A Rural
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Item 72° aniversário do Instituto Agronômico(1959-07)É com imensa satisfação que registramos, neste número, a passagem do 72o aniversário do Instituto Agronômico de Campinas, a 27 de junho do corrente ano, data que, salientamos com toda justiça, deixou de ser exclusivamente paulista para se projetar, para orgulho dos brasileiros, no meio agronômico internacional. [...] A velha Estação Agronômica de 1887, transformou-se nesse reduto da ciência agronômica que é o Instituto Agronômico de Campinas dos dias atuais, não faltando em tempo algum ao cumprimento daquilo que na época de sua fundação, dela se esperava, os homens públicos, os fazendeiros, a ciência agronômica e a própria economia agrícola, paulista nacional.Item Affonso d’Escragnolle Taunay(1958-05)Em reunião da Sociedade Rural Brasileira, presidida pelo Dr. Luís de Toledo Piza Sobrinho, o Sr. Alberto Prado Guimarães proferiu as seguintes palavras em homenagem à memória do escritor Affonso D‟Escragnolle Taunay, recentemente falecido: „Faz poucos dias faleceu Affonso D‟Escragnolle Taunay. Filho de Visconde de Taunay, que tanto realce deu á literatura pátria, não só pelo volume de sua obra, como pela gracilidade de expressão que teve em „Inocência‟ um livro universal [...] Não obstante a inclinação natural para os históricos, não se esquivou aos assuntos técnicos, tendo sido professor de física na Universidade de São Paulo.Item Café e sêda do Brasil em 1876 fizeram propaganda em Filadélfia(1961-04)O ‘Correio da Manhã’, de 30 de outubro de 1960, publicou interessante reportagem ilustrada subordinada ao título ‘Café e seda do Brasil em 1876 fizeram propaganda em Filadélfia’. Há quase um século Luiz Ribeiro de Souza Rezende fez propaganda específica do café de nosso país nos Estados Unidos. Hoje, com os modernos processos de torrefação da indústria norte-americana, predominam nesse mercado chamado ‘blends’ ou misturas de café de várias procedências. Possivelmente, em consequência desse fato, no mercado ianque a propaganda é hoje genérica, isto é, do café em geral, sem consideração de sua origem. Alguns peritos, contudo, são de parecer que não faria mal alguma propaganda específica. Essa ideia, não obstante, é defendida por uma minoria. Data vênia, passamos a transcrever o interessante trabalho jornalístico do ‘Correio da Manhã.Item O café: na história, no folclore e nas belas artes(1962-10) Martins, Araguaya F.Basílio de Magalhães foi um dos mais carinhosos e dedicados pesquisadores de problemas cafeeiros. Em 1937 publicou por intermédio do Departamento de Estatística e Publicidade do ministério do Trabalho, Industria e Comercio, livro subordinado ao titulo “O CAFÉ na historia no folclore e nas belas artes”. Esse trabalho representa a ampliação de quatro memórias publicadas em O JORNAL, a 15 de outubro de 1927, ao ensejo da passagem do II centenário da introdução do café em nosso país. A propósito da Palheta escreveu nessa obra.Item Canção do café(1959-01)Premio de CR.$ 5.000,00 para a melhor composição musical – concurso instituído pela ‘A Rural’. Visitando, recentemente, S. Juan de Puerto Rico o brilhante jornalista brasileiro Mário Wilches, teve ocasião de ouvir, numa escola pública, os alunos cantarem uma canção alusiva ao café. Crianças de 8 a 11 anos entoavam a ‘Canção do Café’. Interessante notar-se que Puerto Rico é grande produtor de açúcar, no entanto, não descuidando da cultura da rubiácea vai incutindo na mente de seus filhos o amor pela terra e pela cultura do café através de canções ensinadas nas escolas públicas.Item Cel. Francisco da Cunha Bueno um pioneiro da cultura do café no oeste paulista(1958-11) Martins, Araguaya FeitosaA reportagem de A RURAL logrou apurar que o prof. Alfredo Ellis Junior concluiu sua História da Expansão Cafeeira em S. Paulo, obra que deverá ser editada pela José Olympio. Também tem pronto para o prelo – ainda sem editor – o livro „Cel. Francisco de Cunha Bueno um pioneiro da cultura do café no Oeste paulista‟. O velho Sarutayá – esse é seu pseudônimo – pelo mito que tem feito pelo café, credencia-se a ver o último livro editado pelo Instituto Brasileiro do Café, a exemplo do que tem ocorrido com obras de outros autores [...] Vejamos a relação das obras publicadas pelo prof. Aposentado da Universidade de São