UNESP - Teses
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Item Aplicação de extratos de algas marinhas em cafeeiro sob deficiência hídrica e estresse salino(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2015-02-27) Bettini, Marcos de Oliveira; Broetto, FernandoO presente estudo relacionou os efeitos da aplicação de dois extratos de algas marinhas às características biométricas, relações hídricas, trocas gasosas e alterações bioquímicas em dois cultivares de café e sua interferência na tolerância à deficiência hídrica (DH) e estresse salino (ES). Foram conduzidos dois experimentos em blocos causalizados, em estufa com mudas de cafeeiro em vasos de 5 L irrigados por gotejamento, com 3 repetições por tratamento. O primeiro experimento sobre DH comparou três níveis de irrigação: D1- 25%, D2-50% e D3-100% da necessidade hídrica da cultura em dois cultivares (Obatã e Catuaí 99) e dois tratamentos de extratos de algas e controle, sendo aplicados três ciclos DH, intercalados com dois períodos de recondicionamento. O segundo experimento de ES estudou o efeito da salinidade induzida com NaCl para as mesmas cultivares e para os mesmos tratamentos com extratos de alga. Neste caso foram aplicados dois ciclos de estresse salino intercalados com um período de recondicionamento. Os tratamentos com extratos de alga foram: Alga 1 – Aplicações semanais de soluções do extrato líquido solúvel da alga Ascophyllum nodosum. Alga 2 – Uma aplicação via solo da combinação de extratos sólidos das algas Ascophyllum nodosum e Lithothamnium calcareum. Os tratamentos com DH e ES apresentaram menor potencial hídrico foliar, assimilação de carbono, transpiração e área foliar, independentemente dos cultivares. A aplicação de extratos de alga induziu tolerância a estresses hídrico e salino. Plantas de cafeeiro tratadas com extratos de algas apresentaram maior área foliar, maior massa de raízes, maior potencial de água na folha, menor relação Na + /K + , assimilação de carbono e alterações na atividade de enzimas antioxidativas.Item Distribuição espacial da produtividade média anual das culturas de arroz, feijão, milho e café no estado de São Paulo e sua correlação com índices climáticos(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-08) Cardim, Délcio; Cataneo, AngeloEste trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade espacial da produtividade média anual das culturas do arroz, feijão, milho e café no Estado de São Paulo, empregando técnicas geoestatísticas, visando verificar suas relações com o mapeamento dos índices térmico, pluviométrico e pluviotérmico obtidos pelo mapeamento do comportamento multivariado da temperatura e precipitação médias no Estado de São Paulo. Estudou-se a produtividade média anual de cada cultura nas décadas de 70, 80 e 90, georreferenciadas por meio das coordenadas geográficas longitude e latitude em cada município. Foi analisada a região do Estado de São Paulo compreendida entre as coordenadas geográficas: 46,43 a 51,85 graus de longitude e –23,96 a –20,05 graus de latitude, visto que os mapas dos índices térmico, pluviométrico e pluviotérmico foram realizados dentro desta região do Estado de São Paulo. Verificado o comportamento dos dados próximo da distribuição normal por meio da estatística descritiva, efetuou-se a análise geoestatística. Por intermédio dos semivariogramas experimentais, verificou-se a existência de dependência espacial na produtividade média anual para todas as culturas e décadas em estudo. A técnica de validação cruzada permitiu avaliar a qualidade dos ajustes dos semivariogramas e a correlação existente entre os valores observados e os valores estimados. A produtividade média anual para todas as culturas e décadas em estudo comporta-se como um fenômeno isotrópico, ou seja, a análise do semivariograma em uma única direção é suficiente para o estudo da dependência espacial. Construíram-se mapas de isolinhas para a produtividade média anual das culturas nas décadas analisadas, utilizando os valores de 1747 pontos estimados pelo processo de interpolação por krigagem. Esses mapas permitiram analisar o comportamento da produtividade média anual de cada cultura em cada uma das décadas analisadas. As análises da correlação entre os índices climáticos e a produtividade média anual das culturas permitiram verificar a importância da chuva na produtividade de uma determinada cultura e demonstrou que altas temperaturas, provavelmente, são prejudiciais na obtenção de alta produtividade.Item Geoprocessamento para a avaliação do impacto de geadas na região cafeeira de Cornélio Procópio,PR(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-12-08) Rafaelli, Débora Rosa; Campos, SergioA cultura do café é muito sensível a fenômenos climáticos, como geada e chuvas de granizo, que podem provocar grande redução de rendimento nas safras. Quando ocorre geada, acontece muita especulação no mercado econômico, porém, a falta de dados rigorosos sobre o impacto das geadas faz com que as especulações sejam ainda maiores, superestimando os danos nas lavouras cafeeiras em função dos interesses econômicos. Procurar quantificar o impacto causado pelas geadas, com maior precisão e com menor trabalho de campo pode contribuir muito para evitar as especulações na área econômica. Existem várias maneiras para avaliar o impacto causado pelas geadas, desde o intensivo trabalho de levantamento no campo até o emprego de técnicas especializadas, como o uso do geoprocessamento. A utilização do geoprocessamento através do uso de imagens de satélites apresenta algumas vantagens em relação aos métodos convencionais quando se trata de avaliar grandes extensões de áreas atingidas por fenômenos como a geada. As imagens de satélites, além do baixo custo, possuem como características, a repetividade do satélite e a visão sinóptica. