SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Crescimento e produtividade de plantas de café e alterações químicas e biológicas do solo em plantio no espaçamento duplamente progressivo
    (2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Camargo, Ângelo Paes de; Gallo, Paulo Boller; Silveira, Adriana P. D.; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de avaliar a dinâmica do desenvolvimento, composição mineral, atividade e composição microbiana do solo, capacidade fotossintética e produtividade de plantas de cultivares de cafeeiro, em sistema de espaçamentos duplamente progressivos, foi implantado um ensaio em 1994, na Estação Experimental de Mococa do Instituto Agronômico de Campinas, o qual foi avaliado no período de 1996-2001. Foram utilizados quatro cultivares, sendo dois de porte alto (Icatu Vermelho-IAC 4045 e Mundo Novo - Acaiá) e dois de porte baixo (Catuaí Amarelo - IAC 62 e Obatã-IAC 1669-20), sendo dois materiais resistentes à ferrugem (Icatu e Obatã) e dois susceptíveis (Catuai e Acaia), plantados exatamente nos sentidos N - S; L - O. No total foram plantadas 225 plantas de cada cultivar, em espaçamento duplamente progressivo, nos espaçamentos entre linhas de 0,60m; 0,72m; 0,85m; 1,04m; 1,24m; 1,50m; 1,80m; 2,15m; 2,57m; 3,10m; 3,70m; 4,46m; 5,20m; 6,40m em 4 talhões, um para cada cultivar. As medidas foram feitas nas diversas fases fenológicas do ciclo do cafeeiro, avaliando-se a altura das plantas, diâmetro das copas e produção para cada planta. No sexto ano de produção, a atividade e composição microbiana no solo foram avaliadas em amostras de solo obtidas nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, através de determinações de respirometria, biomassa de carbono, determinação do carbono da biomassa microbiana e pela contagem do número de esporos. Nas mesmas amostras de solo, foram determinados os teores de macro e micronutrientes por variedade, em função dos espaçamentos. Verificou-se que na primeira produção as plantas de Icatu já começaram a encontrar os ramos plagiotrópicos em espaçamento de até 1,80 m. Os cultivares de porte baixo e o Acaia apresentaram crescimento de diâmetro de copa menor do que o Icatu, com adensamento abaixo de 1,50 m. No quarto ano de produção, no cultivar Icatu a competição por espaço inicia-se a partir do espaçamento de 2,15 m, enquanto que para os outros cultivares a competição mantém-se até 1,80 m. As avaliações da atividade e composição microbiana mostraram que os valores respirométricos (mg de CO 2 / 9d), de modo geral, foram mais elevados na profundidade de 20-40 cm e nos cultivares de porte alto (Mundo Novo e Icatu que nos cultivares de porte baixo (Catuai e Obatã), e que esses valores apresentaram pouca variação com o aumento do espaçamento. Pode-se observar também que o número de esporos, apresentou pouca variação entre as variedades utilizadas e valores semelhantes para as duas profundidades. A análise de C da biomassa microbiana mostrou resultados semelhantes nas duas profundidades. Com referência ao efeito do espaçamento nas características químicas do solo, verificou-se que o teor de Ca aumentou com o espaçamento, enquanto a quantidade de matéria orgânica não foi influenciada. Os teores de macro e micronutrientes, acidez do solo (H+Al) e de matéria orgânica, apresentaram a mesma tendência nos quatro cultivares estudados. Considerando-se a média das quatro cultivares, observou-se que os teores de matéria orgânica, P, K e Ca foram maiores na camada de 0-20 cm, o teor de Zn foi maior na de 20-40 cm, e o de B não variou com a profundidade de amostra. Os resultados da análise química de macro e micronutrientes do solo nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, revelaram aumentos nos teores de P, K, Zn, B e da acidez (H + AI), e decréscimos nos teores de Ca, com a redução do espaçamento.
