SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Análise da cooperação e do desenvolvimento da cafeicultura em uma organização cooperativa no sul de Minas Gerais
    (Embrapa Café, 2013) Braz, Lívia Maria Reis; Romaniello, Marcelo Márcio; Borges, Denise Aparecida Hipólito; Fontes, Renato Elias
    O objetivo deste estudo foi verificar a existência da cooperação na região cafeeira de Poço Fundo no sul do estado de Minas Gerais, através de uma combinação dos métodos quantitativos: entrevista estruturada (tipo survey, com questionário) entrevista em profundidade (com roteiro semiestruturado); análise documental e observação não participante. A adoção dos procedimentos metodológicos teve o objetivo de experimentar combinações de métodos capazes de fornecer a confiabilidade e a validade esperada, ampliando-se a diversidade de olhares para a estruturação de um plano de análise no qual estava envolvida uma pluralidade de atores sociais, que proporcionaram uma coleta de dados que representaram a compreensão da realidade social implícita no município estudado. Nesse estudo evidenciouse que existe um alto nível de cooperação e ajuda mútua entre os cafeicultores. Isso configurou, por um lado, um espírito de solidariedade e ajuda mútua que reduz o custo de transação entre os membros e que os auxiliou a trabalharem em prol da cafeicultura nessa região cafeeira. Conclui-se que essas atitudes de confiança por meio de condutas de cooperação e participação ativa proporcionaram o desenvolvimento social e a prosperidade econômica da cafeicultura nessa região estudada.
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    Análise da participação em uma organização produtora de café orgânico no município de poço fundo no sul de Minas Gerais
    (Embrapa Café, 2013) Borges, Denise Aparecida Hipólito; Romaniello, Marcelo Márcio; Braz, Lívia Maria Reis; Fontes, Renato Elias
    O objetivo desse estudo foi identificar a intensidade de participação dos associados da cooperativa de produtores orgânicos (COOPFAM) no sul de Minas Gerais, através de uma combinação dos métodos quantitativos: entrevista estruturada (tipo survey, com questionário); entrevista em profundidade (com roteiro semiestruturado); análise documental e observação não participante. A adoção dos procedimentos metodológicos teve o objetivo de experimentar combinações de métodos capazes de fornecer a confiabilidade e a validade esperada, ampliando-se a diversidade de olhares para a estruturação de um plano de análise no qual estava envolvida uma pluralidade de atores sociais, que proporcionaram uma coleta de dados que representaram a compreensão da realidade social implícita no município estudado. Observou-se que na região de Poço Fundo foi detectado um grau de participação que pode ser classificado cogestão, no qual a direção da Coopfam compartilha com os núcleos gestores a tomada de decisão da cooperativa. Portanto, o grau de participação dos membros define certos limites aos diretores, nos quais os cooperados têm moderado poder de decisão. Conclui-se que esse novo padrão de interação e participação entre os gestores e os cafeicultores trouxe uma definição de políticas sociais que promoveram o desenvolvimento social e econômico da cafeicultura na região de Poço Fundo.
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    Participação da commodity café no índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores rurais na região do Sul de Minas Gerais – uma análise do ano de 2012
    (Embrapa Café, 2013) Rage, Thalita; Silva, Marcelo Sandi; Fontes, Renato Elias; Romaniello, Marcelo Márcio
    Por meio deste trabalho, buscou-se analisar a participação da atividade cafeeira nos resultados de índices de preços recebidos (IPR) pelo setor agropecuário na região sul de Minas Gerais, especificamente. A pesquisa objetiva estimar os índices de preços recebidos (IPR) pelos produtores rurais na região sul de Minas Gerais e compará-los com os índices da economia nacional e com a inflação do período. O IPR reflete o comportamento da renda do produtor em relação ao preço de 42 produtos divididos em quatro grupos de maneira ponderada, através da metodologia de índices de Laspeyres, no período que compreende janeiro a dezembro de 2012, sendo o grupo café o de maior representatividade no índice. O IPR apresentou em média uma alta de 2,16%. Porém o grupo café apresentou um resultado negativo de 32,6%. Comparando o IPR geral com o índice de inflação governamental do período, Índice de Preço ao Consumidor Amplo, IPCA, que foi de 5,84% no ano de 2012, mostra que houve uma descapitalização do produtor rural, no período, ou seja, o setor rural e a cafeicultura perdeu renda.
