SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Caracterização da qualidade da bebida dos cafés produzidos em diversas regiões do Paraná
    (2003) Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Trento, Edison José; Carneiro, Francisco; Caramori, Paulo Henrique; Scholz, Maria Brígida dos Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A região cafeeira do Paraná está localizada em alta latitude, numa área de transição climática que apresenta grande diversidade de clima e solo. Estas condições interferem na formação e maturação dos frutos, alterando as características intrínsecas do grão, o que possibilita a obtenção dos mais variados tipos de cafés, com potencial para a exploração de cafés especiais. O objetivo deste trabalho foi avaliar as caracterís-ticas intrínsecas do grão de café produzido nas diferentes regiões cafeeiras do Paraná, visando dar suporte à exploração de cafés especiais. Um total de 130 amostras de cafés foram coletadas em 43 municípios do Paraná (21 % dos municípios cafeeiros), em número de duas a cinco propriedades por município. Todas as amostras foram provenientes de lavouras da variedade IAPAR 59. O café foi colhido no estágio de cereja e levado imediatamente para Londrina, em embalagem adequada para evitar fermentação. As coletas das amostras foram realizadas por Técnicos da EMATER-PR, das Cooperativas de Cafeicultores e do IAPAR. Os cafés foram secos em coco, após a retirada de todos os frutos verdes ou meio maduros das amostras. A secagem foi realizada na estação experimental do IAPAR em Londrina-PR., em esteiras com fundo de tela e com movimen-tação do café a cada 30 minutos, até atingir a umidade de 11%. Após a secagem, as amostras foram bene-ficiadas, codificadas e enviadas ao DECAF/MAPA-PR. para a prova de xícara. Nesta etapa, identificou-se todos os defeitos do café beneficiado. Foi adotada a torra clara, utilizada normalmente no comércio de café. A prova de xícara foi realizada por cinco classificadores experientes da Indústria e do Comércio de café, previamente treinados na escala adotada para o experimento. Para a classificação dos cafés contou-se com o apoio da Companhia Cacique de Café Solúvel, da Companhia Iguaçu de Café Solúvel, do Centro do Comércio do Café do Norte do Paraná, da Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina e do Departamento Nacional do Café. Foram avaliadas as características de aroma; sabor; acidez; corpo; doçura e atribuída uma nota global ao café em função do conjunto destas características. A escala adotada foi de 1 a 10 para cada uma das características avaliadas. Com base nas Cartas Climáticas do Paraná - IAPAR - edição 2000, identificou-se a faixa de temperatura média anual de cada município onde foram coletadas as amostras. As faixas de tempe-ratura média da região cafeeira do Paraná foram de: 19 - 20°C; 20 - 21°C; 21 - 22°C; 22 - 23°C e 23 - 24°C. Os resultados mostraram que para todas as características as notas foram crescentes inversamente com a temperatura. Os cafés das regiões de faixa de temperatura 19 - 20°C e 20 - 21°C apresentaram características de sabor, aroma, acidez, corpo e doçura bem elevados e receberam nota global média de 8,90 e 8,48, respectivamente. Os cafés na faixa de temperatura de 21 - 22°C mostraram-se bem equilibrados e apresentaram nota global média de 7,88. Os café nas faixas de temperatura média de 22 - 23°C e 23 - 24°C foram muito semelhantes entre si, em todas as características, recebendo nota global de 7,57 e 7,40, respectivamente. Nestas duas faixas de temperatura média mais elevada, os cafés apresentaram a mais baixa acidez, que podem atender determinados tipos de mercado e compor blends com cafés de maior acidez. Os resultados indicaram que em função de sua ampla diversidade climática, o Paraná tem grande potencial para produzir diferentes tipos de café para atender as necessidades dos mais exigentes mercados de cafés especi-ais.
