UNB - Dissertações

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    Estudo comparativo da ação antioxidante dos ácidos cafeico e clorogênico em sistemas modelo in vitro
    (UNB - Universidade de Brasília, 2012-02-29) Mendonça, Marcos Bürger de; Lima, Marcelo Hermes
    A principal fonte de ácidos clorogênicos na dieta ocidental é o café. No entanto, algumas outras bebidas de consumo regional, como o chimarrão constituem as principais fontes dietéticas desses compostos na dieta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade antioxidante dos ácidos cafeico (CAF) e clorogênico (CLA - ácido 5-O-cafeoilquínico) em sistemas modelo in vitro, sendo este dividido em três capítulos. No primeiro, investigamos o mecanismo antioxidante do CAF contra formação de oxirradicais (utilizando 2-desoxirribose como detector) em sistemas contendo FeIII-EDTA (ou FeIII-citrato) e ascorbato. No segundo capítulo foi examinado o mecanismo antioxidante do CAF e CLA contra formação de oxirradicais em sistemas contendo íons Cu2+ e ascorbato. No terceiro capitulo de resultados, foi avaliado – por meio de ressonância paramagnética eletrônica - o potencial antiperoxidante do CAF e CLA em sistema lipofílico na presença de um azo composto hidrossolúvel 2’-2’-azobis 2-amidino propano hidrocloreto (AAPH). No primeiro capitulo, verificou-se que o CAF apresentou uma reduzida capacidade antioxidante em todos os métodos e condições testadas. Os resultados – analisados de uma forma global - também sugeriram que a atividade antioxidante do CAF se deve a sua habilidade de remover íons Fe2+ do EDTA ou citrato, formando um complexo com o CAF que inibe a sequencia de reações que leva a formação de oxirradicais. No segundo capítulo, os resultados mostraram que em sistemas aquosos, no qual se tem a 2-desoxirribose e o ácido tereftálico como alvo radicalar, tanto o CAF como o CLA apresentam comportamento hibrido de ação antioxidante, atuando tanto como complexantes de Cu2+ como sequestradores de radicais hidroxil. Analisamos também a ação do CAF e CLA por meio experimentos de ressonância paramagnética eletrônica para verificar a formação de radical ascorbila mediados por FeIII-EDTA e Cu2+. Os resultados obtidos demonstraram que tanto o CAF e CLA não inteferem na formação de radicais ascorbila. No terceiro capitulo os ensaios de peroxidação lipídica em membranas de eritrócitos demonstraram que tanto o CAF como o CLA apresentaram atividade antioxidante equiparando-se a antioxidantes apolares como o butil-hidroxi-anisol (BHA) e o butil-hidroxi-tolueno (BHT). Os resultados expostos neste trabalho demonstram que o CAF e CLA possuem pequena capacidade antioxidante em sistemas aquosos. Além disso, dependendo do metal utilizado para catalisar a formação de oxirradicais, os compostos apresentaram diferentes mecanismos antioxidantes – seja quelante e/ou seqüestrador de hidroxil. Em sistemas lipofílicos, o CFA e CLA se equiparam a potentes antioxidantes lipofílicos (BHT e BHA). Os resultados desse trabalho ajudaram a entender mais os mecanismos antioxidantes do CAF e CLA em sistemas modelo. Tais resultados não podem ser ainda aplicados para condições in vivo e não servem de recomendação (ou não) para o uso do café como fonte de antioxidantes funcionais para o ser humano.
