SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Capital intelectual, associativismo e certificação agrícola na formação de arranjos produtivos cafeeiros: os casos de Jeriquara/SP e Ibiraci/MG
    (Embrapa Café, 2019-10) Faleiros, Gabriel Diniz; Santos, Benedito Donizetti dos; Bliska, Flávia Maria de Mello
    O capital intelectual é reconhecido como principal fonte de vantagem competitiva sustentável, segundo teoria da Visão Baseada em Recursos (VBR). Este estudo objetiva avaliar a influência do capital intelectual na gestão das empresas cafeeiras de duas associações de rurais, a Associação dos Produtores Rurais do Município de Jeriquara (APRMJ) e a Cooperativa dos Produtores de Cafés Especiais Certificados de Ibiraci e Região (COOCECIR), na região da Alta Mogiana, identificando fatores que influenciam o seu desempenho econômico, social e ambiental. Dois questionários estruturados foram aplicados para obtenção dos dados: o Método de Identificação do Grau de Gestão, composto por 64 indicadores, agregados em oito critérios de gestão; e questionário desenvolvido neste estudo para análise do capital intelectual, abordando aspectos humanos, notadamente nível de escolaridade, busca de assistência técnica, identificação de inovações, identificação de desafios e percepção da união entre cafeicultores. Observou-se que as duas organizações estudadas apresentam níveis de gestão superiores às médias observadas no Estado de São Paulo, Estado de Minas Gerais e Brasil. Aproximadamente 50% dos indicadores de gestão da qualidade avaliados foram atendidos por aquelas organizações. Os critérios gerais menos atendidos foram: orientação e execução de estratégicas; cumprimento de metas; definição e acompanhamento de planos. Observou-se também que o nível de escolaridade não se reflete integralmente no nível de gestão das empresas rurais e que as organizações de assistência técnica, de pesquisa e desenvolvimento, públicas ou privadas, favorecem o desenvolvimento regional. Pela ótica da VBR, conclui-se que os recursos humanos são essenciais para a gestão daquelas empresas cafeeiras, sendo suportados por organizações com características particulares. Em síntese, o capital intelectual, o associativismo e a certificação agrícola podem ser determinantes para a formação de arranjos produtivos cafeeiros.
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    Impactos de variedades de café desenvolvidas no IAC sob diferentes tecnologias e condições edafoclimáticas
    (Embrapa Café, 2013) Bliska, Flávia Maria de Mello; Turco, Patrícia Helena Nogueira; Tosto, Sérgio Gomes; Fronzaglia, Thomaz; Vegro, Celso Luís Rodrigues
    Esse estudo estima os impactos ambientais e socioeconômicos do cultivo de variedades de café desenvolvidas no Instituto Agronômico – IAC (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo – SAA-SP) consideradas “modernas” – registradas a partir de 1992 – com as variedades registradas antes dessa data, em regiões com condições edafoclimáticas e níveis tecnológicos distintos. São avaliadas as variedades Tupi, Icatu, Obatã, IAC 125, Catuaí, Mundo Novo e Apoatã, Os sistemas de produção avaliados são o convencional não irrigado, convencional irrigado, arborizado, orgânico arborizado e agroflorestal. Essa análise é importante tanto para a instituição atualizar as diretrizes do seu programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação, como para o cafeicultor, pois a partir dela pode conhecer o desempenho regional das variedades disponíveis e tomar decisões sobre sua utilização. Os aspectos socioeconômicos são avaliados por meio do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Social) e os impactos ambientais por meio do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Agro), que juntos compõem o Sistema Ambitec. Os impactos ambientais positivos mais elevados foram observados no sistema agroflorestal, no Pontal do Paranapanema, São Paulo, e nos sistemas arborizados, no Planalto da Conquista e na Chapada Diamantina, na Bahia. Os impactos econômicos positivos mais elevados foram observados em primeiro lugar para a variedade Obatã, em sistema convencional e irrigado, em Garça, São Paulo; em segundo para o Obatã em cultivo arborizado e irrigado, também em Garça; em terceiro para a variedade Catuaí no Oeste da Bahia e no Cerrado de Minas Gerais. O impacto social positivo mais significativo foi observado para o sistema agroflorestal, no Pontal do Paranapanema. Dentre as cultivares analisadas, os impactos totais mais significativos foram observados para as seguintes variedades e regiões: IAC 125 no Cerrado de Minas Gerais; Obatã na região de Garça, São Paulo; Tupi, na região de Piraju, São Paulo; e Apoatã, na Alta Paulista, São Paulo.
