Coffee Science - v.12, n.2, 2017

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    Análise da variabilidade espacial da força de desprendimento dos frutos do cafeeiro sob pivô central
    (Editora UFLA, 2017-04) Figueiredo, Vanessa Castro; Ferraz, Gabriel Araújo Silva; Silva, Fabio Moreira da; Conceição, Fagner Goes da; Carvalho, Luis Carlos Cirilo
    Devido à importância do cafeeiro para a economia do Brasil e o aumento de áreas mesmo em regiões que apresentam déficits hídricos ao longo do ano, faz-se necessário estudar os fatores envolvidos na sua produção, com destaque para a colheita mecanizada e seletiva, pois nesta fase os cafeicultores encontram dificuldades em determinar o momento adequado de iniciar. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a variação espacial da força de desprendimento dos frutos de café (verde e cereja) sob pivô central, por meio de métodos geoestatísticos, análise de semivariograma e interpolação por krigagem, visando uma melhor gestão para a colheita do café. A coleta de dados foi realizada na Fazenda São João Grande, em Presidente Olegário/MG, em um pivô de 50,0 ha. A cultivar utilizada foi a “Catuaí Vermelho IAC 144”, plantada de forma circular em dezembro de 2000, no espaçamento 4,0 x 0,5 m. Utilizou-se uma grade amostral com 100 pontos georreferenciados em que cada ponto correspondia a 4 plantas. A determinação da força de desprendimento foi realizada por meio de um dinamômetro digital em cada ponto de amostragem. O estádio verde de maturação apresentou força de desprendimento superior ao cereja. Os semivariogramas e a krigagem possibilitaram caracterizar a variabilidade da força de desprendimento entre os frutos estudados. Os mapas de krigagem possibilitam aos agricultores a escolha do melhor local e momento certo para iniciar a colheita mecanizada e seletiva do café e consequentemente, melhoria na qualidade final do produto e nos lucros.
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    Ambiente e variedades influenciam a qualidade de cafés das matas de Minas
    (Editora UFLA, 2017-04) Zaidan, Úrsula Ramos; Corrêa, Paulo Cesar; Ferreira, Williams Pinto Marques; Cecon, Paulo Roberto
    O café é um produto agrícola que tem seu valor de mercado ajustado de acordo com a qualidade final da bebida, que pode ser influenciada por vários fatores, tais como: fatores ambientais e variedade. Diante disso, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da orientação da encosta da montanha, altitude e variedade da planta, sobre a qualidade potencial dos cafés produzidos na região das Matas de Minas (entre altitudes que variam de 600 a 1200 m). Frutos de café (Coffea arabica) das variedades “Catuaí Vermelho” e “Catuaí Amarelo”, provenientes de 14 municípios da região, foram colhidos manualmente no ponto de maturação fisiológica, os quais foram processados, beneficiados e armazenados. Em seguida foram feitas análises descritivas qualitativas por Juízes Certificadores, pelo teste de degustação segundo critérios da Brazil Specialty Coffee Association. Por meio da análise sensorial da bebida, foram atribuídas notas aos atributos de qualidade dos cafés objetivando classificá-los de acordo com a influência dos fatores do ambiente e da variedade. Para análise das notas foi adotada a “Estatística Descritiva” e o “Método de Tocher”. A partir dos resultados obtidos, pode-se observar que os fatores ambientais e a variedade não exercem influência sobre a qualidade da bebida de forma isolada, todavia, contribuem de forma conjunta para formar as características da bebida produzida na região. A maior pontuação média foi obtida pela combinação de fatores, variedade “Catuaí Amarelo” estrato de altitude abaixo de 700 m e encosta Noruega da montanha, mostrando grande potencial de expressão da qualidade sensorial da bebida.
