SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO EM CULTIVARES DE CAFEEIRO ARÁBICA
    (2009) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Embrapa - Café
    As fases de indução e diferenciação de gemas reprodutivas no cafeeiro não são totalmente conhecidas, mas estão relacionadas com fatores fisiológicos como o fotoperíodo, intensidade de luz, água, temperatura e relação C/N. O meristema axilar de ramos plagiotrópicos inicia a organização de inflorescências sob condições ambientais indutivas. Esse trabalho objetivou estudar a diferenciação das gemas florais e a frutificação de cultivares de cafeeiro arábica desenvolvidos em Campinas-SP. O estudo foi realizado em três cultivares de cafeeiros adultos de Coffea arabica L.: ‘Catuaí IAC 81’; ‘Obatã IAC 1669-20’ e ‘Tupi IAC 1669-33’. Lâminas contendo cortes longitudinais-axiais foram analisadas para a caracterização dos estágios de diferenciação histológica das gemas. O desenvolvimento reprodutivo foi avaliado através de medidas de características fenológicas do crescimento de flores e frutos, das trocas gasosas fotossintéticas e do potencial hídrico. Os resultados indicaram que em fevereiro houve formação de gemas em todas as cultivares e, a partir de abril iniciou-se a diferenciação para gemas reprodutivas nas cultivares Obatã e Tupi e, em maio na ‘Catuaí’. No mês de junho quase todas as cultivares possuíam botões florais, com exceção da ‘Catuaí’, que apresentou um atraso no desenvolvimento. O pico de produção de botões florais ocorreu em julho, em todas as cultivares. A ‘Catuaí’ produziu maior número de frutos e o potencial hídrico das folhas também foi menor (menos negativo), indicando que foi mais eficiente no controle da água, em condições de acentuado estresse hídrico no solo.
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    EFEITOS DE NÍVEIS DE LUZ NA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E PRODUTIVIDADE DE PLANTAS DE Coffea arabica
    (2009) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Dias, Adriana Aparecida; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Embrapa - Café
    Apesar da importância da luz nos processos de floração e frutificação do cafeeiro, ainda são poucas as informações disponíveis sobre esse assunto. O conhecimento do efeito da intensidade de luz na floração e frutificação do cafeeiro permitiria definir níveis de sombreamento, ou densidades de plantio, adequados para maximizar o desenvolvimento, a produção e a sustentabilidade dessa cultura. Durante três anos consecutivos, a floração, o desenvolvimento e maturação dos frutos, e a produção foram avaliados em plantas de Coffea arabica L. cv. Catuaí, cultivadas em quatro regimes de luz, 30%, 50%, 70% e 100% da luz solar, com o uso de telas sombrites. Verificou-se que no ano de 2005, o aparecimento de gemas indiferenciadas iniciou em fevereiro e apresentou sensível queda a partir do início de abril, com exceção das plantas de pleno sol, onde o decréscimo ocorreu em maio. No início de junho praticamente todas as gemas já haviam se diferenciado em reprodutivas, com exceção das plantas de pleno sol, cujo processo de diferenciação permaneceu até final de agosto. No ano de 2006, em fevereiro, a maioria das gemas indiferenciadas já estavam presentes, e como no ano anterior, em meados de junho, em todos os tratamento as gemas já estavam diferenciadas em reprodutivas, inclusive as de pleno sol. A frutificação, avaliada pelo número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós (contados do ápice para a base de ramos plagiotrópicos), no ano de 2006, foi significativamente maior nos tratamentos sombreados, em relação às plantas cultivadas a pleno sol. Ao contrário, nos anos de 2007 e 2008 as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior número de frutos do que os tratamentos sombreados. O número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós foi diretamente relacionado com a produção, que mostrou as mesmas oscilações. Contudo, considerando a produção média dos três anos agrícolas, não houve diferença entre os tratamentos de luz. De modo geral, na colheita, as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior porcentagem de grãos passa e menor porcentagem de grãos verdes, em relação aos tratamentos sombreados. Comparando-se esses resultados com os dados anatômicos, verificou-se que o sombreamento antecipou o desenvolvimento das gemas e a abertura dos botões florais, em relação às plantas cultivadas a pleno sol, mas, nesse último tratamento o desenvolvimento e maturação dos frutos foram mais rápidos.
