USP - Teses
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Item Acumulação de matéria seca e absorção de nutrientes pelo cafeeiro (Coffea arabica L.) cv. Catuaí em solução nutritiva com diferentes doses de zinco e pH(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1988) Moyses, Elba Lucy de Freitas Donald; Sarruge, Jose Renato; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozCom o propósito de observar o efeito de doses crescentes de zinco em três valores de pH, sobre o desenvolvimento de plantas de café (Coffea arabica L.) cultivar Catuai, conduziu-se um experimento usando-se solução nutritiva de HOAGLAND & ARNON, 1950, modificado por SARRUGE, 1975. As doses de zinco foram 0,05; 0,lO e 0,20 ppm, na forma de sulfato de zinco, os valores de pH foram: 4,5; 5,5 e 6,5. As plantas foram coletadas e separadas em folhas do 3o. e 4o. pares, folhas total, ramos e caule. Determinou-se a matéria seca, e as concentrações de nutrientes nas partes das plantas, em função das doses de zinco e do pH. conclui-se: - As maiores variações na absorção em função dos tratamentos e do pH ocorreram nos 3o. e 4o. pares de folhas indicando serem estas partes as mais sensiveis as diferenças nutricionais. - O pH da solução nutritiva interferiu na absorção total de zinco. - O teor de zinco nos 3o. e 4o. pares de folhas é diretamente proporcional a concentração do zinco na solução nutritiva. - A concentração de P nos 3o. e 4o. Pares de folhas do cafeeiro é função quadrática crescente da aplicação de Zn no substrato, com valores máximos estimados de 0,205% de P e 0,14 ppm de Zn. - A quantidade de fósforo extraida pelo cafeeiro, diminui nos 3o. e 4o. pares de folhas quando a concentração de zinco aumenta na solução nutritiva, a partir de 0,13 ppm em pH 6,5. - O aumento da concentração do ZnSO4 na solução nutritiva aumenta os teores de Ca e Fe nos ramos e da quantidade de S na planta toda. - O aumento da concentração de zinco na solução nutritiva reduz o teor de K nos ramos. - A absorção de boro é ascendente até 0,13 ppm de zinco na solução, decrescendo dai em diante.Item Adubação do café conilon irrigado por gotejamento: fertirrigação x fertilizantes de eficiência aprimorada(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Mauri, Robson; Coelho, Rubens DuarteO uso da irrigação em cafeeiro é uma tecnologia que vem se consolidando e mostrando-se economicamente viável ao longo dos tempos, trazendo junto com ela a técnica da fertirrigação. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência de formas de aplicação e fontes de fertilizantes sobre a condutividade elétrica e pH da solução do solo, bem como no desenvolvimento e produção do café conilon irrigado por gotejamento. O trabalho foi desenvolvido em São Gabriel da Palha, Espírito Santo, utilizando o clone 12V da variedade INCAPER 8142. O experimento foi delineado em blocos ao acaso (DBC) com seis tratamentos e quatro blocos. Os tratamentos adotados foram: T1 - Controle - adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio; T2 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio de liberação controlada; T3 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes ureia e cloreto de potássio; T4 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes nitrato de amônio e sulfato de potássio; T5 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes nitrato de amônio e nitrato de potássio; T6 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio de liberação controlada no período de outubro a março (período chuvoso) e adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação, nas fontes nitrato de amônio e sulfato de potássio no período de abril a setembro (período seco). Foi monitorado o pH e condutividade elétrica da solução do solo, avaliações biométricas das plantas tais como altura, comprimento do primeiro ramo plagiotrópico e número de nós no primeiro ramo plagiotrópico, além da produção por planta e estimativa de produtividade. Os tratamentos T1 e T3 que utilizaram ureia e cloreto de potássio e o T4 - nitrato de amônio e sulfato de potássio disponibilizaram maiores quantidade de nitrogênio na forma amoniacal, causando maior acidificação do bulbo. Em contrapartida os tratamentos T2, T5 e T6 apresentaram menor acidificação, com diferença estatística significativa na variação do pH nas duas profundidades analisadas a partir de 18 meses da aplicação dos tratamentos. Nos tratamentos T2 e T6 observou-se menor salinidade inicial na avaliação aos 90 dias após o plantio através da leitura da condutividade elétrica da solução do solo. Para as avaliações biométricas, os tratamentos T2, T4, T5 e T6 diferiram estatisticamente dos tratamentos T1 e T3, influenciando positivamente à altura de plantas, comprimento e número de nós no primeiro ramo plagiotrópico.Item Uma análise da alocação de contratos futuros sobre commodities em portfólios diversificados(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2008-08) Silveira, Rodrigo Lanna Franco da; Barros, Geraldo Sant’ana de CamargoO trabalho analisou o impacto da introdução dos contratos futuros agropecuários (de café arábica, soja, milho, açúcar cristal, etanol e boi gordo), negociados na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA, no risco e no retorno de uma carteira diversificada, composta por ações, títulos, ouro e dólar, entre agosto de 1994 e dezembro de 2007, sendo realizados estudos para o intervalo de tempo completo e para subdivisões de dois e três períodos, além de uma análise bianual. Foram consideradas diferentes estratégias com tais derivativos: posições estáticas (comprada ou vendida em contratos de primeiro vencimento ou de vencimentos superiores a seis meses), dinâmicas (com a utilização de médias móveis para se definir pela compra ou venda dos papéis em questão) e a partir de fundos de investimentos nacionais, que utilizam estes títulos em seus portfólios. Buscou-se ainda mensurar como a utilidade dos investidores foi alterada, considerando as composições ótimas da carteira e diferentes graus de aversão ao risco de tais agentes. Com o uso da Teoria do Portfólio, verificou-se que: a) as estratégias estáticas de compra e de venda de futuros sobre commodities elevaram a performance da carteira diversificada quando realizada análise bianual e para os períodos 1994-1998 e 1999-2003 – em alguns casos, observou-se redução no risco da carteira de até 70%, para certos níveis de retorno; b) a utilização destes derivativos em estratégias dinâmicas, baseadas em médias móveis, teve, em geral, impacto positivo na performance frente aos resultados da carteira original e daquela em que se introduziram posições estáticas; c) a introdução dos fundos de investimento Sparta e Guepardo, caracterizados pela utilização de derivativos agropecuários e pela adoção de uma gestão dinâmica, também elevou