SPCB (01. : 2000 : Poços de Caldas, MG) – Palestras
URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/518
Navegar
Item Brevipalpus phoenicis, ácaro vetor da mancha-anular em cafeeiro: bioecologia, dano e controle(2002) Reis, Paulo Rebelles; Embrapa - CaféIntrodução ...... 257 Etiologia e sintomas da mancha-anular do cafeeiro ...... 258 Descrição e notas bionômicas ...... 261 Distribuição espacial do ácaro-plano em cafeeiro ...... 264 Dano ...... 266 Controle do ácaro da mancha-anular ...... 270 Controle biológico ...... 270 Manejo do ácaro da mancha-anular ...... 272 Considerações finais ...... 273 Referências bibliográficas ...... 274 INTRODUÇÃO O ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) tem sido relatado vivendo em cafeeiros (Coffea sp.) no Brasil, pelo menos desde 1950 (A infestação..., 1951; Amaral, 1951) quando foi relatado no estado de São Paulo, como Tenuipalpus phoenicis, juntamente com surtos do ácaro-vermelho, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) este relatado na época como Paratetranychus ununguis Jacob, 1905. Posteriormente o ácaro B. phoenicis foi correlacionado com a doença mancha-anular do cafeeiro (Chagas, 1973) causada por um vírus do grupo dos Rhabdovirus (Chagas, 1988), o Coffee Ringspot Virus - CoRSV. O primeiro autor a descrever essa doença do cafeeiro, no Brasil, foi Bitancourt (1938), também no estado de São Paulo, já suspeitando tratar-se de doença de etiologia viral, pela semelhança dos sintomas com aqueles causados por vírus em outras plantas, do tipo mancha-anular. No cafeeiro, segundo Chagas (1973), desde 1970 quando foi constatada a ferrugem-do-cafeeiro, Hemileia vastatrix Berk. e Br. no Brasil, a atenção dos cafeicultores foi despertada para diversos tipos de manchas que ocorriam nas folhas, muitas com sintomas da mancha-anular do cafeeiro. Segundo o autor, em folhas afetadas pela mancha-anular, foi observada, com certa freqüência, a presença de ácaros avermelhados, cujo aspecto e dimensões assemelhavam-se aos de B. phoenicis associado à leprose nos laranjais paulistas. Posteriormente foram identificados como sendo mesmo B. phoenicis. Até 1988 a doença, mancha-anular do cafeeiro, não tinha ainda representado problema econômico, embora em 1986 tenha sido associada a uma intensa desfolha devido a um inverno com baixa precipitação pluvial, condição muito favorável ao ácaro (Chagas, 1988). Desde 1990, com destaque para 1995, a infestação de B. phoenicis e da mancha-anular, têm sido relatadas em Minas Gerais causando intensa desfolha em cafeeiros, principalmente na região do Alto Paranaíba (Figueira et al., 1996), sendo também constatada a presença do ácaro nas demais regiões cafeeiras do Brasil, tanto em cafeeiro arábica (Coffea arabica, L.), quanto em canéfora (Coffea canephora, Pierre) (Matiello, 1987). O ácaro B. phoenicis é de distribuição cosmopolita, infestando diversas espécies vegetais. Reis (1974) cita 37 hospedeiros do ácaro, principalmente fruteiras, e Trindade e Chiavegato (1994) citam 33 hospedeiros, principalmente plantas invasoras e ornamentais. Brevipalpus phoenicis, ácaro-plano, ou da leprose como é conhecido na citricultura, é uma séria praga da cultura dos citros (Chiavegato et al., 1982; Chiavegato, 1991) atacando as folhas, ramos e principalmente os frutos (Chiavegato e Kharfan, 1993), causando prejuízos. Seu levantamento e controle em citros são indispensáveis, a cada ano.