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    Atuação do instituto agronômico na formação e capacitação de recursos humanos para o setor cafeeiro no Brasil
    (Embrapa Café, 2013) Bliska, Flávia Maria de Mello; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro Ponce; Turco, Patrícia Helena Nogueira
    Esse estudo analisa a atuação do Instituto Agronômico – IAC (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo – SAA-SP) na capacitação e formação de recursos humanos para o setor cafeeiro, desde a fundação do Instituto, em 1887, até 2011. Essa análise é importante para atualizar as diretrizes do seu programa de treinamento técnico e científico. Utiliza-se a Metodologia Q (Q Sort Method), reconhecida como adequada para estruturar aspectos subjetivos decorrentes das opiniões de diferentes grupos de intervenientes. A análise de “componentes principais” associada a essa metodologia identificou oito fatores como responsáveis por explicar 74,63% da variância das respostas obtidas. Os resultados indicam que as atividades que o Instituto tem desenvolvido, desde a sua fundação, têm sido reconhecidas como essenciais ao desenvolvimento da produção cafeeira no Brasil. Também indicam que o IAC poderá ampliar sua contribuição para o desenvolvimento do setor cafeeiro aperfeiçoando suas atividades nas seguintes áreas: 1) publicação de pesquisas e difusão de práticas de manejo; 2) intercâmbio com pesquisadores de outras instituições, ensino e extensão; 3) parcerias regionais para avaliação de novas variedades e validação de práticas de manejo; 4) freqüência de palestras de seus técnicos nas regiões produtoras; 5) convênios com cooperativas e serviço estadual de assistência técnica, para treinamentos mais frequentes nas regiões cafeeiras; 6) divulgação dos cursos e treinamentos realizados na área de café.
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    Gestão cafeeira nas regiões de Cerrado x gestão nas demais regiões dos estados de Minas Gerais e Bahia
    (Embrapa Café, 2015) Bliska Júnior, Antonio; Correa, Fábio Ricardo Ferreira; Turco, Patrícia Helena Nogueira; Firetti, Ricardo; Leal, Paulo Ademar Martins; Bliska, Flávia Maria de Mello
    O objetivo deste trabalho foi comparar os níveis de gestão na produção cafeeira nas regiões do Cerrado de Minas Gerais, ocupado a partir da década de 1970, e do Cerrado da Bahia, ou Oeste da Bahia, ocupado a partir da década de 1990, com os níveis de gestão observados em regiões cafeeiras mais antigas daqueles estados, como o Sul e Sudeste de Minas Gerais e o Planalto da Conquista e a Chapada Diamantina, no estado da Bahia. A cafeicultura de Cerrado caracteriza-se por uso intensivo de mecanização da lavoura e da colheita, uso de ferti-irrigação, pós-colheita rigoroso e beneficiamento nas propriedades. Nas demais regiões, embora existam propriedades com características similares àquelas observadas no Cerrado, há forte concentração de propriedades familiares, colheita manual e benefício do café em cooperativas. Para analisar os níveis de gestão nessas propriedades utilizou-se o Método de Identificação do Grau de Gestão – MIGG Café, que classifica os graus de gestão na produção em níveis de um a nove, sendo um o mais baixo e nove o mais elevado. A amostra aleatória foi composta por 80 questionários MIGG, aplicados entre 2013 e 2015, nos estados de Minas Gerais e Bahia. Os resultados indicam que: as propriedades do Cerrado apresentam a maior dimensão territorial quando comparadas às demais propriedades da amostra; a proporção da área das propriedades utilizada para o plantio de café no Cerrado é inferior à proporção utilizada nas demais regiões cafeeiras; os graus de gestão mais elevados, bem como a menor variabilidade dos dados, ocorrem nas regiões de Cerrado. Conclui-se que nas regiões de Cerrado há forte tendência à cafeicultura empresarial, mais organizada e competitiva. No cerrado da Bahia, onde as propriedades apresentam características fundiárias e administrativas muito similares, foram realizados investimentos mais intensos em sistemas de gestão que visam a profissionalização da atividade agrícola. Nas regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais, bem como no Planalto da Conquista e na Chapada Diamantina poucos cafeicultores compreendem que, na busca de qualidade, de retornos crescentes aos investimentos e da sustentabilidade no longo prazo, a gestão pode ser uma ferramenta tão importante quanto o uso de tecnologias de produção.