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    CONDIÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS E FENOLÓGICAS DO CAFEEIRO ARÁBICA EM GUAXUPÉ, MG, NO ANO AGRÍCOLA 2007-2008
    (2009) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Rolim, Glauco de Souza; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antônio; Volpato, Margarete Marin Lordelo; Embrapa - Café
    Neste trabalho são apresentados o balanço hídrico seqüencial decendial e uma análise dos principais eventos agrometeorológicos e fenológicos do cafeeiro arábica ocorridos no ano agrícola 2007-2008 no município de Guaxupé, localizado na região cafeeira do Sul de Minas Gerais. Pode-se verificar que o ano agrícola 2007-2008 foi caracterizado por uma temperatura média anual de 21,4°C, um índice pluviométrico de 1.435 mm, uma deficiência hídrica de 146 mm, um excedente hídrico de 583 mm e uma taxa de armazenamento médio de água no solo de 75 mm. De maneira geral, este ano agrícola foi menos chuvoso e mais quente que a média histórica (1960-2003). Os eventos fenológicos mais marcantes neste ano agrícola foram: a ocorrência de chuvas atípicas em julho que ocasionou floradas fora de época (final de julho e início de agosto) e as altas temperaturas e déficit hídrico em setembro que favoreceram a má formação das flores com o aparecimento de muitas estrelinhas.
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    Análise das condições agrometeorológicas e fenológicas do cafeeiro arábica em Guaxupé, MG, no ano agrícola 2005-2006
    (2007) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Embrapa - Café
    Neste trabalho são apresentados o balanço hídrico seqüencial decendial e uma análise dos principais eventos agrometeorológicos e fenológicos do cafeeiro arábica ocorridos no ano agrícola 2005-2006 no município de Guaxupé, localizado na região cafeeira do Sul de Minas Gerais. Pode-se verificar que o ano agrícola 2005-2006 foi caracterizado por uma temperatura média anual de 20,5°C, um índice pluviométrico de 1.117 mm, uma deficiência hídrica de 146 mm, um excedente hídrico de 348 mm e uma taxa de armazenamento médio de água no solo de 65 mm. De maneira geral, este ano agrícola foi menos chuvoso e mais frio que a média histórica (1960-2003). Os eventos fenológicos mais marcantes neste ano agrícola foram: a ocorrência de chuvas irregulares no início da primavera, que provocou vários florescimentos na região, acarretando o desenvolvimento irregular dos frutos do cafeeiro, e o longo período sem chuvas significativas no mês de janeiro, que prejudicou o crescimento vegetativo do cafeeiro, trazendo conseqüências à granação dos frutos. As perdas decorrentes do estresse provocado pelo veranico de janeiro na região de Guaxupé chegaram a 12%.
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    Iniciação e diferenciação floral em cultivares de cafeeiro
    (2007) Voltan, Rachel Benetti Queiroz; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Barreto, Tainá A.; Loures, Renata Aparecida de Almeida; Embrapa - Café
    As fases de indução e diferenciação de gemas reprodutivas no cafeeiro não são totalmente conhecidas, mas estão relacionadas com fatores fisiológicos bem como com o fotoperíodo, intensidade de luz, água, temperatura e relação C/N. O meristema apical de ramos plagiotrópicos deixa de produzir folhas e inicia a organização da inflorescência. Após a diferenciação, os primórdios reprodutivos se desenvolvem até cerca de 9mm de comprimento e entram em quiescência (período de repouso). A floração em plantas de Coffea arabica somente ocorre após chuvas superiores a 10 mm, enquanto que em plantas de C. canephora a floração pode ocorrer mesmo após um aumento elevado da umidade relativa do ar. Esse trabalho objetivou estudar a diferenciação morfológica da indução e do desenvolvimento das gemas de cultivares de C. arabica e de C. canephora desenvolvidos em Campinas-SP. Os resultados obtidos nesse trabalho indicaram que no mês de fevereiro havia formação de gemas indiferenciadas nas cultivares Obatã e Catuaí numa proporção maior do que na Apoatã, sendo estas ausentes na ‘Tupi’. No mês de março todas as cultivares apresentavam gemas indiferenciadas e, no mês seguinte, havia diferenciação para botão floral somente na ‘Apoatã’. Na cultivar Catuaí os botões florais se diferenciaram em maio, sendo que no mês de junho, todas as cultivares apresentavam botão floral em desenvolvimento, atingindo em setembro o seu desenvolvimento pleno. Esses estudos estão em prosseguimento a fim de definir os efeitos ambientais sobre o crescimento vegetativo, indução floral, desenvolvimento das gemas florais em plantas de café de diferentes genótipos.