Paulo e membro da Academia Paulista de LetrasItem Comemorando na SRB o aniversário da introdução do café no Brasil(1957-12)A Sociedade Brasileira do Café fez realizar em sua sede, interessante e significativa reunião para comemorar a passagem do 230o aniversário da introdução do café no Brasil. Bem diferente das que são comumente realizadas na tradicional entidade de classe, a reunião não teve o objetivo de apresentar e debater um problema qualquer de interesse econômico e nem de discutir medidas que devam ser postas em prática para debelar qualquer mal da lavoura ou mesmo da produção. Nada disso. Foi uma reunião convocada especialmente para a manifestação de reconhecimento a uma planta que tanto tem contribuído para o engrandecimento do País. A SRB realizou, assim, uma festa simples mas expressiva para recordar como se iniciou no Brasil a cultura cafeeira.Item História do café no nordeste(1963-12) Martins, Araguaya F.A História do Café no Brasil constitui um manancial de informações. Nela obrigatoriamente deverá se aberrar todo o estudioso desse produto e das coisas brasileiras. O notável historiador publicou nada menos de 113 obras, sendo muitas delas dedicadas ao café. Logo no inicio do capítulo X do segundo volume da monumental obra História do Café no Brasil, informa: ‘Quanto ao Piauí parece que na época colonial, pelo menos, jamais se cogitou de introduzir a lavoura a rubiácea na capitania’. Logo depois acrescenta quando à cafeicultura no Ceará: ‘Para assuntos históricos cearenses a quem melhor recorrer do que à grande autoridade de Stuart? Assim, para narrarmos o que foram os primórdios da lavoura cafeeira no Ceará deixaremos que fale o ilustre erudito e incomparável sabedor das cousas de sua terra natal.Item Inauguração da nova sede do instituto agronômico do café(1963-09)A solenidade ocorre no 76o aniversário da entidade com brilhantes festas de regozijo. ‘É com incontida satisfação que compareço às festividades de inauguração do edifício-sede do Instituto Agronômico, no transcurso n o76 aniversário da sua fundação. A data de hoje é de grande significação, pois esta magnífica instituição de pesquisas agronômicas, de renome internacional, orgulho de todos nós, representa os esforço conjugado do governo e da coletividade agronômica em beneficio da agricultura brasileira’.Item Jubileu de diamante do Instituto Agronômico de Campinas(1962-08)Completou a 27 de junho último 75 anos o grande centro de pesquisas cientificas e experimentação agrícola, fundado por D. Pedro II nos últimos anos do Império, quando ministro da Agricultura o Conselheiro Antonio da Silva Prado. Não deixa de ser uma ocorrência das mais auspiciosas para o Brasil e, especialmente para o Estado de S. Paulo e o município de Campinas, o septuagésimo quinto aniversário da fundação do Instituto Agronômico, instituição científica das mais reputadas do País, com renome consolidado no exterior, e a que tantos e inestimáveis serviços deve a agricultura pátria.Item Um líder da Mogiana fala sobre café(1959-03)Acaba de regressar dos Estados Unidos o nosso amigo e consórcio, da Sociedade Rural Brasileira, dr. Thomaz Alberto Whately, que foi ouvido pela reportagem de „A Rural‟ quando conversava com o dr. Raul Diederichsen, vice- presidente da S.R.B. Queríamos ouvir as impressões que trouxe dos seus contatos com os meios torradores e consumidores americanos, assunto sempre oportuno e momentoso para a nossa cafeicultura; o dr. Whately que é presidente da Cooperativa Regional dos Cafeicultores da Alta Mogiana viajou em objetivo de expansão das atividades dos produtores da zona.Item O livro que não foi escrito(1965-06) Martins, Araguaya F.Antidio Almeida Júnior, conhecido jornalista, espírito empreendedor é, paradoxalmente, autor de um livro que não foi escrito. Café seria o título do grosso volume, cujo ‘boneco’ chegou a ser realizado. Na primeira página aparece um ramo colorido de café com cerejas sobre um fundo de grãos torrados. O trabalho ficaria a cargo da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Econômico, que preparou para o volume sugestivo prefácio. A Antidio Almeida Júnio devemos a publicação em 1947 da edição comemorativa do cinquentenário de Belo Horizonte. São mais de 500 páginas de grande formato profusamente