SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Preços relativos e a substituição dos cafés em grão no mercado internacional
    (2003) Viana, José Jair Soares; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A maioria dos estudos desenvolvidos no âmbito do mercado mundial do café tem considerado que os cafés provenientes de diferentes países ou regiões exportadoras, em um dado mercado importador, são substitutos perfeitos. Assim, por pressuposição, independentemente da origem e do mercado importador, tais estudos consideram que os cafés apresentam, implicitamente, elasticidade de substituição que são infinitamente elásticas; isto é, quando ocorre uma alteração nos preços relativos de cafés de origens diferentes, em um dado mercado, os países importadores tenderiam a deixar de importar os cafés de preços relativos maiores e passariam a importar daqueles países cujos preços relativos tornaram-se menores. Em tais circunstâncias, a estimação das elasticidades de substituição, tornam-se irrelevantes. O presente estudo, ao contrário, levou em consideração a diferenciação do café conforme o país ou região de origem e, portanto, pressupõe que os países importadores fazem distinção entre os diversos cafés, que deixam de ser substitutos perfeitos, apresentando elasticidades de substituição que não são infinitamente elásticas. Entre as causas de diferenciação dos cafés à vista dos importadores, estão aquelas relacionadas à qualidade (Cafés robustas ou Arábicas, suaves ou naturais, por exemplo), ou aquelas relacionadas à "fatores nacionais", como a escolha de diferentes origens para minimizar restrições na oferta, ou mesmo fatores ligados à imperfeição dos mercados. Nesses casos, quando há uma alteração nos preços relativos, os países ou regiões importadoras tenderiam a reduzir as importações originárias dos exportadores com preços mais elevados, sem, contudo, deixarem de importar daqueles países. Foram estimadas as elasticidades de substituição para os cafés importados pelos principais países importadores, com procedência dos principais países exportadores. Pelo lado do mercado importador selecionou-se os Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Canadá, Inglaterra, Holanda e uma região denominada Resto do Mundo, a qual englobou os demais países importadores não considerados explicitamente no estudo; No que se refere ao mercado exportador, selecionou-se como principais países ou regiões: Brasil, Colômbia, México, América Central, África, Ásia e também, uma região chamada Resto do Mundo, agregando os demais países exportadores que não os anteriormente citados. A divisão do mercado internacional de café dessa forma, resultou na estimação de um total de 210 equações de regressão, uma vez que se estimou três modelos distintos, para dez países e regiões importadoras, com origem em sete países ou regiões exportadoras. Para a grande maioria das equações estimadas (184 de 210) o sinal encontrado para a elasticidade de substituição foi conforme o esperado (positivo); e, a maior parte dos coeficientes encontrados foi estatisticamente significativa, ao nível de 10% ou menores. Os valores das elasticidades de substituição obtidos no trabalho não apresentaram grandes variações, tendo oscilado entre 0,54 nos Estados Unidos e 1,24 na Holanda. Os valores médios para as elasticidades de substituição, calculados em cada mercado importador, indicam os mercados do Japão, Canadá e Inglaterra, como sendo os de maior rigidez quanto a substituição entre os diferentes cafés e os da Holanda, Itália e França, como os de menor rigidez. De maneira geral, as elasticidades de substituição obtidas mostraram-se com pequenos valores, sugerindo uma baixa substitubilidade do café em todos os mercados importadores, no curto prazo. Desse modo, pode-se concluir que, quando da importação de café, os países levam em consideração, as características intrínsecas ou não, próprias de cada produto, com origem em cada país exportador. Portanto, nas análises das demandas dos cafés por origem, deveria ser considerado tal comportamento do mercado importador, o que certamente melhoraria as previsões quanto a preços e consumo do produto.