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    Avaliação da influência do tipo de colheita na qualidade do café do Paraná - Safra 2002
    (2003) Carneiro, Francisco; Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Franzini, Paulo Sérgio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café maduro na planta é a matéria prima adequada para se obter cafés de qualidade, que alcançam melhores preços. No Brasil a maior parte da colheita é feita por derriça total, onde se colhe junto os cafés verdes, maduros e secos. Isso piora a qualidade do produto. Para se corrigir parte deste prejuízo na qualidade, lança-se mão no processamento dos frutos, de equipamentos para separar estas três fases, como: os lavadores/ separadores e os despolpadores de cerejas. No rebenefício isso também é parcialmente obtido através de peneiras, sururucas e eletrônicas. A Campanha Café Qualidade Paraná, realizada nos últimos anos, estimula os produtores no uso da colheita no pano, colheita parcelada, cereja descascado, entre outras práticas. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a influência dos diversos tipos de colheitas, como: a colheita no chão, no pano, parcelada e para cereja descascada, na qualidade do café da safra 2002 no Paraná. Aproveitou-se um total de 152 amostras de café colhidas pelo DERAL/SEAB em diversos municípios do Estado, as quais foram classificadas para tipo e bebida, sem a retirada dos defeitos. O café processado para cerejas descascadas só tem frutos cerejas, já na colheita no chão, existe uma mistura de frutos verdes, cerejas e secos. Os resultados obtidos, mostram que: a colheita com derriça do café no chão (35% do total colhido), foi de 80% de bebida dura, 20% de bebida riada/rio, com até 360 defeitos ou tipo 8 pela classificação oficial. A colheita no pano (45,6% do total colhido) apresentou 92,4% de cafés de bebida dura e 7,6% de cafés de bebida riada/ rio, e tipo médio 6/7 com 123 defeitos. A colheita no pano/parcelada (7,6% do total colhido), apresentou 8% de café com bebida apenas mole, 84% de bebida dura e 8% de bebida riada/rio e tipo médio 6/7. A colheita no chão, pano e parcelada, realizadas para obtenção do café cereja descascado (11,8% do total colhido), foi de 16% de café com bebida apenas mole, 72% com bebida dura e 11% com bebida dura/riada, com tipo de 3 à 6 e até 86 defeitos. Os principais defeitos encontrados na colheita no chão-grãos foram: preto verdes, verdes, ardidos, brocados, mal granados, conchas e miolo de concha. Na colheita para cerejas descascado os principais defeitos foram: verdes, mal granados, concha, miolo de concha e quebrados. Conclui-se que houve marcante influência do tipo de colheita na melhoria da qualidade do café, em ordem crescente da colheita no chão até a colheita para cereja descascado. Observa-se em cada tipo de colheita, diferentes porcentagens de qualidade de bebida, com as melhores na colheita mais esmerada, que é a realizada para cereja descascado. Neste tipo de colheita/processamento esperava-se a predominância de cafés com bebida apenas mole ou superior, porém, o que se observou foi uma alta porcentagem de cafés bebida dura (72%). Isto, provavelmente, ocorreu em função de amostras provenientes de regiões menos favoráveis, com ocorrência de veranicos que aumentaram a quantidade dos defeitos de grãos mal granados e também pela maior rapidez no amadurecimento dos frutos. Outros fatores foram: amostras avaliadas sem a retirada dos defeitos e o processamento na secagem do café na propriedade, que pode ter agravado a perda de qualidade do café com novas fermentações. É recomendável o incentivo do uso de equipamentos para o processamento da colheita, como lavadoures/separadores de fases, descascadores de cerejas para a obtenção de cafés de qualidade, principalmente quando o Estado está substituindo as lavouras tradicionais, por plantios adensados, que induzem a colheitas mais cuidadosas. Seria recomendável também a colheita parcelada que deu um resultado bem superior aos demais.
