A Rural

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    O rei do café
    (1966-01) Martins, Araguaya F.
    Geremia Lunardelli foi personalidade de muito conhecimento dos paulistas e, sobretudo, dos associados da Sociedade Rural Brasileira. Sobre Geremia Lunardelli o escritor L. V. Giovannetti escreveu em 1951 o livro O REI DO CAFÉ, obra editada pela Empresa Gráfica da ‘Revista dos Tribunais. No prefácio dessa obra L. V. Giovannetti assinala: ‘Um homem que, começando como modesto colono, soube e pôde, no decurso de poucos decênios, ocupar o primeiro lugar na produção cafeeira do mundo e na agricultura brasileira, que criou uma organização econômica e financeira grandiosa, que se tornou, como o exemplo prático, um verdadeiro mestre – este homem representa sem dúvida um prodígio.’ O autor fala da imigração, do progresso do Brasil, da capacidade da raça veneta, da meninice e mocidade de Lunardelli.’
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    Um velho defensor do café e os antigos comissários
    (1965-02) Martins, Araguaya F.
    Antonio de Queiros Telles, antigo responsável por esta revista, é daqueles que sentem a correr nas suas artérias o líquido aromático e generoso que fez a grandeza deste país e, sem embargo, tem sido tão desastrado pelos seus coetanos. [...] O JORNAL dedicou uma edição especial ao bi-centenário da introdução do café no Brasil. Antonio de Queirós Telles colaborou nessa edição, que posteriormente – 1934 – foi publicada em dois alentados volumes pelo Departamento Nacional do Café.
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    Tribulações de um caroço de café
    (1963-01) Martins, Araguaya F.
    Em 1929, por intermédio da tipografia ‘Livro Verde – G. Dionysio’, o escritor João Guião publicou o livro ‘Tribulações de um caroço de Café’. Trata-se de uma verdadeira auto-biografia de um grão de café, suas aventuras, sua vida. Como homenagem ao antigo colaborador da ‘Comarca’, de Mogi-Mirim, passamos a transcrever essa interessante história. [...] ‘De todas as terras do globo onde a minha raça mais proliferou, cabe ao glorioso torrão paulista a honra sem par da primazia e preferência.
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    Superstições e crendices
    (1962-11) Martins, Araguaya F.
    Basílio de Magalhães no livro O Café na História, no Folclore e nas Belas Artes escreveu o seguinte no tocante ao café na medicina e nas superstições do povo: ‘Assim, o café forte é remédio caseiro contra intoxicações de toda casta, quer puro, quer misturado com álcool. Puro e sem açúcar, é como se emprega para curar as camoecas. [...] Entra ainda o café na composição de mandingas, entre as quais a de um filtro amoroso. Acredita piamente o sertanejo do Norte que, para dementar alguém, basta que se lhe consiga propinar café com algumas gotas do suor do cavalo.
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    Roteiro do café
    (1960-03) Martins, Araguaya F.
    Um dos livros básicos da literatura cafeeira é o ROREIRO DO CAFÉ, de Sérgio Milliet – Bipa – editora. Deixemos falar o argumento ensaísta: ‘A passagem do café pelo Estado de São Paulo, com suas repercussões sobre a situação demografia das zonas percorridas, constitui sem dúvida um dos estudos mais curiosos e importantes da história econômica paulista. Durante pouco mais de um século, o panorama do nosso crescimento e do nosso progresso se desdobra num cenário de colinas riscadas por cafezais. Tudo gira em torno do ‘ouro verde’, dele tudo emana e a ele tudo se destina: homens, animais, máquinas.’ [...] ‘Taunay, abordando em longo estudo a história da introdução do café em São Paulo, hesita em localizar a primeira plantação. O assunto carece, na verdade, de importância. Por onde quer que tenha penetrado, assenhoreou-se cultura cafeeira inicialmente da chamada zona Norte. Isso parece pelo menos indiscutível. De resto, num livrinho curioso, Gustavo Koenisgswald afirma que os primeiros municípios produtores foram os de Ubatuba, Bananal e São Luiz do Paraitinga’.
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    Produção vegetal: primeiras plantações de café em Rezende
    (1966-03) Martins, Araguaya F.
    São Paulo, que tanto deve ao café, tem irresgatável dívida com o historiador das bandeiras e autor da História do Café no Brasil. Affonso de E. Taunay publicou por intermédio do Departamento Nacional do Café esse monumento de grande proporções [...]. Antes disso publicou a propagação da Cultura Cafeeira, edição do DNC e Subsídios para a História do Café no Brasil Colonial, igualmente editado por esse órgão. Em 1945 publicou a Pequena História do Café no Brasil (1727-1937) [...]. Daí o nome de Pequena História, pois, na verdade, tudo que provinha de Taunay – sem trocadilho – deveria ser grande. Do volume segundo, tomo II, extraímos alguns tópicos para este café nos livros. No capítulo XXII sob o título As primeiras plantações de Rezende podemos ler o seguinte: ‘Foi Rezende um dos pontos de mais antiga produção cafeeira no Brasil. Em seu território havia, por volta de 1740, vindo estabelecer-se procedentes de Ayruoca, o coronel Simão da Cunha Cago, paulista, o padre Felipe Teixeira Pinto, Máximo Barbosa e outros.
