UFLA - Dissertações

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    Mudança tecnológica na cafeicultura mineira: um estudo no período de 1978 a 1993
    (Universidade Federal de Lavras, 1995-03-24) Castro Junior, Luiz Gonzaga; Reis, Ricardo Pereira
    O café é uma das principais "commodities" comercializadas no mercado internacional e devido a sua relevância na obtenção de divisas para o Brasil no início do século, o governo brasileiro desde cedo interviu no mercado, no que ficou conhecido como a política de valorização do café. Essa política variou no tempo em termos de implementação, tendo como elemento comum a sustentação dos preços do café no mercado externo, objetivando a modernização e a estabilidade macroeconômica. Contudo, apesar de terem alcançado seus objetivos a curto prazo, elas acabaram gerando efeitos perversos a longo prazo para a cafeicultura nacional. Sendo assim, a cafeicultura brasileira caracterizou-se desde seus primórdios num quadro de crises cíclicas. Entretanto, após o término do Acordo Internacional do Café (AIC), em julho de 1989, os preços do café registraram os menores níveis desde a virada do século, ficando a atividade com o pior desempenho dos últimos 30 anos. Essas crises acarretaram distorções e perdas no padrão tecnológico da atividade, modificando o comportamento do mercado de fatores e sua eficiência. Como conseqüência, ocorreu o redirecionamento na utilização dos recursosprodutivos e a redução de investimentos no setor, que induziram a diminuição da produtividade e da qualidade do produto, bem como, o aumento nos custos de produção. O objetivo central deste trabalho foi estudar a mudança no comportamento tecnológico da atividade cafeeira e as relações existentes no mercado de fatores produtivos. Procurou-se verificar as possibilidades de substituição dos fatores de produção no processo produtivo da atividade, bem como analisar a sensibilidade da atividade à alterações nos preços dos recursos, assim como a constatação de interdependência no mercado de fatores. Este trabalho fundamentou-se na teoria da dualidade entre produção e custo, e os conceitos econômicos de interesse referem-se às elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda dos fatores e as elasticidades de substituição de Allen entre fatores de produção. Os dados utilizados neste trabalho compreendem uma série temporal de 15 anos, 1978/79 a 1992/93, e foram coletados junto às publicações do Anuário Estatístico do Café, Informe Agropecuário e às publicações dos custos operacionais do café das cooperativas Cooparaíso Cooxupé, e junto à Emater-MG. O modelo utilizado baseou-se na função de custo Translog, que possui o custo total da produção de café como variável dependente e a produção de café e os preços dos fatores produtivos (terra, capital, mão-de-obra, insumos e outros custos) como variáveis independentes. Adicionalmente, utilizou-se das variáveis "dummies" Di e D2 , objetivando subsídio para se analisar as variações dos investimentos em cada fator produtivo entre sub-períodos de 5 anos. O procedimento utilizado na obtenção dos parâmetros de custo desejados consistiu na aplicação do lema de Shephard à função de custo indireta, gerando um sistema de equações de parcelas de custo. Para atender às propriedades desejadas aos estimadores dos parâmetros das parcelas, utilizou-se o método iterativo de Zellner. Avaliando as variáveis "dummies" evidenciam-se alterações no comportamento tecnológico da produção cafeeira entre os sub-períodos analisados. Constatou-se que a proporção das despesas com terra e mão-de-obra , em relação ao custo total, aumentou durante o período analisado e que a parcela de custo com capital diminuiu. Já a utilização de insumos manteve-se praticamente inalterada. Os resultados econométricos mostram que as elasticidades-preço diretas dos fatores de produção da cafeicultura evidenciaram uma maior sensibilidade a alterações nos preços dos insumos, refletindo a escassez deste recurso no processo produtivo. Devido à relação de substituibilidade entre insumos e terra, utilizou-se mais intensamente insumos à medida que a terra se tornava mais escassa. Isto é indicado pela elasticidade-preço cruzada da demanda de insumos em relação ao preço da terra. A elasticidade-preço cruzada da demanda de capital em relação ao preço dos insumos mostrou que capital e insumos são substitutos em produção e analisando a estrutura de demanda de mão-de-obra, observou-se a relação de substituição entre este fator e capital. De acordo com as elasticidades de substituição, terra e insumos, capital e mão-de-obra e capital e insumos são utilizados na produção de maneira a facilitar a substituição entre eles à medida que seus preços relativos se alteram.
