UNESP - Teses

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    Interferência de Digitaria insularis em Coffea arabica e respostas destas espécies ao glyphosate
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-01-31) Carvalho, Leonardo Bianco de; Alves, Pedro Luis da Costa Aguiar
    O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma importante planta daninha na cultura do café, onde pode estar sendo selecionada devido à aplicação frequente de glyphosate. Os objetivos foram (i) estudar os efeitos da convivência do capim-amargoso sobre o processo fotossintético, a nutrição mineral e o crescimento inicial do cafeeiro; (ii) estudar os efeitos da aplicação de glyphosate sobre o processo fotossintético, a nutrição mineral e o crescimento inicial de plantas jovens de café; e (iii) detectar a resistência do capim-amargoso ao glyphosate e investigar mecanismos de resistência da planta daninha ao herbicida. Os experimentos com plantas de café foram realizados na Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal, SP, enquanto aqueles sobre resistência do capim-amargoso ao glyphosate foram desenvolvidos na Universidad de Córdoba, Espanha. Os tratamentos para o experimento de convivência constituíram-se de densidades crescentes de capim-amargoso convivendo com uma planta de café. Foram avaliadas características fotossintéticas e de crescimento, teores e acúmulos de macronutrientes. Os tratamentos para os experimentos de aplicação de glyphosate em cafeeiro constituíram-se de doses crescentes do herbicida, além de estádio da planta na aplicação e época de avaliação. Foram avaliadas características fotossintéticas e de crescimento e teores de macronutrientes. Nos estudos de resistência, os tratamentos constituíram-se de biótipos de capim-amargoso, doses crescentes de glyphosate, partes da planta e época de avaliação. Foram avaliados massa fresca e seca, concentração de ácido chiquímico, ângulo de contato, retenção foliar, absorção, translocação e metabolismo do glyphosate. A taxa fotossintética da unidade foliar pouco foi influenciada pela convivência com capim-amargoso, porém o processo fotossintético global do cafeeiro foi reduzido, influenciando assim no crescimento inicial da cultura. A nutrição mineral do cafeeiro foi afetada negativamente pela convivência com capim-amargoso, influenciando no crescimento inicial da cultura. O crescimento inicial do cafeeiro foi reduzido em virtude da convivência com capim- amargoso. A densidade crítica para interferência de capim-amargoso em cafeeiro foi de uma planta por cova. O processo fotossintético do cafeeiro, no geral, foi estimulado com a aplicação de sub-doses de glyphosate e reduzido em doses mais altas, ao menos até duas semanas depois da aplicação. O efeito estimulante sobre a fotossíntese foi dependente do estádio da planta no momento da aplicação. Os teores de fósforo, magnésio e enxofre foram reduzidos em função da aplicação de doses crescentes de glyphosate. O efeito da aplicação do glyphosate sobre a nutrição mineral do cafeeiro foi pouco influenciado pelo estádio da planta no momento da aplicação. A resposta do crescimento inicial de plantas de café à aplicação de glyphosate foi dependente do estádio da planta no momento da aplicação. Plantas mais jovens não apresentaram estímulo no crescimento inicial quando expostas à sub-doses de glyphosate; porém, quando a aplicação foi feita em estádio mais avançado, houve estímulo do crescimento. Foi detectado biotipo de capim-amargoso resistente ao herbicida glyphosate por meio dos experimentos de dose-resposta e acúmulo de ácido chiquímico. Não houve relação da retenção foliar e do ângulo de contato com a resistência de capim-amargoso ao herbicida glyphosate. A absorção é mecanismo indireto de resistência do capim- amargoso ao herbicida glyphosate. A translocação é mecanismo de resistência de capim-amargoso ao herbicida glyphosate. O metabolismo é mecanismo de resistência do capim-amargoso ao glyphosate.