significativamente o desempenho do portfólio diversificado – além de aumentar consideravelmente o retorno médio da carteira, constataram-se reduções de risco para certas faixas de rentabilidade de até 40%; d) os derivativos sobre commodities estiveram presentes em praticamente todas as carteiras que maximizaram a utilidade dos agentes (exceto para o período completo e entre 1994-2000) – em geral, à medida que a aversão ao risco do investidor se elevava, a participação destes papéis no portfólio decrescia. Concluiu-se, portanto, que os derivativos sobre commodities, negociados na BM&FBOVESPA, constituíram-se em instrumentos capazes de elevar a performance de uma carteira diversificada para vários dos subperíodos considerados no estudo. Em geral, os maiores benefícios da introdução destes ativos no portfólio ocorreram em períodos relativamente mais curtos (biênios), dado o caráter cíclico dos preços dos produtos agropecuários. Além disso, os resultados apontam que o uso de análises técnicas e fundamentalistas pode elevar ainda mais o desempenho das carteiras que incluem posições compradas ou vendidas estáticas em futuros sobre commodities, já que a inserção de estratégias, que utilizaram simples instrumentos de análise técnica para definição do tipo de posições a assumir, e de fundos de commodities foi capaz de elevar significativamente a performance do investimento.Item Análise da expansão da produção e dos determinantes das exportações brasileiras de produtos agropecuários e agroindustriais no período de 1961 a 2013(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2017) Carvalho, Leandro Vinicios; Bacha, Carlos José CaetanoO objetivo deste trabalho é analisar as causas do grande crescimento das produções agropecuária e agroindustrial do Brasil no período de 1961 a 2013, e como o crescimento dessas produções impactaram suas exportações. Atenção especial é dada aos anos de 1991 a 2013 devido ao crescimento diferenciado das exportações nesses anos. Para alcançar o objetivo supracitado, buscou-se quantificar o crescimento, a concentração, as mudanças estruturais e a diversificação da produção e da exportação de produtos agropecuários e agroindustriais no Brasil de 1961 a 2013. Além disso, foi feito um exame qualitativo dos seus determinantes e realizada uma análise econométrica dos determinantes da oferta e da demanda das exportações brasileiras de produtos agropecuários e agroindustriais de 1991 a 2013. Para tanto, foram calculados alguns indicadores de concentração, de mudança estrutural e de diversificação para a produção e para as exportações de produtos agropecuários e agroindustriais. Também foram estimadas equações de oferta e da demanda de exportações de produtos agropecuários e agroindustriais do Brasil, considerados em separado e conjuntamente, identificando os seus principais determinantes. Pela análise dos resultados foi possível observar um crescimento bastante acentuado da produção da agropecuária no Brasil (em toneladas), processo esse que se intensificou a partir dos anos 2000. Foi possível observar que houve mudança na pauta de produção e exportação, isto é, ocorreu diversificação, mas houve nova concentração nas mesmas. Por exemplo, diminuiu-se a exportação de café, mas aumentou a de soja, foi reduzida a proporção de açúcar exportado, mas surge o complexo exportador de carne. Ao mesmo tempo em que a produção e a exportação se diversificam, se concentram em novos produtos, o que pode ser denominado como uma “diversificação concentradora”. Outra característica da expansão das exportações brasileiras de gêneros agropecuários e agroindustriais foi o seu destino a novos mercados, destacando o significativo crescimento das exportações com destino à Ásia, ao Oriente Médio e à África o que mostra a consolidação dos mercados emergentes como importadores dos produtos de base agropecuária produzidos no Brasil. O modelo de equações simultâneas foi estimado com dados anuais de 1991 a 2013, no qual as variáveis explicativas para a oferta de exportações foram o total produzido , a taxa de câmbio e os preços de exportação; já para a demanda por exportações as variáveis explicativas foram o preço de exportação, a renda mundial e os preços de um país concorrente (preços da Argentina). Foram estatisticamente significativas para determinar as exportações agropecuárias e agroindustriais praticamente todas as variáveis supracitadas, exceto os preços do concorrente nas equações de demanda por exportações de produtos agroindustriais e para o total de produtos de base agrícola. A partir da análise interpretativa e dos resultados das regressões estimadas foi confirmada a hipótese formulada nessa tese de que desde 1961, em especial entre 1991 a 2013, ocorreu uma série de condicionantes externos e internos à economia brasileira que levou ao grande crescimento de nossas produções agropecuária e agroindustrial e os excedentes dessas produções levaram ao crescimento de nossas exportações desses produtos. A tese mostra que dentre os condicionantes externos a se examinar estão a dinâmica da oferta e da demanda mundial de produtos agropecuários e a dinâmica dos principais países exportadores e das grandes empresas multinacionais. Entre os condicionantes internos estão as disponibilidades de terra e tecnologia, o papel das políticas agrícolas e a presença de fazendeiros empreendedores.Item Anatomia e desenvolvimento ontogenético de Coffea arabica L. var. typica Cramer(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1955) Dedecca, Dalvo Mattos; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozO presente estudo anatômico de Coffea arabica L. var. typica Cramer, tem por finalidade fornecer as informações básicas necessárias ao estudo da anatomia comparada das principais especies e variedades de cafeeiros cultivados no Estado de São Paulo. Nesta primeira contribuição o autor realiza o estudo anatômico detalhado dos órgãos vegetativos e reprodutivos da variedade typica, não se limitando apenas à anatomia descritiva dos diversos órgãos, mas também, sempre que possível, discute o desenvolvimento ontogenético das diversas partes do cafeeiro. No estudo da raíz e do caule procurou-se estabelecer a duração do desenvolvinento primário, assinalando o local de aparecimento, primeiramente, do câmbio vascular e, posteriormente, do felógeno ou câmbio suberoso. Na discussão da anatomia das folhas mereceu especial atenção o estudo das domácias, sua morfologia e possível função. As flores são estudadas detalhadamente nos seus diversos elementos. Nos capítulos referentes à anatomia do fruto e da semente, além do estudo puramente descritivo das suas estruturas são ainda discutidas as diversas modificações verificadas durante o desenvolvimento do ovário e dos óvulos, respectivamente em fruto e sementes.Item Aspectos bioquímicos