UENF - Dissertações
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Item Coeficiente de estresse hídrico para o cafeeiro conilon baseado na determinação do fluxo de seiva(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2016-03-16) Venturin, Afonso Zucolotto; Sousa, Elias Fernandes deDiante do cenário atual de disponibilidade e competição pelos recursos hídricos na agricultura, a gestão do uso da água pela irrigação racional, econômica e ecologicamente sustentável é fundamental. O manejo da irrigação geralmente é feito relacionando à condição de umidade do solo e às variações atmosféricas, contudo, as próprias plantas são as melhores indicadoras do seu status hídrico, pois integram automaticamente os fatores que afetam o seu estado de hidratação. Aprimorando as medições do consumo de água pelas plantas, estão sendo desenvolvidos novos métodos que permitem estimar a transpiração, através do fluxo de seiva. Portanto, objetivou-se neste trabalho, desenvolver um sensor de fluxo de seiva e elaborar um coeficiente de estresse hídrico para o cafeeiro Coffea canephora cv. Conilon, clone 12 V, pertencente à variedade clonal “Vitória Incaper 8142”. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes – RJ, em vasos plásticos de 20 L, preenchidos com substrato comercial e húmus de minhoca. Foram monitoradas 16 plantas de cafeeiro, ao acaso, sendo que em 8 plantas, o solo foi mantido na capacidade de campo caracterizando o tratamento irrigado (T1). No tratamento não irrigado (T2), houve interrupção total do fornecimento de água para as mesmas, até alcançar um potencial hídrico foliar entre -2,0 e -3,0 MPa, considerado um estresse hídrico severo. As plantas foram submetidas a três ciclos de irrigação alternados com o corte da irrigação. Para os três ciclos avaliados, com a diminuição significativa da porcentagem de umidade do solo, ocorreu a diminuição do potencial hídrico foliar e consequente, queda nos valores de condutância estomática, transpiração e de fotossíntese para as plantas do T2, sendo significativamente menor comparadas às plantas do T1. A altura relativa, o número de folhas e a área foliar relativa das plantas do T1 foram significativamente maiores, somente para o segundo ciclo de avaliação. Porém, para o diâmetro do caule e o número relativo de ramos, não houve diferenças significativas entre tratamentos, para os três ciclos desenvolvidos. Para o comprimento da nervura central, foi verificado diferença significativa somente no terceiro ciclo, onde as plantas do T2 estabilizaram seu crescimento como consequência do estresse hídrico aplicado, retomando-o após o retorno da irrigação. Com relação à calibração dos sensores, foi observado uma correlação linear positiva entre o sinal real do sensor e a evapotranspiração de referência (ETo). Como resultado, para as plantas analisadas, obteve-se uma relação, estatisticamente significativa, entre o sinal do sensor e a ETo em uma situação de irrigação plena (T1). Isto possibilitou a elaboração de um coeficiente de estresse hídrico (CEH), em que o valor 0 (zero) indica ausência de estresse e 1 (um) indica o máximo estresse (sem transpiração). Para o tratamento T2, o coeficiente variou dentro da faixa estimada, sendo possível identificar o status hídrico das plantas, com diferença estatisticamente significativa em relação ao tratamento T1. O CEH proposto apresentou boa correlação com as variáveis: umidade do solo, potencial hídrico foliar antemanhã, condutância estomática, transpiração e fotossíntese, com valores de coeficiente de determinação (R2) iguais a 0,70; 0,75; 0,72; 0,72 e 0,78, respectivamente. Portanto, o sensor de fluxo de seiva proposto, pode ser usado na detecção de fluxo de seiva em plantas jovens de cafeeiro conilon, clone 12 V, bem como, na elaboração do CEH e, estimar o status hídrico das plantas.Item Coeficiente de estresse hídrico utilizando termografia infravermelha - estudos em cafeeiro conilon (Coffea canephora)(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2017-02-28) Furlan, Diego Albani; Sousa, Elias Fernandes deNa atividade cafeeira o Brasil se destaca como maior produtor mundial. Apesar desse destaque, uma redução da produtividade cafeeira é verificada e afetada de forma negativa pela seca, o que torna a produtividade cafeeira cada vez mais dependente de um sistema eficiente de complementação hídrica. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo determinar o índice de estresse hídrico do cafeeiro sob diferentes lâminas de irrigação aplicadas por gotejamento abordando duas técnicas de manejo de irrigação, além de avaliar os parâmetros de desenvolvimento em cada lâmina. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com três repetições distribuídos em cinco tratamentos, sendo estes as lâminas de água de 0, 25, 50, 100 e 125% da ET 0 . Cada parcela foi constituída de 6 plantas, sendo as duas da extremidade consideradas bordadura. O sistema de irrigação utilizado no experimento constava de um conjunto motobomba com potência de 0,5 cv, um filtro artesanal, um cabeçal de controle com registro e dois manômetros. A água foi aplicada com gotejadores da marca “NETAFIN” com vazões de 2,5; 4 e 8L/h -1 . Foram utilizados emissores de diferentes vazões para facilitar o manejo durante a irrigação, podendo irrigar todo o experimento de uma só vez. O controle das lâminas de irrigação foi através da vazão do emissor. Para reposição da lâmina com 25% da ET 0, foi utilizado um emissor com vazão de 2,5 Lh -1 ; já para lâmina com 50% da ET 0 foram utilizados dois emissores com vazão 2,5 Lh -1 ; para lâmina com 100% da ET 0 utilizou-se dois emissores com vazão de 4 Lh -1 ; e para uma lâmina de 125% da ET 0 foram utilizados dois emissores com vazão de 2,5 e 8 Lh -1 . O estresse hídrico por infravermelho foi avaliado em duas plantas por bloco em cada tratamento, sendo realizada a medição da pressão de turgescência da folha de uma das plantas selecionadas em cada bloco dos tratamentos. Os parâmetros de desenvolvimento do cafeeiro foram avaliados nas três plantas selecionadas de cada bloco. Os valores do ΨAM das plantas variaram de –0,17 a –0,55 MPa para o 16° DAP. Já o valor do ΨAM das avaliações realizadas 3 dias após a irrigação variou de -0,15 a -1,13 MPa. Nas plantas avaliadas seis dias após a irrigação, os valores obtidos variaram entre de -0,29 a -1,18 Mpa. Para as avaliações realizadas ao meio dia, no 16° DAP o valor do ΨMD variou entre -1,25 a -1,46 MPa. Os valores para o ΨMD das avaliações realizadas três dias após a irrigação variaram de -1,17 a -2,3 MPa e de -1,2 a - 2,28 MPa para as avaliações realizadas seis dias após a irrigação. Para os parâmetros de desenvolvimento, foi observado que apesar de algumas avalições não terem apresentado diferença estatística, os tratamentos com as lâminas de 100 e 125% de reposição da ET 0 foram os que apresentaram maiores valores. O CWSI apresentou boa correlação com os valores do Ψ wf com R 2 = 0,71.Item Desenvolvimento inicial de (Coffea canephora) submetidos à irrigação superficial e subsuperficial em Campos dos Goytacazes - RJ(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2016-02-26) Gottardo, Romildo Domingos; Mendonça, José CarlosA cultura do cafeeiro tem grande importância no desenvolvimento socioeconômico brasileiro. O presente trabalho teve como objetivo estudar o desenvolvimento vegetativo do café conilon em condições de irrigação por gotejamento superficial e subsuperficial com diferentes lâminas de água aplicada. Para isso, foi instalado um experimento, em campo, no município de Campos dos Goytacazes, Região Norte do Estado do Rio de Janeiro. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, no esquema de parcelas subdivididas, composto pelos fatores: Fator I (parcelas): sistema de irrigação (superficial e subsuperficial). Fator II (subparcelas): Lâminas de água (testemunha, 25, 50, 100 e 125% da ET 0 ), que constituíram os tratamentos. A irrigação foi realizada com sistema localizado, por gotejamento e determinada pela ETo, calculada com o uso dos dados de uma estação agrometeorológica instalada próxima ao experimento. As características avaliadas foram: altura de plantas (AP); diâmetro da copa (DCO); diâmetro do caule (DCA); comprimento do ramo plagiotrópico (CRP) e número de entrenós no ramo ortotrópico (NE). A irrigação do cafeeiro produziu efeitos significativos sobre as características avaliadas, proporcionando maior crescimento das plantas. A altura de planta apresentou resposta linear às lâminas de irrigação, sendo a lâmina de 100% da ET 0 a que proporcionou o melhor desenvolvimento inicial de plantas de café conilon. Não houve interação entre os fatores sistema de irrigação X lâminas. Foi observada influência dos sistemas de irrigação (superficial e subsuperficial), sendo o sistema superficial o que proporcionou melhor desenvolvimento inicial do café conilon. O balanço hídrico demonstrou que é imprescindível o uso da irrigação na cultura do café conilon em Campos dos Goytacazes, devido ao déficit hídrico ocorrido, praticamente, durante o ano todo.Item Utilização da variação dendrométrica como indicador para o manejo da irrigação de plantas de café(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2009-02) Souza, Lucas Fernandes de; Sousa, Elias Fernandes deEste trabalho foi executado com o objetivo de avaliar o uso das microvariações do diâmetro do caule na detecção do déficit hídrico, visando o manejo da irrigação em plantas jovens de café. Foram utilizados dois tratamentos, sendo que, em um, as plantas foram irrigadas continuamente e, no outro, as plantas foram desprovidas de água, retornando a irrigação quando o potencial da água foliar (Ψ wf ) atingiu um valor entre -2,0 e -3,0 MPa. As plantas foram cultivadas em vasos de 22 L, com solo na proporção de 3:2:1, sendo argila:areia:composto, respectivamente, em casa de vegetação. Foram avaliadas as variações do diâmetro do caule, através dos parâmetros de amplitude diária máxima (ADM), mínimo e máximo diâmetro do caule do dia (Mndt e Mxdt), variação do diâmetro mínimo e máximo (Dmin e Dmax), densidade de fluxo de seiva (J s ), potencial da água foliar na antemanhã (Ψ wf ), área foliar total e determinação das trocas gasosas (A e g s ). A ADM das plantas sem restrições hídricas apresentou relação direta e linear com algumas variáveis climáticas (T med , DPV e ET 0 ). Durante o primeiro ciclo, as plantas submetidas ao estresse hídrico apresentaram um rápido aumento da ADM, seguido pelo decréscimo do Ψ wf , Dmin, J s , Mndt, e, por último, a diminuição do Mxdt e Dmax. O aumento da ADM se deu até um determinado valor de potencial da água foliar na antemanhã (Ψ wf = -1,3 MPa), quando começou a diminuir. No segundo ciclo, as plantas submetidas ao estresse hídrico também apresentaram um aumento na ADM até um valor de potencial da água foliar na antemanhã (Ψ wf = -1,65 MPa), decrescendo posteriormente, porém em um período de tempo superior ao apresentado no primeiro ciclo. As demais variáveis (Dmin, Mndt, Mxdt, Dmax, A e g s ) das plantas desprovidas de água apresentaram diminuição, associada ao aumento da ADM, também em um período de tempo maior que o ocorrido no primeiro ciclo. A partir desses resultados, pode-se concluir que a ADM está relacionada com as condições climáticas e a transpiração da planta e refletiu satisfatoriamente a variação do Ψ wf . Além disso, a ADM indicou precocemente o estresse hídrico em plantas jovens de café, quando comparada com as medições do Ψ wf .