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    GESTÃO E EFICIÊNCIA ECONÔMICA DA CAFEICULTURA NO SUL DE MINAS GERAIS: UMA ABORDAGEM PELA ANÁLISE ENVOLTÓRIA E PELA FRONTEIRA ESTOCÁSTICA
    (2011) Freire, Adriano Higino; Reis, Ricardo Pereira; Veiga, Ruben Delly; Fontes, Renato Elias; Embrapa - Café
    Por meio deste estudo, buscou-se avaliar a eficiência econômica da alocação dos recursos produtivos da cafeicultura no Sul de Minas Gerais. Os municípios pesquisados estão entre os maiores produtores do sul do estado, a exemplo de Alfenas, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso, Varginha e Três Pontas, totalizando 46 propriedades de café. Este estudo baseia-se nos princípios da teoria da produção e do custo e utiliza para a mensuração e a estimativa da eficiência econômica os métodos paramétrico (Função Fronteira) e não-paramétrico (DEA-CCR). Os coeficientes técnicos se referem aos anos agrícolas 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009, que foram ajustados para a safra 2008/2009. Em média, os cafeicultores apresentam eficiência econômica apurada pelo método paramétrico de 70,3% e pelo método não-paramétrico de 64,08%, sendo que, estatisticamente não houve diferença significativa entre essas médias. Os resultados indicaram uso ineficiente dos recursos produtivos na maioria dos casos, tanto técnica quanto economicamente.
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    Razão ótima de hedge em diversas localidades cafeicultoras de MG e SP
    (2003) Fontes, Renato Elias; Castro, Luiz Gonzaga de; Azevedo, Adriano Freitas de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Devido às características e as dificuldades que o setor rural brasileiro vem enfrentando, a utilização dos mercados derivativos vem ganhando importância e se tornando uma importante ferramenta de auxílio para os agentes econômicos envolvidos no complexo agroindustrial. A composição de portfolios de investimento consiste em uma formação de grupos de ativos, os quais exercem impactos no risco e retorno do portfolio. Assim o objetivo de administrar carteiras de maneira eficiente esta na maximização do retorno para um dado nível de risco ou a minimização do risco para determinado nível de retorno. A formação de portfolios permite que sejam diluídos os risco inerentes de cada ativo na composição total da carteira, fazendo com que o investidor tenha uma menor probabilidade de risco de perda do seus investimentos. O hedge esta associado diretamente a estratégia de administração de risco de ativos ou no caso o produto café já disponível no presente ou que ainda estarão disponível no futuro, factíveis de serem negociados nos mercados futuros. Portanto o agente que esta fazendo um hedge busca uma posição no mercado futuro contrária a posição no mercado físico, como forma de proteção contra as variações adversas de preços minimizando os riscos de prejuízos financeiros. Sendo assim este trabalho tem por objetivo identificar a razão ótima de hedge, ou seja, a quantidade de café físico que deverá ser negociada no mercado futuro, através da interação entre o preço de café negociado no mercado físico e futuro em diversas localidades produtoras de café, para que se possa subsidiar de informações específicas os cafeicultores locais e as corretoras que trabalham nessas localidades. A área de estudo compreende os municípios mineiro de Boa Esperança, Caratinga, Machado, Patrocínio Três Pontas e Varginha e o município paulista de Garça. O levantamento dos dados primários, ou seja, os preços de café físico negociados na praça foram realizados através de coletas direta nas instituições participantes e para o levantamento dos dados secundários, no caso do preço futuro, foi cotado o preço de ajuste diário do contrato de café arábica que foram obtidos através do site da BM&F (www.bmf.com.br). A série de dados de preços futuros utilizados, compreende o período de setembro de 1994 a julho de 2001. No caso dos preços no mercado físico, cada praça apresentou uma série própria de dados, com característica bastante heterogênea, pois houve dia de negociação no futuro, em que não houve negociação no mercado físico local e também por falta de dados arquivados não foi possível a mensuração homogênea para todas as localidades. Quando no mesmo dia apresentava mais de um preço de negociação utilizava-se o de maior valor ou aquele que preço de café que se encaixava nas características de qualidade semelhante ao determinado pelo contrato de café BM&F. Os valores utilizados foram o preço faturado, sem os descontos posteriores. Os preços futuro em dólares foram transformados para valores em reais, sendo que a cotação utilizada foi a do dólar comercial do dia, igualando assim ao mesmo padrão monetário dos preços cotados no mercado físico. O modelo proposto esta baseado na teoria do portfolio que irá determinar o coeficiente de correlação da regressão entre os preços no mercado físico e o preço no mercado futuro de café, o que esta diretamente relacionado à razão ótima de hedge. Para a avaliação dos valores, foi utilizado série histórica com defasagens de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses dos vencimentos dos contratos futuros. De uma maneira geral todas as localidades pesquisadas apresentaram altos valores, exceto Machado/MG, sinalizando a viabilidade de se hedgear uma grande parcela da safra, o que traz constantes críticas, pois na realidade prática o produtor raramente realiza o hedge de sua produção física total em mais de 20%. A medida que se aumenta o período de defasagem, ocorre a diminuição da razão ótima de hedge. De uma maneira geral os resultados deste estudo demonstram que a correlação entre os preços físicos e futuros variam em conseqüência das diferentes localizações e períodos analisados.