e moleculares da resistência sistêmica adquirida em cafeeiro contra Hemileia vastatrix(Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, 2004-06) Guzzo, Sylvia Dias; Tsai, Siu MuiCom o propósito de contribuir para o esclarecimento dos mecanismos bioquímicos e moleculares envolvidos na resistência sistêmica adquirida (SAR) em plantas suscetíveis contra fitopatógenos, foram conduzidos estudos na interação Coffea arabica-Hemileia vastatrix. A indução de atividade de quitinases e β-1,3-glucanases e o envolvimento dessas enzimas na resistência sistêmica adquirida contra H. vastatrix foram avaliados em cafeeiro suscetível cultivar Mundo Novo (MN) após o tratamento com acibenzolar-S- metil (ASM) (200 μg de i.a./mL). O produto induziu aumento local e sistêmico das atividades de quitinases e β-1,3-glucanases nos tecidos foliares, a partir do primeiro e segundo dia da aplicação do indutor, respectivamente. As atividades enzimáticas atingiram níveis máximos de aumento nas plantas tratadas em relação ao controle, sete dias após a aplicação do ASM. Resistências local e sistêmica ao patógeno foram induzidas a partir do primeiro dia após o tratamento com ASM. A proteção e atividades enzimáticas foram detectadas até 35 dias, após aplicação do indutor. A indução de resistência local contra a ferrugem atingiu um nível máximo de 87% entre 7 e 14 dias. Níveis máximos de proteção sistêmica de 53 a 68% foram observados entre 2 e 21 dias após o tratamento de cafeeiro com o indutor. Neste intervalo de tempo foi observado, também, um aumento sistêmico máximo de atividade enzimática. Os resultados sugerem que o aumento de atividade dessas hidrolases está relacionado com a resistência local e sistêmica, induzida por ASM, em cafeeiro MN contra a ferrugem. Genes relacionados à SAR foram identificados em cafeeiro através de hibridização subtrativa por supressão (HSS), a partir de mRNAs isolados de plantas suscetíveis cv. MN, 72 h após o tratamento com ASM (200 μg i.a./mL). Os mecanismos de respostas de defesa associados à SAR ativada em MN foram comparados, através do isolamento de genes por HSS, com a resistência raça-cultivar específica observada no cafeeiro resistente Híbrido de Timor (HT), 72 h após a inoculação com H. vastatrix. Através da HSS, produziram-se duas bibliotecas de cDNAs subtraídas, enriquecidas de fragmentos de genes induzidos em MN pelo ASM (MN-ASM) ou ativados em HT pelo patógeno (HT-Hv). Os genes encontrados estão envolvidos em diversos processos relacionados à resistência contra fitopatógenos como: formação de espécies de oxigênio reativas, resposta de hipersensibilidade, morte celular programada, síntese e transporte de metabólitos antimicrobianos, percepção e transdução de sinal, síntese de proteínas relacionadas à patogênese, metabolismo de lipídeos e degradação controlada de proteínas. Foi identificado em HT-Hv um número maior de genes implicados em mecanismos de defesa (22%), do que em MN-ASM (16%). Na interação HT-Hv foi detectado um número maior de genes implicados na percepção e transdução de sinal (44%), do que em MN-ASM (30%). Entretanto, o número de genes codificadores de proteínas antimicrobianas foi maior no MN com resistência induzida (22%), do que no cafeeiro resistente HT inoculado com o patógeno (6%). Foram isolados de HT-Hv e MN-ASM, genes codificadores de β-1,3-glucanases e as seqüências completas puderam ser determinadas através da técnica RACE. Os resultados obtidos sugerem que a resistência em HT-Hv e MN-ASM ocorre através de mecanismos distintos.Item Aspectos bioquímicos em plantas de cafeeiro tratadas com silício(Centro de Energia Nuclear na Agricultura - Universidade de São Paulo, 2008-02) Martinati, Juliana Camargo; Tsai, Siu MuiA maioria das plantas consegue defender-se contra infecções fúngicas por meios naturais, que podem ser induzidos por uma série de elicitores bióticos ou abióticos. O silício (Si) solúvel tem mostrado que é capaz de induzir resistência em várias espécies de plantas contra inúmeros patógenos. Neste trabalho foi proposta a avaliação dos compostos contento Si na redução dos sintomas da ferrugem causada pelo fungo biotrófico Hemileia vastatrix em plantas de cafeeiros suscetíveis bem como avaliar os parâmetros bioquímicos envolvidos nos processos de resistência. Primeiramente, foram estudadas duas fontes de Si (silicato de Ca/Mg e silicato de potássio) em cinco doses para padronizar uma dose/fonte para os experimentos futuros. Foi possível observar que as plantas de cafeeiros não tiveram diferença significativa nos parâmetros de desenvolvimento como altura das plantas, área foliar, número de folhas para nenhuma das fontes e doses analisadas. Porém quando se tratava da contagem do número de lesões por cm 2 , a fonte silicato de potássio na dose de 5mM conseguiu suprimir em até 60% o desenvolvimento das lesões causadas pelo fungo. Com a fonte e dose estabelecidas, o segundo passo do trabalho foi avaliar quais os processos bioquímicos envolvidos na resistência conferida pelo Si em plantas de cafeeiro. Foram analisadas as atividades das enzimas relacionadas ao estresse oxidativo (peroxidases guaiacol e ascorbato, catalases, e superóxido desmutases) e relacionadas à defesa (glucanase, quitinase e PAL). As folhas foram coletadas para a obtenção do extrato protéico em diferentes intervalos de tempo após a inoculação com o fungo: as 24, 48, 72 e 96 horas após a inoculação e como controle foi utilizado o tempo zero (sem inoculação). Nesta fase foi possível observar que a atividade das enzimas CAT, SOD, APX foi maior em plantas tratadas indicando que o Si parece estimular uma resposta mais rápida ao estresse oxidativo. O mesmo ocorreu com as enzimas relacionadas à defesa. A partir destes resultados podemos afirmar que o Si estimula uma resposta de defesa mais rápida em plantas de café suscetíveis à ferrugem quando inoculadas com o fungo patogênico.Item Atividade das enzimas redutase do nitrato e glutamina sintetase em cafeeiro arábica(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2005-02) Andrade Netto, José Fernandes de; Favarin, José LaércioO objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade das enzimas redutase do nitrato (RN) e glutamina sintetase (GS) em mudas de Coffea arabica L cv Obatã IAC 1669-20 em função dos atributos ecofisiológicos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Laboratório de Biotecnologia Agrícola do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Para a realização do experimento adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos: T1 (100% de luz) e T2 (50% de luz) e cinco repetições. As determinações das atividades enzimáticas foram feitas às 07:00 h; 12:00 h; 17:00 h e 22:00 h, bem como dos atributos ecofisiológicos: temperatura atmosférica; temperatura foliar; radiação fotossinteticamente ativa; condutância