
Item Marcadores da tolerância à dessecação de sementes de cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2000) Brandão, Delacyr da Silva; Vieira, Maria das Graças Guimarães Carvalho; Universidade Federal de LavrasA sensibilidade à dessecação em sementes é um grande obstáculo para conservação da biodiversidade das espécies. A presente pesquisa foi desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e na Wageningen University and Research Centre (WUR), Laboratory of Plant Physiology, com o objetivo de detectar modificações fisiológicas, celulares e moleculares em sementes de cafeeiro colhidas em diferentes estádios de desenvolvimento e secadas a diferentes teores de água. Foram colhidas sementes de Coffea arabica em três estádios de desenvolvimento e de C. canephora no estádio cereja. Parte das sementes não foi submetida a secagem e parte foi secada a 30, 15, 10 e 8% de umidade. Posteriormente, as sementes foram armazenadas sob condição controlada (10oC e 50% UR) em embalagens impermeáveis. Em diferentes períodos do armazenamento, as sementes foram submetidas a determinação fisiológicas, celulares por microscopia eletrônica de varredura à baixa temperatura, determinação de açúcares específicos e moleculares por meio dos sistemas enzimáticos álcool desidrogenase (ADH), fosfatase alcalina (AKP), esterase (EST) e catalase (CAT). Foram observados diferentes tipos de danos nos diferentes estádios de maturação. Um grau de umidade crítico das sementes foi estabelecido abaixo do qual os danos passam a ser severos. A tolerância à dessecação em sementes de C. arabica está em função do estádio de desenvolvimento das sementes, sendo que estas colhidas no estádio verde apresentam maior sensibilidade à perda de seu teor de água. Sementes de C. canephora apresentam-se intolerantes à dessecação. Para ambas as espécies de cafeeiro, após o armazenamento, as sementes secadas a 30% de umidade apresentam maior germinação e vigor e reduzidos danos causados pela perda do teor de água das sementes. Padrões eletroforéticos das enzimas esterase e catalase variam em função do estádio de desenvolvimento das sementes de cafeeiro e do nível de tolerância à dessecação. Acréscimo no conteúdo de glicose e sacarose está associado com proteção de sementes de cafeeiro contra danos de secagem e a aquisição da tolerância à dessecação. Análise ultraestrutural apresenta coalescência de corpos de lipídios, presenças de cristais nos espaços intercelulares, ruptura dos sistemas de membranas associadas a danos de secagem.Item Qualidade dos cafés cereja, bóia, mistura submetidos a diferentes períodos de amontoamento e tipos de secagem(Universidade Federal de Lavras, 2002) Oliveira, Gilvana Aparecida de; Vilela, Evódio Ribeiro; Universidade Federal de LavrasEsta tese conta de três experimentos, sendo dois realizados na safra de 1999 (1 e 2) e um na safra de 2001 (3). Com o objetivo de verificar o efeito da matéria-prima e do tipo de secagem na qualidade do café, no experimento 1 foram utilizadas amostras de café bóia, cereja e mistura colhida em três épocas diferente e secada ao sol. No experimento 2, foram utilizadas amostras de café bóia, cereja e mistura, provenientes de uma só colheita e secadas em secador experimental de camada fixa, com temperaturas de secagem de 45, 50 e 55ºC. No experimento 3 foi verificada a qualidade do café mistura submetido a diferentes períodos de amontoamento após a colheita (0,1,2,3,4, e 5 dias). A secagem também foi feita ao sol e em secador experimental, utilizando uma temperatura de 50ºC. Em todos os experimentos foram utilizadas análises físicas, químicas e sensoriais (prova de xícara). As secagens foram realizadas nas instalações da Usina de Beneficiamento de Sementes do Departamento de Agricultura e as análises nos Laboratórios de Qualidade da EPAMIG, no campus da Universidade Federal de Lavras. Pelos resultados obtidos no experimento 1, notaram-se algumas características desejáveis nos frutos de café cereja, como aspecto, cor dos grãos, menor número de defeitos e menores teores de compostos fenólicos. Os outros índices químicos, apesar de apresentarem diferenças significativas, não tiveram valores definidos em função das matérias-primas e das épocas de colheita. No experimento 2, a secagem a 55ºC apresentou amostras de café com maior número de defeitos, tipo, 6/7 a pior aspecto, principalmente para o café mistura. As diferenças entre 45 e 50ºC foram pequenas. Os maiores efeitos do aumento da temperatura até 55ºC foram em elevar os valores de lixiviação de potássio e de condutividade elétrica, caracterizando modificações na membrana celular. Os outros constituintes, caracterizando modificações na membrana celular. Os outros constituintes, como açúcar e compostos fenólicos, não tiveram variações definidas. No experimento 3, foi verificado um maior aumento no número de defeitos para o café secado ao sol somente no 5º dia de amontoamento, cujo tipo aumentou de 6-20 para 7-10, e bebida dura ardida. Já na secagem em secador, a partir do 2ºdia de amontoamento, o café apresentou grande número de defeitos, tipo acima de 7 e bebida dura avinagrada. O índice de coloração, tanto para o café secado ao sol quanto para o café secado em secador, atingiu baixos teores a partir do 3º dia de amontoamento, com características de branqueamento. Houve uma pequena tendência de aumento da acidez com o aumento do período de amontoamento. Não houve variação definida nos teores de extrato etéreo e de proteína bruta. A lixiviação de potássio aumentou com o amontoamento do café até cinco dias, nas duas secagens. Assim, o período de amontoamento do café após a colheita de dois dias ou mais e temperaturas acima de 55ºC podem ser críticos para a qualidade do café.