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    Qualidade da pulverização em volume reduzido para o controle do bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-meneville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae)
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-04-25) Lasmar, Olinto; Ferreira, Marcelo da Costa
    O controle do bicho-mineiro Leucoptera coífeella é feito principalmente através de pulverizações foliares com volumes altos de calda. Como alternativa promissora no manejo de pragas na cafeicultura há a aplicação em volume reduzido, que aplica menores volumes de água e economiza recursos operacionais. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade da pulverização de inseticida na cultura do café utilizando volume reduzido com diferentes concentrações de adjuvante (Óleo mineral) para controle do bicho-mineiro (L. coffeella). As avaliações do trabalho foram: cinética da tensão superficial e do ângulo de contato de gotas, retenção foliar e influência de chuva artificial sobre folhas de cafeeiro tratadas com caldas fitossanitárias constituídas por diferentes concentrações de óleo mineral a 5, 10, 15 e 20% (v/v), representando caldas fitossanitárias possíveis de utilização num pulverizador de volume reduzido, mais a concentração de 0,59% (v/v), comumente utilizada em turbo-pulverizadores tradicionais; além disso, com estas caldas avaliaram-se o tamanho de gotas com diferentes tipos de bocais pneumáticos (jato plano, jato cônico, modelo AT-1000 e efervescente), depósito de marcador, cobertura foliar, controle do inseto alvo e a distribuição espacial de deriva a partir de um pulverizador protótipo de volume reduzido comparado ao pulverizador de jato transportado. As caldas fitossanitárias nas concentrações de óleo mineral a 5 e 10% (v/v) proporcionam as melhores condições para utilização em um pulverizador de volume reduzido. Tanto caldas aquosas quanto caldas oleosas, aplicadas sobre plantas de café apresentam características semelhantes em relação à quantidade de depósito após uma chuva de 20 mm. A aplicação em volume reduzido, proporcionada pelo protótipo de um pulverizador com bocais pneumáticos do tipo efervescente, comparada ao turbo- pulverizador tradicional, apresenta boas condições de uso, principalmente em relação ao depósito de calda e controle de L. coffeella. Em relação à deriva de caldas fitossanitárias aplicadas pelo protótipo de um pulverizador para volume reduzido, o método proposto é confiável e representativo para caracterizar a distribuição espacial da deriva de caldas fitossanitárias, avaliado pela amostragem de gotas depositadas em coletores passivos. Portanto, a recomendação mais eficiente e segura quanto aos aspectos avaliados para o uso do protótipo de um pulverizador para volume reduzido, visando o controle de L. coffeella, ocorre a partir de caldas inseticidas com concentrações de óleo mineral a 5 ou 10% (v/v). Com base na qualidade da pulverização obtida com o protótipo de um pulverizador para volume reduzido nesta pesquisa, ainda há necessidade de ajustes para uma versão comercializável.
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    Ocorrência de Pratylenchus spp. em cafezais do estado de São Paulo e efeito de Pratylenchus coffeae no crescimento e fotossíntese de Coffea arabica
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2002-07) Kubo, Roberto Kazuhiro; Inomoto, Mário Massayuki
    Amostras de solo e raízes foram coletadas em plantações de café no estado de São Paulo, com o objetivo de determinar a importância e a ocorrência dos nematóides das lesões na cultura do café. A espécie de Pratylenchus mais freqüente foi P. brachyurus (solo: 13,2 %; raízes: 18,3 %), mas geralmente em baixas densidades. O nematóide das lesões do café, P. coffeae, ocorreu em 5,1 % das amostras de raízes, mas em altas densidades e causando mais danos do que a primeira espécie. Outra espécie, P. vulnus, foi encontrada somente em uma localidade. Este é o primeiro relato de P. vulnus em café. Outros fitonematóides identificados nas amostras foram: Xiphinema brevicolle, Xiphinema sp., Paratrichodorus minor, Paratrichodorus sp., Tylenchorhynchus sp., Helicotylenchus dihystera, H. californicus, H. erythrinae, Helicotylenchus