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    Avaliação de índices fisiológicos de produção para utilização em modelos de previsão de safra de café
    (2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de estudar as características fisiológicas envolvidas no crescimento e na produção do cafeeiro, foram efetuadas avaliações durante três períodos produtivos (1999-2001), em lavouras de café conduzidas com diferentes utilizações de tecnologia em regiões sujeitas a diferentes condições edafoclimáticas , visando a estimativa antecipada de safra, através da utilização de modelos matemáticos. As avaliações foram realizadas em 14 propriedades (Unidades Experimentais - UEs) da região de Garça/ Marília, todas elas georreferenciadas. Neste trabalho são apresentados resultados das avaliações quantitativas do crescimento, frutificação e produção das plantas das 14 UEs, das quais procurou-se estabelecer relações entre os diversos índices fisiológicos de produção, visando identificar aqueles que apresentam maior facilidade de obtenção, isenção da interferência do avaliador e que representassem uma amostra representativa do talhão. Os resultados obtidos para todas as UEs nos três períodos, mostraram alta correlação (R 2 = 0,84) entre as médias do número de frutos do 4º e 5º nós, com a média do número de frutos por nó, obtida da relação entre o número total de frutos do ramo pelo número de nós produtivos do ramo. Separando-se as UEs por idade da cultura (UEs com menos de 8 anos e UEs com mais de 8 anos), verificou-se que a correlação nas UEs com maior idade foi superior às de menor idade, alcançando um R 2 de 0,91. Análises de correlações efetuadas dentro de UEs de mesma variedade, mostraram que a melhor correlação foi obtida para o cultivar Icatu com um R 2 de 0,96, e que no Catuaí a correlação foi relativamente baixa, com R 2 de 0,54. Este baixo valor obtido para a variedade Catuaí pode ter como uma das causas o baixo número de UEs amostradas. Com relação ao porte das plantas, verificou-se que as UEs de variedades de porte alto apresentaram correlações, entre os índices fisiológicos de produção estudados, mais altos que as UEs de variedades de porte baixo. Com a obtenção dos dados de produção, procurou-se correlacionar os diversos índices obtidos com a produção final. Como verificado na avaliação para correlações na variedade, o baixo valor de R 2 obtido para as variedades em porte baixo (Catuaí) pode ser atribuído ao baixo número de UEs amostradas. Esses resultados permitem concluir que o índice fenológico de produtividade, obtido com a contagem do número de frutos do 4º e 5º nós, contados do ápice para a base, de ramos plagiotrópicos do terço médio da planta, pode substituir o índice obtido pela relação entre o número total de frutos do ramo e número de nós produtivos do ramo, dada a alta correlação que apresentam entre si. As correlações entre os índices isolados (n o frutos no 4 o nó; n o frutos no 5 o nó; n o frutos no 4 o e 5 o nó; n o de nós produtivos no ramo e n o total de frutos no ramo, apresentaram valores relativamente baixos. Quando a eles foi associado outro índice, como número total de nós produtivos no ramo, o valor da correlação praticamente dobrou, permanecendo ainda em valores muito baixos. Entretanto, quando a esses índices associa-se um terceiro índice como a altura da planta na cultura, observa-se um ganho significativo na correlação, alcançando esta valores da ordem de 0,80. Esses resultados mostram que os índices utilizados, quando aplicados de forma integrada em modelos matemáticos de previsão de produtividade de café, podem reduzir significativamente a margem de erro.
