UFLA - Teses

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    Potássio, fósforo, boro e irrigação na distribuição espaço-temporal da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-07-10) Chaves, Eugênio; Pozza, Edson Ampélio
    A cercosporiose (Cercospora coffeicola) é umas das principais doenças do cafeeiro, sendo sua ocorrência afetada pelo fornecimento de água e desequilíbrio nutricional. O fornecimento de água, que é realizado primordialmente pela chuva, mas pode ser feito pela irrigação por gotejamento ou aspersão. A nutrição mineral deficiente ou desequilibrada pode predispor as plantas à infecção pelo fungo. Pouco se conhece sobre a influência da nutrição mineral, principalmente com relação aos elementos boro (B), fósforo (P) e potássio (K), e da fertilidade do solo na intensidade da doença e sua distribuição espacial. Dessa forma, foram realizados três experimentos em campo, sendo que, no primeiro experimento, objetivou-se avaliar a interação entre lâminas de água com diferentes doses de fósforo (cinco lâminas de irrigação x quatro doses de fósforo). Realizaram-se avaliações de cercosporiose nas folhas a cada 30 dias. A curva de progresso da média da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos, no Ano 1 (novembro de 2011 a dezembro de 2012), a incidência da cercosporiose teve seu pico em 22/08/2012 (22,45%) enquanto, no Ano 2 (janeiro de 2013 a janeiro de 2014), a incidência atingiu seu maior nível na avaliação no dia 12/09/2013 (16,29%). Houve interação entre lâminas de irrigação e doses de fósforo na avaliação realizada em 10/07/2012. O aumento de doses de P em menores lâminas de irrigação e, na ausência de adubação fosfatada em maiores lâminas de irrigação, obteve-se maiores incidências. No segundo experimento, objetivou- se avaliar a interação entre doses de K e de B (quatro doses de K, sendo 0, 100, 200 e 400 kg/ha de K x quatro doses de B, sendo as doses 0, 1, 2 e 4 kg/ha de B). Realizaram-se 24 avaliações da cercosporiose nas folhas do cafeeiro, a cada 30 dias. A curva média de progresso da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos de avaliação. Os picos das incidências ocorreram em 28/02, 23/05 e 12/09 de 2013, 24/02 e 22/05 de 2014 respectivamente. No ano de 2014, a incidência foi menor em comparação com o ano de 2013, mesmo com alta carga pendente, possivelmente, devido às maiores temperaturas registradas. Houve interação significativa entre as doses de K e de B com a área abaixo da curva do progresso da incidência (AACPI), na qual as doses acima de 200 kg/ha de K com doses abaixo de 1 kg/ha de B, apresentaram os maiores níveis de doença. E no terceiro experimento, objetivou-se avaliar o padrão espacial da relação da cercosporiose com a fertilidade do solo e a nutrição da planta em lavoura cafeeira irrigada por gotejamento e pivô central. Em duas áreas experimentais, uma com sistema de irrigação por gotejamento de 11 ha, com 52 pontos amostrais georreferenciados, e a outra área de pivô central de 17 ha, com 50 pontos amostrais. Em cada ponto avaliou-se as folhas de cinco plantas a cada 60 dias. Houve correlação positiva da AACPI com as incidências em 17/04/2013, 24/08/2013, 04/06/2014 e 18/08/2014, e dos teores foliares de B, P e K. Na análise geoestatística para o sistema de irrigação por gotejamento, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de K, P e B, enquanto para o sistema por pivô central, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado Sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de P e K e menor teor de B.
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    Detecção de Pseudomonas syringae pv. garcae em sementes, microanálise de raios X e desenvolvimento de escala diagramática para a mancha aureolada do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-04-30) Belan, Leônidas Leoni; Pozza, Edson Ampélio
    São escassos os dados e a pesquisa de base e tecnológica para realizar estudos de controle e manejo da mancha aureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae) (PSG) do cafeeiro. Logo, os objetivos foram: 1) desenvolver e validar uma escala diagramática para quantificar a severidade da mancha aureolada em folhas de cafeeiro; 2) verificar se sementes de cafeeiro podem disseminar o inóculo de PSG considerando plantas com sintomas de mancha aureolada; 3) verificar diferenças na distribuição dos nutrientes nos tecidos de folhas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em torno de lesões de doenças foliares. Diante do primeiro objetivo, foi desenvolvida e validada um escala diagramática, para avaliar a severidade da mancha aureolada em folhas de cafeeiro, com base nos intervalos de distribuição de frequência dos valores de severidade da doença. Essa escala proporciona melhores níveis de acurácia, precisão e reprodutibilidade nas avaliações. Buscando identificar a origem do inóculo inicial da doença em viveiros, sementes provenientes de plantas com sintomas de mancha aureolada, foram imersas em solução salina estéril e o extrato bruto inoculado em folhas de mudas de cafeeiro. Houve sintomas de mancha aureolada nas folhas de plantas de cafeeiro inoculadas com o referido extrato, semelhantes aos desenvolvidos por folhas inoculadas com suspensão de inóculo do isolado padrão de referência PSG; enquanto as mudas inoculadas com extrato de sementes de plantas assintomáticas não apresentaram sintomas. Isolados bacterianos provenientes dessas sementes de cafeeiro apresentaram padrões bioquímicos e moleculares iguais ao isolado padrão PSG. Logo,sementes de cafeeiro podem disseminar o inóculo de PSG com base em plantas com sintomas de mancha aureolada. Para conhecer a distribuição dos nutrientes minerais nos tecidos, em torno da lesão de doenças foliares do cafeeiro, fragmentos de folhas foram submetidos à microanálise de raios X (MAX). Os nutrientes minerais potássio e cálcio apresentaram gradiente de distribuição e relação espacial com os tecidos assintomáticos e com sintomas de mancha aureolada. Maior teor de potássio foi encontrado no tecido assintomático em torno da lesão, decrescendo em direção ao tecido com o halo amarelo e atingindo teor mínimo no tecido necrosado. Relação espacial inversa a do potássio foi observada para o cálcio em torno da lesão. Logo, a MAX, associada à nutrição mineral, pode auxiliar no manejo e entendimento das reações de defesa contra a doença.