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    Efetividade de hedge em diversas localidades cafeicultoras de MG e SP
    (2003) Fontes, Renato Elias; Castro, Luiz Gonzaga de; Azevedo, Adriano Freitas de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Devido às características e as dificuldades que o setor rural brasileiro vem enfrentando, a utilização dos mercados derivativos vem ganhando importância e se tornando uma importante ferramenta de auxílio para os agentes econômicos envolvidos no complexo agroindustrial. A composição de portfolios de investimento consiste em uma formação de grupos de ativos, os quais exercem impactos no risco e retorno do portfolio. Assim o objetivo de administrar carteiras de maneira eficiente esta na maximização do retorno para um dado nível de risco ou a minimização do risco para determinado nível de retorno. A formação de portfolios permite que sejam diluídos os risco inerentes de cada ativo na composição total da carteira, fazendo com que o investidor tenha uma menor probabilidade de risco de perda do seus investimentos. O hedge esta associado diretamente a estratégia de administração de risco de ativos ou no caso o produto café já disponível no presente ou que ainda estarão disponível no futuro, factíveis de serem negociados nos mercados futuros. Portanto o agente que esta fazendo um hedge busca uma posição no mercado futuro contrária a posição no mercado físico, como forma de proteção contra as variações adversas de preços minimizando os riscos de prejuízos financeiros. Sendo assim este trabalho tem por objetivo identificar a efetividade do hedge entre o preço de café negociado no mercado físico e futuro analisando a redução do risco de preço do café em diversas localidades produtoras de café, para que se possa subsidiar de informações específicas os cafeicultores locais e as corretoras que trabalham nessas localidades. A área de estudo compreende os municípios mineiro de Boa Esperança, Caratinga, Machado, Patrocínio Três Pontas e Varginha e o município paulista de Garça. O levantamento dos dados primários, ou seja, os preços de café físico negociados na praça foram realizados através de coletas direta nas instituições participantes e para o levantamento dos dados secundários, no caso do preço futuro, foi cotado o preço de ajuste diário do contrato de café arábica que foram obtidos através do site da BM&F (www.bmf.com.br). A série de dados de preços futuros utilizados, compreende o período de setembro de 1994 a julho de 2001. No caso dos preços no mercado físico, cada praça apresentou uma série própria de dados, com característica bastante heterogênea, pois houve dia de negociação no futuro, em que não houve negociação no mercado físico local e também por falta de dados arquivados não foi possível a mensuração homogênea para todas as localidades. Quando no mesmo dia apresentava mais de um preço de negociação utilizava-se o de maior valor ou aquele que preço de café que se encaixava nas características de qualidade semelhante ao determinado pelo contrato de café BM&F. Os valores utilizados foram o preço faturado, sem os descontos posteriores. Os preços futuro em dólares foram transformados para valores em reais, sendo que a cotação utilizada foi a do dólar comercial do dia, igualando assim ao mesmo padrão monetário dos preços cotados no mercado físico. O modelo proposto esta baseado na teoria do portfolio que irá determinar o coeficiente de correlação da regressão (R2) entre os preços no mercado físico e o preço no mercado futuro de café. Para a avaliação dos valores, foi utilizado série histórica com defasagens de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses dos vencimentos dos contratos futuros. De uma maneira geral todas as localidades pesquisadas apresentaram uma boa redução de risco de preço para o hedge de um mês antes do vencimento do contrato, sendo que a medida que se aumenta o período de defasagem, vale ressaltar a diminuição em todas as localidades da eficiência do hedge, fato este esperado pois quanto maior é o período de vencimento, maiores são os riscos de variação dos preços do café. O conhecimento da eficiência de hedge entre o mercado físico e o futuro é mais uma ferramenta de auxílio para tomada de decisão na hora da comercialização do café é de suma importância para que se garanta uma confiabilidade maior na expectativa de preço requerida pelos "hedgers" e, conseqüentemente, traz uma maior procura para a utilização do mercado futuro como alternativa de comercialização, garantindo assim uma maior eficiência e profissionalização no setor comercializador como no setor produtor. De modo geral, o contrato futuro cambial de café, negociado na BM&F, se mostrou um instrumento eficaz para a redução do risco de preço para todas as localidades, quando feito com um mês do vencimento. Quando utilizado com uma defasagem maior que um mês, não se mostrou um instrumento eficaz para a redução do risco de preço para todas as localidades.