estomática; taxa de fotossíntese líquida; taxa de transpiração e proteína total solúvel. O nível de exposição à luminosidade altera a atividade da redutase do nitrato (RN), cujo valor foi menor nas plantas a pleno sol às 12:00 h e 17:00 h. A saturação lumínica e a maior temperatura foliar em relação ao ambiente, às 12:00 h, diminuiu as trocas gasosas (CO 2 e vapor d’água) e a atividade da RN. Ao longo do período luminoso, independentemente do nível de exposição à luminosidade, decresceu a atividade da glutamina sintetase (GS). A disponibilidade de amônio proveniente da ação da RN no período noturno elevou a atividade da GS, enquanto a fotorrespiração, por hipótese, forneceu o substrato (NH 4+ ) para a atividade dessa enzima (GS) nas plantas a pleno sol ao meio dia. A inibição da redutase do nitrato (RN) no cafeeiro proporcionada pela fotorrespiração se dá, por hipótese, em resposta a produção de glutamina por meio da atividade da glutamina sintetase (GS).Item Atributos do solo e da nutrição do cafeeiro em sistema agroflorestal e em monocultivo(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2008) Jesus, Jovan de; Bernardes, Marcos SilveiraA produção de café é uma atividade importante para a economia do Brasil, maior produtor e também principal exportador. O cafeeiro apresenta ciclo bienal de produção, cuja oscilação é acentuada no Brasil dada às condições climáticas e ao sistema de cultivo predominante a pleno sol. Pesquisas envolvendo avaliação do estado nutricional do cafeeiro em sistemas agroflorestais são raras, o que dificulta as recomendações de adubação para esta condição. Objetivou-se neste estudo, o melhor entendimento da fertilidade do solo e do estado nutricional do cafeeiro em relação aos teores de N e K no microclima gerado pelo sistema agroflorestal e em monocultivo. A pesquisa foi conduzida no período de março de 2006 a maio de 2008, no campo experimental pertencente ao Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) em Piracicaba – SP, localizada nas coordenadas geográficas 22 0 42’ 20’’ S, 47 0 37’ 22’’ W e altitude 565 m. O experimento foi composto de seringueiras do clone PB 235, plantada em dezembro de 1991, no espaçamento de 8,0 x 2,5 m e cafeeiros cv. Obatã IAC 1669-20, plantado em janeiro de 2002, no espaçamento de 3,4 x 0,9 m, sob diferentes condições de sombreamento: no sub-bosque e interfaceando as árvores da seringueira e em monocultivo. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições. O experimento de avaliação da fertilidade do solo constou de seis tratamentos, constituídos pelas radiações sobre o solo: 1) 6,4%; 2) 7%; 3) 35,4%; 4) 47,5%; 5) 60,9%; 6) 64,9%. O experimento de avaliação dos teores foliares de N e K do cafeeiro constou de quatro tratamentos, constituídos pelas radiações sobre os cafeeiros: 1) 35%; 2) 45%; 3) 90%; 4) 100%. O estudo constou, adicionalmente, dos experimentos de deposição e avaliação da velocidade de decomposição da serapilheira, frações da matéria orgânica, crescimento, peso foliar específico, anatomia foliar, maturação dos frutos e produção do cafeeiro e qualidade da bebida do café. As variáveis analisadas no experimento de fertilidade do solo foram; pH, P, K, Ca, Mg, soma de bases, H+Al, CTC, V % e matéria orgânica; a avaliação do estado nutricional constou das análises das variáveis N e K foliar. Os atributos de fertilidade do solo (pH e V %), foram mais elevados nos tratamentos 6,4%, 7% e 35,4%, especialmente nas camadas superficiais (0-2 e 2-7 cm) e o teor de matéria orgânica na camada de 0-2 cm, proporcionados pelas seringueiras. Menores teores de K do solo ocorreram nos tratamentos 7% e 35,4%, devido a absorção pelas seringueiras. A característica de CTC elevada do solo não foi modificada pelos tratamentos. Os teores foliares de N e K do cafeeiro a pleno sol alcançaram valores mais elevados e mais baixos, respectivamente, do que aqueles dos cafeeiros à sombra. Os cafeeiros sob 45% de irradiância mantiveram estado nutricional adequado em relação aos teores foliares de N e K.Item Atributos fenológicos, agronômicos e expressão gênica durante frutificação do cafeeiro(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2007) Gaspari-Pezzopane, Cristiana de; Favarin, José LaércioAs características relacionadas à frutificação do cafeeiro são altamente influenciadas pelo ambiente. Portanto, a associação de análises agronômicas, fenológicas e genômicas são necessárias para o entendimento desse processo. Esses estudos fazem parte do programa de melhoramento genético do café, com o objetivo de obter plantas com maior uniformidade de maturação, duração de ciclo e bebidas específicas. Nesse contexto, os objetivos desse trabalho foram estabelecer padrões agronômicos e fenológicos comparativos entre diferentes cultivares e safras de café, caracterizar genes diferencialmente expressos durante o desenvolvimento dos frutos de cafeeiro arábica e correlacionar genes diferencialmente expressos com atributos fenológicos e agronômicos. Os estudos foram realizados no Centro de Café do IAC em Campinas, SP. As cultivares de Coffea arabica utilizadas foram: Mundo Novo, Catuaí Vermelho, Icatu Vermelho, Obatã e Icatu Precoce, nas safras de 2004/2005 e 2005/2006. Os atributos fenológicos foram avaliados com base no desenvolvimento do ciclo fenológico e na porcentagem de frutos maduros na colheita. As avaliações agronômicas foram avaliadas baseadas nas características tecnológicas do produto como, produção e rendimento, tipos de sementes e tamanho dos grãos. A expressão gênica diferencial foi avaliada por método semi-quantitativo e quantitativo RT-PCR em todos os estádios de desenvolvimento dos frutos. Seqüências de genes específicos foram identificadas por buscas em bancos de dados do Programa Genoma Café e no Genbank, possibilitando a construção de oligonucleotídeos específicos para cada gene. Em geral, os resultados das análises confirmaram a influência ambiental no desenvolvimento dos frutos do cafeeiro, especialmente as variações hídricas e de temperatura. Diferenças significativas foram identificadas entre as cultivares, em relação aos atributos fenológicos e agronômicos, principalmente na safra 2005/2006 quando foi possível discriminar as cultivares quanto à duração do ciclo fenológico. A expressão gênica durante o desenvolvimento dos frutos, seguiu padrão similar entre as cultivares, mesmo comparando diferentes anos agrícolas. Conseqüentemente, essas análises permitiram a identificação de genes candidatos a serem usados como marcadores genéticos das fases de frutificação de C. arabica, como: crescimento (PAL, CHS e manB), transição do crescimento para o início da maturação (csp1, GLA e ER5), maturação e amadurecimento (CS, AAT, ACS, ACO, ETR e ICL) e transição da maturação para o amadurecimento (PAL). Esses genes marcadores em