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    Retorno de investimento da cultura do café: um estudo de caso no sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1990) Guimarães, José Mario Patto; Morais, Vander Azevedo
    A inexistência de estudos sobre retorno de investimento na atividade cafeicultura, bem como as poucas informações que tem nesta área para outras atividades do setor rural realização análises setores desta levaram pesquisa que se propôs investigar, através financeiras freqüentemente aplicadas às industrial e comercial, a situação se empresas á de dos econômico-financeira de uma empresa especializada na cultura do café em Lavras, Sul de Minas Gerais, em um período de oito anos de produção. 0 indicado método de estudo de caso foi escolhido para investigação de assunto ainda não conhecido, bem quantidade de como pela possibilidade de informações sobre o objeto ser suficientemente obtenção em por de maior estudo e sua apropriação para busca de indícios e idéias para novas pesquisas. A empresa estudada vem investindo na atividade café desde 1979 e sua contabilidade simplificada permitiu a elaboração de demonstrativos financeiros em valores reais, criando-se assim, uma série histórica de dados de oito safras consecutivas (80/81 a 87/88), o que possibilitou a análise de sua evolução no período considerado, bem como a determinação de índices que evidenciassem os seus resultados. A adoção pela empresa de uma política de crescimento e de independência financeira fez com que todo lucro apurado fosse reinvestido na condução técnica e financeiramente administrável do empreendimento, o que possibilitou um crescimento real médio de seu patrimônio líquido de 50,41% ao ano no período considerado, decorrente de investimentos em terras, lavouras, benfeitorias, máquinas e equipamentos refletindo uma aplicação média anual de 27,14% do total de saída de recursos da empresa durante as safras 80/81 a 87/88. A maior necessidade de recursos na empresa foi consta três primeiros anos, pela utilização de empréstimos e de particulares e a maior participação de para composição analisado o das Receitas. 0 principal café componente de venda de representou no Receitas com participação média de 71,60%. Os principais componentes do total o período considerado foram mão-de-obra, máquinas, de Despesas durante insumos e despesas equipamentos e veículos, com participações com médias de desde um 26,60%, 26,00% e 14,50% respectivamente. Oscilações foram verificadas nos resultados, prejuízo ocorrido no primeiro ano até seu maior valor verificado na safra 84/85, em função de variações nas quantidades vendidas e nos preços praticados. Os índices financeiros determinados revelaram que o grau de endividamento da empresa declinou de 20,78% no primeiro ano para 1,10% no final do período considerado, com uma média de 10,02% o índice médio de imobilização do patrimônio no período considerado foi de 80,55%; o índice de liquidez geral médio foi de 8,54. Estes resultados permitiram constatar as políticas de crescimento e independência financeira adotadas pela empresa. Os índices de retorno sobre o patrimônio líquido conferiram uma média anual para o período analisado de 13,86%, valor este superior aos índices encontrados para o setor agropecuário, de uma maneira geral e para a atividade bovinocultura de corte, únicos parâmetros comparativos encontrados. A margem líquida média durante o período considerado foi de 35,04%. A aplicação do modelo de Kanitz na empresa revelou que o grau de solvência da mesma foi satisfatório em praticamente todo o período analisado. Ficaram evidenciadas a aplicabilidade de índices financeiros em empresas do setor rural e a viabilidade do investimento na cafeicultura do Sul de Minas.