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    Elasticidade de transmissão de preço no setor cafeeiro do sul de Minas Gerais
    (2003) Castro, Luiz Gonzaga de; Azevedo, Adriano Freitas de; Fontes, Renato Elias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Em dias atuais, o plano brasileiro de estabilização econômica tem na agricultura seu principal alicerce. O café brasileiro representa para o setor de agronegócios nacionais, uma importância fundamental, gerando para a economia do país um grande número de divisas. Em termos regionais, além da absorção de muitos empregos, deve-se considerar a relevância dessa atividade como fonte de arrecadação, tendo também uma importante participação no agribusiness mundial. Os mercados agrícolas, em específico o mercado de café, apresenta uma grande variação de preços e um elevado grau de instabilidade, isto devido, a constantes choques de preços que incidem sobre este mercado, afetando tanto os preços de oferta quanto os de demanda. Entretanto, as informações sobre transmissão de preços são muito importantes para tomada de decisões dos agentes de mercado, pois proporcionam um grande conhecimento sobre mercado no qual estão atuando, o conhecimento da origem dos choques de preços e da intensidade com que se transmitem aos demais níveis de mercado, permite uma previsão mais segura dos efeitos dos choques sobre o setor agrícola e sobre os demais setores da economia. E esses, aliado ao mercado de derivativos - futuro, opções e CPR, funcionam com grande eficiência nas tomadas de decisões do processo de comercialização, proporcionando melhores preços, garantias de boas vendas e lucratividade ao produtor rural. Buscou-se com este trabalho estimar a elasticidade de transmissão de preço no setor cafeeiro, entre a BM&F e importantes localidades do Sul de Minas, buscando informações no que refere à intensidade de transmissão. Os dados primários utilizados, preço da saca de café comercializada no mercado local, foram coletados diretamente nas cooperativas e com produtores dos municípios de Boa Esperança, Machado, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso e Três Pontas; e o preço do café no mercado futuro foi levantado junto à BM&F. Onde os dados foram analisados através da regressão linear simples. Onde, os resíduos, do modelo completo, não apresentaram autocorrelação, com o teste t e o F apresentando altos valores, confirmando assim, uma alta precisão dos resultados, com o nível de 1% de significância. Os valores encontrados com as regressões, demonstram resultados da transmissão de preços, apontando para uma forte transmissão entre a BM&F e as praças estudadas, onde a intensidade está bem próxima de um, evidenciando que a BM&F tem forte influência na formação de preços das praças. Verifica-se que, se o preço da saca de café na BM&F aumentar em um dólar ao dia, o preço da saca de café no Sul de Minas vão aumentar em torno de US$ 0,90, por dia, ao nível de 1% de significância. Com o R2 apresentando um valor médio de 0,91, significando que o preço da BM&F explica em média, 91% da variação do preço da saca de café no Sul de Minas. Entretanto, deve-se dar destaque às praças de Machado e Três Pontas, pois foram as que apresentaram os maiores coeficientes de regressão (²), 0,94 e os R2 com os valores de 0,98 e 0,91, respectivamente, ou seja, são os preços que variam mais próximo da cotação da Bolsa, e tendo as suas variações fortemente explicadas pelo preço da BM&F, porém não podemos afirmar que os preços da saca de café nessas localidades são maiores do que nas demais localidades estudadas, e sim que absorvem as informações vindas da BM&F com maior velocidade, isso talvez por produzirem um café com maior qualidade e por possuírem uma estrutura de comercialização mais organizada. A BM&F é seguramente primordial para a formação do preço do café no mercado físico, precisando os comerciantes e principalmente os produtores atentarem para essa importância e passarem a acompanhar mais de perto esse mercado no que tange às cotações de preço e as informações de mercado.