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    Qualidade de serviços : um estudo multicaso nas cafeterias independentes da cidade de São Paulo
    (UNB - Universidade de Brasília, 2019-02-27) Sampaio, Edilene; Carvalho, José Márcio
    Durante anos o café tem movimentado a economia brasileira e gerado renda em diversas escalas da cadeia. Assim, há alguns anos o Brasil tem sustentado o título de maior produtor, exportador e segundo maior consumidor de café do mundo. Neste contexto, a cafeicultura brasileira passou por algumas transformações com intuito de buscar a valorização da qualidade e a diferenciação dos grãos, exigindo conhecimentos sobre a origem e preparo da bebida. Neste período surgiu as cafeterias independentes de alta qualidade, que além de ofertar a bebida, proporcionam benefícios e interação social e cultural. Diante disso, o objetivo desta dissertação é analisar as operações de serviços de qualidade que são predominantes entre as cafeterias independentes de cafés especiais da cidade de São Paulo. A pesquisa proposta caracteriza-se como inovadora, uma vez que, de acordo com a pesquisa exploratória, não existe nenhum outro estudo com a mesma temática. Deste modo, esta pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória e faz uso de recursos de pesquisas quantitativas e qualitativas. Foram realizados também um levantamento de fontes secundárias na literatura a respeito dos aspectos sobre os cafés especiais, sua estrutura e dinamismo de funcionamento, e também caracterizou os termos, conceitos e principais discussões científicas relativas a gestão de operações de serviços e gestão total da qualidade no setor de serviços. Como método de pesquisa, aplicou-se 25 entrevistas semiestruturadas devidamente adaptadas à realidade das cafeterias da cidade de São Paulo, a maior cidade do Brasil, cosmopolita de importância econômica. Após o levantamento dos dados, promoveu-se uma triangulação entre os resultados do roteiro de entrevista e os roteiros de observação presencial e na internet que resultou na identificação e caracterização das operações de serviços que são predominantes entre as cafeterias independentes de cafés especiais da cidade de São Paulo. Os resultados indicam que elas procuram se diferenciar da concorrência a partir da qualidade dos grãos e principalmente pelos serviços ofertados. Além disso, entendem a qualidade como algo a ser constantemente buscado nos processos operacionais diários, seja na extração da bebida, na harmonização, no atendimento ou mesmo na estruturação de um ambiente físico que contribua para que os clientes tenham uma melhor experiência e desenvolvam uma relação de fidelidade com a cafeteria.
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    A formação do consumo gourmet no Brasil : o caso dos cafés especiais e dos corpos que os acompanham
    (UNB- Universidade de Brasília, 2015-08-17) Lages, Mauricio Piatti; Farias, Edson Silva de
    Nosso olhar parte da percepção de uma alteração na forma de organização do mercado brasileiro a partir da última década, especialmente no que concerne à disseminação da alta gastronomia e dos bens de luxo para parcelas ascendentes da população. Aos poucos ganha corpo um novo segmento de mercado que ficou conhecido pela oferta de produtos gourmets, na esteira de tendências internacionais de reelaboração da apresentação dos produtos. Como são transformações recentes, que começaram a se consolidar na passagem do século XX para o XXI, nossa proposta é tomar o caso do consumo de café como meio de se pensar as consequências premeditadas e nãopremeditadas desse processo de reorganização do mercado, levando em conta as implicações do mesmo para o consumidor metropolitano. Isso porque a apreciação de cafés de alta qualidade, segmento que toma parte no circuito mais amplo dos produtos gourmets, vem ganhando força nas metrópoles brasileiras, em conjunto com a disseminação massiva de cafeterias especializadas. Do ponto de vista sociológico, levanta-se a pergunta acerca dos modos socialmente estruturados de usar bens de consumo para demarcar relações sociais, já que o consumo de determinadas bebidas, como é o caso do café nas atuais metrópoles brasileiras, pressupõe uma capacitação da percepção, por parte dos consumidores, no sentido de perceber as diferenças internas à composição do produto. Assim, o consumo de café serve para apontar a existência empírica de uma nova forma de competência social, que distingue os indivíduos entre si na medida em que alguns consumidores passam a complexificar o discernimento dos produtos ofertados. Até que ponto essa nova capacitação envolve uma estratégia de distinção por parte de determinados segmentos sociais, caracterizando também novas formas de se conceber o prestígio social, é uma hipótese a ser investigada. Tendo em vista a significativa expansão desse mercado no país, pretendemos dirigir o olhar sobre a repercussão da ampliação do leque de produtos gourmets na formação de novas hierarquias simbólicas entre os consumidores, não só no sentido de uma distribuição desigual das capacidades de apreciação e usufruto dos produtos, mas também no sentido da disseminação de novas formas de conhecimento especializado – isto é, novos símbolos, novos marcadores sociais. Na esteira dessas inovações simbólicas, veremos também como a circulação de determinados sabores traz em evidência os conflitos sociais que se sedimentam nas cafeterias, onde consumidores e especialistas se enfrentam na antinomia das diferenças de percepção adquiridas — e onde o café amargo, forte e encorpado do brasileiro encontra o café de acidez acentuada, torra clara e dotado de notas florais e frutadas