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    IMPACTOS DE CULTIVARES RESISTENTES A DOENÇAS E PRAGAS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA CAFEICULTURA NAS PRINCIPAIS REGIÕES CAFEEIRAS DO BRASIL
    (2011) Bliska, Flávia Maria de Mello; Fazuoli, Luiz Carlos; Braghini, Masako Toma; Embrapa - Café
    A imunidade ou a tolerância a doenças e pragas propicia menor utilização de produtos químicos e, consequentemente, considerável economia para os produtores, além de sensível redução dos riscos relacionados à poluição ambiental e à saúde dos agricultores e consumidores. Consequentemente, as características inovadoras de cultivares com resistência a doenças e pragas atendem à demanda mundial crescente por produtos cultivados por meio de tecnologias que minimizem resíduos, desperdícios, custos desnecessários e que resultem em impactos positivos e significativos para a saúde de trabalhadores, produtores rurais e consumidores, contribuindo com o desenvolvimento rural sustentável. Esse estudo analisa os impactos sociais, ambientais e econômicos da adoção de cultivares resistentes a pragas e doenças no desenvolvimento sustentável de regiões cafeeiras com base na avaliação dos cultivares resistentes desenvolvidas no Instituto Agronômico (IAC): Tupi IAC 1669-33, Tupi RN IAC 1669-13, Obatã IAC 1669-20 e Apoatã IAC 2258 (porta-enxerto). Essas cultivares apresentam elevado potencial de produtividade e boas características agronômicas e tecnológicas e se destacam por serem utilizadas em cultivos convencionais ou orgânicos, familiares ou empresariais, em regiões com condições edafoclimáticas favoráveis à disseminação de doenças e pragas específicas. Ademais, a cultivar Tupi RN IAC 1669-13 apresenta resistência múltipla, o que proporciona vantagens adicionais em relação às demais cultivares resistentes.
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    GERAÇÃO DE EMPREGO NA CAFEICULTURA BRASILEIRA
    (2009) Bliska, Flávia Maria de Mello; Guilhoto, Joaquim José Martins; Imori, Denise; Vegro, Celso Luís Rodrigues; Camargo, Fernanda Sartori de; Sakon, Fernando Malateux; Embrapa - Café
    O café é uma lavoura bastante difundida no território brasileiro, decorrente, em parte, de seu caráter migratório, mantido desde a época colonial. Durante muitas décadas foi o principal produto das exportações nacionais e, apesar da redução dessa participação na pauta exportadora, ainda é muito importante para o País. Os sistemas de produção intensivos em mão-de-obra, de perfil familiar, predominam na maior parte dos cinturões produtores, principalmente na etapa da colheita, responsável por até 50% dos custos de produção agrícola. Em razão das características tecnológicas e estruturais do parque cafeeiro dos principais estados produtores este estudo visa subsidiar a adoção de políticas públicas destinadas ao seu planejamento e ao aumento da competitividade setorial. Os resultados evidenciaram a importância da lavoura e da indústria do café tanto para as economias estaduais como para a economia nacional como um todo, assim como o impacto potencial de políticas públicas que fortaleçam esses segmentos. O estudo foi realizado via modelo inter-regional de insumo-produto, para o ano de 2002, com sete regiões e 44 setores cada uma, em um sistema de 308 setores.