sp., Scutellonema sp., Rotylenchulus reniformis, Meloidogyne exigua, M. incognita, M. coffeicola, Meloidogyne sp, Criconemella onoensis, C. ornata, C. sphaerocephala, Criconemella sp., Hemicriconemoides strictathecatus, Paratylenchus sp. A patogenicidade de P. coffeae sobre plântulas de cafeeiro (Coffea arabica) cvs. Mundo Novo e Catuaí Vermelho foi avaliada em três experimentos de casa de vegetação. No primeiro experimento, avaliou-se o efeito de densidades populacionais (Pi = 0, 333, 1.000, 3.000 e 9.000 nematóides por planta) de um isolado de P. coffeae proveniente de Marília (hospedeiro: cafeeiro) sobre plântulas da cv. Mundo Novo. Os valores foram ajustados pelo modelo não linear de Seinhorst [Y = m + (1 - m).Z Pi-T ]. Ao final do experimento (270 dias após a inoculação), todas as plantas que receberam Pi = 9.000 e a maioria das que receberam Pi = 3.000 haviam morrido. Verificou-se acentuado efeito de P. coffeae sobre a fotossíntese a partir da Pi = 1.000 e sobre o crescimento do cafeeiro a partir da Pi = 333. O segundo experimento foi similar ao primeiro, mas com a cv. Catuaí Vermelho. No terceiro experimento, comparou-se a patogenicidade de dois isolados de P. coffeae [de Marília e Rio de Janeiro (hospedeiro: Aglaonema sp.)] sobre plântulas de cafeeiro com dois pares de folhas verdadeiras, utilizando-se Pi = 8.250 nematóides por planta. Ambos os isolados reduziram a fotossíntese, mas o isolado de Marília causou intenso escurecimento das raízes, clorose foliar e menor tamanho das raízes e parte aérea. Verificou-se que o crescimento populacional de ambos os isolados foi baixo, comprovando que o cafeeiro não é um bom hospedeiro desses isolados. A diferença na patogenicidade entre os isolados testados no terceiro experimento confirma trabalhos anteriores que verificaram que eles apresentam diferenças morfológicas e quanto à preferência por hospedeiros.
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    Efeito de fontes de matéria orgânica sobre a ferrugem em mudas de cafeeiro
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2003-02) Franco, Daniel Andrade de Siqueira; Bettiol, Wagner
    A geração de resíduos urbanos aumenta com o passar dos anos e graves problemas de impactos ambientais ocorrem devido ao seu inadequado tratamento e disposição final. A utilização de resíduos urbanos na agricultura destaca-se como uma alternativa viável e por conterem matéria orgânica podem colaborar tanto no controle de doenças da parte aérea das plantas, por indução de resistência sistêmica, como induzir a supressividade aos patógenos habitantes do solo. O crescimento da agricultura orgânica também demanda informações sobre os efeitos de matéria orgânica sobre as doenças de plantas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da incorporação de algumas fontes de matéria orgânica ao solo na indução da resistência sistêmica à Ferrugem em mudas de cafeeiro. Os efeitos da incorporação das fontes de matéria orgânica foram avaliados sobre o comportamento das mudas (altura; teor de nitrogênio total foliar; e porcentagem de folhas lesionadas, número de lesões por folha lesionada e esporulação de lesões da Ferrugem), das propriedades químicas do substrato (pH e condutividade elétrica) e da atividade microbiana do substrato (hidrólise do diacetato de fluoresceína – FDA). A indução de resistência sistêmica à Ferrugam foi estudada bioquimicamente por meio da atividade da peroxidase e da polifenoloxidase em tecido foliar de plantas desenvolvidas em substratos com o lodo de esgoto e com o composto de lixo em condições de casa de vegetação. As fontes de matéria orgânica foram o lodo de esgoto, o composto de lixo urbano, a cama de aves e os estercos de suíno, de bovino e de ovino. As fontes de matérias orgânicas incorporadas ao substrato aumentaram o teor de nitrogênio foliar total e não induziram a resistência sistêmica à Ferrugem do cafeeiro. As outras variáveis estudadas tiveram um comportamento distinto conforme o tipo e a concentração das fontes de matéria orgânica. O lodo de esgoto e o composto de lixo interferiram no metabolismo secundário das plantas modificando a atividade da peroxidase e da polifenoloxidase, indicando a participação das enzimas na resistência à doença.