associação com atributos agronômicos e fenológicos, podem ser utilizados como parâmetros moleculares para a definição de estádios adequados à colheita, assegurando composição final específica dos frutos e da qualidade da bebida.Item Atributos químicos de espécies de café(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2005) Aguiar, Adriano Tosoni da Eira; Favarin, José LaércioEsta pesquisa foi realizada com o objetivo de caracterizar cafeeiros de sete espécies de Coffea e das respectivas variedades pertencentes a C. canephora e C. liberica presentes no Banco de Germoplasma de Café do Instituto Agronômico de Campinas, visando à possibilidade do seu agrupamento, bem como a sua utilização no melhoramento das espécies C. arabica e C. canephora. Para o referido estudo foram utilizadas cento e dez plantas pertencentes a sete espécies e treze variedades, tendo sido avaliadas em função das características químicas de sementes como: sólidos solúveis, lipídios, trigonelina, ácidos clorogênicos e cafeína. Com base nos resultados destas variáveis observou-se uma grande variação entre e dentro dos diferentes materiais analisados, com valores extremos de 24,12% a 31,00% para sólidos solúveis; 6,61% a 17,49% para lipídios; 0,32% a 2,15% para trigonelina; 2,58% a 6,38% para ácidos clorogênicos e 0,80% a 3,29% para cafeína, indicando que estes atributos podem ser adotados na seleção de plantas com potencial para o melhoramento das espécies C. arabica e C. canephora. Os resultados evidenciam que as variáveis: (i) sólidos solúveis, lipídios, ácidos clorogênicos e cafeína permitem o agrupamento das variedades de C. canephora; (ii) sólidos solúveis, lipídios e trigonelina possibilitam discriminar as variedades de C. liberica; e, (iii) lipídios, ácidos clorogênicos, trigonelina e cafeína foram eficientes no agrupamento das sete espécies de Coffea. As variedades de C. canephora não apresentaram diferenças para o teor de trigonelina, enquanto as de C. liberica não variaram em relação aos teores de ácidos clorogênicos e cafeína. O conjunto dos dados obtidos para as variáveis químicas analisadas indica que há possibilidade das variedades Uganda e Bangelan serem híbridos entre as espécies C. congensis e C. canephora.Item Avaliação da irrigação por pivô central na cultura do café (Coffea canefhora L.) e na cultura do mamoeiro (Carica papaya L.) no município de Pinheiros – ES(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Costa, Maurice Barcellos da; Botrel, Tarlei ArrielO presente trabalho teve como objetivo avaliar o manejo de irrigação adotado por produtores de mamão (Carica papaya L.) e de café (Coffea canefhora L.), no município de Pinheiros – ES, região norte do Espírito Santo, que utilizam o sistema de irrigação por pivô central. Foram selecionados oito pivôs cultivados com mamão e seis pivôs cultivados com café. Os dados climáticos foram monitorados por uma estação climatológica próxima a região e os sistemas de irrigação foram avaliados utilizando o programa computacional IRRIGA 1.55 (2004). Os parâmetros estudados foram: uniformidade de aplicação de água, eficiência de irrigação, perda por percolação, área adequadamente irrigada e o manejo da irrigação. Durante um período de seis meses foi realizado um acompanhamento das irrigações praticadas, para análise do manejo. Para os pivôs cultivados com mamão os resultados permitiram concluir que: 1) os valores do coeficiente de uniformidade de Christiansen variaram de 81,09 a 88,61%. Segundo a NBR 14244 (1998) classificaram-se três pivôs como regulares e cinco como bons; 2) As lâminas determinadas no momento de realização dos testes de uniformidade, mostraram que três pivôs foram acionados fornecendo lâminas excessivas, ocasionando perdas por percolação entre 78,38 e 90,76% e cinco pivôs foram acionados fornecendo lâmina deficitária, com coeficiente de déficit variando entre 19,38 e 78,20%; 3) o valor de eficiência de irrigação para área adequadamente irrigada de projeto foi, em média, de 83,20%, indicando que para atingir o nível ideal de umidade do solo em 80% da área, deve-se acrescer a lâmina requerida em 20,19%; 4) A análise do manejo praticado revelou que as lâminas médias aplicadas durante o período foram inferiores às lâminas requeridas, estando a umidade do solo abaixo do nível crítico. Para os pivôs cultivados com café os resultados permitiram concluir que: 1) Os valores dos coeficientes de uniformidade de Christiansen variaram de 71,52 a 87,52%. Segundo a NBR 14244 (1998), quatro pivôs que apresentaram valores abaixo de 80% estão operando fora do recomendado. Um pivô apresentou valor considerado regular e apenas um pivô apresentou valor considerado bom; 2) As irrigações praticadas no dia em que foi realizado o teste de uniformidade foram deficientes em todos os pivôs, nos quais o coeficiente de déficit variou entre 1,44 a 84,99%; 3) O valor de eficiência de irrigação para área adequadamente irrigada de projeto foi em média 76,76%, indicando que para atingir o nível ideal de umidade do solo em 80% da área, deve-se acrescer a lâmina requerida em 30,27%; 4) A análise do manejo praticado revelou que as lâminas médias aplicadas durante o período foram inferiores às lâminas requeridas para todos os pivôs, mesmo estando aItem Avaliação de estratégias de gerenciamento de risco de preços de café do Brasil com o uso de mercados futuros(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Souza, Waldemar Antônio da Rocha de; Martines Filho, João GomesO Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, que registra relevante participação no agronegócio do país. Entretanto, o recente aumento da concorrência internacional, bem como dos níveis de preços e volatilidade devido à crise financeira do subprime de 2008, demonstram a necessidade de uso de estratégias de gerenciamento de risco de preços do grão. Assim, avaliou-se a eficiência econômica das decisões alocativas dos agentes da cadeia de café do BR, nas regiões de Mogiana (SP), Planalto (SP), Cerrado (MG), Sul de Minas (MG), Zona da Mata (MG) e Noroeste (PR) com o uso dos mercados futuros. Aplicando a modelagem Value-at-Risk (VaR) identificou-se elevado risco de preços a vista do café nas regiões produtoras, apontando a necessidade de uso estratégias de gerenciamento de risco. Examinaram-se as bases regionais de café em relação à BM&F-BOVESPA, analisando especificamente o grau de risco e a previsão da base semanal, com resultados eficientes. Também analisaram-se estratégias de hedge do risco dos preços regionais de café comparando-se as eficiências de posições sem hedge, com hedge simples (naïve), com hedge ótimo estático e dinâmico GARCH-BEKK, que registrou melhor grau de eficiência ponderado com flexibilidade operacional. Investigou-se o potencial de atração de operações especulativas dos contratos futuros