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Item O café no sudoeste mineiro : terra, trabalho e acumulação (1880-1930)(Universidade Federal de Minas Gerais, 2023-11-30) Rodrigues, João Lucas; Godoy, Marcelo MagalhãesEste trabalho dedica-se ao estudo da economia cafeeira no Sudoeste mineiro – municípios de Guaxupé, Guaranésia e Muzambinho – entre os anos de 1880 e 1930. Valendo-nos de um conjunto diversificado e abundante de fontes, analisamos o processo de montagem da cafeicultura regional, com especial atenção sobre a estrutura fundiária, a configuração interna das fazendas, os sistemas de trabalho e a distribuição de riquezas. Na primeira parte da pesquisa, examinamos o movimento de expansão dos plantios, os números da produção local e os impactos da nova dinâmica econômica sobre a distribuição da posse da terra e organização das fazendas. A partir dos inventários e de fontes auxiliares, foi possível identificar as principais unidades produtoras, conhecer a dimensão das lavouras, os investimentos em benfeitorias e equipamentos ligados ao beneficiamento das safras, e as formas de administrar os espaços das propriedades. Na segunda parte, apresentamos, de início, os regimes de trabalho empregados nas fazendas e os ganhos dos trabalhadores. Com base nos registros privados de propriedades, constatamos que, nas maiores unidades, o principal arranjo de trabalho era o colonato. Por fim, analisamos a composição das fortunas locais, a distribuição dos recursos e a capacidade de acumulação da nova organização econômica.Item O Império das Minas Gerais: café e poder na Zona da Mata mineira, 1853-1893(Universidade Federal Fluminense, 2008-10) Saraiva, Luiz Fernando; Guimarães, Carlos GabrielA presente pesquisa aborda a formação da região da Zona da Mata mineira ao longo da segunda metade do século XIX, mais especificamente entre 1853 a 1893 em suas relações políticas e econômicas com o Império Brasileiro e também com o resto da província de Minas Gerais. O objetivo central é o de demonstrar como a montagem e expansão do complexo agro-exportador da cafeicultura pela região irá ocorrer concomitantemente ao aumento das disputas pelo poder político dentro da província de Minas e ainda na busca pelo poder junto ao Império Brasileiro representado pela corte no Rio de Janeiro. Na primeira parte apresentamos um breve relato da situação política das Minas Gerais no século XIX, apontando para os movimentos políticos que atravessaram a província e as formas como a Historiografia abordou os temas da regionalização, diversidade econômica e relações políticas dentro das Minas Gerais e em relação ao poder central no Rio de Janeiro. A segunda parte estuda a inserção da Zona da Mata mineira nestas relações de poder e da forma como a expansão da cafeicultura irá gerar uma classe consciente de seu papel de dirigentes no seio desta sociedade e que irá lutar pela hegemonia sobre a província no período final do estudo.Item Relações sociais na sociedade escravista: cotidiano e criminalidade em Juiz de Fora – 1870 -1888(Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011-11-28) Cardoso, Rosilene Costa; Oliveira, Mônica Ribeiro deO presente trabalho tem como objetivo analisar o cotidiano da comunidade escrava na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Através dos processos criminais nos quais os réus eram escravos, compreendidos entre 1870 e 1888, buscou-se analisar o cotidiano, as relações sociais, bem como as tensões e os conflitos inerentes ao sistema do qual os cativos faziam parte. Assim, a proposta é apurar se tais relações corroboraram para a decisão do júri, de maneira a absolvê-los ou a condená-los. Para tanto, analisamos a formação do município enquanto grande produtor de café e de posse de uma expressiva população escrava na segunda metade do século XIX que, por conseguinte, vivenciou as tensões do fim tráfico internacional de escravos. Analisamos os casos de violência entre escravos, feitores e senhores que caracterizaram os conflitos e as relações sociais, fossem elas horizontais ou verticais. Procuramos, ainda, analisar a ordem social e jurídica que compunha o cenário social, econômico e demográfico do município, entendendo a constituição da comunidade escrava e a ordem jurídica presente no contexto oitocentista.