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    Fatores controláveis que afetam a renda da empresa: o caso da cafeicultura no município de Nepomuceno- MG
    (Universidade Federal de Lavras, 1977) Rufino, José Luiz dos Santos; Andrade, José Geraldo de
    Os fatores que afetam a renda da empresa agrícola são classificados em dois grupos: os controláveis ou internos e os incontroláveis ou externos. Dado a escassez de informações sobre a influência que estes fatores exercem no desempenho econômico da empresa rural, necessário se faz a geração de conhecimentos que procurem determinar a influência em particular de cada um deles e a maneira de utilizá-los em conjunto. Para a utilização eficaz destes fatores, é primordial que se desenvolvam mecanismos apropriados para seu conhecimento e controle. Dado a existência de dois grupos diversos de fatores, pressupõe-se à existência, também, de dois grupos diferentes de mecanismos. Um primeiro grupo aplicado aos fatores externos, sobre os quais o agricultor individualmente exerce pouca influência, tendo, portanto, que recorrer a associação de classe para faze-lo. Outro conjunto de mecanismos, constituído de recursos administrativos, se faz necessário para, orientar a utilização dos fatores internos, ou seja, daqueles sobre os quais os agricultores tem uma maior margem de influência. Os fatores externos e as associações de classe, embora importantes, não serão objetos deste estudo. O objetivo do presente trabalho é estudar os fatores internos que afetam a renda do agricultor, bem como, a utilização de recursos administrativos, indicando suas interrelações e suas influencias sobre. , o desempenho econômico da empresa rural. Para o estudo destas interrelações, elaborou-se um parâmetro que leva em consideração a qualidade e quantidade dos recursos administrativos utiliza - dos na empresa rural. Propõe-se, então, um índice de administração rural, com a finalidade de verificar a contribuição do uso de recursos administrativos no pro cesso produtivo. Visto a importante contribuição da cafeicultura no processo de desenvolvimento econômico-social brasileiro, escolheu-se esta atividade como objeto de estudo. O município de Nepomuceno, situado na Zona Sul do Estado de Minas Gerais, foi selecionado como área de estudo, graças à destacada importância regional como produtor de café e, dado à grande aceitação de novos plantios pelos cafeicultores locais. Os dados foram coletados por entrevistas diretas com os empresários agrícolas da amostra que se constituiu de 40 cafeicultores, representando 10% da população total de cafeicultores do município estudado, que eram também mutuários do IBC no escritório de Lavras-MG. Os dados levantados referiu-se ao ano agrícola de 75/76. As variáveis envolvidas no estudo foram: a) Variáveis dependentes: Y1 - Renda líquida por hectare-preço real; Y2 - Renda liquida por hectare-preço médio. b) Variáveis independentes: X1 - Tamanho ou volume dos negócios; X2 - Rendimento da cultura; X3 - Intensidade de exploração; X4 - Eficiência da mão-de-obra; X5 - Índice de administração rural. As variáveis independentes apresentam um melhor ajustamento à renda liquida por hectare-preço médio, indicando assim que, os fatores internos estudados explicam melhor a renda líquida das propriedades cafeeiras, quando se elimina do processo de comercialização a flutuação de preços. Quando se subdivide a intensidade de exploração em seus itens constituintes (Adubos, maquinas e equipamentos, defensivos, benfeitorias e 'trabalho) há uma maior explicabilidade da renda líquida por hectare, para ambos os conceitos. As variáveis, rendimento da cultura e intensidade de exploração foram as que apresentaram as maiores contribuições ao nível de explicabilidade da renda líquida por hectare. A variável tamanho ou volume dos negócios apresentou contribuição significativa em alguns dos modelos selecionados pelo programa STEPWISE. As variáveis eficiência da mão-de-obra e Índice de administração rural não apresentaram contribuições significantes aos coeficientes de determinação multipla dos modelos selecionados.