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    Eficiência do controle de nematóides, ferrugem e bicho mineiro em cafeeiros
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2003-01) Otoboni, Carlos Eduardo de Mendonça; Santos, Jaime Maia dos
    Danos aos cafeeiros são causados pela ferrugem, bicho mineiro e nematóides. Foram objetivos deste trabalho efetuar um levantamento quantitativo dos nematóides em uma propriedade cafeeira, caracterizar duas situações distintas de nematóides no cafeeiro e avaliar a eficiência do controle químico em ambas as situações. Uma propriedade cafeeira foi amostrada em áreas de um hectare que foram estratificadas conforme o nível de infestação de Meloidogyne sp. Numa área com alta infestação foi conduzido um experimento para avaliar a eficiência de produtos químicos no controle dos nematóides, ferrugem e bicho mineiro. O mesmo experimento foi feito em outra área distinta desta em relação à localização, idade das plantas e aos nematóides. Os resultados mostraram ampla ocorrência de Meloidogyne sp. nos cafezais com a predominância de apenas uma espécie. Na segunda área foram detectados no cafeeiro Meloidogyne exigua, M. coffeicola, M. paranaensis e Meloidogyne sp. Foram observadas diferenças significativas de controle entre os tratamentos. O melhor controle da ferrugem, em cafeeiros novos, foi obtido com a aplicação ao solo dos produtos e, nos cafeeiros velhos, a pulverização foliar foi significativamente superior. Quando os níveis populacionais de Meloidogyne spp. foram reduzidos obteve-se maior concentração de triadimenol nas folhas do cafeeiro, menor severidade da doença e maior produção.
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    Controle biológico de nematóides de galha do cafeeiro com fungos nematófagos
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2006-06) Krzyzanowski, Alaíde Aparecida; Santos, Jaime Maia dos
    Os objetivos do trabalho foram isolar, identificar, comparar meios de cultura para crescimento, esporulação de fungos nematófagos e testá-los no controle de Meloidogyne exigua e M. paranaensis em laboratório, casa de vegetação e em cafezal infestado. Foram testados dois isolados de Arthrobotrys oligospora e um de Arthrobotrys sp., A. musiformis, Monacrosporium robustum e Paecilomyces lilacinus. Os dados obtidos revelaram que esses fungos ocorrem em diferentes agroecossistemas, têm exigências nutricionais especiais e apresentam diferentes níveis de predação para os nematóides estudados. Os meios, farelo de arroz, extrato de levedura e ágar, e o de fubá e ágar propiciaram crescimento e esporulação adequados para a maioria dos isolados estudados. A mistura de palha de café com farelo de arroz foi um substrato adequado para formulação desses fungos. Uma aplicação de 1 ou 2 L da mistura de partes iguais desse substrato colonizado pelos fungos, proporcionou a redução da população dos nematóides. No período estudado a cultura tratada não esboçou sinais de recuperação, indicando que cafezais depauperados, em solos degradados, não se recuperam com uma aplicação. Os dados também possibilitaram inferir que o controle biológico dos nematóides do cafeeiro será tanto mais efetivo quanto mais cedo forem iniciados os tratamentos, e a aplicação sistemática dos fungos, com isolados mais agressivos contra os nematóides presentes, deve ser efetuada.
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    Hemerobiidae (Neuroptera) em Coffea arabica L. (Rubiaceae): diversidade, sazonalidade e associação com presas
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2007-10) Lara, Rogéria Inês Rosa; Freitas, Sérgio de
    A população de Hemerobiidae (Neuroptera) associada a Coffea arabica L. foi amostrada em Cravinhos e Monte Mor, SP, Brasil. Em Cravinhos, entre maio/2005 e abril/2007, foram realizadas coletas semanais através de rede de varredura e armadilhas de Moericke e luminosa; em Monte Mor, entre agosto/2005 e março/2006, avaliou-se o efeito da coloração de armadilhas de Moericke e sua altura em relação ao solo para a amostragem de hemerobiídeos. As amostragens realizadas em Monte Mor com as armadilhas de Moericke de diferentes cores e alturas em relação ao solo não apresentaram diferença significativa (p< 0,05) para o total de hemerobiídeos coletados (129 espécimes/4 espécies). Em Cravinhos foram obtidos 882 exemplares de sete espécies: Nusalala tessellata (467 espécimes/52,9% do total coletado), Hemerobius bolivari (153/17,3%), Megalomus impudicus (114/12,9%), Sympherobius miranda (109/12,4%), Megalomus rafaeli (30/3,4%), Sympherobius ariasi (6/0,7%) e Nomerobius psychodoides (3/0,3%). A rede de varredura e a armadilha de Moericke foram as mais eficientes. As maiores freqüências foram registradas no inverno/2005, nas primaveras e nos verões e o pico populacional ocorreu em novembro/2006. A armadilha luminosa foi o método de amostragem que apresentou os maiores valores de diversidade (H’= 0,66) e de equitabilidade (J= 0,78). Três espécies foram constantes: H. bolivari (C= 79,2%), Me. impudicus (C= 87,5%) e Nu. tessellata (C= 95,8%). Nu. tessellata e Me. impudicus apresentaram correlações positivas e significativas (p< 0,05) com Coccus sp. (Hemiptera, Coccidae) e com a precipitação pluviométrica e as temperaturas máxima e mínima; o mesmo ocorreu para H. bolivari com Oligonychus ilicis (Acari, Tetranychidae) e a temperatura mínima, para S. miranda com as temperaturas máxima e mínima e para Me. rafaeli com larvas de Leucoptera coffeella (Lepidoptera, Lyonetiidae).
