SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Trocas gasosas e relações hídricas de quatro espécies cafeeiras
    (Embrapa Café, 2013) Andrade, Giselly Aparecida; Souza, Fábio Suano de; Caramori, Paulo Henrique; Medina, Cristiane de Conti
    O objetivo deste trabalho foi caracterizar as espécies C. arabica, C. canephora, C. dewevrei e C. racemosa quanto às suas trocas gasosas e relações hídricas, no período de um ano, com a finalidade de fornecer suporte ao melhoramento genético destas espécies, na busca de sua adaptação às mudanças climáticas. Com o aquecimento global estão previstos aumentos entre 1,8 ºC e 4 ºC na temperatura média global até o final do século XXI, com impactos significativos nos ecossistemas. O café, que possui duas espécies de interesse no mercado internacional, Coffea arabica L. (café arábica) e Coffea canephora Pierre (café robusta) poderá ser severamente afetado. Outras espécies sem valor comercial como Coffea dewevrei e Coffea racemosa poderão ser de grande importância nos programas de hibridação e de melhoramento genético das cultivares atuais, buscando ampliar a tolerância a condições climáticas desfavoráveis. Foram avaliados cafeeiros pertencentes à coleção de espécies de café do Instituto Agronômico do Paraná localizada em Londrina, PR. As leituras de fotossíntese, condutância estomática e transpiração foram realizadas mensalmente, em dias sem nuvens, no período de Dezembro de 2007 a Novembro de 2008, em quatro plantas de cada espécie, utilizando-se uma câmara LICOR modelo LI6200. Para a avaliação das relações hídricas foram utilizados psicrômetros de termopar. Os resultados foram submetidos à análise de componentes principais. As espécies não apresentaram estresse hídrico mesmo nos períodos de menor precipitação. A espécie C. canephora apresentou maior estabilidade nas relações hídricas durante o período avaliado. A espécie C. racemosa se destacou por sua elevada capacidade fotossintética mesmo durante o inverno, o que a torna interessante para o melhoramento genético das espécies comerciais, visando adaptação às mudanças climáticas.
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    Danos foliares em genótipos de café expostos a temperaturas negativas
    (Embrapa Café, 2015) Rosisca, Juliandra Rodrigues; Nagashima, Getúlio Takashi; Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Sera, Gustavo Hiroshi; Oliveira, Carolina Maria Gaspar de; Andreazi, Elder; Aguiar e Silva, Marcelo Augusto de; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Sera, Tumoru
    As geadas (temperaturas negativas) podem comprometer a viabilidade econômica da cultura, pois provocam danos na folha e nos frutos nos anos de ocorrência, porém também pode afetar as produções subsequentes. Até o momento, não existem cultivares de café arábica com um bom nível de tolerância às temperaturas negativas. Apesar dos estudos já efetuados, é necessário confirmar a tolerância a temperaturas negativas em genótipos de café e verificar em quais temperaturas os diferentes cafeeiros são afetados. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar os danos foliares provocados pelas temperaturas negativas em C. racemosa e em genótipos de café arábica portadoras de genes de C. racemosa e C. liberica. O experimento foi conduzido no IAPAR em uma câmara de crescimento, onde cafeeiros foram submetidos às temperaturas -2 ºC, -3 ºC, -4 ºC e -5 °C, por um período de 1 hora. Os experimentos foram instalados no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de uma planta. As mudas foram submetidas por um período de aclimatização de 24h, com temperatura mínima de 5ºC e 60% de umidade relativa. Após a aclimatização, a temperatura foi reduzida linearmente, para atingir as temperaturas mínimas. Foram avaliados 10 genótipos, sendo quatro genótipos de Coffea arabica portadores de genes de C. racemosa, “H147/1”, ‘IPR 100’, ‘IPR 105’, C. racemosa, ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ (testemunha sensível) e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ (testemunha sensível). As avaliações dos danos foram efetuadas 24hs e 15 dias após a exposição às temperaturas negativas. Essas avaliações foram visuais utilizando uma escala de notas de 1 a 5, onde: 1 = ausência de dano; 5 = 100% da área foliar danificada. Coffea racemosa foi mais tolerante às temperaturas de -4ºC e -5ºC do que os demais cafeeiros, que foram todos sensíveis nessas temperaturas. Os cafeeiros arábicos portadores de genes de C. racemosa e C. liberica não foram tolerantes ao frio. “H 147/1”, que é um cafeeiro arábico portador de genes de C. liberica, foi mais sensível ao frio do que as testemunhas sensíveis. ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ não apresentaram diferenças quanto à tolerância ao frio. As notas médias dos danos foliares foram maiores nas avaliações após 15 dias das plantas serem submetidas ao frio do que após 24 horas. Quando as plantas foram submetidas à temperatura de -4ºC, por 1 hora, foi possível separar melhor o genótipo tolerante das sensíveis. Em avaliações após 15 dias, a -3ºC, alguns genótipos não foram danificados. No geral, após 15 dias, danos foliares leves a moderados foram observados nas temperaturas de -2°C e -3°C, porém somente foram severos a partir de -4ºC, sendo que a -5ºC os danos foram muitos severos.