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    Modernidade, modernização e identidade nas tradicionais organizações produtoras de café do sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1997-11-19) Aguiar, Mirian Monteiro de; Gomes, Marcos Affonso Ortíz
    Este trabalho analisa os significados atribuídos às mudanças em curso na atividade cafeeira pelas tradicionais organizações produtoras, da região do Sul-de-Minas. Procura-se compreender como, a partir destes significados estas organizações participam da construção de suas novas identidades e de seus ambientes. Parte-se de dois referenciais teóricos complementares: a abordagem das organizações como construções sociais e o paradigma da complexidade para compreensão da mudança e identidade organizacional, no contexto da modernidade. Foram realizados estudos multicasos de três tradicionais organizações produtoras de café do Sul-de-Minas. Tradição e modernidade são conjugadas por estas organizações num momento de expressivas mudanças a nível local e global. A crise da cafeicultura nos últimos dez anos (1986-1996), os altos custos de produção e a concorrência com áreas emergentes mecanizáveis, com custos menores e maiores níveis de produtividade, põem em questão a viabilidade da cafeicultura de montanha na região do Sul de Minas, principal região produtora do país. Por outro lado, o fim da regulamentação da atividade pelo Governo, o fim dos Acordos Internacionais do Café e os novos paradigmas de produção e consumo representam novo contexto de interação político, econômico e social. Procura-se mostrar como as organizações, representantes do setor produtivo da cadeia café, estão inseridas numa rede de causalidade mútua a partir da qual, as mudanças se desenvolvem segundo padrões circulares de interação. A participação ativa destas organizações na criação de novos arranjos institucionais e na construção de seus ambientes é demonstrada a partir das suas interdependências e relações com outros elementos da sociedade como associações, sindicatos e entidades políticas representativas do setor. Observou-se durante o processo de pesquisa que cada organização desenvolveu-se seguindo contingências próprias. As diferenças nas trajetórias das três organizações pesquisadas demonstram como a interpretação do ambiente é produto da própria identidade organizacional e como as dimensões constitutivas da identidade operam positivamente na construção destas trajetórias. As mudanças mais expressivas foram naquelas organizações que se envolveram em extensas redes de causalidade mútua combinando transformações dos contextos externo e interno, tornando novos elementos partes integrantes da organização de seus ambientes. Neste processo novos valores são agregados, valores e pressupostos antigos são mantidos ou reconsiderados. Novos enunciados relativos aos sistemas de produção emergem como possibilidades da época moderna. No que diz respeito as mudanças na gestão da força de trabalho predomina a lógica de transformação destas relações segundo moldes institucionais urbanos.
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    Análise econômica sobre adubação com sulfato de zinco via foliar na produção do cafeeiro Coffea arabica L.
    (Universidade Federal de Lavras, 1988) Antonialli, Luiz Marcelo; Reis, Antônio João dos
    O objetivo com o trabalho foi analisar, a partir de dados experimentais, a racionalidade econômica da adubação foliar com sulfato de zinco em cafeeiro.
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    Eficiência econômica e custo de produção na cafeicultura de Barra Choça, estado da Bahia
    (Universidade Federal de Lavras, 1990) Lunga, Aloizio; Reis, Antônio João dos
    Identificar alguns aspectos da estrutura de produção do café no Município de Barra do Choça - Estado da Bahia.
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    Competitividade do agronegócio do café na região sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1998-10-26) Silva, Sálvio de Macedo; Santos, Antônio Carlos dos
    Este trabalho teve como objetivo a análise dos fatores que determinam a competitividade do agribusíness do café na Região Sul do Estado de Minas Gerais. Para este estudo, utilizou-se o modelo denominado "Diamond*, descrito por Michael E. Porter (1993) como sendo um conjunto de quatro determinantes que concorrem para o desenvolvimento da competitividade internacional de determinada indústria: 1) condições de fatores; 2) condições de demanda; 3) competitividade das indústrias correlatas; 4) estratégia, estrutura e rivalidade das empresas. Além destes determinantes considerou-se a influência do acaso e do governo no desenvolvimento do agribusíness do café. Para a realização deste trabalho foram coletados dados em organizações produtivas dos setores de torrefação, exportação e cooperativas de produtores de café. Foram consultados bancos de dados de instituições governamentais e entidades de classe, bem como pesquisadores do agribusíness do café. Os resultados obtidos permitem afirmar que, na região sul de Minas Gerais, os determinantes preconizados por Porter contribuem positivamente para o desenvolvimento da competitividade das organizações do agribusíness do café. Tal fato se infere pela disponibilidade dos fatores de produção na região, além da crescente demanda pelo produto e do crescente nível de exigência por parte dos consumidores no que se refere a qualidade do produto. A busca pela competitividade é intensa e caracterizada pelo desenvolvimento de atividades, como o planejamento estratégico e o treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, visando uma melhor atuação mercadológica. Verificou-se a existência entre as empresas, de uma intensa rivalidade, que, muitas vezes, resulta na exclusão das empresas menos consolidadas no mercado. A principal meta das empresas é a conquista do mercado internacional, ator pelo qual se empenham em melhorar a qualidade, o preço e as estratégias de marketing do produto.