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    Impacto do controle de plantas espontâneas sobre propágulos de FMAs e micorrização de cafeeiro
    (Editora UFLA, 2017-04) Melloni, Rogério; Silve, Emilienne Margueritte; Alvarenga, Maria Inês Nogueira; Melloni, Eliane Guimarães Pereira; Alcântara, Elifas Nunes de
    A manutenção de uma comunidade diversificada e ativa de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) em ecossistemas agrícolas é importante para a sustentabilidade de culturas como a do cafeeiro. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de técnicas de controle de plantas espontâneas, aplicadas na entrelinha do cafeeiro, sobre a ocorrência de propágulos de FMAs e, consequentemente, namicorrização desta cultura. Esta avaliação foi realizada em uma lavoura de café da Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em São Sebastião do Paraíso (MG). As técnicas de controle de plantas espontâneas foram: 1) roçadora, 2) grade, 3) enxada rotativa, 4) herbicida de pré- emergência, 5) herbicida de pós-emergência, 6) capina manual e 7) controle sem capina. As variáveis analisadas foram: intensidade e porcentagem de colonização, comprimento de micélio ativo e total no solo, densidade e diversidade de esporos. Entre as técnicas de controle de plantas espontâneas nas entrelinhas de cafeeiro, a aplicação de roçadora, de grade e de capina manual foram as que mais favoreceram a manutenção dos propágulos de FMAs e a micorrização das plantas, contrariamente ao uso de herbicidas de pré-emergência.
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    Irrigação por gotejamento e manejo do fósforo no progresso da ferrugem do cafeeiro
    (Editora UFLA, 2017-04) Barbosa Junior, Mauro Peraro; Pozza, Edson Ampélio; Souza, Paulo Estevão de; Oliveira e Silva, Mirian de Lourdes; Pozza, Adélia Aziz Alexandre; Guimarães, Rubens José
    A ferrugem é a principal doença do cafeeiro, sendo sua ocorrência e intensidade afetadas em razão do fornecimento de água e equilíbrio nutricional das plantas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o progresso da ferrugem do cafeeiro em função de diferentes manejos de irrigação e da adubação fosfatada, em lavoura irrigada por gotejamento. O estudo foi realizado em Lavras-MG, em cafeeiro da cultivar MGS Travessia. As avaliações da doença foram realizadas no período de março de 2012 a novembro de 2014. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com doze tratamentos, sendo 3 manejos de adubação, 4 manejos de irrigação e 3 repetições, totalizando 36 parcelas. O resultado referente à media da incidência da doença durante o período avaliado foi plotado em gráfico. Os dados de incidência foram integrados em área abaixo da curva de progresso da doença (AACPIF). Foi observada maior AACPIF (P<0,05) no tratamento sem irrigação no ano de 2013. A ausência da adubação com fósforo também proporcionou maior progresso da ferrugem.
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    Perfil sensorial de cultivares de café processados por via seca e via úmida após armazenamento
    (Editora UFLA, 2017-04) Ribeiro, Bruno Batista; Nunes, Cleiton Antônio; Souza, Antonio Jackson de Jesus; Montanari, Fernanda Faria; Silva, Virgílio Anastácio da; Madeira, Raul Antônio Viana; Piza, Clovis de
    Os diferentes tipos de processamentos pós-colheita empregados nos frutos de café podem originar diferentes bebidas, cujo perfil sensorial depende de fatores ambientais e do manejo no processo de produção. Todos os processos envolvidos na produção de café, desde as características edafoclimáticas da área de cultivo até o sistema de armazenamento adotado, interferem na qualidade de bebida do café. Objetivou-se neste trabalho descrever o perfil sensorial de diferentes cultivares de café processados por via seca (natural) e via úmida (desmucilado), após um ano de armazenamento. Foram avaliados sensorialmente quatro cultivares de café (Catuaí Vermelho IAC 144, Iapar 59, Bourbon Amarelo e Paraíso MG H 419-1), da espécie Coffea arabica L. da safra de 2012/2013, com a realização de dois processamentos pós-colheita (natural e cereja desmucilado) após um ano de armazenamento. A análise sensorial foi realizada por dois provadores credenciados e habilitados por meio do protocolo da Specialty Coffee Association of America – SCAA. As cultivares se comportam de maneira diferenciada na qualidade em função do processamento adotado. Os cafés do processamento natural se destacaram na maioria dos atributos sensoriais avaliados em relação aos cafés desmucilados após um ano de armazenamento. As cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e Iapar 59 apresentaram melhor qualidade quando submetidas ao processamento natural. Já nos cafés desmucilados, maiores notas foram atribuídas às cultivares Bourbon Amarelo e Paraíso.