SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Influência da forma de processamento na qualidade final do café conilon
    (Embrapa Café, 2019-10) Alixandre, Fabiano Tristão; Dias, Rodrigo da Silva; Krohling, Cesar Abel; Sousa, Douglas Gonzaga de; Fornazier, Mauricio José; Teófilo, Pedro Paulo
    A forma de processamento pode influenciar de forma decisiva nas características sensoriais de bebida do café. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características sensoriais da cultivar Vitória, processados de forma natural e via úmida, com e sem adição das enzimas Pectinex® Ultra SP-L e LNF CNA/CNB. O estudo foi realizado no município de Afonso Cláudio, ES (altitude 745 m), sendo o solo do tipo LVA. O experimento teve início em maio de 2018, em lavoura de café conilon do cultivar Vitória com 8 anos de idade, plantada em espaçamento de 3,0 m x 1,0 m. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com três repetições e 10 plantas/parcela. Para cada parcela foram colhidos 2 kg de café cereja. As avaliações dos atributos sensoriais foram realizadas seguindo a metodologia SCAA. Os resultados mostraram diferenças entre os atributos sensoriais da bebida dos cafés processados de forma natural e via úmida. Podemos concluir que cafés processados de forma natural foram superiores aos cafés processados por via úmida, houve diferença no perfil sensorial dos cafés processados por via úmida e natural, as enzimas Pectinex® Ultra SP-L e LNF CNA/CNB não influenciaram na nota final dos cafés, porém reduziram o tempo de processamento dos cafés por via úmida.
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    Qualidade da bebida do café arábica em função do tempo de permanência no campo após a colheita
    (Embrapa Café, 2013) Krohling, Cesar Abel; Sobreira, Fabricio; Costalonga, Edevaldo Correia; Saraiva, Ubaldino; Monteiro, Valério
    O café é uma bebida consumida em todo mundo e de grande popularidade com presença de aroma e sabor característicos. A sua aceitação pelos consumidores e a valorização no mercado estão diretamente relacionadas a parâmetros qualitativos. A análise sensorial da qualidade da bebida é considerada suficiente para fins de comercialização quando realizada com técnicas adequadas e por profissionais capacitados. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade da bebida do café cereja descascado através da análise sensorial em função do tempo de permanência do café dentro do saco na lavoura após a colheita. O estudo foi realizado em Marechal Floriano-ES em uma lavoura de café arábica Catuaí Amarelo IAC-62 colhido no estágio de cereja. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com 07 tratamentos e 04 repetições. Os tratamentos constam de horas após a colheita para o processamento via úmida: Tratamento 01- tempo 0, processado logo após a colheita; Tratamento 02- 10 horas após a colheita; Tratamento 03- 24 horas após a colheita; Tratamento 04 - 34 horas após a colheita; Tratamento 05- 48 horas após a colheita; Tratamento 06- 58 horas após a colheita; Tratamento 07- 72 horas após a colheita. Amostras de 20 litros de café para cada tratamento foram lavadas, descascadas, secadas e encaminhadas para o procedimento de avaliação sensorial através da prova da xícara utilizando a metodologia da Specialty Coffee Association of America – SCAA, onde se avaliou os onze atributos na escala de qualidade e de pontuação. Os resultados mostraram diferenças significativas em oito características avaliadas, ocorrendo redução nas notas de qualidade da bebida após primeiro dia de permanência do café dentro do saco no carreador da lavoura. Com base nos resultados pode-se concluir que até 24 horas após a colheita, nas condições do estudo, não houve alterações significativas na qualidade da bebida dos grãos do café para os atributos de sabor, finalização, acidez, corpo, uniformidade, balanço, xícara limpa (ausência de defeitos), doçura, nota geral e nota total do café armazenado dentro do saco de nylon no carreador da lavoura. Com 34 horas ou mais, mesmo com o descascamento do café na pós-colheita, pela análise sensorial detecta-se a característica de fermentação, aroma azedo e fenólico nas amostras de café. A avaliação sensorial da bebida do café quando realizada adequadamente por Técnico qualificado é uma ferramenta prática e rápida que os produtores devem utilizar para caracterização do seu café.
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    Avaliação da qualidade da bebida do café arábica na pós-colheita na região de Montanhas-ES com o uso da cal virgem ou calcário
    (Embrapa Café, 2013) Krohling, Cesar Abel; Sobreira, Fabricio Moreira; Costalonga, Edevaldo Correia; Saraiva, Ubaldino; Monteiro, Valério
    Em regiões frias e úmidas o cafeeiro floresce mais de uma vez, o que gera frutos com vários estágios de maturação. Devido ao custo elevado da mão-de-obra em muitas propriedades, o café é colhido de uma única vez com presença de frutos verdes, maduros e secos, o que dificulta a obtenção de cafés de qualidade superior. O uso do calcário, prática simples e de baixo custo, é uma prática adotada pelos cafeicultores na Região de Montanhas do ES em terreiro ou estufa para facilitar o manejo; entretanto; desconhece-se seu efeito na qualidade do café. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade potencial da bebida do café arábica submetidos ao uso da Cal Virgem Dolomita (CVD) ou calcário comum no manejo da pós-colheita em cafés não lavados, lavados e Cereja Descascado. Foram avaliados sob delineamento inteiramente casualizados, com três repetições, 16 tratamentos pós-colheita com frutos de café da variedade Catuaí Vermelho IAC-44. Trabalhou-se com frutos não lavados, lavados, descascados e não descascados com ou sem adição da CVD ou calcário, mexendo-se 03 ou 10 vezes ao dia. Após o processo de secagem em estufa as amostras foram encaminhadas para a avaliação sensorial através da prova da xícara utilizando a metodologia da Specialty Coffee Association of America, onde se avaliou os atributos de fragrância/aroma do pó, sabor, finalização, acidez, corpo, uniformidade, balanço, xícara limpa (ausência de defeitos), doçura, nota geral e nota total final. Os resultados obtidos mostraram que houve diferença significativa para as características de Fragrância/Aroma, Balanço, Nota Geral e Nota Total entre os 16 tratamentos avaliados e que apenas o café Cereja Descascado alcançou notas de cafés especiais. Podese concluir que o uso da CVD e do Calcário, associado a outras práticas pós-colheita não proporcionou melhoria na qualidade sensorial dos cafés, podendo, no entanto, serem viáveis em outras condições de secagem. No ambiente avaliado em Marechal Floriano-ES, que apresenta locais frios e úmidos, apenas a prática pós-colheita de descascamento dos frutos cereja possibilitou a obtenção de cafés especiais. Devido a fermentação ocorrida no processo de secagem, a lavagem do café e a retirada dos frutos bóia não proporcionou melhoria na qualidade de bebida do café. Em relação aos demais tratamentos, além da qualidade especial, o descascamento do café cereja proporcionou redução de nove dias no tempo de secagem.