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    Fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro no estado de São Paulo
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-12-17) Fernandes, Daniell Rodrigo Rodrigues; Perioto, Nelson Wanderley
    O objetivo deste trabalho foi estudar a fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro localizado em Cravinhos, SP, Brasil, identificar as espécies encontradas, analisar a diversidade, sazonalidade e os métodos de amostragem. A amostragem foi realizada semanalmente entre maio de 2005 e abril de 2007 com armadilhas de Moericke e luminosa modelo Jermy. As armadilhas de Moericke foram fixadas em estacas de madeira próximas aos terços inferior e médio da planta e permaneceram ativas por 48 horas/semana; foram estabelecidos 20 pontos de amostragem em um ha e, em cada ponto, instalados três conjuntos de armadilhas, distantes entre si por um metro. As armadilhas luminosas foram fixadas de forma que sua cobertura ficasse na altura do dossel das plantas; foram instaladas duas armadilhas em um talhão de um ha, ativas por dois períodos de 12 horas/semana. Foram obtidos 1803 exemplares de Ichneumonidae, de 62 gêneros e 109 espécies, dentre as quais 37 nominais e 72 morfoespécies, distribuídas em 16 subfamílias. As espécies mais abundantes foram Lissonota sp. (Banchinae), Ophion flavidus Brullé, 1846 (Ophioninae), Mesostenus alvarengae Porter, 1973 (Cryptinae), Thymebatis sp. 1 (Ichneumoninae), Netelia sp. (Tryphoninae), Pimpla sp. (Pimplinae), Eiphosoma laphygmae Costa Lima, 1953 (Cremastinae) e Syzeuctus sp. (Banchinae), com 578, 318, 102, 97, 87, 66, 52 e 49 exemplares capturados, respectivamente. O índice de diversidade de Margalef foi de 14,41, o de Shannon de 2,81 e o de Pielou 0,60. Foram coletados 1243 (68,9% do total) exemplares com armadilhas Moericke e 560 (31,1%) com armadilha luminosa. A diversidade de espécies de Ichneumonidae encontrada foi maior na armadilha Moericke em relação à luminosa; para grupos de hábito norturno ocorreu o inverso. As armadilhas Moericke instaladas no terço inferior e no terço médio das plantas não diferiram quanto à diversidade de Ichneumonidae capturada. Na primavera foi obsevada maior diversidade de Ichneumonidae (70 espécies), seguida pelo outono (50), verão (49) e inverno (43), essa última com menor número de espécies compartilhadas com outras estações e menor número de espécies exclusivas; o outono e o verão apresentaram faunas similares e 14 espécies ocorreram nas quatro estações do ano. O agroecossistema estudado apresentou alta diversidade de ichneumonídeos, a despeito de ser uma monocultura.
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    Distribuição de inseticidas em frutos do cafeeiro (Coffea arabica L.) e eficiência no controle da broca-do-cafeeiro (Hypothenemus hampei F.)