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    Estado nutricional de cultivares de cafeeiros sob densidades diferentes de plantio em quatro níveis de fertilização
    (2003) Chaves, Júlio César Dias; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estado nutricional do cafeeiro avaliado através da análise química das folhas no período de início de crescimento dos frutos "chumbinho", é uma importante informação que serve para saber se a lavoura, em função de sua produtividade e densidade, necessita de revisão para maior ou menor no programa de fertilização planejado, afim de manter a planta adequadamente nutrida, dentro de um determinado padrão de custo de produção, compatível com a atividade. O presente trabalho foi realizado na região do arenito no Paraná, sobre um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (LEd) de baixa fertilidade, utilizando-se três cultivares de cafeeiro: IAPAR 59; Icatu de porte baixo e Catuaí vermelho IAC-81 em quatro densidades de plantio: 3509; 2778; 2299 e 1961 covas ha -1 (duas plantas por cova) e quatro níveis de adubação: A 1 = 0; A 2 = 75-22-75; A 3 = 150-44-150 e A 4 = 300-88-300 kg ha -1 de N-P 2 O 5 -K 2 O. Durante a fase de plantio e formação foi utilizada adubação idêntica para todas as parcelas. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, ficando o espaçamento nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas. Os resultados apontam que a produção de café para todas as cultivares avaliadas foi mais alta nas maiores densidades de plantio; entre as cultivares, a IAPAR-59 foi a mais produtiva. Em função dos resultados de produção, os valores foliares de nitrogênio se apresentaram menores na cultivar IAPAR-59, mesmo nos níveis mais elevados de adubação, em todas as densidades estudadas; verificou-se também na cultivar IAPAR 59 uma diminuição nos teores foliares de N com a redução da densidade de plantio (aumento do espaçamento), diferentemente do que ocorreu com o Icatu e Catuaí. Este resultado indica uma maior necessidade de adubação em condições de plantio largo, possivelmente devido ao menor desenvolvimento do sistema radicular desta cultivar, podendo ser interpretado como de menor adaptação às dendidades baixas de plantio. O teor de P, em todas as densidades avaliadas também foi menor na cultivar IAPAR-59. Os teores foliares mostram uma tendência de aumento com a diminuição da densidade de plantio para as cultivares Icatu e Catuaí. O K aumentou nas folhas linearmente com o aumento das doses de K para todas as cultivares, embora as concentrações tenham sido sempre menores na cultivar IAPAR-59, que apresentaram teores foliares mais baixos com o aumento do espaçamento, ou seja na menor densidade. Quanto ao Mn, de modo geral os valores se mantiveram dentro da faixa considerada como adequada no tratamento com ausência de adubação NPK. À medida que aumentaram as doses de adubo, também os valores foliares de Mn cresceram para todas as cultivares. Os teores foram mais elevados no Catuaí, possivelmente pela maior capacidade de acidificação da rizosfera em relação às demais cultivares, devido a absorção mais elevada de cátions básicos, transformando Mn-insolúvel em Mn 2+ solúvel. Ocorreu aumento também à medida que se avançou para as menores densidades de plantio. Este resultado com Mn indica maior necessidade de calagem no Catuaí em relação ao IAPAR-59 para neutralizar, também, o Mn 2+ presente nos solos ácidos.