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    Efeito de níveis de luz no crescimento, floração e frutificação do cafeeiro
    (2007) Fahl, Joel Irineu; Voltan, Rachel Benetti Queiroz; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Dias, Adriana A.; Barreto, Tainá A.; Almeida, Renata A. de; Embrapa - Café
    O efeito de quatro níveis de luz, 30%, 50%, 70% e 100% da luz solar, no desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação do cafeeiro foi avaliado em uma cultura de Coffea arabica cv Catuaí vermelho de cinco anos de idade plantada no espaçamento 3,2 x 0,65 m. Em todos os regimes de luz a produção de gemas indiferenciadas iniciou no final de fevereiro, sendo que no início do mês de abril as plantas submetidas aos níveis intermediários de luz (50% e 70%) apresentavam uma proporção maior de gemas indiferenciadas. A diferenciação para gemas reprodutivas somente ocorreu em meados do mês de maio nas plantas cultivadas em intensidades de 30 e 50% da luz solar. No final de junho havia gemas florais em desenvolvimento em todas as condições de luz, porém, em menores proporções nas plantas a pleno sol. Todas as gemas das plantas sombreadas apresentavam botões florais em desenvolvimento em meados de agosto, porém as plantas cultivadas a pleno sol, ainda apresentavam uma pequena proporção de gemas indiferenciadas. O sombreamento antecipou a abertura dos botões florais na primeira florada, aumentou o comprimento das folhas e dos internódios, mas não alterou o número de internódios, em relação ao tratamento a pleno sol.
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    Uso de índices fenológicos de produção na estimativa de produtividade do cafeeiro plantado em renque, em diferentes épocas de avaliações
    (2007) Alfonsi, Eduardo Lauriano; Fahl, Joel Irineu; Rolim, Glauco de Souza; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Favarin, Jose Laercio; Embrapa - Café
    Com o objetivo de estudar características fenológicas envolvidas no crescimento e na produção de cafeeiros para estimativa antecipada de safra através de modelos matemáticos, foram efetuadas avaliações em 16 talhões em renque denominados unidades experimentais (UE), pertencentes à Fazenda Tozan, no município de Campinas. As medidas foram realizadas nos meses de outubro, dezembro, janeiro e março, nos anos agrícolas de 2003/2004 a 2005/2006, determinando-se o número de frutos presentes no 4º e 5º nós produtivos, contados a partir do ápice do ramo plagiotrópico; número de internódios produtivos no ramo plagiotrópico e a altura média das plantas em cada UE. Foram obtidos os índices fenológicos de produção IFP1 e IFP2. O IFP1 originou-se do produto entre o número de frutos do 4º e 5º nós produtivos pela área vegetal de produção, a qual foi calculada através do comprimento em metro de linha de café/ha, multiplicado pelo dobro da altura da planta. O IFP2 foi calculado pelo produto entre o IFP1 e o número de internódios produtivos. Durante as amostragens em cada uma das UE, foi feita uma estimativa visual da produtividade por, no mínimo, dois técnicos especializados na cultura cafeeira, bem como determinada a produtividade real. Os resultados das regressões entre os índices fenológicos (IFP1 e IFP2), obtidos em duas safras de café e as respectivas produções reais, determinaram quatro equações, para as diferentes épocas de avaliações (outubro, dezembro, janeiro e março). O melhor resultado de R2 foi encontrado na avaliação realizada em março para o IFP1 (R2 = 0,69). O menor valor de R2 foi encontrado na avaliação realizada em outubro (IFP1, R2 = 0,55 e IFP2, R2 = 049). Os R2 obtidos nas regressões com os dados de dezembro (R2 = 0,63 e 0,56) mostraram-se semelhantes aos obtidos nas avaliações de janeiro e março, em ambos os índices. O IFP1 foi mais preciso que o IFP2, de acordo com o Índice de Willmott (d). Os valores somados de todas as UEs avaliadas mostraram uma produtividade subestimada em 21%, 10%, 11% e 16%, nos meses de outubro, dezembro, janeiro e março, respectivamente, quando estimados pelo IFP1 e de 18%, 14%, 16% e 20% para IFP 2. Quando comparado o IFP1 com a estimativa visual, embora esta apresente uma maior precisão nos dados, ambas subestimaram a produtividade. O somatório da produtividade de todas as UEs da safra 2005/2006, obtido pelas estimativas visuais e pela equação (IFP1) mostrou valores bem semelhantes entre si.