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    Avaliação de indicadores de impacto ambiental para sustentabilidade de unidades produtivas de café orgânico no DF e RIDE
    (UNB - Universidade de Brasília, 2018-02-26) Silva Júnior, Ermano Corrêa da; Junqueira, Ana Maria Resende
    Neste trabalho buscou-se avaliar por meio de indicadores de impacto ambiental a sustentabilidade de unidades produtivas de café orgânico no Distrito Federal e entorno (RIDE). Foram avaliados os fatores Social, Econômico e Ambiental da sustentabilidade em ambientes agrícolas utilizando-se o Sistema APOIA-NovoRural como instrumento. Os 62 indicadores, integrados, do Sistema APOIA-NovoRural foram empregados para avaliar, em um primeiro momento, 6 unidades produtivas de café orgânico da região estudada; e, em um segundo momento, é realizado um recorte utilizando-se pesquisa tipo survey, adaptada de três das cinco dimensões do APOIANovoRural, visando analisar a gestão das demais unidades envolvidas no universo da pesquisa. Inicialmente a avaliação com as 6 unidades apresenta um desempenho adequado e viável de acordo com o sistema proposto. O índice médio de desempenho ambiental da atividade para o conjunto de unidades é de 0,79 (em uma escala de 0 a 1,0 com a linha de base modelada em 0,70). A unidade P1 apresenta-se com o melhor índice médio individual de desempenho, 0,82, seguida das unidades P6 e P2 com 0,80, a P3 com 0,79, a P4 0,77 e P5 0,76. Embora se verifique bons índices médios individuais e do conjunto, é verificada uma exceção para o conjunto na dimensão “Qualidade Ambiental – Solo” = 0,63. Tal constatação, porém, é coerente com extratos literários, onde se pode verificar que o solo do bioma “cerrados” apresenta-se deficiente de diversos nutrientes e com moderado nível de acidez. O sistema APOIANovoRural orienta melhorias no processo produtivo e correções pontuais. O recorte, utilizando-se survey, analisou outras 26 unidades de produção orgânica, inclusive de café, conforme extrato de registro do MAPA e os compara com as 6 unidades da primeira avaliação, objetivando avaliar a sua gestão. O resultado desta avaliação mostra que o índice médio de desempenho da gestão do conjunto dessas unidades é de 0,65, abaixo da linha base que é igual a 0,70, significando que essas unidades possuem uma gestão com fragilidades a serem tratadas. Individualmente a Unidade “P 8” apresenta um índice médio para o conjunto de indicadores das três dimensões avaliadas de 0,70. Essa constatação indica a necessidade de melhor qualificação da gestão dessas unidades. Por fim, a avaliação prospectou oportunidades de aperfeiçoamento e de suporte à produção de café orgânico do local e às demais atividades da agricultura orgânica, bem como subsídio ao processo de certificação.
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    Estudo comparativo da ação antioxidante dos ácidos cafeico e clorogênico em sistemas modelo in vitro
    (Universidade de Brasília, 2012-02) Mendonça, Marcos Bürger de; Lima, Marcelo Hermes
    A principal fonte de ácidos clorogênicos na dieta ocidental é o café. No entanto, algumas outras bebidas de consumo regional, como o chimarrão constituem as principais fontes dietéticas desses compostos na dieta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade antioxidante dos ácidos cafeico (CAF) e clorogênico (CLA - ácido 5-O-cafeoilquínico) em sistemas modelo in vitro, sendo este dividido em três capítulos. No primeiro, investigamos o mecanismo antioxidante do CAF contra formação de oxirradicais (utilizando 2-desoxirribose como detector) em sistemas contendo Fe III -EDTA (ou Fe III -citrato) e ascorbato. No segundo capítulo foi examinado o mecanismo antioxidante do CAF e CLA contra formação de oxirradicais em sistemas contendo íons Cu 2+ e ascorbato. No terceiro capitulo de resultados, foi avaliado – por meio de ressonância paramagnética eletrônica - o potencial anti- peroxidante do CAF e CLA em sistema lipofílico na presença de um azo composto hidrossolúvel 2’-2’-azobis 2-amidino propano hidrocloreto (AAPH). No primeiro capitulo, verificou-se que o CAF apresentou uma reduzida capacidade antioxidante em todos os métodos e condições testadas. Os resultados – analisados de uma forma global - também sugeriram que a atividade antioxidante do CAF se deve a sua