de café da BM&F-BOVESPA, com análise espectral e regras de filtragem, apontando lucratividade. Compararam-se modelos de previsão da volatilidade realizada semanal dos preços futuros de café da BM&F-BOVESPA, com resultados ambíguos, apontando a volatilidade simples como melhor previsora. Os resultados da pesquisa atualizaram temas relevantes para o gerenciamento de risco de preço do café das regiões produtoras brasileiras, que podem ser aplicados em decisões dos agentes da cadeia de oferta de café.Item Avaliação de estratégias de gerenciamento de risco de preços de café do Brasil com o uso de mercados futuros(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Souza, Waldemar Antônio da Rocha de; Martines Filho, João GomesO Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, que registra relevante participação no agronegócio do país. Entretanto, o recente aumento da concorrência internacional, bem como dos níveis de preços e volatilidade devido à crise financeira do subprime de 2008, demonstram a necessidade de uso de estratégias de gerenciamento de risco de preços do grão. Assim, avaliou-se a eficiência econômica das decisões alocativas dos agentes da cadeia de café do BR, nas regiões de Mogiana (SP), Planalto (SP), Cerrado (MG), Sul de Minas (MG), Zona da Mata (MG) e Noroeste (PR) com o uso dos mercados futuros. Aplicando a modelagem Value-at-Risk (VaR) identificou-se elevado risco de preços a vista do café nas regiões produtoras, apontando a necessidade de uso estratégias de gerenciamento de risco. Examinaram-se as bases regionais de café em relação à BM&F-BOVESPA, analisando especificamente o grau de risco e a previsão da base semanal, com resultados eficientes. Também analisaram-se estratégias de hedge do risco dos preços regionais de café comparando-se as eficiências de posições sem hedge, com hedge simples (naïve), com hedge ótimo estático e dinâmico GARCH-BEKK, que registrou melhor grau de eficiência ponderado com flexibilidade operacional. Investigou-se o potencial de atração de operações especulativas dos contratos futuros de café da BM&F-BOVESPA, com análise espectral e regras de filtragem, apontando lucratividade. Compararam-se modelos de previsão da volatilidade realizada semanal dos preços futuros de café da BM&F-BOVESPA, com resultados ambíguos, apontando a volatilidade simples como melhor previsora. Os resultados da pesquisa atualizaram temas relevantes para o gerenciamento de risco de preço do café das regiões produtoras brasileiras, que podem ser aplicados em decisões dos agentes da cadeia de oferta de café.Item Avaliação de progênies de cafeeiros (Coffea canephora Pierre ex. Froehner) em Rondônia(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1993) Veneziano, Wilson; Costa, José Dias; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozDezoito progênies de cafeeiros da espécie Coffea canephora, selecionadas no Instituto Agronômico de Campinas, SP, foram avaliadas na Estação Experimental da Empresa Brasileira Agropecuária em Ouro Preto D'Oeste, Rondônia, no período de 1981 a 1990. As características estudadas foram produção de café beneficiado; altura da planta; diâmetro da copa; frutos com lojas vazias; tipos; tamanho e peso das sementes; rendimento; qualidade da bebida; sólidos solúveis e cafeína. Utilizou-se delineamento experimental em blocos ao acaso, com 18 tratamentos, seis repetições, dez covas por parcela e duas plantas por cova. O espaçamento utilizado foi 4,5m entre as linhas e 3,0m entre as covas. Com base nas características avaliadas destacaram-se as progênies 2259, 1647 e 2258-1 do cultivar Robusta; 69-5 de Kouillou e 1675 de Guarini podendo ser indicadas para o plantio comercial.Item Avaliação do processo de convergência da produtividade da terra na agricultura brasileira no período de 1960 a 2001(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-11) Lopes, Janete Leige; Bacha, Carlos José CaetanoEste trabalho analisou o comportamento da produtividade da terra na agricultura brasileira, avaliando se há ou não convergência na evolução dessa variável. A análise compreende o período de 1960 a 2001 e alguns sub-períodos desses 42 anos, mais precisamente, os sub-períodos de 1970 a 2001, 1975 a 2001 e 1980 a 2001. A convergência é um processo em que uma mesma variável (por exemplo, renda per capita, produtividade da terra) apresenta diferentes valores entre países, regiões ou estados, mas essa diferença se reduz ao longo do tempo, indicando que a desigualdade diminui. As razões para haver o processo de convergência são várias, destacando-se as mudanças estruturais no processo de produção, a difusão tecnológica, a retirada de obstáculos ao crescimento da produção, dentre outras. A ocorrência da convergência da produtividade torna mais homogênea, do ponto de vista da modernidade, a agricultura do país. Para atingir o objetivo proposto na tese, desenvolveu-se um modelo teórico sobre convergência da produtividade da terra, tomando como base o modelo de Barro e Sala-i-Martin (1990). Quatro indicadores de convergência foram testados, os quais são: convergência- β absoluta, convergência σ , grupos de convergência e convergência- β condicional. Os dados utilizados referem-se às produtividades das culturas de algodão herbáceo, arroz, batata-inglesa, café, cana-de-açúcar, feijão, fumo, laranja, mandioca, milho e soja, coletados no Anuário Estatístico do Brasil. Inicialmente, testou-se a presença de convergência- β absoluta para as onze culturas supracitadas. Apenas seis culturas apresentaram essa convergência (café, cana-de-açúcar, fumo, laranja, mandioca e soja). Para as mesmas onze culturas foi testada a presença de convergência- σ e apenas a cultura da soja a apresentou para todos os sub-períodos analisados e as culturas da laranja e mandioca para o período de 1960 a 2001. Isto não invalida o resultado da convergência- β absoluta, pois a literatura mostra que se houver convergência σ , necessariamente haverá convergência- β absoluta, mas não o inverso. Para as culturas de algodão-herbáceo, arroz, batata-inglesa, feijão e milho foi testada a presença de grupos de convergência, diagnosticando-os para as culturas do algodão-herbáceo, batata-inglesa e feijão a convergência- β absoluta para os estados com maior produtividade. Finalmente, para a cinco culturas que não apresentaram convergência- β absoluta, testou- se a presença de convergência- β condicional, usando como variáveis explicativas a produtividade inicial da cultura, a deficiência hídrica e o capital humano. Bons resultados econométricos foram obtidos para a convergência- β condicional da produtividade do algodão-herbáceo, da batata-inglesa e do feijão. No entanto, não se obteve resultados satisfatórios para as culturas do arroz e do milho. A partir desses resultados, o trabalho sugere algumas medidas de política