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    Formação de preços no mercado de café
    (Universidade Federal de Lavras, 1998) Mesquita, José Marcos Carvalho de; Guimarães, José Mário Parto
    Partindo-se da constatação de que o preço do café pago ao produtor apresentou, nos últimos anos, variações elevadas, bastante superiores às variações apresentadas pelas quantidades ofertada e demandada, procurou-se testar no presente trabalho se o mercado de café opera próximo de um modelo concorrencial, ou se tem sofrido algum tipo de manipulação imposta por qualquer dos agentes que nele atuam. Buscou-se estimar um modelo estatístico que pudesse representar significativamente o processo de formação de preços neste mercado específico,) ao mesmo tempo em que testou-se a existência de causalidade na transmissão de preços entre a Coffee, Sugar and Cocoa Exchange, sediada em New York, e o mercado do produtor brasileiro.A teoria econômica afirma que em um mercado de concorrência perfeita o ajuste entre oferta e demanda vai determinar o preço de equilíbrio, ao passo que se prevalecerem condições de mercado imperfeito, monopsônio por exemplo, algum tipo de manipulação pode surgir. Duas características destacam-se no mercado de café: uma diz respeito à estrutura oligopsônica, tendo em vista o grande número de produtores rurais e o número significativamente menor de compradores intermediários, representados pelas indústrias de torrefeção, moagem, solúvel e também exportadores; uma outra refere-se à grande participação da commodity em transações efetuadas nas bolsas de mercadorias e futuros, ressaltando-se que essas negociações são praticadas com maior intensidade e frequência por agentes do mercado financeiro, sem grande interesse na commodity propriamente dita. Utilizou-se o procedimento dos Mínimos Quadrados Ordinários para estimar uma função que representasse o modelo de formação de preços. No caso da transmissão de preços, adotou-se um teste de causalidade específico para essa finalidade, tendo sido feitos três testes: um para a série histórica completa e outros dois para subperíodos que apresentaram características distintas., O resultado do modelo de formação de preços indica que as variáveis oferta e demanda mundiais são importantes na^ determinação do preço pago ao produtor brasileiros Com relação ao teste de causalidade, os resultados indicam ausência de causalidade entre a bolsa de New York e o mercado brasileiro no período total e no segundo subperíodo, enquanto que no primeiro subperíodo constatou-se causalidade no sentido mercado brasileiro para a bolsa. De acordo com esses resultados, pode-se concluir que não foi identificada nenhuma forma de manipulação de preços.
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    O risco de base, a efetividade do hedging e um modelo para a estimativa da base: uma contribuição ao agronegócio do café em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1999-12-16) Fileni, Dener Hollanda; Marques, Pedro Valentim
    O objetivo deste estudo foi avaliar a performance do contrato futuro cambial de café, negociado pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), para o hedging no estado de Minas Gerais, Brasil. O hedging foi medido pela sua habilidade em reduzir o risco de preço de manter uma posição à vista. Também foi avaliada a utilidade do contrato futuro para conduzir os inventários de café, facilitando as decisões de compra e venda. Para avaliar o potencial de redução de risco, considerou-se que os hedgers poderiam assumir uma posição futura igual à posição à vista ou, alternativamente, os hedgers poderiam utilizar o modelo de carteira de investimento para assumir uma posição de mínimo risco. Deste modo, o risco de base, o risco de preço à vista, a efetividade do hedging e a razão de hedge de mínimo risco foram utilizados para analisar o hedging no mercado de café, considerando os seguintes fatores: o mercado local, o mês de vencimento do contrato, o ano e a duração do hedging. Para avaliar a utilidade do contrato futuro em alocar inventários, a base mensal foi modelada em função dos fatores de oferta e demanda, taxa de conveniência, prêmio pelo risco, liquidez e condições climáticas. Ao todo, nove variáveis foram usadas para explicar a base do café nos seguintes mercados: Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Zona da Mata e Sul de Minas. Os resultados apontaram que o risco de base foi significativamente inferior ao risco de preço à vista, demonstrando a habilidade do hedging como redutor de risco. O hedging pelo modelo de carteira foi também efetivo para reduzir a variabilidade dos preços, sendo a razão de hedge de mínima variância usualmente menor do que um. De acordo com os fatores em análise, um maior nível de risco de base foi observado para os vencimentos de julho e setembro, indicando maiores riscos para o hedging de antecipação. A efetividade do hedging foi menor para a região da Zona da Mata e para o período de duração de seis meses; também foram observados maiores níveis de efetividade para o vencimento de março e um aumento da efetividade nos anos recentes. Os resultados do modelo econométrico da base mostraram que uma grande parte da variabilidade do valor da base foi explicada pelas variáveis independentes, dando suporte para a teoria do armazenamento e para a utilidade do mercado futuro do café no Brasil. O modelo se ajustou melhor para os mercados de café do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Sul de Minas. Para o mercado da Zona da Mata, o modelo mostrou uma capacidade inferior para explicar a base do café. Como conclusão final, o contrato futuro negociado pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi considerado eficiente para reduzir o risco de preço para o agronegócio do café em Minas Gerais, tendo ainda o mercado futuro fornecido uma base real para conduzir o armazenamento, facilitando as decisões de compra e venda.
