UFSCAR - Dissertações

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    Da hegemonia a uma conjuntura de crise política (1929-1932): a participação paulista
    (Universidade Federal de São Carlos, 2014-09-10) Piccoli, Matheus; Kerbauy, Maria Teresa Miceli
    A Primeira República (1889-1930) é conhecida pela organização federativa, o domínio dos Partidos Republicanos estaduais, e a economia voltada para a produção do café, o maior produto de exportação do país até a Grande Crise de 1929, que alterou a dinâmica da economia mundial. Nos quadros políticos da sociedade da última década do regime, a de 1920, ocorreram grandes perturbações sociais desembocando em uma conjuntura insustentável, acarretando em uma transformação do sistema político após a vitória de Júlio Prestes. Sua candidatura, escolhida por Washington Luís, e posteriormente sua vitória eleitoral, provocou o descontentamento da elite política mineira, gaúcha e das oposições estaduais. Esse desentendimento foi o ponto crucial para a fragmentação do sistema, gerando uma nova organização política no Brasil, totalmente diversa do período republicano, pautada em uma centralização administrativa em torno da União. Assim, este presente trabalho visa estudar qual o papel, principalmente dos atores políticos paulistas, nos acontecimentos relacionados à Revolução de 1930, e como ela se comportou diante deste marco na historiografia brasileira. Procura-se entender por qual razão o federalismo que beneficiava o Estado de São Paulo ruísse e afetasse sua independência frente aos outros Estados conseguida com o fim do Império e a Proclamação da República. Relacionado a esse problema central, três perguntas são anexas: Qual a razão de Washington Luís ter escolhido um candidato paulista para sua sucessão? Ele estava agindo conforme as normas institucionais do período ou sua escolha foi precipitada, causando a aceleração do processo de queda do sistema? Como reage a elite política de São Paulo com esta escolha, tanto antes quanto posterior a revolução? Para isso, é utilizado o método da análise situacional. Através da modelagem da sociedade brasileira, observa-se as ações dos atores individuais neste momento de crise institucional, para enfim entender as motivações que contribuíram para a dissolução da Primeira República.