econômica capazes de melhorar a convergência da produtividade da terra na agricultura brasileira, em especial para as culturas do arroz e do milho. Isto permitiria uma modernidade mais homogênea na agricultura nacional.Item Avaliação ecofisiológica do cafeeiro (Coffea arabica L.) em sistema agroflorestal e em monocultivo(Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - Universidade de São Paulo, 2005-04) Righi, Ciro Abbud; Bernardes, Marcos SilveiraO presente trabalho objetivou uma melhor compreensão do comportamento ecofisiológico do cafeeiro (Coffea arabica L.) sob diferentes condições de cultivo sejam, intensidade de sombra e demais interações com a seringueira (Hevea brasiliensis Müell. Arg.). Procurou-se evidenciar a competição por luz e água em função da distância das árvores e consequente diferente intensidade de competição. As hipóteses desse trabalho são: 1. A redução da disponibilidade de luz pelas árvores afeta o crescimento dos cafeeiros positivamente pela redução da transpiração e negativamente pela redução da fotossíntese líquida expressa como acúmulo de matéria seca da parte aérea; 2. Existe competição por luz entre o cafeeiro e a árvore sombreadora, sendo esta proporcional à distância entre as culturas e ao tamanho da árvore sombreadora; 3. O modelo matemático utilizado descreve adequadamente a disponibilidade de luz à cultura intercalar e pode ser uma importante ferramenta no desenho de sistemas agroflorestais (SAFs). O experimento foi instalado no campo experimental do Dept. de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ/USP em Piracicaba-SP (22°42’30” S, 47°38’00” W - altitude 554 m) num delineamento em faixas (Strip-Plot), onde a distância do cafeeiro em relação às árvores define um tratamento, com níveis de interações entre as culturas a depender desta variável. De acordo com os dados experimentais obtidos pôde-se concluir que: 1. No intervalo entre 100 a 45% da irradiância disponível não houve redução no acúmulo de matéria seca dos cafeeiros. Maiores reduções da irradiância disponível levaram à diminuição do acúmulo de matéria seca diretamente proporcional, bem como modificações em suas características morfológicas e fisiológicas dada à adaptação a estas condições; 2. O sombreamento teve um efeito positivo na redução da transpiração por unidade de área foliar e por planta. Por outro lado teve um efeito negativo aumentando a transpiração por unidade de irradiância disponível; 3. O modelo matemático proposto por Goudriaan (1977) simulou bem a disponibilidade de irradiância à cultura intercalar, com boa aproximação entre os valores medidos e estimados. Assim, sua disponibilidade está relacionada com a distância e tamanho das árvores sombreadoras.Item Avaliações microclimáticas, fenológicas e agronômicas em café arábica cultivado a pleno sol e consorciado com banana ‘prata anã’(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-12) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro Júnior, Mário JoséO presente trabalho foi realizado em cafeeiros (Coffea arabica L.) cv. Icatu Vermelho IAC 4045, cultivados a pleno sol e consorciados com banana ‘Prata Anã’ (Musa AAB), em Mococa – SP (Latitude 21o 28’ S, Longitude 47o 01’ W, altitude 665m). Foi realizada a caracterização microclimática, entre outubro de 2001 e setembro de 2002, onde foram medidos a radiação solar global, saldo de radiação, velocidade do vento e temperatura e umidade relativa do ar nos dois sistemas de cultivo. No período do inverno de 2002 e 2003, foi realizado um estudo da influência das bananeiras na variabilidade espacial da temperatura do ar e folha, além do saldo de radiação, em episódios de resfriamento noturno. Realizou-se também uma caracterização aerodinâmica e energética dos cultivos, entre dezembro de 2002 e novembro de 2003, onde foram obtidos os perfis dos bulbos seco e úmido, além da velocidade do vento em sete níveis de medida. Entre julho de 2001 a junho de 2004 foram atribuídas notas de desenvolvimento fenológico dos cultivos, além de se avaliar, o crescimento das plantas em altura e diâmetro da copa. Nas safras de 2002, 2003 e 2004 foram avaliados os parâmetros de produção nos dois sistemas de cultivo, além da variabilidade desses nas parcelas do cultivo consorciado. Houve uma atenuação dos valores de radiação solar global (21%) no cultivo de café consorciado e uma redução de 16% e 48% nos valores do saldo de radiação e velocidade do vento, em relação ao cultivo a pleno sol. Com relação à temperatura e umidade do ar, foram encontradas diferenças apenas na temperatura máxima no ponto central da parcela do cultivo consorciado, que apresentou médias superiores em relação ao cultivo a pleno sol no verão e outono, e em relação ao ponto situado próximo as bananeiras na primavera, verão e outono. Nos episódios de resfriamento do ar no período noturno, apesar do cultivo consorciado apresentar menor perda radiativa, ocorreu apenas um acréscimo de 0,3oC na temperatura do ar nos episódios amostrados, sendo que para a temperatura das folhas esses valores atingiram até 0,5oC. Foi verificado ainda que a ação de quebra-vento das bananeiras no cultivo consorciado, promoveu alterações nos perfis de temperatura e umidade do ar, apresentando gradientes reduzidos, em relação ao cultivo a pleno sol, acima do dossel dos cafeeiros. Os valores médios dos componentes do balanço de energia nos sistemas de cultivos de café a pleno sol e consorciado não apresentaram diferenças. Nos sistemas de cultivo avaliados, o crescimento vegetativo em altura e diâmetro apresentou maior atividade vegetativa no período primavera-verão em relação ao período outono-inverno, não tendo sido encontradas diferenças significativas das taxas de crescimento, de desenvolvimento fenológico e dos índices de produção entre os cultivos. No cultivo consorciado, o ponto amostral próximo às bananeiras apresentou diferenças em relação aos demais pontos amostrados no crescimento vegetativo e desenvolvimento fenológico para algumas épocas do ano, além de apresentar menor produção por planta e maior massa de 100 sementes.Item Balanço de energia e evapotranspiração de cafezal adensado em crescimento sob irrigação localizada(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-11) Righi, Evandro Zanini; Angelocci, Luiz RobertoForam determinadas as taxas de evapotranspiração global (ETc) e sua partição em evapotranspiração dos renques e das entrelinhas, bem como a partição da energia disponível em calores sensível e latente de um cafezal adensado (3,50m x 0,90m), irrigado por gotejamento, durante o período de 1 a 2 anos após sua implantação, em Piracicaba, SP. Foram utilizados os métodos do balanço de energia–razão de Bowen (MRB) e aerodinâmico (MA) para a determinação de ETc, o método lisimétrico para a evapotranspiração dos renques e o