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    Causalidade de transmissão de preço no setor cafeeiro do Sul de Minas Gerais
    (2003) Castro, Luiz Gonzaga de; Azevedo, Adriano Freitas de; Fontes, Renato Elias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura como atividade econômica existe desde o período colonial, no séc. XVIII, quando as grandes fazendas e os Barões do café dominavam o Vale do Paraíba, e posteriormente os cafeicultores avançaram para o oeste de São Paulo, onde encontraram condições favoráveis de clima e solo. No início do século XX, a cafeicultura deixou de ter um caráter essencialmente rural e passou a ser fonte de recursos para a urbanização e industrialização, e nos dias atuais, o plano brasileiro de estabilização econômica tem na agricultura seu principal alicerce. O café brasileiro representa para o setor de agronegócios nacionais, uma importância fundamental, gerando para a economia do país um grande número de divisas. Em termos regionais, além da absorção de muitos empregos, deve-se considerar a relevância dessa atividade como fonte de arrecadação, tendo também uma importante participação no agribusiness mundial. Os mercados agrícolas, em específico o mercado de café, apresenta uma grande variação de preços e um elevado grau de instabilidade, isto devido, a constantes choques de preços que incidem sobre este mercado, afetando tanto os preços de oferta quanto os de demanda. As altas oscilações de preços agrícolas evidenciam o funcionamento deficiente do complexo de produção-comercialização, sabe-se bem que a instabilidade do preço do café para o produtor é muito maior do que para o varejo, podendo assim dizer que o sistema de comercialização tem um efeito amortecedor sobre as variações de preço ao consumidor. Entretanto, as informações sobre causalidade na transmissão de preços são muito importantes para tomada de decisões dos agentes de mercado, pois proporcionam um grande conhecimento sobre mercado no qual estão atuando, permitindo uma previsão mais segura dos efeitos dos choques sobre o este setor e sobre os demais setores da economia. Buscou-se com este trabalho estimar a causalidade de transmissão de preço no setor cafeeiro, entre a BM&F e importantes localidades do Sul de Minas, buscando informações no que refere à causalidade de transmissão de preços. Os dados primários utilizados, preço da saca de café comercializada no mercado local, foram coletados diretamente nas cooperativas e com produtores dos municípios de Boa Esperança, Machado, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso e Três Pontas; e o preço do café no mercado futuro foi levantado junto à BM&F. Onde os dados foram analisados através da regressão linear simples. Os resultados encontrados apontam para a existência de uma relação bi-causal, entre o preço da saca de café na BM&F e o preço da saca de café no Sul de Minas, ou seja, há uma causalidade em ambos os sentidos, pois os resultados dos coeficientes bð dos valores da Bolsa e das localidades são estatisticamente diferentes de zero, sendo os resultados do teste de F significativos a 1% de probabilidade, porém, pôde-se constatar que a influência da Bolsa é superior e mais significativa. A existência de causalidade no sentido das praças para a BM&F parece ser difícil de ocorrer, uma vez que a Bolsa caracteriza-se como um local de forte negociação de contratos futuros de café, chegando a negociar um volume 3 vezes maior que a própria produção brasileira. Nota-se também, que apesar da existência de maior causalidade entre a BM&F e as praças de Poços de Caldas e Boa Esperança (sentido Bolsa aos municípios) esses apresentaram valores de bð pouco significativos, o que permite afirmar que há uma causalidade, porém baixa, o que pode ser explicado pela localização dessas praças, que são cidades distantes da BM&F, e pôr suas pequenas representatividades produtivas e suas estruturas comercializadoras.
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    Custo de produção da cafeicultura orgânica: estudo de caso
    (2001) Fontes, Renato Elias; Castro, Luiz Gonzaga de; Reis, Antônio João dos; Reis, Ricardo Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente trabalho teve por objetivo geral analisar economicamente o processo produtivo do café orgânico, explorado em parceria. A pesquisa se baseia na teoria do custo e da produção e procurou estimar os custos de produção do café (Coffea arabica L.) no sistema orgânico de manejo. Os dados da cafeicultura que utiliza o manejo orgânico, referem-se à safra 1999/2000. A área de estudo foi o Sul de Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Coqueiral. Considerando os indicadores econômicos obtidos na pesquisa, pode-se concluir que as despesas com os recursos variáveis foram as que mais oneraram o custo final do café do café orgânico. Os itens que mais afetaram os custos de produção foram a formação de lavoura, no caso dos recursos fixos, e os gastos com a mão-de-obra, principalmente a temporária. Concluiu-se, também, que o café orgânico, em 1999/2000, apresentou uma situação de lucro econômico, com tendência de expansão da atividade.
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    Custos de produção da cafeicultura no sul de Minas Gerais: estudo de casos
    (2000) Reis, Ricardo Pereira; Fontes, Renato Elias; Takaki, Heloísa Rosa Carvalho; Reis, Antônio João dos; Castro, Luiz Gonzaga de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Pelo presente trabalho buscou-se estimar os custos de produção do café (Coffea arábica) em três estratos de produtividade. Os dados referem-se à safra 98/99, quando foram estudados 48 cafeicultores em diversas cidades do Sul de Minas Gerais. As despesas com os recursos variáveis foram as que mais oneraram o custo de produção dos cafeicultores e constataram-se ganhos de escala no processo produtivo e capacidade de expansão da atividade.