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    Estudo de doses e modos de aplicação de N e K no crescimento, estado nutricional e produção de plantas de café
    (2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Novo, Maria do Carmo de Salvo Soares; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste estudo foi estabelecer doses adequadas de nitrogênio e de potássio para proporcionar maior produtividade e sustentabilidade da cultura do cafeeiro. Um experimento foi conduzido durante o ano de 1999/ 00 a 2001/2002 com o cultivar Obatã IAC 1669-20. Utilizou-se o delineamento experimental em fatorial NK (4 x 4 x 2), com N nas doses bianuais de 50, 200, 400 e 800 Kg N/ha e K nas doses bianuais de 40, 160, 320, 640 Kg de K 2 O/ha, sendo que metade dos tratamentos foi conduzida aplicando-se 1/3 da dose no primeiro ano e 2/3 no segundo e a outra metade dos tratamentos aplicando-se a metade da dose a cada ano. Nos tratamentos que foram conduzidos com metade da dose a cada ano, as aplicações de doses crescentes de N aumentaram linearmente o número de frutos, comprimento de internódios e o diâmetro da copa. Houve interação N x K com relação ao número de flores. A interação N x K foi observada somente para as doses baixas de N (25 e 100 Kg de N/ha). Verificou-se acréscimos lineares na produção com o aumento das doses de K igual e superior a 80 Kg de K 2 O/ha. Em dose baixa de K (20 Kg K 2 O/ha) foi observado aumento na produção somente até a dose estimada de 265 Kg N/ha. Os resultados globais da produção, referentes à comparação entre os dois modos de aplicação de doses dos nutrientes N e K, ou seja, 1/3 da dose bianual no primeiro ano e 2/3 no segundo ano e de ½ da dose bianual a cada ano, mostraram que a produção apresentou aumentos semelhantes com o aumento da dose de N, nos dois modos de aplicação. As respostas da produção ao aumento da dose de K também apresentaram aumentos semelhantes, independente da formas de aplicação. Para as aplicações de N no solo, houve interações para os nutrientes foliares de N e de B nas duas formas de aplicação. As curvas de resposta dos teores de N foram quadráticas e semelhantes, com máximos estimados para doses de 621 kg N/ha e de 695 kg N/ha, para as formas de aplicação de 1/3 - 2/3 e de 1/2 - 1/2, respectivamente. Para o B, houve redução linear com o aumento da dose de N, aplicado na forma 1/3 - 2/3, e redução quadrática, com o aumento da dose de N, aplicado na forma 1/2 - 1/2. Para as aplicações de N no solo, houve interações para os teores foliares de N e de B, nas duas formas de aplicação, verificando-se aumentos semelhantes nos teores foliares de N para ambas as formas de aplicação e reduções também semelhantes nos teores de B, independente da forma de aplicação. Para as aplicações de K, houve interações para os nutrientes de K e de Mg, também nas duas formas de aplicação, verificando-se que os teores foliares de K apresentaram aumentos semelhantes com o aumento da dose de K, independente da forma de aplicação. Para os teores de Mg, em ambas as formas de aplicação, houve redução semelhante e quadrática com o aumento da dose de K.
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    Estudo fisiológico da parte aérea e do sistema radicular e nutrição mineral de quatro espécies de Coffea e um híbrido natural, visando conhecer seus potenciais para utilização como porta-enxerto
    (2003) Alfonsi, Eduardo Lauriano; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A enxertia de cultivares de Coffea arabica L. sobre Coffea canephora Pierre vem sendo utilizada como alternativa para o cultivo de café em áreas infestadas por nematóides, em vista da resistência de C. canephora a esse patógeno. Contudo, mesmo em solos sem nematóides a enxertia de cultivares de C. arabica sobre C. canephora e C. congensis tem proporcionado expressivos aumentos no crescimento e na produção. Em adição, a enxertia melhorou qualitativamente a absorção de nutrientes, aumentando a absorção de K e reduzindo a de Mn. O objetivo desse trabalho foi estudar, em solos isentos de nematóide, o desenvolvimento da parte aérea e do sistema radicular e a nutrição mineral em plantas jovens de quatro espécies de Coffea e de um híbrido natural, visando conhecer seus potenciais para utilização como porta-enxerto para variedades comerciais de C. arabica. O experimento foi instalado sob telado (50% luz) localizado no município de Campinas, em meados de outubro de 2001. Os materiais genéticos estudados foram Apoatã-IAC-2258 (C.canephora); Bangelan-IAC coleção 5 (C. congensis); Catuaí-IAC-144 (C. arabica); Excelsa (C. dewevrei) e Piatã-IAC coleção 6 (C. arabica X C. dewevrei), todos plantados em tubos de PVC de 1m de altura e 10cm de diâmetro espaçados a 30cm. Verificou-se que o híbrido ´Piatã‘ apresentou maior altura de planta (AT) enquanto as espécies C. congensis e C. canephora apresentaram maior comprimento de raízes (CR). A maior relação comprimento de raízes e altura de planta (CR/AT) ocorreu na espécie C. congensis e a menor no híbrido ´Piatã‘. Os maiores volumes do sistema radicular (VSR) e a massa seca de raízes (MSR) foram apresentados pela espécie C. arabica e híbrido ´Piatã‘. A maior relação de massa seca de raízes e volume de raiz (MSR/VSR), foi obtida na espécie C. dewevrei, e a menor na espécie C. congensis, sendo que essa última mostrou maior número de raízes secundárias em toda a extensão da raiz pivotante, em comparação com os demais materiais genéticos. Os resultados mostraram que, de modo geral, as espécies C. canephora e C. congensis apresentaram maior desenvolvimento do sistema radicular com características anatômicas mais adequadas para explorar maior profundidade e volume do solo. As espécies C. congensis, C. canephora e o híbrido ´Piatã‘ apresentaram maiores teores foliares de K e menores teores de Ca , enquanto a espécie C. arabica apresentou quase que o dobro dos teores de Mn encontrados nos demais materiais genéticos.
