A Rural

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    O rei do café
    (1966-01) Martins, Araguaya F.
    Geremia Lunardelli foi personalidade de muito conhecimento dos paulistas e, sobretudo, dos associados da Sociedade Rural Brasileira. Sobre Geremia Lunardelli o escritor L. V. Giovannetti escreveu em 1951 o livro O REI DO CAFÉ, obra editada pela Empresa Gráfica da ‘Revista dos Tribunais. No prefácio dessa obra L. V. Giovannetti assinala: ‘Um homem que, começando como modesto colono, soube e pôde, no decurso de poucos decênios, ocupar o primeiro lugar na produção cafeeira do mundo e na agricultura brasileira, que criou uma organização econômica e financeira grandiosa, que se tornou, como o exemplo prático, um verdadeiro mestre – este homem representa sem dúvida um prodígio.’ O autor fala da imigração, do progresso do Brasil, da capacidade da raça veneta, da meninice e mocidade de Lunardelli.’
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    Jubileu de diamante do Instituto Agronômico de Campinas
    (1962-08)
    Completou a 27 de junho último 75 anos o grande centro de pesquisas cientificas e experimentação agrícola, fundado por D. Pedro II nos últimos anos do Império, quando ministro da Agricultura o Conselheiro Antonio da Silva Prado. Não deixa de ser uma ocorrência das mais auspiciosas para o Brasil e, especialmente para o Estado de S. Paulo e o município de Campinas, o septuagésimo quinto aniversário da fundação do Instituto Agronômico, instituição científica das mais reputadas do País, com renome consolidado no exterior, e a que tantos e inestimáveis serviços deve a agricultura pátria.
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    Inauguração da nova sede do instituto agronômico do café
    (1963-09)
    A solenidade ocorre no 76o aniversário da entidade com brilhantes festas de regozijo. ‘É com incontida satisfação que compareço às festividades de inauguração do edifício-sede do Instituto Agronômico, no transcurso n o76 aniversário da sua fundação. A data de hoje é de grande significação, pois esta magnífica instituição de pesquisas agronômicas, de renome internacional, orgulho de todos nós, representa os esforço conjugado do governo e da coletividade agronômica em beneficio da agricultura brasileira’.
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    Café e sêda do Brasil em 1876 fizeram propaganda em Filadélfia
    (1961-04)
    O ‘Correio da Manhã’, de 30 de outubro de 1960, publicou interessante reportagem ilustrada subordinada ao título ‘Café e seda do Brasil em 1876 fizeram propaganda em Filadélfia’. Há quase um século Luiz Ribeiro de Souza Rezende fez propaganda específica do café de nosso país nos Estados Unidos. Hoje, com os modernos processos de torrefação da indústria norte-americana, predominam nesse mercado chamado ‘blends’ ou misturas de café de várias procedências. Possivelmente, em consequência desse fato, no mercado ianque a propaganda é hoje genérica, isto é, do café em geral, sem consideração de sua origem. Alguns peritos, contudo, são de parecer que não faria mal alguma propaganda específica. Essa ideia, não obstante, é defendida por uma minoria. Data vênia, passamos a transcrever o interessante trabalho jornalístico do ‘Correio da Manhã.
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    A mais antiga fazendeira paulista
    (1960-10) Piza Sobrinho, Luiz de Toledo
    Fazendeira de café, desde 1888, dona Albertina acompanhou seu marido, o saudoso dr. Antonio de Castro Prado, nos seus empreendimentos agrícolas que abrangiam diversas fazendas, em todas as zonas do Estado, onde se cultivava o café. Testemunha da mudança da abolição do cativeiro para a reforma que foi a grande imigração, viu crescer, no terreiro de sua fazenda, inúmeras gerações, procedentes das diversas regiões do Mediterrâneo que imigraram para São Paulo.
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    Tribulações de um caroço de café
    (1963-01) Martins, Araguaya F.
    Em 1929, por intermédio da tipografia ‘Livro Verde – G. Dionysio’, o escritor João Guião publicou o livro ‘Tribulações de um caroço de Café’. Trata-se de uma verdadeira auto-biografia de um grão de café, suas aventuras, sua vida. Como homenagem ao antigo colaborador da ‘Comarca’, de Mogi-Mirim, passamos a transcrever essa interessante história. [...] ‘De todas as terras do globo onde a minha raça mais proliferou, cabe ao glorioso torrão paulista a honra sem par da primazia e preferência.
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    Superstições e crendices
    (1962-11) Martins, Araguaya F.
