SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Avaliação de espaçamentos e adubação para três cultivares de café
    (2003) Androcioli, Armando; Chaves, Júlio César Dias; Sera, Tumoru; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As oscilações de preço do café tem evidenciado a necessidade de tornar cada vez mais eficiente o sistema de produção de café para que o produtor possa superar as adversidades que ocorrem ao longo do período de vida útil do cafeeiro. Neste aspecto, o ajuste de espaçamentos e adubação para as cultivares e tipo de manejo da lavoura, são fundamentais para montar um sistema de produção eficiente. Com o objetivo de aperfeiçoar o modelo tecnológico de produção de café adotado no Paraná, implantou-se um experimento em junho de 1990 no município de Iguaraçú-PR., em solo latossolo vermelho escuro textura arenosa (Led), com 4 espaçamentos, 4 níveis de adubação e 3 cultivares de café de porte baixo. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas subsubdivididas, com as densidades nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas, com quatro repetições. Os espaçamentos foram definidos procurando-se compor quatro sistemas de produção: a) lavoura preparada para condução manual e sem espaço livre entre as linhas de cafeeiros; b) lavoura para condução manual e com espaço livre de 30 cm entre as linhas de cafeeiros; c) lavoura preparada para condução com microtrator, com espaço livre de 80 cm e d) lavoura para condução com trator cafeeiro, com espaço livre de 130 cm. As distâncias entre linhas foram definidas assumindo um diâmetro de copa (D) de 2,10 e calculado os espaçamentos (E) pela equação E=D+L, onde L é igual ao espaço livre desejado para cada sistema. Os espaçamentos entre as linhas de cafeeiros foram de 1,90 m; 2,40 m; 2,90 m e 3,40 m, todos com distância na linha de 1,5 m, com 2 plantas por cova, resultando em populações de 3509; 2778; 2299 e 1961 covas/ha, respectivamente. Os níveis de adubação foram: 0 % (sem adubo); 25 % da dose máxima; 50 % da dose máxima e 100 % para a dose máxima. Utilizou-se as cultivares IAPAR 59, progênie PR89088 (‘Icatu’ x ‘Catuaí’) e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram avaliadas anualmente as produtividades em café beneficiado no período de 1993 a 2000. Para a comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, nos casos em que o teste de F indicou diferenças significativas entre os tratamentos. Os dados foram ajustados para cada densidade em função dos níveis de adubação. A análise estatística dos dados indicou diferenças significativas na produtividade média de 8 colheitas, entre os espaçamentos, entre os níveis de adubação e entre as cultivares. A produtividade média de café beneficiado foi crescente com o aumento da densidade, com valores da menor para a maior densidade de 1085, 1303, 1563 e 1708 kg/ha. Os aumentos nas doses de fertilizantes proporcionaram aumento na produtividade média em todas as densidades estudadas. O impacto da adubação foi mais acentuado nas duas densidades menores com incremento linear da produtividade em função das doses de fertilizante. Nas duas maiores densidades, os incrementos de produtividade nos níveis mais altos de adubação foram menos acentuados, com tendência à estabilização. Em todas as cultivares, houve incremento da produtividade em função do aumento na densidade de plantio. A cultivar IAPAR 59 foi a mais produtiva em todas as densidades e níveis de adubação, com média de 1512 kg de café beneficiado por hectare, enquanto que a progênie PR89088 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC-81 produziram em média 1372 e 1351 kg por hectare, respectivamente. A cultivar IAPAR 59 mostrou resposta linear da produtividade em função da densidade de plantio, indicando maior aptidão para os plantios adensados do que as demais, que apresentaram tendência de menor incremento em produtividade nas maiores densidades.
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    Estimativa do teor de cafeína nas sementes de café baseado na sua concentração nas folhas de mudas e plantas adultas
    (2003) Chaves, Júlio César Dias; Miyazawa, Mário; Bloch, Maria de Fátima M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeína é um alcalóide encontrado nas sementes de café, pertencente ao grupo das metilxantinas. Segundo a farmacopéia brasileira, a cafeína está incluída entre os excitantes psicomotores que têm, principalmente, a propriedade de estimular a atividade mental. No homem normal, em doses terapêuticas (100-200 mg) produz leve excitação psiquica, favorecendo o trabalho intelectual e afastando a sonolência e a sensação de fadiga. No entanto, a ingestão de grandes quantidades, pode provocar problemas à saúde. A desinformação e contradições existentes a respeito do assunto, provocam nos consumidores o desejo de buscar alternativas por bebidas isentas de cafeína ou com teores reduzidos, embora outros compostos presentes no grão de café também possam ser responsáveis por parte desses efeitos. O teor de cafeína varia muito entre as espécies de café cultivadas no mundo; assim a espécie C. canephora apresenta maior quantidade na semente em relação à espécie C. arabica que é a mais cultivada no Brasil. Dentro da mesma espécie pode ocorrer diferenças no teor de cafeína das sementes. Os trabalhos de melhoramento na busca por cafés com menor teor de cafeína têm demorado algum tempo em virtude da necessidade de se obter, do cafeeiro, sementes para análise. A eliminação desta etapa pode contribuir para acelerar a obtenção dos resultados. Sendo o principal produto agrícola em termos de comercialização mundial e a base da economia de vários países, o café ainda pode ganhar alguns mercados onde o consumo é baixo, particularmente no continente asiático; para isso é necessário continuar desenvolvendo pesquisas que visem, principalmente, dar resposta ao consumidor sobre as verdades e mitos da bebida café. O trabalho foi conduzido no Centro Experimental do IAPAR em Londrina - PR. sendo realizadas amostragens de folhas e sementes em plantas de Coffea arabica cvs. Mundo Novo, Catuaí, Iapar - 59, Icatu e Sarchimor e Coffea canephora cv. Robusta, com o objetivo de economizar tempo na seleção de plantas com diferentes teores de cafeína na semente, mediante o conhecimento prévio das concentrações do alcalóide nas folhas, sem necessidade de se esperar pela produção de frutos. A amostragem das folhas no campo, foi feita conforme a idade: 1 o , 3 o e 6 o pares; nos estádios de chumbinho dos frutos, enchimento dos grãos, granação e maturação. Os frutos foram coletados no estádio de cereja. Parte dos frutos foram semeados para obtenção de mudas das quais retiraram-se o 1 o e 3 o pares de folhas. Os materiais coletados foram secos, moídos e submetidos à determinação de cafeína, sendo a extração feita pelo método da água quente e a determinação por espectrofotometria a 273 nm. Os resultados mostraram para as duas espécies utilizadas, que a cafeína nas folhas do primeiro e terceiro pares de mudas aumentou linearmente com o teor de cafeína nas sementes, podendo indicar com eficiência os teores nas sementes das plantas adultas. Em condições de planta em produção no campo, o primeiro par de folhas mostrou sempre valores superiores de cafeína em relação às folhas mais velhas, particularmente no caso da espécie C. canephora. No período de maturação dos frutos foi encontrado o menor teor de cafeína nas folhas, provavelmente devido a intensa redistribuição. O primeiro par de folhas amostrado no estádio "chumbinho" dos frutos mostrou ser o melhor material e a época mais indicada, devido a alta correlação com o teor de cafeína das sementes. O teor do alcalóide é menor na casca comparativamente às sementes; este fato pode indicar também mobilidade da cafeína da casca para a semente.