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    Modelo agrometeorológico de monitoramento e de estimativa de quebra de produtividade como subsídio à previsão de safra de café (Coffea arabica L.) : Resultados preliminares
    (2003) Camargo, Marcelo Bento Paes de; Santos, Marco Antônio dos; Pedro, Mário José; Fahl, Joel Irineu; Brunini, Orivaldo; Meireles, Elza Jacqueline Leite; Bardin, Ludmila; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Uma consistente estimativa antecipada da produção de café no Brasil requer o conhecimento do tripé "Área-Tempo- Produtividade". A área pode ser estimada através das tecnologias de imagens de satélite georeferenciadas a campo como base para o mapeamento geoprocessado e consequente cadastramento das áreas cafeeiras. O tempo é importante, pois uma estimativa consistente deve ser obtida antecipadamente, pelo menos até o último bimestre do ano anterior à produção. Finalmente, o conhecimento da produtividade antecipada do cafeeiro é fundamental para bem caracterizar a produção final e consequentemente a previsão de safras. A produtividade é influenciada por vários fatores, como a utilização de insumos, preços, avanços técnicos, fatores biológicos e principalmente climáticos. Este último pode ser bem caracterizado através de modelos de monitoramento agrometeorológico, que consideram que cada fator climático exerce um certo controle na produtividade por influenciar em determinados períodos críticos da cultura, como o florescimento ou formação de grãos. Este trabalho tem como objetivo desenvolver e testar modelos fenológico-agrometeorológicos para monitoramento e estimativa da quebra relativa de produtividade esperada do café, que consideram os efeitos ambientais aos processos fisiológicos determinantes da produção. Dados climáticos, fenológicos e de produtividade de mais de 40 localidades representativas de regiões cafeeiras dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná estão sendo considerados. O componente fenológico do modelo visa estimar as épocas de início da "plena floração" do cafeeiro arábica, baseado na quantidade de calor acumulado necessário para que as gemas florais completem a maturação, ficando prontas para a antese plena quando o somatório de graus-dia a partir de abril atinge 1.590 GD. O componente agrometeorológico do modelo considera diferentes coeficientes de sensibilidade ao estresse hídrico (deficiência) e térmico (geada e temperatura elevada) em forma de penalização multiplicativa durante as fases fenológicas da cultura. O componente hídrico é baseado nos resultados de balanço hídrico sequencial, a nível decendial (10 dias). A deficiência hídrica é quantificada através do déficit de ET relativa [1-ETr/ETp], ajustados por diferentes fatores de sensibilidade da cultura (Ky) ao deficit hídrico acontecidos nas diferentes fases fenológicas na forma de produtório. ETr e Etp correspondem à evapotranspiração real e potencial. A parametrização dos valores de Ky está sendo feita a partir de observações experimentais e de acordo com a fenologia bienal do cafeeiro. O componente térmico do modelo se baseia na ocorrência de temperaturas máximas ou mínimas, ocorridas durante as fases fenológicas críticas e que interferem na produtividade da cultura. Diferentes modelos matemáticos estão sendo testados (linear, exponencial, logístico, gaussiano, etc) que relacionam quebra de produtividade em função da ocorrência de temperaturas mínimas absolutas do ar inferiores a 2°C, ou seja, sob condições de geadas e temperaturas máximas do ar superiores a 34°C durante a fase fenológica crítica do florescimento. O modelo de estimativa de quebra de produtividade foi testado para diversas regiões cafeeiras do Brasil. Resultados preliminares indicam que o modelo multiplicativo de penalização baseado em informações agrometeorológicas e fenológicas tem potencial para monitorar e estimar a quebra de produtividade esperada para diferentes regiões cafeeiras podendo servir como importante subsídio aos trabalhos de previsão de safra.
