SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Desenvolvimento e produtividade do cafeeiro orgânico
    (2003) Cunha, Rodrigo Luz da; Alvarenga, Maria Inês Nogueira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Considerando o grande potencial para a prática da cafeicultura orgânica, pouco se tem oferecido como mate-rial técnico para orientar esse caminho, quando se compara com os sistemas convencionais. Nesta conjuntura, é necessário identificar e conhecer as peculiaridades deste sistema visando um manejo adequado da mesma. O objetivo do subprojeto foi obter informações que possam subsidiar a condução das lavouras no sistema orgânico. Para isto, foram implantadas, com as cultivares Rubi MG-1192 e progênie denominada H-419, dois cultivos em áreas distintas, na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso - MG, uma conduzida no sistema orgânico e a outra no sistema convencional. No sistema convencional, adotou-se as recomendações da CFSEMG de 1999 como referência para adubação de plantio, cobertura e formação da lavoura; para o controle de plantas daninhas, fez-se o uso de herbicida pré-emergente na linha de plantio e nas entrelinhas foram utilizados herbicidas pós-emergentes, seletivos para a cultura, alternada com cultivo mecânico com roçadeira. No sistema orgânico foi empregado Fosfato Natural de Araxá; a adubação de cobertura foi com torta de mamona, atendendo as mesmas quantidades de N e P do sistema convencional; plantas indesejáveis foram controladas por capinas; também foi realizado, a partir do primeiro ano, a cobertura morta com palha de feijão, colocada nas linhas de plantio. No segundo ano de formação da lavoura, a entrelinha, foi cultivada com leguminosa, Arachis pintoi (cultivar amarillo/MG-100), como cobertura verde. Foram registrados os números de replantas, no início do ano 2001 (período chuvoso), para cada sistema de cultivo e avaliadas as seguintes características: crescimento vegetativo: altura de plantas, diâmetro de copa, vigor (notas subjetivas de 0 a 10) e porte (baixo, médio e alto). Análise química da palha de feijão e a umidade atual solo. A quantidade total de mudas utilizadas no replantio do sistema orgânico foi de 600 mudas (300 mudas para cada "material", cultivar Rubi MG-1192 e H-419), no sistema convencional, 1.100 mudas (600 mudas para Rubi e 500 para o Híbrido). Este grande número de replantas nos dois sistemas de cultivo foi atribuído ao atraso no plantio, realizado no final do período chuvoso, e ocorrência de estiagem prolongada, prejudicando o "pegamento inicial" das mudas. O menor gasto de replantas no sistema orgânico atribuiu-se à maior retenção de umidade do solo promovido pela palha de feijão. A análise de variância para as demais características mostrou efeito significativo para os dois materiais utilizados em função dos diferentes sistemas de cultivo testados. Verificou-se que no sistema de cultivo orgânico, tanto o H - 419 quanto a cultivar Rubi apresentaram, para as caracte-rísticas de crescimento, superioridade em relação ao sistema convencional. Este resultado se deve, sobretudo, ao sinergismo de vários fatores como o emprego de palha de feijão utilizado como barreira física às plantas daninhas, propiciando um controle satisfatório do mato, e retendo maior umidade no solo (umidade atual, característica avaliada no final de 2001), além da mineralização da palha. A decomposição da palha contribuiu também, com o "pegamento" inicial das mudas no campo dadas as condições climáticas adversas em que a cultura foi submetida no primeiro ano de cultivo em 2000. A cobertura do Arachis pintoi formou uma vegetação rasteira e densa impedindo o desenvolvimento de plantas invasoras representando economia na prática de capina e maior proteção ao solo contra erosão. É importante citar que o emprego de cobertura morta como a palha de feijão e o cultivo de leguminosas como cobertura verde nas entrelinhas do cafeeiro, não são de uso exclusivo deste sistema de cultivo, apenas optou-se por este manejo. A palha de feijão supriu satisfatoriamente o cafeeiro no aspecto nutricional, o que se explicaria pela composição química da palha de feijão e a quantidade de matéria seca de palha por planta (em torno 4Kg m.s.palha/planta/ano). Fez-se a comparação entre nutrientes liberados durante a decomposição da palha e recomendado (CFSEMG,1999) para o café convencional em função da disponibilidade de K do solo e doses de N aplicadas no 1º e no 2º ano pós-plantio em cobertura. Embora as quantidades de nutrientes liberados pela decomposição da palha de feijão tenham sido um pouco menores do que o recomendado deve-se levar em consideração os benefícios que este resíduo forneceu com outros nutrientes (macro e micronutrientes) e nos aspectos biológicos e físicos traduzidos pelo melhor crescimento vegetativo do cafeeiro neste início de formação da cultura. Até o período atual de forma-ção da lavoura, o menor replantio de mudas e o melhor desenvolvimento das mesmas, evidenciado pela maior altura, diâmetro de copa e vigor, indicam que o sistema orgânico foi superior ao convencional; sendo esses resultados associados à maior umidade do solo no sistema orgânico.
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    Efeito de adubações foliares em pré e pós florada na produção e qualidade das sementes de cafeeiro
    (2000) Lima, Dinara Mattioli; Cunha, Rodrigo Luz da; Pinho, Edila Vilela Resende Von; Guimarães, Rubens José; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O uso de sementes de alta qualidade é um dos fatores primordiais para o sucesso da produção e, entre outros, a nutrição da planta mãe é um dos fatores que afeta esta característica. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de nutrientes aplicados em pré e pós florada na produção e qualidade das sementes de cafeeiro. O experimento foi instalado em uma lavoura da cultivar Acaiá, no Departamento de Agricultura da UFLA. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em quatro repetições com os seguintes tratamentos: 1- 2g bórax/planta, 2- ác. bórico(0,25%)**, 3- ác. bórico(0,25%) + KCl(0,1%)**, 4- KCl(0,1%)**, 5- ác. bórico(0,25%) + CaCl2 (0,05%)**, 6-ác. bórico(0,25%) + CaCl2(0,05%) + KCl(0,1%)**, 7- CaCl2 (0,05%)**, 8- ác. Bórico (0,25%) + KCl(0,1%) + açúcar(0,1%) + úreia(0,1%) + sulfato de Zn(0,3%)*, 9- trat.8 + MAP(0,1%)*, 10-trat. 9 + sulfato de Cu(0,1%) + sulfato de Mn(0,1%) + Mo(0,01%)*, 11-trat.10 + CaCl2(0,05%)*, 12- açúcar(0,1%) + úreia(0,1%) + sulfato Zn(0,3%) + sulfato Mg(0,1%) + MAP(0,1%)*, 13-ác.bórico(0,25%) + açúcar(0,1%) + úreia(0,1%) + sulfato de Zn(0,3%) + sulfato Mg(0,1%) + MAP (0,1%)**, 14- trat.13 + CaCl2 (0,05%)**, 15-Testemunha sem pulverização; (*Foi feita uma pulverização após florada principal, ** Foram feitas duas pulverizações, uma antes e a outra após a florada principal). Além da produção, foi avaliada a qualidade das sementes pelos testes de germinação, índice de velocidade de germinação, T50, condutividade elétrica e análise de Proteína Total pelo sistema SDS- Page e atividade de isoenzima pelo sistema PAGE para a Esterase e Catalase. Os tratamentos 5, 13, 1, 2, 6, 7, 11 e 14 propiciaram as maiores produções. Não se constatou efeito dos tratamentos na porcentagem de germinação das sementes, índice de velocidade de germinação, T 50 e condutividade elétrica. Os marcadores bioquímicos selecionados não detectaram diferenças entre os tratamentos.