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    Eficiência econômica e custo de produção na cafeicultura de Barra do Choca, Estado da Bahia
    (Universidade Federal de Lavras, 1990) Lunga, Aloizio; Reis, Antônio João dos; Universidade Federal de Lavras
    Este estudo teve como objetivo conhecer os aspectos da estrutura de produção de café no município de Barra do Choça, Estado da Bahia, identificando os aspectos gerais da produção; estimar e analisar, de forma simplificada, os custos de produção de café: a condição de lucro dos produtores e; estimar a função de produção para a cafeicultura do município e verificar a racionalidade do uso dos fatores de produção. Os dados analisados referem-se aos da produção de café do município, no período agrícola 86/88 e foram coletados através de "SURVEY" com os produtores cadastrados no Instituto Brasileiro do Café (IBC) e na Cooperativa Mista Agropecuária de Vitória da Conquista (COOPMAC). A produção no período agrícola 86/88 foi de, em média, 683,06 sacas de café beneficiado por propriedade e apresentou uma produtividade média de 10,78 sacas por mil covas. A função de produção estimada para o município foi a seguinte: Y = -2,28780 + 0,52 1nX4 + 0,43 1nX7 + 0,06 1nX5 - 0,26 1nX2 - 0,04 1nX6. Há racionalidade técnica no uso dos recursos fertilizantes químicos (x4), máquinas e equipamentos agrícolas (x5) e mão-de-obra com os tratos culturais (X7) que apresentando coeficiente de elasticidade entre O e 1, encontram-se dentro do 2o. estágio de produção, o racional. Número de pés por covas (X2) e defensivos agrícolas (x6), com coeficiente negativo estão no 3o. está gio da função, irracional. Sob o prisma econômico recomenda-se o aumento de fertilizantes químicos (X4) e de mão-de-obra (x7) e a redução dos demais. Verifica-se que os custos totais médios para as safras 86/88 foi de Cz$ 29.232,23 por saca de 60 kg para a atividade como um todo. No primeiro estrato o custo total médio foi de Cz$ 30.414,89, no segundo Cz$ 30.526,77 e no terceiro foi de Cz$ 26.658,99 por saca de 60 kg, com ligeira tendência a existência de economia de escalas. Na composição dos custos totais o fixo contribuiu com 45.61 e os variáveis com 54,39%. Dos fixos destaca-se máquinas e equipamentos e terra com lavoura e dos variáveis mão-de-obra e fertilizantes químicos. A receita média neste período foi de Cz$ 26.323,34 portanto inferior aos custos totais médios mostrando a ocorrência de prejuízo econômico na atividade. Aplicando-se a metodologia de custos operacionais infere-se que, por cobrir os custos operacionais totais médios, com um resíduo positivo, a firma pode continuar operando no curto prazo, mas se esta situação persistir poderá haver a desativação da cafeicultura no futuro. O ponto de nivelamento da atividade é de 873,69 sacas de café por unidade de produção, correspondendo a 17,39 sacas por ha.