ilustradas. História, economia, finanças, comércio, industria, transportes, comunicações, hospedagem, ensino, arquitetura, arte, literatura, esportes, tudo aí está presente. Relata como a antiga freguesia do Curral D’Rey, no município de Sabará passou a ser conhecida por Belo Horizonte, nos idos de 1890. Em 1893 passaria a chamar-se Minas e em 1901 era restabelecida a denominação de Belo Horizonte. A 12 dezembro de 1897 seria instalada a nova capital, Ouro Preto opôs-se à mudança, mas a capital se ergueu no Vale do Rio das Velhas. No campo cultural cumpre ainda mencionar uma outra iniciativa de Antidio Almeida Junior. Referimo-nos a Letícia, revista social trabalhista. Mas voltemos ao livro CAFÉ. O primeiro capítulo trataria de ‘como surgiu o café no mundo – a vinda do café para o Brasil, o seu roteiro e épocas de maior produção – formação e desenvolvimento das zonas cafeeiras – relação entre a distribuição geográfica e o rendimento da produção. O segundo capítulo cuidaria do ‘café na formação da nacionalidade brasileira’.Item A mais antiga fazendeira paulista(1960-10) Piza Sobrinho, Luiz de ToledoFazendeira de café, desde 1888, dona Albertina acompanhou seu marido, o saudoso dr. Antonio de Castro Prado, nos seus empreendimentos agrícolas que abrangiam diversas fazendas, em todas as zonas do Estado, onde se cultivava o café. Testemunha da mudança da abolição do cativeiro para a reforma que foi a grande imigração, viu crescer, no terreiro de sua fazenda, inúmeras gerações, procedentes das diversas regiões do Mediterrâneo que imigraram para São Paulo.Item Monumento ao café: inauguração solene do Parque Ibirapuera no dia 25 de janeiro(1955-02)A idéia da ereção do Monumento ao Café, deve-se ao Sr. Guilherme de Almeida, presidente da Comissão do IV Centenário, pois foi ele quem sugeriu á Sociedade Rural Brasileira a concretização da ideia. Acolhendo a sugestão, a Sociedade Rural Brasileira, juntamente com outras entidades representativas das classes produtoras do Estado, se empenhou em providenciar a ereção de um monumento que simbolizasse a pujança do ‘ouro negro’ na economia nacional e assinalasse a sua influência na civilização brasileira. Para dirigir a campanha pela construção do monumento foi organizada uma Comissão Promotora, formada de representantes de varias entidades de prestigio [...] Erigido no Parque do Ibirapuera, em rua que passará a se denominar Avenida do Café, o monumento, símbolo e glorificação da planta cujos frutos constituem o produto básico da economia brasileira, é de autoria do escultor Francisco Zeri. Assentado sobre um pedestal de granito, que contem um punhado de terra de cada um dos municípios cafeeiros de São Paulo, ergue-se a arvore simbólica do café, fundida em bronze platinado com 4 metros de altura por 2,50 m de largura. Tem, na parte central, as características do café em plena colheita. Os frutos, em sua maioria, são dourados.Item Monumento ao café: sua inauguração do Parque do Ibirapuera como parte das festas do IV Centenário da Cidade de São Paulo(1955-04)Conforme tivemos ocasião de noticiar, inaugurou-se, no Parque do Ibirapuera, nesta Capital, ao fundo de uma avenida arborisada com cafeeiros, como parte do programa das comemorações do IV Centenário da Fundação de São Paulo, o „Monumento ao Café‟. A magnífica obra de arte do distinto escultor italiano Francisco Zeri, há muitos anos domiciliado entre nós, mereceu, pela maneira como interpretou no bronze a preciosa planta simbólica da riqueza e da civilização paulistas, os mais francos elogios e justificada admiração.Item Museu do café ‘Francisco Schmidt’; velha aspiração da cafeicultura(1958-12) Martins, Araguaya F.Deve-se a iniciativa a operoso professor de Ribeirão Preto – Milhares de pessoas visitam anualmente a fazenda onde foi instalado o museu. Ribeirão Preto, (Araguaya Feitosa Martins, enviado especial de A Rural) – Distando aproximadamente 4 quilômetros do centro desta cidade está localizado o Museu do Café ‘Francisco Schmidt’. O museu foi edificado na Fazenda Monte Alegre, que pertenceu ao saudoso cel. Francisco Shmidt, Rei do Café em sua época. A iniciativa é devida a Plínio Travassos dos Santos, combativo e operoso professor da localidade. Fazendo jus a merecido repouso após a aposentadoria preferiu dar forma a uma velha aspiração da cafeicultura. Para se aferir do interesse despertado pela iniciativa basta que se diga que em 