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    Análise do balanço hídrico seqüencial decendial (2002) para a região cafeeira de Mococa, SP
    (2003) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Nacif, Antônio de Pádua; Bardin, Ludmila; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O cafeeiro arábica é afetado nas suas diversas fases fenológicas pelas condições meteorológicas, principalmente a distribuição pluviométrica e temperatura do ar, que interferem na fenologia e na produção de grãos tanto nos aspectos quantitativos como qualitativos. Uma das formas de se caracterizar os períodos com excedentes e deficiências hídricas é através do balanço hídrico seriado ou seqüencial, normalmente utilizado no monitoramento agrometeorológico em base diária, decendial (10 dias), semanal ou mensal. Este trabalho apresenta o balanço hídrico seqüencial decendial com análise das condições termopluviométricas para Mococa, SP, região produtora de café arábica. Para a estimativa da disponibilidade hídrica do solo, utilizou-se o modelo de balanço hídrico de Thornthwaite & Mather (1955), em nível decendial, considerando a capacidade de água disponível de 100 mm. Os dados termopluviométricos são da estação meteorológica do IAC, localizada em Mococa, SP (latitude: 21°28’ S; longitude: 47°01’ W; altitude: 665m). A temperatura média mensal ocorrida de janeiro a dezembro foi de 23,8°C, estando 1,4°C acima da média normal, 22,4°C, para o mesmo período. Em outubro/2002 ocorreu a maior temperatura média (27,7°C) e julho/2002 a menor (19,7°C). Em relação à média normal, esses valores mostraram uma elevação da temperatura média do ar em torno de 4,4°C em outubro e de 0,7°C em julho. Em 2002, o total pluviométrico de janeiro a dezembro atingiu 1.448 mm, sendo que 48,7% das chuvas concentraram-se em janeiro-fevereiro e 33% em novembro-dezembro. Houve um excedente hídrico de 474 mm (janeiro e fevereiro) e outro de 114 mm (novembro e dezembro). De março a meados de novembro, a deficiência hídrica acumulada foi de 418 mm. A precipitação pluviométrica acumulada no período de janeiro a março esteve acima da média histórica, o que permitiu um bom desenvolvimento vegetativo dos cafeeiros e um bom início de granação dos frutos. A partir de março, teve início o período seco nesta região causando deficiência hídrica acentuada no solo. Abril foi um mês bastante seco, onde a deficiência hídrica atingiu 67 mm, o que comprometeu a formação dos botões florais (florada setembro/outubro) nesta região. Normalmente, entre abril e junho, ocorre também a maturação dos frutos, e a ocorrência de déficits hídricos moderados nesse período beneficiam a qualidade do produto. A deficiência hídrica elevada (209 mm), ocorrida entre abril e julho, associada às temperaturas elevadas nesta região influenciaram a fase final da granação e principalmente o período de maturação dos frutos. Com a chegada das chuvas em agosto, veio a primeira florada, bastante precoce. As chuvas ocorridas a partir de setembro, ocorreram de forma irregular e insuficientes, estendendo o período com déficit hídrico até o final do ano, provocando um baixo índice de enfolhamento das lavouras. Em meados de outubro, teve início um período com altas temperaturas, em média 5°C acima das médias históricas. Esta condição atípica provocou o crescimento vegetativo das plantas, retardando a floração das lavouras que tiveram alta produção em 2002, com possíveis conseqüências negativas para a produção de 2003.