    Basílio de Magalhães no livro O Café na História, no Folclore e nas Belas Artes escreveu o seguinte no tocante ao café na medicina e nas superstições do povo: ‘Assim, o café forte é remédio caseiro contra intoxicações de toda casta, quer puro, quer misturado com álcool. Puro e sem açúcar, é como se emprega para curar as camoecas. [...] Entra ainda o café na composição de mandingas, entre as quais a de um filtro amoroso. Acredita piamente o sertanejo do Norte que, para dementar alguém, basta que se lhe consiga propinar café com algumas gotas do suor do cavalo.
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    O livro que não foi escrito
    (1965-06) Martins, Araguaya F.
    Antidio Almeida Júnior, conhecido jornalista, espírito empreendedor é, paradoxalmente, autor de um livro que não foi escrito. Café seria o título do grosso volume, cujo ‘boneco’ chegou a ser realizado. Na primeira página aparece um ramo colorido de café com cerejas sobre um fundo de grãos torrados. O trabalho ficaria a cargo da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Econômico, que preparou para o volume sugestivo prefácio. A Antidio Almeida Júnio devemos a publicação em 1947 da edição comemorativa do cinquentenário de Belo Horizonte. São mais de 500 páginas de grande formato profusamente ilustradas. História, economia, finanças, comércio, industria, transportes, comunicações, hospedagem, ensino, arquitetura, arte, literatura, esportes, tudo aí está presente. Relata como a antiga freguesia do Curral D’Rey, no município de Sabará passou a ser conhecida por Belo Horizonte, nos idos de 1890. Em 1893 passaria a chamar-se Minas e em 1901 era restabelecida a denominação de Belo Horizonte. A 12 dezembro de 1897 seria instalada a nova capital, Ouro Preto opôs-se à mudança, mas a capital se ergueu no Vale do Rio das Velhas. No campo cultural cumpre ainda mencionar uma outra iniciativa de Antidio Almeida Junior. Referimo-nos a Letícia, revista social trabalhista. Mas voltemos ao livro CAFÉ. O primeiro capítulo trataria de ‘como surgiu o café no mundo – a vinda do café para o Brasil, o seu roteiro e épocas de maior produção – formação e desenvolvimento das zonas cafeeiras – relação entre a distribuição geográfica e o rendimento da produção. O segundo capítulo cuidaria do ‘café na formação da nacionalidade brasileira’.
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    O café: na história, no folclore e nas belas artes
    (1962-10) Martins, Araguaya F.
    Basílio de Magalhães foi um dos mais carinhosos e dedicados pesquisadores de problemas cafeeiros. Em 1937 publicou por intermédio do Departamento de Estatística e Publicidade do ministério do Trabalho, Industria e Comercio, livro subordinado ao titulo “O CAFÉ na historia no folclore e nas belas artes”. Esse trabalho representa a ampliação de quatro memórias publicadas em O JORNAL, a 15 de outubro de 1927, ao ensejo da passagem do II centenário da introdução do café em nosso país. A propósito da Palheta escreveu nessa obra.
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    Música e café
    (1963-07) Martins, Araguaya F.
    Hoje faremos dois respingos em obras de dois Mario. Referimo-nos a Mario de Andrade e a Mario Nema. Mario de Andrade – Mario Raul de Morais Andrade – nasceu nesta Capital a 9 de outubro de 1893. Seu nome fulgura na música, no folclore, no etnografia, na história, na história, na literatura, nas artes. Foi autor e produto dessa pauliceia desvairada. Sua bibliografia é extensa. Em 1941 a Editora Guaira Limitada, de Curitiba, publicou na Coleção Caderno Azul o livro de Mario de Andrade intitulado ‘Música do Brasil’. Esse livro abriu aquela coleção. Dele extraímos este tópico: ‘Observe-se agora um dos nossos mais curiosos casos musicais. A expansão extraordinária que teve o piano dentro a burguesia do Império foi perfeitamente lógica e mesmo necessária. Instrumento completo, ao mesmo tempo solista e acompanhador do canto humano, o piano funcionou na profanização da nossa música, exatamente como os seus manos, os clavicímbalos, tinham funcionado na profanização da música europeia. Era o instrumento por excelência da música do amor socializado com casamento e benção divina, tão necessário à família como o leito nupcial e a mesa de jantar. Mas, eis que, contradizendo a virtuosidade musical de palco, que durante o Império esteve muito principalmente confiada entre nós a cantores, flautistas e violinistas, o piano pula para o palco e vai produzir os primeiros gênios do nosso virtuosismo musical.