habilidade de remover íons Fe 2+ do EDTA ou citrato, formando um complexo com o CAF que inibe a sequencia de reações que leva a formação de oxirradicais. No segundo capítulo, os resultados mostraram que em sistemas aquosos, no qual se tem a 2-desoxirribose e o ácido tereftálico como alvo radicalar, tanto o CAF como o CLA apresentam comportamento hibrido de ação antioxidante, atuando tanto como complexantes de Cu 2+ como sequestradores de radicais hidroxil. Analisamos também a ação do CAF e CLA por meio experimentos de ressonância paramagnética eletrônica para verificar a formação de radical ascorbila mediados por Fe III -EDTA e Cu 2+ . Os resultados obtidos demonstraram que tanto o CAF e CLA não inteferem na formação de radicais ascorbila. No terceiro capitulo os ensaios de peroxidação lipídica em membranas de eritrócitos demonstraram que tanto o CAF como o CLA apresentaram atividade antioxidante equiparando-se a antioxidantes apolares como o butil-hidroxi-anisol (BHA) e o butil-hidroxi-tolueno (BHT). Os resultados expostos neste trabalho demonstram que o CAF e CLA possuem pequena capacidade antioxidante em sistemas aquosos. Além disso, dependendo do metal utilizado para catalisar a formação de oxirradicais, os compostos apresentaram diferentes mecanismos antioxidantes – seja quelante e/ou seqüestrador de hidroxil. Em sistemas lipofílicos, o CFA e CLA se equiparam a potentes antioxidantes lipofílicos (BHT e BHA). Os resultados desse trabalho ajudaram a entender mais os mecanismos antioxidantes do CAF e CLA em sistemas modelo. Tais resultados não podem ser ainda aplicados para condições in vivo e não servem de recomendação (ou não) para o uso do café como fonte de antioxidantes funcionais para o ser humano.
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    Efeitos de extratos de café na proteção contra oxidantes em Saccharomyces cerevisiae
    (Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília, 2014) Crisóstomo, Layane Millena Soares; Campos, Élida Geralda
    O aumento da população idosa traz preocupações importantes para as políticas públicas de saúde, devido à prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e ao aumento dos gastos com saúde pública. Grande parte dessas doenças tem sido associada com o estresse oxidativo, que é causado pelo desequilíbrio entre pró-oxidantes e antioxidantes. Os antioxidantes estão presentes na dieta e, portanto, surgem como alternativa para prevenir ou reduzir os danos oxidativos. Nesse contexto, o café, uma bebida consumida mundialmente, contribui para a ingestão de antioxidantes, devido a compostos que ocorrem naturalmente nos seus grãos. Vários estudos publicados investigaram in vitro as propriedades antioxidantes do café, no entanto, não tem sido descrito na literatura ensaios que avaliam o efeito da pré-exposição de extratos de café em Saccharomyces cerevisiae. O uso de células vivas representa um modelo adequado para avaliar o efeito antioxidante na capacidade de sobrevivência da célula em estado de estresse oxidativo. Considerando os danos que as espécies reativas de oxigênio (EROs) podem causar nas biomoléculas e que antioxidantes naturais podem diminuir ou prevenir estes danos, este trabalho teve como objetivo principal avaliar a capacidade do café orgânico, em comparação com o café convencional, em proteger as células de Saccharomyces cerevisiae contra o dano oxidativo na exposição ao peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ). Para isso foram testados extratos aquosos e etanólicos de três diferentes cafés (café acaiá cerrado torrado, café acaiá cerrado verde e café convencional torrado) no ensaio de viabilidade celular pelo teste de “spot” usando a linhagem S288c de levedura. Os extratos dos três cafés testados conferiram uma proteção antioxidante em todas as concentrações testadas (0,18 mg/mL a 10 mg/mL). Especificamente, as menores concentrações tornaram as células menos susceptíveis à ação do H 2 O 2 5 mM. Aparentemente, o extrato aquoso apresentou maior proteção em relação ao extrato etanólico. Não houve diferença significativa na proteção das células pelos diferentes extratos de café torrado. Portanto, o extrato do café acaiá cerrado torrado foi escolhido para avaliar a capacidade do café (na presença de H 2 O 2 1mM) em reestabelecer o crescimento de S. cerevisiae em placa de 96 poços. Foram testadas oito concentrações (0,0009 mg/mL a 0,2 mg/mL) de extrato de café em quatro linhagens celulares (S288c, EG 103, EG 110 e EG 118). Nessas condições, nenhuma concentração de café foi capaz de reverter o dano causado pelo H 2 O 2 . Contudo, os resultados de teste de “spot” indicam que o café apresenta um significativo potencial antioxidante em células de leveduras pré-expostas a seus extratos, podendo servir como um importante alimento funcional com ação protetora. Como perspectivas, são necessários outros testes para avaliar diferentes solventes de extração e determinar quais as concentrações ideais para a prevenção do dano celular.
