SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Condições climáticas e periodo de incubação para ferrugem do cafeeiro nos anos de 2013 e 2014 na região de Campinas, SP
    (Embrapa Café, 2015) Prela-Pantano, Angélica; Patricio, Flávia Rodrigues Alves; Alfonsi, Waldenilza Monteiro Vital; Meireles, Elza Jacqueline Leite
    A ferrugem é a mais importante doença do cafeeiro no Brasil e pode reduzir até 35% da produção. A doença causa manchas amareladas na face inferior das folhas que caem e debilitam a planta, acentuando o ciclo bienal da cultura. A ferrugem é favorecida por temperaturas entre 20 e 25 oC e chuvas acima de 30 mm. A epidemia da doença começa em dezembro e tem o pico nos meses de junho e julho. Considerando a importância do clima para a epidemia da ferrugem do cafeeiro, este estudo foi realizado com o objetivo de relacionar elementos climáticos com a incidência desta doença em uma lavoura de café localizada em Campinas, SP. A incidência da ferrugem foi avaliada em coletas mensais de folhas, de uma lavoura de café da cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, localizada no Instituto Agronômico de Campinas. Os índices de incidência da doença foram comparados aos dados climáticos médios mensais de temperaturas máxima e mínima do ar e precipitação, do período analisado (2013-2014), além do período de incubação da doença, estimado pela equação PI=103,01-0,98xTmax-2,1xTmin. Além disso, estes índices, também foram comparados a dados climáticos passados, referentes aos períodos de 1990-1999, 2000-2009 e 2010-2014 visando a detectar possíveis alterações no clima dos últimos anos. Em geral, pode-se dizer que a incidência da ferrugem ocorreu de forma elevada no experimento em ambos os anos (2013-2014). O ano de 2014 foi mais quente e seco que 2013, mas a doença foi detectada em 86,4% das folhas amostradas no mês de setembro, enquanto em 2013, o pico foi em agosto, chegando a 73,6%. O atraso no pico da epidemia que ocorreu nestes anos, deve estar relacionado ao aumento da temperatura verificada em fevereiro e, posteriormente, em junho, julho e agosto, associado às chuvas esporádicas observadas no período. Observou-se também, um aumento da temperatura máxima média mensal nos anos de 2010-2014, quando comparados aos períodos de 1990-1999 e 2000-2009. Entretanto, neste mesmo período (2010-2014) houve uma redução da precipitação, sendo o ano de 2014 o mais seco já observado, com apenas 895 mm de chuvas. Supõe-se que o aumento das temperaturas máximas pode estar reduzindo a expansão da epidemia da doença no verão e o período de incubação no inverno, favorecendo o deslocamento do pico da doença para agosto e setembro.
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    Simulação da temperatura e umidade relativa do café arabica em sistemas arborizados e a pleno sol
    (Embrapa Café, 2015) Coltri, Priscila Pereira; Alfonsi, Waldenilza Monteiro Vital; Vanucci, André Luiz; Gonçalves, Renata Ribeiro do Valle; Zullo Junior, Jurandir; Pinto, Hilton Silveira
    Projeções climaticas do IPCC para as áreas tropicais brasileiras indicam que poderá haver um aumento de temperatura e de eventos climáticos extremos. Caso essas projeções estejam corretas e nenhuma medida de adaptação seja realizada, as áreas cafeeiras poderão ser impactadas pela nova realidade climática. As áreas que atualmente são aptas ao plantio do café arábica poderão se tornar de alto risco climático. A arborização de cafezais vem se destacando pelos benefícios ecológicos, econômicos e climáticos. Estudos indicam que o plantio de árvores no cultivo do café pode diminuir a temperatura no microclima de plantio, além de estabilizar variações climáticas. A medição das variáveis meteorológicas no microclima de plantio não é trivial, exige alto custo de investimento e normalmente as condições experimentais não permitem devida extrapolação dos resultados. Nesse sentido, a modelagem de sistemas arborizados e agroflorestais em café é promissor e desafiador. O presente trabalho teve como objetivo modelar quatro tipos de cultivos de café, sendo três deles sombreados e um a pleno sol. Para tanto, o estudo adaptou um software de simulação de microclima urbano (Envi-met) para ser utilizado em cultivos de café. As variáveis meteorológicas testadas na simulação foram temperatura e umidade relativa. Os resultados da simulação foram comparados com dados reais medidos em condições experimentais. O software conseguiu reproduzir a curva padrão horária de temperatura e umidade relativa de todos os sistemas modelados e o índice de concordância “d” de Willmot foi superior a 0,9 no terceiro dia de simulação, para dias meteorológicos estáveis, com céu aberto. Os resultados sugerem que o software Envi-met pode ser utilizado para simular plantios de café.