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-05-21) Miranda, Gustavo Rabelo Botrel; Raetano, Carlos Gilberto
    Com o objetivo de verificar a distribuição da pulverização, eficiência e risco de impacto ambiental de três inseticidas (chlorpirifos, endossulfan e etofenproxi) utilizados no controle da broca do cafeeiro (Hypothenemus hampei F.), com diferentes equipamentos e volumes de calda, foram conduzidos dois experimentos em lavoura de café (Acaiá) localizada no município de Campos Gerais/MG e, um estudo de previsão de impacto ambiental dos inseticidas realizado em Lisboa/Portugal. O primeiro experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso simples e os tratamentos distribuídos no esquema de parcelas subdivididas constituídos por três volumes de calda (150, 300 e 600 L.ha -1 ), combinados com turbopulverizadores (pneumático e hidráulico), sendo o volume menor pulverizado com turbopulverizador pneumático e os outros dois volumes com turbopulverizador hidráulico convencional para café, em sete repetições e, para se avaliar a eficiência dos inseticidas, um segundo experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso simples com 10 tratamentos onde combinou-se os tratamentos do experimento anterior com os inseticidas (chlorpirifos, endossulfan e etofenproxi) acrescido de testemunha, em quatro repetições. As parcelas de ambos os experimentos foram constituídas por três linhas de dez plantas cada e avaliadas as quatro plantas centrais de cada parcela. O primeiro experimento avaliado com papéis hidrossensíveis foi realizado em quatro partes diferentes da planta, SML (superior mesmo lado do pulverizador), SLO (superior lado oposto ao caminhamento do pulverizador), IML (inferior mesmo lado do pulverizador) e ILO (inferior lado oposto ao caminhamento do pulverizador), constituindo assim, parcelas subdivididas no espaço. A avaliação da cobertura de pulverização dos frutos no primeiro experimento foi realizada com o uso do corante amarelo fluorescente Saturn Yellow a 0,15% (v/v) na calda atribuindo-se notas de 1 a 5 (1 = ausência de gotas, 2 = 25% de cobertura, 3 = 50% de cobertura, 4 = 75% de cobertura e 5 = 100% de cobertura), dividindo a planta em duas partes para a avaliação: superior e inferior. E, na avaliação quantitativa de depósitos de corante azul brilhante (primeiro experimento) foram coletados 5 frutos na parte superior e 5 frutos na parte inferior da cada planta avaliada para quantificar os depósitos do corante com uso de espectrofotômetro. No segundo experimento, quatro ramos foram marcados na planta (um em cada quadrante), sendo um do lado direito inferior da planta, um do lado esquerdo inferior, um do lado direito superior e outro do lado esquerdo superior, onde foram contados o número de grãos broqueados em cada ramo antes da pulverização, avaliados quinzenalmente até a colheita. Na colheita, os grãos de café de cada parcela foram separados em “bóia”, “verde” e “cereja”, medindo-se o volume e a massa dos grãos. As amostras de café foram secas durante um mês em terreiro para secagem natural. Posteriormente, as amostras foram beneficiadas, classificadas quanto ao tipo e encaminhadas ao laboratório LARP / ESALQ / USP para verificar a quantidade de resíduos no café beneficiado. Quanto aos modelos preditivos sobre o impacto ambiental a partir das características intrínsecas dos produtos endossulfan, clorpirifos e etofenproxi, realizaram-se estudos no Instituto Superior de Agronomia/Universidade Técnica de Lisboa (ISA/UTL) e recorreu-se ao cálculo de um modelo de análise multicompartimental (modelo de fugacidade) e aos índices de lixiviação (GUS e Bacci & Gaggi). Nesta abordagem foram considerados três cenários comparativos, variando os valores de K oc e DT 50 dos inseticidas em análise utilizando adequadas bases de dados destes parâmetros. Foram ainda calculados indicadores ambientais, os quais permitiram analisar as possibilidades de impacto ambiental, considerando dados ecotoxicológicos dos inseticidas e do compartimento ambiental. Os resultados foram analisados pelo teste F e as médias comparadas por Tukey para os dois primeiros experimentos. Concluiu-se que as aplicações com turbopulverizador hidráulico (300 e 600 L.ha -1 ) atingem com mais intensidade a parte inferior do cafeeiro; a aplicação com turbopulverizador pneumático (150L.ha -1 ) é mais homogênea que as aplicações com turbopulverizador hidráulico (300 e 600 L.ha -1 ); todos os produtos foram igualmente eficiente e o produto mais vantajoso para controle da broca do cafeeiro é o endossulfan pois este foi realizado uma pulverização enquanto os outros dois produtos foi necessário realizar uma segunda pulverização; Os danos da broca do café na classificação para os diferentes inseticidas é sempre tipo 2; não foram detectados resíduos dos inseticidas em café beneficiado; mais de 95% de cada inseticida tem tendência de ficar retido no solo; os inseticidas em estudo não são lixiviáveis para o lençol freático; o etofenproxi possui características de menor impacto ambiental.