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    Consumo usual de café no Brasil
    (Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília, 2014) Sousa, Alessandra Gaspar; Costa, Teresa Helena Macedo da
    O café é uma das bebidas mais populares consumidas em todo o mundo, e tem sido por séculos parte integrante do hábito alimentar de um grande número de brasileiros. O presente estudo buscou descrever e analisar os dados nacionais de consumo de café dos brasileiros. Com isso, foram descritas as formas de preparo de café mais utilizadas, o volume consumido e as formas utilizadas para adoçar bebidas na população brasileira; foi analisado o consumo usual de café; e foi realizada uma caracterização do consumo usual de café dos brasileiros nas Grandes Regiões segundo sexo e faixa etária. O estudo utilizou os dados obtidos no Inquérito Nacional de Alimentação (INA) baseando-se em informações de dois dias não consecutivos de registro alimentar de 34.003 indivíduos com 10 anos ou mais de idade. O método do National Cancer Institute (NCI) foi aplicado para obter o consumo usual e estatísticas descritivas. A média de consumo diário usual de café da população brasileira foi de 163 ml [erro padrão (EP) 2,8], corresponde a 1,5 xícaras/dia. Os homens apresentaram maior consumo usual de café comparado às mulheres. No Brasil o consumo usual de café se reduz com a idade, e existem diferenças regionais. A Região Nordeste apresentou o maior consumo médio usual de café de 175 ml (EP 9,4) e o maior consumo usual obtido também para homens nordestinos com 60 anos ou mais de idade foi de 521 ml (EP 13,6) comparado com outras Regiões. O método mais utilizado para o preparo e consumo de café foi o filtrado/instantâneo (71%) e a principal maneira utilizada para adoçar as bebidas foi o açúcar (87%). Conclui-se que, os homens apresentaram o maior volume de consumo usual de café; houve variação entre os sexos quanto ao consumo de café em função da faixa de idade; e a quantidade de café consumida variou entre as Regiões do Brasil. Resultados inéditos na população brasileira foram mostrados nesse estudo, sendo o primeiro estudo a caracterizar o consumo usual de café em uma amostra representativa da população brasileira, possibilitando importantes contribuições para a comunidade científica, agências regulatórias, indústria e profissionais de saúde pública.
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    Não só de cafezinho com farinha vivia o homem macapaense: a “boa alimentação” e o paladar macapaense (1940-1956)
    (Instituto de Ciências Humanas - Universidade de Brasília, 2016) Costa, Tayane Lima Pedrosa; Almeida, Jaime de
    Esta pesquisa teve como objetivo analisar o discurso propagado pelo Serviço de Alimentação da Previdência Social - SAPS e pelo Governo do Território Federal do Amapá acerca da alimentação. E identificar a partir disso se ocorreram mudanças no paladar dos macapaenses com relação à alimentação, e se houve mudanças concretas nas práticas alimentares de parte dos moradores da cidade de Macapá a partir da implantação do Território Federal. Tendo a compreensão do que foi a política alimentar praticada pelo SAPS e pelo Governo Territorial, foi possível a compreensão de como essa “nova” alimentação foi proposta para a população; quem teve acesso a essas novas ideias; se a dita nova alimentação foi colocada em prática; quais eram as “velhas” práticas alimentares; em que medida essa “nova” alimentação proposta pelo Governo Territorial correspondia ao paladar da população macapaense. Esta pesquisa desenvolveu-se a partir da leitura e análise de algumas fontes documentais como as edições de 1945 a 1956 do jornal Amapá; também foram utilizados como fontes o Relatório das Atividades de Governo do Território Federal do Amapá (1946), o livro do médico nutrólogo Dante Costa Alimentação e Progresso (1951). Também foram feitas entrevistas semiestruturadas com quatro ex-moradores do Território Federal do Amapá. Foi constatado entre outros resultados que a base da alimentação da parcela da população que já vivia por aquelas terras antes do Território permaneceu após sua instalação.