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma metodologia fundamentada no uso de imagens de satélites de média e baixa resolução temporal e técnicas de geoprocessamento para avaliar em tempo hábil o impacto de geadas em regiões cafeeiras no noroeste do estado do Paraná.No desenvolvimento do trabalho foram utilizadas imagens do satélite TERRA, sensor MODIS e do satélite Landsat 5 e 7, sensores TM e ETM+. Sendo, todos os procedimentos realizados através do aplicativo SPRING. Para analisar o potencial das imagens MODIS no monitoramento de lavouras cafeeiras atingidas pela geada utilizou-se os índices de vegetação Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) e Hydric Condition Vegetation Index (HCVI). Para analisar as imagens Landsat utilizou-se o NDVI. Os resultados mostraram que a resolução temporal do satélite TERRA permitiu acompanhar mudanças ambientais em tempo hábil. Os índices de vegetação NDVI e HCVI, obtidos das imagens MODIS são eficientes para o monitoramento do efeito da geada em nível Estadual e localizado, logo após a ocorrência da mesma. As imagens do satélite Landsat são úteis para o detalhamento do efeito do impacto da geada nas lavouras cafeeiras, porém, a resolução temporal é inadequada para este tipo de estudo, além das imagens apresentarem muitos problemas com nuvens.Item Influência de fatores bioclimáticos no desenvolvimento e produção do cafeeiro arábica e na qualidade dos grãos em Matão (SP)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-09) Custódio, Anselmo Augusto de Paiva; Lemos, Leandro BorgesO objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes supressões de irrigação, faces de exposição das plantas à radiação solar e posições na planta sobre as características vegetativas e reprodutivas dos cafeeiros após a poda e nas características produtivas e qualitativas de grãos de café. O experimento no delineamento em parcelas sub subdivididas com quatro repetições em blocos casualizados foi conduzido na Fazenda Cambuhy Agrícola Ltda (Matão, SP) com a cultivar arábica Mundo Novo IAC 376-4, em sistema de gotejamento na safra 2010/2011. Os tratamentos primários (parcelas) constituíram em seis supressões de irrigação: NI= não irrigado, IC= irrigação continuada durante todo o ano, IC 14a-19m= IC, exceto entre 14 de abril a 19 de maio, IC 20m-24jn= IC, exceto entre 20 de maio a 24 de junho, IC 25jn-30jl= IC, exceto entre 25 de junho a 30 de julho e IC 31jl-04s= IC, exceto entre 31 de julho a 04 de setembro. Os tratamentos secundários (subparcelas) constituíram nas faces de exposição das plantas à radiação solar (FEPARS): Sudeste (SE) e Noroeste (NW). Os tratamentos ternários (sub subparcela) constituíram na posição na planta (PP): terço superior (TS), terço médio (TM) e terço inferior (TI). O cafeeiro não irrigado apresenta o menor crescimento inicial após a poda. No cafeeiro com irrigação continuada (IC) ocorre menor crescimento inicial sendo maior na supressão IC 25jn-30jl e IC 31jl-04s durante o período de primavera e verão. Nos cafeeiros irrigados em especial ao uso das supressões IC 14a-19m, IC 20m-24jn, e IC 25jn-30jl promove maior produtividade total e renda de benefício de café comparado ao cafeeiro não irrigado. A FEPARS noroeste proporciona maior produtividade total e rendimento de café. Nos cafeeiros irrigados ocorre a mesma concentração de floradas comparadas aos cafeeiros não irrigados, porém em época diferente e mais precoce. Ocorre maior quantidade de ramificações e no total de flores emitidas para a FEPARS NW. As emissões de flores nos cafeeiros não irrigados não se diferenciaram quanto à posição na planta (PP). Nas parcelas irrigadas ocorrem maiores quantidade de flores emitidas na PP localizada no sentido terço superior ao inferior, tal como o avanço na maturação de frutos dos cafeeiros com maiores porcentuais de passa, seco, soma de cereja e passa com menor porcentagem de verde e verde-cana para a PP localizada no TS. Em todos os tratamentos com irrigação não houve diferença na porcentagem de frutos nos diferentes estádios de maturação. O cafeeiro não irrigado produz maior porcentual de grãos moca e menor porcentual de grãos chato médio (peneiras 16 e 15) ocorrendo o contrário para os cafeeiros irrigados. Os cafeeiros irrigados possuem o mesmo número total de defeitos que os cafeeiros não irrigados. Entre os irrigados a supressão I4 se apresentou inferior a classificação quanto ao tipo (6-30 com 16,84% grãos defeituosos) em relação ao I6 (5-45 com 9,36% grãos defeituosos). A classificação sensorial em todas as supressões de irrigação é duro ou apenas mole. Ocorre maior porcentagem de frutos nos estádios de maturação verde, cereja, soma de cereja e passa e menor porcentagem de secos para a FEPARS SE apresentando superioridade na classificação sensorial, porém com maior equivalência dos grãos com o defeito verde, não se diferenciando apenas entre cafeeiros não irrigados e irrigados com supressão I6. Contudo, é na FEPARS NW a retenção do maior porcentual de grãos chato grande (peneiras 19, 18 e 17), grãos moca grande e grãos igual e maior a peneira 16, mas com maior equivalência dos grãos com os defeitos concha e chocho, porcentual de grãos defeituosos e na classificação quanto ao tipo.