USP - Teses

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    Medições do saldo de radiação em copas de cafeeiros e limeiras ácidas por sistemas de integração espaço-temporal e estimativas por técnicas de modelagem
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2010) Simon, Jones; Angelocci, Luiz Roberto
    A energia radiante absorvida pelas copas tem aplicação em estudos de fotossíntese e transpiração de plantas arbóreas. Sua determinação não é simples. Nas últimas duas décadas tem sido realizados trabalhos sobre interceptação de radiação por espécies arbóreas isoladas ou em renques, envolvendo tanto radiação de ondas curtas como de ondas longas (saldo de radiação, Rn). Uma técnica de medida de Rn utiliza radiômetros movendo-se em torno da copa de uma árvore (geometria esférica de medida) ou ao longo de copas de um renque (geometria cilíndrica). Uma alternativa é o uso de modelagem físico-matemática para estimativa de Rn, que também exige medidas para testar modelos. Considerando os poucos trabalhos nessa linha de pesquisa, o presente estudo objetivou: a) avaliar o desempenho de sistemas móveis de integração espaço- temporal de medidas de Rn em renque de um cafezal e de um pomar de limeira ácida localizados no Campus “Luiz de Queiroz”, USP, Piracicaba, SP; b) estabelecer relações do saldo de radiação das copas de cafeeiros (Rnc) e limeiras ácidas (Rnl) com o saldo de radiação de gramado (Rng) e irradiância solar global (Rg); c) avaliar o desempenho de três modelos físico- matemáticos de estimativa de Rn por comparação com as medidas realizadas com varredura da copa pelos saldo-radiômetros movimentando-se ao longo dos renques (geometria cilíndrica de medidas). Os estudos foram realizados nas quatro estações do ano e em três no pomar, iniciando- se respectivamente no outono e no verão de 2008. Os sistemas integradores forneceram valores diários de magnitude coerentes com os de calor latente de vaporização da copa determinados por medidas de transpiração de uma árvore. O desempenho do sistema de grande porte utilizado no pomar exige testes adicionais. O curso diário de Rn em cada posição dos radiômetros em torno da copa mostraram padrões diferenciados conforme orientação do renque e época do ano. No cafezal foram encontradas muito boas relações de Rnc com Rg e Rng nas escalas de 15min, horária e diurna, exceto no verão para 15min e horária e no inverno, na escala diurna, para Rng. Para o pomar, as relações de Rnl com Rg e Rng foram boas nas três escalas temporais, exceto no verão para 15min e horária e no outono na escala diurna. Para o cafezal o modelo de Beer apresentou altos índices de confiabilidade nas épocas do ano, nas escalas horária e diurna; e no pomar se mostrou confiável para inverno, mas não no verão na escala diurna e na escala horária apresentou menor confiabilidade. O modelo de Pilau apresentou boa confiabilidade para o cafezal no outono e menor confiabilidade nas demais estações, enquanto na escala horária verificou-se boa confiabilidade no outono e inverno; para o pomar, o desempenho foi satisfatório para inverno nas duas escalas temporais e insatisfatório para verão na escala diurna. Para o cafezal o modelo de Oyarzun mostrou-se confiável na escala diurna, e menos confiável na escala horária no verão; para o pomar, apresentou boa confiabilidade em ambas escalas temporais no inverno e baixa confiabilidade no verão.
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    Uso de índices fenológicos em modelos de previsão de produtividade do cafeeiro
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2008) Alfonsi, Eduardo Lauriano; Favarin, José Laércio
    A estimativa antecipada da produção de café das diversas regiões produtoras é muito importante para o estabelecimento da política cafeeira do país. Apesar disso, não existe no Brasil uma metodologia adequada para previsão antecipada da safra de café que permita uma avaliação segura e precisa. As poucas informações para o estabelecimento de modelos para previsão de safra de café são em consequência da complexidade metodológica, ocasionada pela diversidade dos fatores ambientais, culturais e econômicos, envolvidos na produtividade dessa cultura, que devem ser levados em consideração nos modelos de previsão como, por exemplo: cultivares, densidade de plantio, idade da planta, tecnologia empregada, condições edafoclimáticas, etc. Para isso a avaliação das características fenológicas determinantes do desenvolvimento e da produção do cafeeiro é uma ferramenta fundamental no estabelecimento de modelos de previsão de safra. Atualmente as previsões baseiam-se em levantamentos empíricos efetuados visualmente, requerendo, para atingir razoável precisão, técnico ou produtores altamente especializados na cultura. Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver uma metodologia para estimar a produtividade do cafeeiro sem utilizar a contagem total de frutos na planta, com base no uso de índices fenológicos de produtividade, os quais são determinados a partir de quantificações não destrutivas, em uma secção reduzida da planta, e em diferentes épocas e locais de avaliação. A metodologia de previsão de safra, fundamentada em índices fenológicos, foi desenvolvida utilizando dados de duas regiões produtoras de café do Estado de São Paulo: Garça/Marília e Campinas, no período de 1999 a 2006. Os índices fenológicos de produtividades ‘IFP1’ e ‘IFP2’ foram determinados pela contagem de frutos, internódios produtivos, altura de planta e espaçamento da lavoura. O trabalho foi subdivido em dois níveis hierárquicos, “talhão” e “propriedade”. A metodologia proposta apresentou facilidade de aplicação em ambas as regiões avaliadas. O número de internódios produtivos ‘NIP’, considerado como característica fisiológica de produção, avaliado para determinação do ‘IFP2’ apresentou influência negativa para o desempenho do modelo. O desempenho apresentado pelos modelos baseados no ‘IFP1’ foi classificado como bom ao nível hierárquico “talhão”, nas épocas de avaliação de dezembro, janeiro e março e apresentando melhores desempenhos que os modelos baseados no ‘IFP2’, apesar de uma tendência de subestimar a produtividade. Foi encontrada uma relação linear e uma boa correlação entre os ‘IFPs’ e a produtividade observada, sendo considerado para o nível hierárquico “talhão” menor do que o apresentado para o nível hierárquico “propriedade rural”. Foi comprovado que é possível estimar a produtividade utilizando o ‘IFP’ com até seis meses de antecedência (dezembro) da colheita, com a mesma precisão. A variação da estimativa de produtividade baseada no ‘IFP1’ ao nível de “propriedade rural” foi menor do que a apresentada na estimativa da produtividade visual ‘EPVIS’, variando de 0,4 a 20% e 0,5 a 18% nos meses de dezembro e março, respectivamente comparado ao de 3% a 41% para a estimativa visual. Os modelos baseados no ‘IFP1’ ao nível hierárquico “propriedade rural” apresentaram desempenho classificado com excelente, para a estimativa de produtividade do cafeeiro.