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    Populações de nematoides fitoparasitas em áreas de cultivo de soja, algodão, café e de vegetação nativa do Cerrado na região oeste da Bahia.
    (Instituto de Ciências Biológicas - Universidade de Brasília, 2015-02-25) Lopes, Carina Mariani Leite; Cares, Juvenil Enrique
    A região oeste da Bahia, um importante polo de produção agrícola do país, tem sofrido perdas de produção nas culturas devido à ação de organismos fitopatogênicos, em especial nematoides fitoparasitas. A adoção de estratégias adequadas de controle de fitonematoides envolve o conhecimento prévio das espécies e suas populações existentes no solo. Com o objetivo de estudar as populações de fitonematoides presentes na região oeste da Bahia, foram coletadas 300 amostras de solo e raízes em cultivos de café, soja, algodão e áreas de reserva legal de cerrado, no período de janeiro a abril de 2014, em fazendas localizadas nos municípios de Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, São Desidério, Riachão das Neves e Baianópolis. Nematoides fitoparasitas foram extraídos de amostras de solo e raízes e identificados com auxílio de microscópio óptico. Espécies de Meloidogyne foram identificadas pelo fenótipo da isoenzima esterase. Foram encontrados espécimes de 14 gêneros fitoparasitas, a saber: Pratylenchus, Helicotylenchus, Meloidogyne, Rotylenchulus, Heterodera, Hemicycliophora, Scutellonema, Hoplolaimus, Gracilacus, Criconemoides, Discocriconemella, Nothocriconemoides, Trichodorus e Paratrichodorus. Espécimes do gênero Helicotylenchus foram os mais frequentes nas amostras de solo (58,3%) seguido por Pratylenchus (52,3%). Das espécies de Meloidogyne, M. javanica prevaleceu em relação as demais. Juvenis de Heterodera somente foram identificados em seis fazendas nos municípios de Formosa do Rio Preto, São Desidério e Barreiras. Hemicycliophora spp. estiveram presentes em 69,3% das amostras coletadas em cultivos de café.
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    Criação do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura na escola Agrotécnica Federal de Machado - MG: do proposto ao vivido
    (Faculdade de Educação - Universidade de Brasília, 2010-06) Silvestre, Ivânia Maria; Sousa, José Vieira de
    Este estudo objetiva desvelar como ocorreu a criação do Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura, primeiro curso superior na Escola Agrotécnica Federal de Machado, hoje Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, no período de 2005 a 2008, a partir da percepção dos atores envolvidos nos processos de instalação e implementação. O estudo parte de uma reflexão sobre o mundo do trabalho e suas formas de organização no regime capitalista, que ao longo do tempo se efetivam e se transformam, trata-se ainda da interferência dessas concepções no campo educacional. Em seguida, ressalta a trajetória da atividade agrícola no Brasil; o surgimento e evolução do ensino agrícola, a política para educação profissional a partir dos anos 1990 e os cursos superiores, com ênfase na implantação dos cursos superiores de tecnologia. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa de natureza interpretativa, constituindo-se em um estudo de caso. As técnicas de coleta de dados foram a análise documental, a entrevista semi-estruturada e o grupo focal. O estudo contou com dezenove interlocutores, sendo cinco gestores, nove professores e cinco alunos. Os principais resultados apontam que para a criação do CSTC na EAFM levaram-se em consideração os instrumentos legais, as orientações e aspectos favoráveis da instituição. No entanto, os interlocutores demonstram um entendimento empírico/restrito sobre o que envolve a criação do curso superior de tecnologia, atendo-se, principalmente a cumprir as questões burocráticas dos processos, as quais se efetivaram sem uma avaliação interna mais sistemática sobre os mesmos. Assim evidenciou-se a necessidade de capacitação para implantar e atuar no curso superior de tecnologia, de consulta mais ampla ao mercado de trabalho para elucidar demanda, como também na participação efetiva da comunidade local e regional durante todo o processo. Ressalta-se que esses problemas também já haviam sido detectados quando a proposta original de implantação dos CST nos anos setenta.