método do balanço de calor no caule para a transpiração a partir do fluxo de seiva. No uso do MA, foram verificados vários problemas. Um deles, é o aumento inicial pequeno do “deslocamento do plano zero” (d) normalizado pela altura da cultura, ter sido seguido por um decréscimo teoricamente inconsistente com o aumento da altura dos cafeeiros, além de uma grande variação do comprimento de rugosidade (z o ), dependente das condições de cobertura das entrelinhas, da direção e da velocidade do vento, sendo evidenciado efeito dessas últimas duas variáveis também sobre d. Provavelmente, a maior fonte de erro para o MA foi terem os coeficientes de transporte turbulento, determinados com as funções empíricas do número de Richardson de estabilidade atmosférica, válidas para a subcamada atmosférica inercial e superfícies homogêneas, mostrado-se inadequados para as condições do estudo, resultando em valores irreais de ETc. As estimativas pelo MRB foram satisfatórias, por ter ocorrido boa similaridade entre os perfis de temperatura e de pressão de vapor do ar, indicando que a razão entre os coeficientes de difusão turbulenta para calor sensível e latente se manteve próxima de 1. Durante o período seco, grande parte dos dias tiveram as determinações de ETc pelo MRB comprometidas, devido aos pequenos gradientes de pressão de vapor e aos erros causados pelos sensores dos psicrômetros. O fluxo de calor latente do cafezal correspondeu a mais de 80% da energia disponível no período úmido, diminuindo para valores da ordem de 64% no período seco. Os valores do coeficiente “global” de cultura (razão entre ETc e a evapotranspiração de referência (ETo)), variaram entre 1,04 e 1,30, sendo altamente dependentes das condições de umidade do solo. No último período de medida, o valor de aproximadamente 0,86 deve ser tomado com ressalvas devido a problemas de manejo da área. O “coeficiente de evapotranspiração do renque”, sendo a razão entre a evapotranspiração do renque (evaporação do solo da área contínua sob as copas mais a transpiração dos cafeeiros) e ETo, variou entre 0,22 e 0,43, sendo influenciado pelas condições de umidade da superfície, especialmente pela área molhada na irrigação, e pelo aumento da área foliar dos cafeeiros. Os valores do coeficiente basal de cultura (razão entre transpiração dos cafeeiros e ETo) variaram de 0,03 a 0,20. Durante o período seco evidenciou-se efeito advectivo sobre as medidas, adotando-se critérios para selecionar dias com tal efeito nulo, ou mínimo, sobre os valores médios dos coeficientes acima.Item Beneficiamento de sementes de café (Coffea arabica L.) e efeitos na qualidade(2003) Giomo, Gerson Silva; Nakagawa, JoãoA necessidade de obter melhores informações sobre o beneficiamento de sementes de café motivou a realização da presente pesquisa, cujos objetivos foram verificar a possibilidade de uso da máquina de ar e peneiras e da mesa de gravidade no fracionamento de lotes de sementes segundo características físicas e, paralelamente, estudar seus efeitos nas qualidades física e fisiológica das sementes. Um lote de sementes de café Catuaí Amarelo, linhagem IAC H 2077-2-5-62, foi beneficiado em máquina de pré-limpeza, em máquina de limpeza e classificação e em mesa de gravidade, de forma isolada ou em sequência, cujo o fluxo operacional deu origem a vinte tratamentos. Do lote original, devidamente homogeneizado, foi retirada uma porção de sementes que permaneceu sem nenhum tipo de manipulação, constituindo o tratamento "Sem Beneficiamento". Outra porção foi submetida ao processo de seleção manual, constituindo o tratamento "Escolha Manual", que foi considerado como testemunha. Em seguida, o restante do lote foi submetido à ação de uma máquina de pré-limpeza, onde a porção que ficou retida na peneira inferior, com orifícios oblongos de 9/64 x 3/4 de polegada, constituiu o tratamento "Pré Limpeza". Após isso, essa porção foi submetida à ação de uma mesa de gravidade com a região de descarga dividida em frações superior, intermediária-superior, intermediária-inferior e inferior, constituindo quatro tratamentos. Foi admitida como extremidade superior o ponto mais elevado da região de descarga, quando considerada a inclinação lateral da mesa de gravidade e, como inferior, a extremidade oposta. Essas quatro frações foram, posteriormente, reunidas e misturadas homogeneamente em uma só fração, reconstituindo, portanto, a porção "Pré Limpeza", que foi submetida à ação de uma máquina de limpeza e classificação, provida com peneiras de orifícios circulares e oblongos, intercaladas, obtendo-se cinco classes de tamanho nas pereiras 15/64 x ¾, 22/64, 13/64 x ¾ e 18/64 de polegada, constituindo os respectivos tratamentos desse equipamento. As sementes retidas nas peneiras 22/64 e 20/64 de polegada foram submetidas, separadamente, à ação de uma mesa de gravidade com as mesmas regulagens utilizadas anteriormente, obtendo-se quatro novas frações com pesos específicos distintos para cada uma das peneiras mencionadas, constituindo mais oito tratamentos e finalizando seqüência operacional do beneficiamento. Amostras de sementes foram coletadas a intervalos regulares de tempo a partir da estabilização do funcionamento dos equipamentos, dando origem às quatro repetições dos respectivos tratamentos. As amostras, embaladas em sacos de papel Kraft e colocadas dentro de vasilhames não herméticos, foram mantidas em ambiente de laboratório, sem controle de temperatura e de umidade relativa, sendo as sementes avaliadas quanto às suas características físicas e fisiológicas através de determinações em laboratório e casa de vegetação, aos zero, quatro e oito meses de armazenamento. A análise e interpretação dos resultados permitiram concluir que: a) A escolha manual de sementes de café permite a obtenção de lotes com qualidade fisiológica superior à do lote original, porém de forma menos eficiente que o beneficiamento mecanizado em máquina de ar e peneiras e mesa de gravidade; b) A máquina de pré-limpeza a máquina de ar e peneiras são eficientes para homogeneização do lote e classificação das sementes de café segundo a largura e espessura; c) A mesa da gravidade é eficiente para o fracionamento de lotes de sementes de café segundo o peso volumétrico e densidade das sementes; d) O beneficiamento de lotes de sementes de café em máquina de ar e peneiras e mesa de gravidade proporciona alterações favoráveis às características físicas e fisiológicas, onde as sementes de maior tamanho ou maior densidade apresentam desempenho fisiológico superior ao das sementes de menor tamanho ou menor densidade; e) O uso da mesa de gravidade, associado ou não à máquina de ar e peneiras, proporciona ganhos qualitativos aos lotes de sementes de café; f) As sementes mocas de café apresentam qualidade fisiológica similar à das sementes chatas.