1957 12600 pessoas visitaram o Museu. A velha ideia para sua concretização custou muitos anos de infatigável trabalho.Item Música e café(1963-07) Martins, Araguaya F.Hoje faremos dois respingos em obras de dois Mario. Referimo-nos a Mario de Andrade e a Mario Nema. Mario de Andrade – Mario Raul de Morais Andrade – nasceu nesta Capital a 9 de outubro de 1893. Seu nome fulgura na música, no folclore, no etnografia, na história, na história, na literatura, nas artes. Foi autor e produto dessa pauliceia desvairada. Sua bibliografia é extensa. Em 1941 a Editora Guaira Limitada, de Curitiba, publicou na Coleção Caderno Azul o livro de Mario de Andrade intitulado ‘Música do Brasil’. Esse livro abriu aquela coleção. Dele extraímos este tópico: ‘Observe-se agora um dos nossos mais curiosos casos musicais. A expansão extraordinária que teve o piano dentro a burguesia do Império foi perfeitamente lógica e mesmo necessária. Instrumento completo, ao mesmo tempo solista e acompanhador do canto humano, o piano funcionou na profanização da nossa música, exatamente como os seus manos, os clavicímbalos, tinham funcionado na profanização da música europeia. Era o instrumento por excelência da música do amor socializado com casamento e benção divina, tão necessário à família como o leito nupcial e a mesa de jantar. Mas, eis que, contradizendo a virtuosidade musical de palco, que durante o Império esteve muito principalmente confiada entre nós a cantores, flautistas e violinistas, o piano pula para o palco e vai produzir os primeiros gênios do nosso virtuosismo musical.Item Nossa senhora do café(1958-07) Ferreira, J. RochaO Estado de São Paulo’, tradicional órgão da imprensa paulista, publicou, em sua edição 9-3-58, o artigo abaixo de autoria do ilustre escritor e filósofo Dr. Mauricio Theophilo B. Ottoni. Grande foi o interesse despertado pelo mesmo entre os nossos cafeicultores. Para que chegue ao conhecimento dos nossos leitores que por acaso não tiveram ocasião de tê-lo, principalmente dos cafeicultores, tão necessitados, no momento, do auxílio da ‘Madona do Café’, transcrevemo-lo, ‘data venia’, do importante matutino, pioneiro na divulgação das coisas do nosso folclore.Item Preceitos contra o café(1960-12) Andrade, Theophilo deQuando o café foi descoberto e o seu uso se espalhou pelo mundo, o homem se encontrava em estado muito adiantado da cultura, pois, já então, despontava o Renascimento que foi um grande movimento de libertação do espírito humano. Ao café não se legaram os tabus que existiram, digamos, contra o vinho descoberto pelo homem ainda quando se encontrava nos albores da idade agrícola. Mas a reação contra o suco da vinha fermentada foi tamanha que, ainda no século IX, Mahomet o proibiu aos adeptos de sua doutrina. Foi mesmo essa guerra contra o vinho que facilitou a expansão do café pelo Oriente Próximo, nos séculos XIV e XV. Em relação ao café, os tabus foram substituídos pelos preconceitos que são os tabus modernos. Alguns deles, criados por médicos, assumem as proporções de postulados científicos. É verdade que há também médicos que se colocam em posição contrária. E defendem o café com os melhores argumentos. Mas os primeiros falam ao medo, que é um instinto, ao passo que os segundos falam a razão. E nesta marcha secular da razão contra o instinto, que constitui a própria história da libertação espiritual do homem, a razão vence, mas muito lentamente, pois no subconsciente, sempre ficam forças que agem de maneira subterrânea.Item O rei do café(1966-01) Martins, Araguaya F.Geremia Lunardelli foi personalidade de muito conhecimento dos paulistas e, sobretudo, dos associados da Sociedade Rural Brasileira. Sobre Geremia Lunardelli o escritor L. V. Giovannetti escreveu em 1951 o livro O REI DO CAFÉ, obra editada pela Empresa Gráfica da ‘Revista dos Tribunais. No prefácio dessa obra L. V. Giovannetti assinala: ‘Um homem que, começando como modesto colono, soube e pôde, no decurso de poucos decênios, ocupar o primeiro lugar na produção cafeeira do mundo e na agricultura brasileira, que criou uma organização econômica e financeira grandiosa, que se tornou, como o exemplo prático, um verdadeiro mestre – este homem representa sem dúvida um prodígio.’ O autor fala da imigração, do progresso do Brasil, da capacidade da raça veneta, da meninice e mocidade de Lunardelli.’