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    Panorama da expansão de S. Paulo
    (1964-04) Martins, Araguaya F.
    O Bank of London & South América Limited com o escopo de homenagear a imprensa brasileira, por ocasião da mudança de sua Matriz para São Paulo, deliberou instituir um prêmio no valor de Cr$ 200.000,00 a ser conferido ao melhor trabalho jornalístico publicado em jornais de São Paulo sobre o tema Desenvolvimento Econômico e Industrial de São Paulo, que deveria focalizar ‘o progresso rápido e incomparável deste Estado e sua atual posição de liderança no contexto da economia brasileira’. O referido prêmio coube ao sr. Jaime Collier Coeli do Diário de S. Paulo.
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    O problema do café
    (1962-02) Martins, Araguaya F.
    Nesta secção de A RURAL, em fevereiro de 1961, tivemos oportunidade de mencionar algumas passagens da vida de Luís de Toledo Piza Sobrinho. Falar de Luiz Piza Sobrinho é forçosamente falar de café. O apresentador dos Anais da Mesa Redonda da Agricultura – 1952, tem o seu nome ligado a muitos artigos, entrevistas, conferências, palestras, além de sua presença estar consignada em farta bibliografia[...] Sob o título O Problema do Café, chega-nos agora às mãos um folheto contendo o discurso pronunciado por Luís Piza Sobrinho ao tomar posse da presidência do D.N.C., a 5 de novembro de 1936 [...] Nesse opúsculo chama Luís Piza Sobrinho atenção para o caráter nacional do problema do café. Era o primeiro paulista a ocupar aquele cargo nessa „atormentada quadra da vida econômica do país e do mundo‟. Assinalava ainda que os paulistas formaram a maior „cultura extensiva de caráter permanente, que o homem já conseguira na terra.
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    O livro que não foi escrito
    (1965-06) Martins, Araguaya F.
    Antidio Almeida Júnior, conhecido jornalista, espírito empreendedor é, paradoxalmente, autor de um livro que não foi escrito. Café seria o título do grosso volume, cujo ‘boneco’ chegou a ser realizado. Na primeira página aparece um ramo colorido de café com cerejas sobre um fundo de grãos torrados. O trabalho ficaria a cargo da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Econômico, que preparou para o volume sugestivo prefácio. A Antidio Almeida Júnio devemos a publicação em 1947 da edição comemorativa do cinquentenário de Belo Horizonte. São mais de 500 páginas de grande formato profusamente ilustradas. História, economia, finanças, comércio, industria, transportes, comunicações, hospedagem, ensino, arquitetura, arte, literatura, esportes, tudo aí está presente. Relata como a antiga freguesia do Curral D’Rey, no município de Sabará passou a ser conhecida por Belo Horizonte, nos idos de 1890. Em 1893 passaria a chamar-se Minas e em 1901 era restabelecida a denominação de Belo Horizonte. A 12 dezembro de 1897 seria instalada a nova capital, Ouro Preto opôs-se à mudança, mas a capital se ergueu no Vale do Rio das Velhas. No campo cultural cumpre ainda mencionar uma outra iniciativa de Antidio Almeida Junior. Referimo-nos a Letícia, revista social trabalhista. Mas voltemos ao livro CAFÉ. O primeiro capítulo trataria de ‘como surgiu o café no mundo – a vinda do café para o Brasil, o seu roteiro e épocas de maior produção – formação e desenvolvimento das zonas cafeeiras – relação entre a distribuição geográfica e o rendimento da produção. O segundo capítulo cuidaria do ‘café na formação da nacionalidade brasileira’.
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    O café na palavra de Epitácio Pessoa
    (1962-09) Martins, Araguaya F.
    Em 1925 surgia a lume o livro Pela Verdade de Epitácio Pessoa editado pela Livraria Francisco Alves. O próprio título da obra denunciava o caráter polêmico do ilustre paraibano, que após ser secretário de Estado, prof. Universitário, ministro, deputado e senador galgou a presidência da República. O notável jurisconsulto e político brasileiro, logo no início da mencionada obra, escreve sob a epígrafe Explicação Necessária: [...] Duas questões principais interessavam o Brasil: a do Café do Estado de S. Paulo e a dos navios que durante a guerra apreendêramos aos alemães. Com a facilidade com que costumam falar de assuntos que não conhecem em seus pormenores ou de que não entendem, afirmaram alguns dos meus adversários que estas duas questões não tiveram solução no Tratado da Paz, e, assim nula foi a ação dos delegados brasileiros na Conferência. [...] Declarada a guerra, o Governo alemão manifestou o pensamento de confiscar aquele depósito. O nosso Governo opôs-se. O Estado de S. Paulo, receando complicações, ordenou a venda do café.