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    Teste de modelo agrometeorológico de monitoramento e de estimativa de produtividade do cafeeiro (Coffea arabica L.) no Estado de São Paulo
    (2005) Camargo, Marcelo Bento Paes de; Santos, Marco Antonio dos; Brunini, Orivaldo; Fahl, Joel Irineu; Meireles, Elza Jacqueline Leite; Lorena, Bernardo; Embrapa - Café
    O desenvolvimento de modelo agrometeorológico que possibilite a estimativa de quebra de produtividade antecipada é importante para subsidiar programas de previsão de safras de café. Uma boa estimativa da produtividade implica na utilização de modelos que considerem os efeitos ambientais aos processos fisiológicos determinantes da produção. Este trabalho teve o objetivo de testar um modelo matemático agrometeorológico de estimativa de produtividade do cafeeiro para três diferentes escalas produtivas "talhão", "propriedade" e "município" em diferentes regiões do Estado de São Paulo. Dados meteorológicos e de produtividade foram coletados no IAC e CATI para o período de 2000 a 2004. O modelo se baseia na penalização da produtividade potencial da cultura em função do déficit hídrico quantificado através da relação [1- (ETr/ETp)] ajustadas por diferentes coeficientes de sensibilidade da cultura (Ky) ocorridos em diferentes fases fenológicas. O modelo considera também os efeitos da produtividade do ano anterior e temperaturas adversas ocorridas em fases fenológicas críticas. Os modelos parametrizados, nas três escalas produtivas consideradas, apresentaram ajustes satisfatórios entre valores observados e estimados, com valores do índice "d" variando de 0,88 a 0,92, "R" variando de 0,81 a 0,87 e erros aleatórios relativamente baixos de 5,1 a 9,4 sacas.ha-1 e sistemáticos de 3,5 a 7,1sacas.ha-1. O modelo apresentou pequena tendência a superestimar as produtividades estimadas. Os resultados indicam que o modelo parametrizado em diferentes escalas produtivas tem potencial para estimar a produtividade do café, podendo servir como subsídio aos trabalhos de previsão de safra.
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    Condições agrometeorológicas e fenológicas do cafeeiro arábica nas regiões Sul e Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais no período de 2002-2004
    (2005) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Nacif, Antonio de Pádua; Bardin, Ludmila; Embrapa - Café
    Neste trabalho é apresentada uma comparação entre os balanços hídricos seqüenciais decendiais dos municípios de Guaxupé e Monte Carmelo, MG, referentes ao período de 2002-2004. Além disso, é apresentada uma análise das condições agrometeorológicas ocorridas nas diferentes fases de desenvolvimento do cafeeiro arábica durante o período mencionado, em ambos os municípios. Pode-se verificar que o monitoramento agrometeorológico associado às fases fenológicas do cafeeiro arábica é uma ferramenta muito importante que poderá contribuir para a redução dos possíveis prejuízos provenientes de condições meteorológicas adversas, tais como, deficiências hídricas prolongadas e ocorrência de extremos de temperaturas do ar.
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    Parametrização de modelo agrometeorológico de estimativa de produtividade do cafeeiro (Coffea arabica L.) para diferentes escalas: planta, talhão, propriedade e município
    (2005) Santos, Marco Antonio dos; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Pedro, Mário José; Fazuoli, Luiz Carlos; Lorena, Bernardo; Embrapa - Café
    O cafeeiro tem a sua produtividade afetada pela bienalidade e pelas condições meteorológicas, em especial deficiência hídrica e temperaturas adversas do ar. O objetivo do trabalho foi modificar e parametrizar um modelo matemático agrometeorológico de estimativa de produtividade do cafeeiro para quatro diferentes escalas produtivas (planta, talhão, propriedade e município) em diferentes regiões cafeeiras do Estado de São Paulo. Os dados meteorológicos e de produtividade foram coletados no IAC, CATI e cooperativas. O modelo original se baseia na penalização da produtividade potencial da cultura em função do déficit hídrico ajustadas por diferentes coeficientes de sensibilidade da cultura (ky) ocorridos em diferentes fases fenológicas. O modelo considera ainda os efeitos de temperaturas adversas, como geadas e temperaturas elevadas durante o florescimento. O modelo foi modificado visando considerar também os efeitos da bienalidade produtiva por meio de coeficientes de sensibilidade (ky0). A parametrização dos coeficientes foi feita com base em critérios e observações experimentais de acordo com a fenologia bienal do cafeeiro. Resultados indicaram os maiores valores dos coeficientes "ky" para as fases do florescimento e granação. Os valores dos coeficientes de sensibilidade (ky0) foram diferentes dependendo das escalas, 1,05 para planta, 0,96 para talhão, 0,63 para propriedade e 0,45 para município. Testes preliminares indicam que o modelo modificado e parametrizado nos diferentes níveis hierárquicos mostrou ter potencial para estimar produtividades do cafeeiro.