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    CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ NAS PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS DO BRASIL
    (2009) Bliska, Flávia Maria de Mello; Vegro, Celso Luís Rodrigues; Afonso Júnior, Paulo César; Mourão, Elessandra Aparecida Bento; Cardoso, Cleide Helena Santos; Embrapa - Café
    A cafeicultura brasileira é historicamente vinculada ao processo de desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país. Apesar dos últimos anos o café ter perdido importância relativa nas receitas oriundas de exportação quando comparadas à expansão verificada em outros segmentos agropecuários, as estimativas oficiais mostram que, no longo prazo há tendência de crescimento de produção e produtividade do café no país. Para enfrentar esta conjuntura de forma profissional e competitiva é de fundamental importância o estudo do custo de produção, para sustentabilidade econômica do cafeicultor que queira permanecer viável na atividade. Em função da disparidade de resultados entre as diversas fontes de informação sobre custos de produção da lavoura disponíveis, este estudo calcula e compara os custos de produção nos principais Estados produtores brasileiros – Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rondônia e Paraná – e de suas respectivas regiões produtoras, visando fornecer subsídios aos cafeicultores, para consolidarem o acompanhamento da economia cafeeira, e subsídios à formulação e implementação de políticas públicas para as diferentes regiões produtoras do País. O levantamento foi realizado mediante aplicação de um questionário estruturado, aplicado entre setembro de 2005 e agosto de 2006. O estudo compatibilizou diferentes modelos de custos de produção, utilizados na pesquisa científica, a fim de gerar resultados passíveis de uma análise geral e de escopo homogêneo.
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    Contribuições do Sebrae- SP para o desenvolvimento do sistema agroindustrial do café na região de São João da Boa Vista- SP.
    (2007) Matavelli, Eduardo Chagas; Petreca, Luis Antonio Carvalho; VIVIANI, MARCELO JULIANO; Pereira, Sérgio Parriras; Bliska, Flávia Maria de Mello; giomo, gerson silva; Embrapa - Café
    O setor produtivo do café da Região de São João da Boa Vista - SP é constituído principalmente por propriedades familiares, onde predomina baixo nível de conhecimento técnico e dificuldades de acesso a novas tecnologias. Para suprir as demandas dessa categoria de produtores, foi implementado nessa região o Programa SAI-Café, uma parceria do SEBRAE-SP e CATI, visando transformar produtores rurais em pequenos empresários. Nesse estudo verificou-se que o Programa SAI-Café sensibilizou grupos de produtores quanto à necessidade de produção de cafés de melhor qualidade, bem como estimulou a formação de novos empreendedores e a constituição de Associações Produtores Rurais.
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    Custos e beneficios dos processos de certifição em andamento no Brasil.
    (2007) Pereira, Sergio Parreiras; Bliska, Flávia Maria de Mello; Giomo, Gerson Silva; Embrapa - Café
    Nos últimos anos vários programas de certificação vêm se estabelecendo no Brasil. No entanto, não há informações claras sobre os benefícios sociais, ambientais e econômicos desses programas para a cafeicultura e para melhoria das condições de vida dos cafeicultores. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar os benefícios e custos envolvidos no processo de certificação de cafés sustentáveis em relação aos cafés convencionais. O estudo identificou que o custo da certificação depende muito do programa escolhido e do nível gerencial e técnico em que a propriedade se encontra. Além disso, identificou-se que os principais custos de certificação de cada programa são os diretos: consultorias, auditorias, capacitação dos funcionários e adequações administrativas aos critérios de gestão exigidos. O estudo indicou, ainda, que os cafeicultores obtiveram benefícios financeiros da certificação. Isso se aplica a todos os principais programas de certificação em operação no Brasil – Fairtrade, Orgânico, Rainforest Alliance e Utz Kapeh – tanto para as grandes empresas produtoras de café como para os produtores familiares entrevistados durante o estudo.
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    Avaliação de híbridos F1 de Coffea arabica cv. Catuaí Vermelho x C. canephora cv. Robusta DP (Arabusta)
    (2005) Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Braghini, Masako Toma; Bliska, Flávia Maria de Mello; Embrapa - Café
    Este estudo procura obter por meio de cruzamentos interespecíficos, cafeeiros com ótimas características agronômicas, arquitetura e porte adequados e com resistência múltipla ao agente da ferrugem e nematóides, utilizando híbridos F1 de Coffea arabica cv. Catuai Vermelho e C. canephora cv. Robusta DP, denominados Arabusta. Foram identificados 10 cafeeiros altamente produtivos, tipo arabusta, com resistência múltipla à ferrugem e ao nematóide Meloidogyne exigua, que representam uma nova opção para a cafeicultura brasileira, em função da possibilidade de sua utilização em áreas apropriadas ao cultivo da espécie C. canephora.