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    Sistema agroflorestal permanente cafeeiro e seringueira. 1. - influência da projeção da copa da seringueira sobre o crescimento e produção do cafeeiro
    (2003) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O Noroeste do Paraná, com tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves derivados do Arenito Caiuá, foi submetido a um processo acelerado de colonização baseado na cafeicultura, importante para a economia da região. Essa cultura sofreu grande declínio devido à baixa fertilidade do solo, incidência de nematóides, eventual ocorrência de geadas provocando danos à parte aérea e sobre a produção e carência de práticas conservacionistas adequadas. Com base na retomada da cafeicultura na região, respaldada em plantios adensados e, na recente introdução da seringueira (Hevea brasiliensis) despontando como uma das alternativas para composição de sistemas agroflorestais com cafeeiro, buscou-se o estudo de sistemas agroflorestais envolvendo essas duas culturas. Visando não só a proteção e reduzir os danos por geada à lavoura cafeeira, mas como forma de atender os aspectos sociais, econômicos e de preservação das condições dafoclimáticas, avaliou-se a interferência mútua no desempenho das duas culturas em sistema agroflorestal permanente. A escolha da seringueira deveu-se ao grande potencial dessa cultura para a região, podendo ocupar pequenas e médias propriedades rurais, e a sua importância estratégica para o país, que importa cerca de 63% do seu consumo interno, sujeito a um crescente aumento dos preços internacionais . O experimento foi instalado em fevereiro de 1993 em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná -CMNP, no município de Paranapoema-PR, com o cafeeiro, progênie Icatu x Catuaí - IAPAR PR755054-28, no espaçamento adensado uniforme de 2,5m x 1,3m com três espaçamentos entre filas duplas de seringueira (clone PB 235) de 4,0m x 2,5m afastadas de 13,0m, 16,9m e 22,1m, além dos plantios solteiros das duas culturas, delineados em blocos casualizados com cinco repetições. Considerando os afastamentos das linhas de café em relação à projeção das copas da seringueira, a partir do centro das filas duplas, as produções médias de café beneficiado, ao longo de cinco colheitas, tem mostrado não haver efeito da seringueira, sobre o crescimento e a produção do cafeeiro. A melhor produção obtida pelo café ocorreu no espaçamento de filas duplas distanciadas 16,9m, com 1.071kg/ha, seguida de 22,1m, com 956kg/ha e vice-versa em relação à seringueira, quanto à CAP e EC, número de plantas aptas para sangria e produção de borracha seca/ha/ano. Os resultados obtidos ao longo do período de duração do experimento, baseados na produção do café (excluindo-se 2000 a 2002 sem produção devido ao efeito de geada nas parcelas de café solteiro o que provocou a recepa total e replantio visando a uniformização) e na análise de variância, seguida de comparação de médias, vêm mostrando que as diferenças superiores e favoráveis às parcelas consorciadas em relação aos plantios solteiros das duas culturas, não foram estatisticamente significantes, o que permite concluir que o agro-ecossistema café x seringueira, constitui-se num fator positivo de ocupação produtiva de extensas áreas do Noroeste Paranaense, inclusive como forma de minimizar os danos provocados por geadas e promover a diversificação de renda na propriedade rural.
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    Avaliação de espaçamentos e adubação para três cultivares de café
    (2003) Androcioli, Armando; Chaves, Júlio César Dias; Sera, Tumoru; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As oscilações de preço do café tem evidenciado a necessidade de tornar cada vez mais eficiente o sistema de produção de café para que o produtor possa superar as adversidades que ocorrem ao longo do período de vida útil do cafeeiro. Neste aspecto, o ajuste de espaçamentos e adubação para as cultivares e tipo de manejo da lavoura, são fundamentais para montar um sistema de produção eficiente. Com o objetivo de aperfeiçoar o modelo tecnológico de produção de café adotado no Paraná, implantou-se um experimento em junho de 1990 no município de Iguaraçú-PR., em solo latossolo vermelho escuro textura arenosa (Led), com 4 espaçamentos, 4 níveis de adubação e 3 cultivares de café de porte baixo. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas subsubdivididas, com as densidades nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas, com quatro repetições. Os espaçamentos foram definidos procurando-se compor quatro sistemas de produção: a) lavoura preparada para condução manual e sem espaço livre entre as linhas de cafeeiros; b) lavoura para condução manual e com espaço livre de 30 cm entre as linhas de cafeeiros; c) lavoura preparada para condução com microtrator, com espaço livre de 80 cm e d) lavoura para condução com trator cafeeiro, com espaço livre de 130 cm. As distâncias entre linhas foram definidas assumindo um diâmetro de copa (D) de 2,10 e calculado os espaçamentos (E) pela equação E=D+L, onde L é igual ao espaço livre desejado para cada sistema. Os espaçamentos entre as linhas de cafeeiros foram de 1,90 m; 2,40 m; 2,90 m e 3,40 m, todos com distância na linha de 1,5 m, com 2 plantas por cova, resultando em populações de 3509; 2778; 2299 e 1961 covas/ha, respectivamente. Os níveis de adubação foram: 0 % (sem adubo); 25 % da dose máxima; 50 % da dose máxima e 100 % para a dose máxima. Utilizou-se as cultivares IAPAR 59, progênie PR89088 (‘Icatu’ x ‘Catuaí’) e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram avaliadas anualmente as produtividades em café beneficiado no período de 1993 a 2000. Para a comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, nos casos em que o teste de F indicou diferenças significativas entre os tratamentos. Os dados foram ajustados para cada densidade em função dos níveis de adubação. A análise estatística dos dados indicou diferenças significativas na produtividade média de 8 colheitas, entre os espaçamentos, entre os níveis de adubação e entre as cultivares. A produtividade média de café beneficiado foi crescente com o aumento da densidade, com valores da menor para a maior densidade de 1085, 1303, 1563 e 1708 kg/ha. Os aumentos nas doses de fertilizantes proporcionaram aumento na produtividade média em todas as densidades estudadas. O impacto da adubação foi mais acentuado nas duas densidades menores com incremento linear da produtividade em função das doses de fertilizante. Nas duas maiores densidades, os incrementos de produtividade nos níveis mais altos de adubação foram menos acentuados, com tendência à estabilização. Em todas as cultivares, houve incremento da produtividade em função do aumento na densidade de plantio. A cultivar IAPAR 59 foi a mais produtiva em todas as densidades e níveis de adubação, com média de 1512 kg de café beneficiado por hectare, enquanto que a progênie PR89088 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC-81 produziram em média 1372 e 1351 kg por hectare, respectivamente. A cultivar IAPAR 59 mostrou resposta linear da produtividade em função da densidade de plantio, indicando maior aptidão para os plantios adensados do que as demais, que apresentaram tendência de menor incremento em produtividade nas maiores densidades.
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    Produção de café com uma e duas plantas por cova em diferentes densidades de plantio
    (2003) Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O plantio de mais de uma muda por cova é prática comum nos sistemas tradicionais de café, enquanto que nos sistemas adensados predomina o plantio de uma planta por cova. Nas regiões onde a geada ocorre com maior freqüência, o uso de mais de uma planta por cova pode contribuir para reduzir os danos, em função da proteção de uma copa sobre a outra. O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do número de plantas por cova em diferentes densidades de plantio. As populações avaliadas foram: 10.000; 8.000; 6.667; 5.714; 5.000 e 4.000 plantas por hectare, em parcelas com uma e duas plantas por cova para cada densidade. Foi mantido o espaçamento fixo de 2,50 m entre as linhas e espaçamentos variáveis na linha para se obter a população desejada. A distância na linha para as covas com duas plantas foi o dobro da distância na linha para as covas com uma planta, para uma mesma população de plantas por hectare. O experimento foi implantado em Londrina-PR, em solo Latossolo roxo distrófico, utilizando um esquema fatorial, densidade e número de plantas por cova, em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições. Utilizou-se a progênie Icatu x Catuaí. Foi avaliado a produtividade média de café beneficiado em kg/ha no período de 1998 a 2002. Em 2000 os cafeeiros foram afetados por geada severa, resultando em produção nula em 2001. Não houve diferença nos danos de geada aos cafeeiros em função da densidade e do número de plantas por cova. A produtividade média foi de 1758; 1853; 1720; 1624; 1489 e 1428 kg/ha, respectivamente, da maior para a menor densidade de plantio. Nesta média, está incluída a produtividade nula de 2001. Os resultados demonstram que no período estudado a produtividade aumentou significativamente até a densidade de 8.000 plantas por hectare, nos sistemas com uma ou duas plantas por cova. Não houve diferença significativa entre o cultivo de uma planta por cova e duas plantas por cova nas diferentes densidades de plantio. Os resultados demonstram que o maior efeito sobre a produtividade é proporcionado pelo número de plantas por área e não pelo número de plantas na cova. Na prática, estes resultados demonstram que para as condições estudadas, o cultivo de 8.000 covas com uma planta por cova ou de 4.000 covas com duas plantas por hectare, proporcionam produtividade semelhantes. Isto é válido, também, para as demais densidades avaliadas.