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    Tendências e ciclos nos preços do mercado spot de café
    (2001) Lamounier, Wagner Moura; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Pretendeu-se neste trabalho de pesquisa detectar a existência de Tendências e Ciclos nos preços do mercado spot (à vista) do café brasileiro na bolsa de Nova Iorque (NYBOT) no período compreendido entre janeiro de 1946 e dezembro de 2000. Quanto à tendência, os resultados indicaram que o nível médio dos preços da commodity brasileira apresentou, no início do período analisado, comportamento de crescimento a taxas decrescentes. Este processo foi então revertido, e o nível médio dos preços passou a apresentar na segunda metade do período um comportamento de queda a taxas crescentes, o que indica que a situação do setor cafeeiro pode-se tornar problemática nos próximos anos caso essa tendência não seja revertida. Com relação aos ciclos existentes nos preços do café, verificou-se a incidência de um ciclo de média duração (de 24 meses) como sendo o mais recorrente e que possivelmente esteve ligado diretamente ao ciclo biológico do cafeeiro. Verificou-se também que um ciclo de longo-prazo nos preços do café, de aproximadamente 60 meses (5 anos) de duração, também foi marcante na década de 60 e que, na década de 90, ocorreu uma mudança no comportamento cíclico dos preços. Nesta última década apenas um ciclo de 12 meses foi marcante, o que configuraria um ciclo sazonal e uma mudança estrutural no comportamento desses preços.
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    O plano de retenção do café: ganhadores e perdedores
    (2001) Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo do estudo foi fazer uma análise das conseqüências da adoção da política de retenção de 20% das exportações de café, da Associação de Países Produtores de Café, para produtores, consumidores e demais membros da cadeia. Para isso, utiliza-se da análise estático-comparativa e da teoria dos controles das exportações, para mostrar os ganhadores e perdedores com o plano de retenção. A fim de garantir a elevação dos preços internacionais, há necessidade de adesão significativa dos países membros da APPC ao plano. Apesar de punir todos os compradores externos com preços mais altos, tal política vai beneficiar os exportadores de muitos países competidores, muitos deles pequenos e/ou com custos de produção elevados e que são influenciados pelos preços internacionais.
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    Modelos de previsão de preços aplicados aos contratos futuros de café
    (2001) Bressan, Aureliano Rangel; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este artigo trata da aplicabilidade de modelos de previsão de séries temporais como ferramenta de decisão de compra e venda de contratos futuros de café na BM&F, em datas próximas ao vencimento. Os modelos estudados são os de Redes Neurais e Estruturais. Os dados utilizados correspondem às cotações semanais de café, nos mercados fisico e futuro da BM&F. O objetivo consistiu em calcular os retornos médios de cada modelo em operações de compra e venda nos mercados futuros de café na BM&F, de modo a fornecer um indicativo do potencial ou da limitação de cada um deles, utilizando o Índice Sharpe. Os resultados indicam que os modelos apresentam retornos financeiros positivos na maioria dos contratos analisados, indicando o potencial de utilização desses modelos em negociações de contratos para datas próximas ao vencimento, com destaque para operações fundamentadas nas previsões nos modelos Estruturais, havendo, contudo, diferenças de desempenho preditivo.
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    Evolução e decomposição dos preços do café no período 1985/1999
    (2001) Costa, Mayla Cristina; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A queda nos preços reais recebidos pelos produtores, justificada pela apreciação da taxa de câmbio e pela liberalização comercial, tem afetado diretamente a lucratividade da agricultura. Neste trabalho, a evolução dos preços reais do café, no período 1985-1999, é decomposta em três fatores principais, quais sejam: a taxa de câmbio, os preços internacionais e a intervenção no mercado. Os resultados mostram que, para o período como um todo, a queda dos preços ao produtor foi de 18,92%, explicada pela queda nos preços internacionais (39,36%) e pela apreciação da taxa de câmbio (22,79%). A variação nas políticas de intervenção (78%) indica a adoção de um comportamento de compensação pelo governo e pelas demais instituições ligadas ao setor.
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    Eficiência do mercado futuro de café no Brasil
    (2000) Leite, Carlos Antônio Moreira; Bressan, Aureliano Rangel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo dessa pesquisa é verificar a eficiência do mercado futuro de café brasileiro na previsão de preços para o setor, agregando toda a informação disponível aos agentes que transacionam contratos futuros de café. Para isso, o referencial teórico adotado baseia-se na hipótese de expectativas racionais. Tomando-se por base os dados referentes aos contratos negociados entre março de 1992 e março de 1998, é possível concluir que o mercado de café da BM&F é eficiente ao adaptar rapidamente suas cotações ao novo fluxo de informações via operações de arbitragem. No entanto, apresenta algumas limitações a serem superadas, associadas à ineficiência na velocidade de adaptação das cotações à mudanças nas expectativas do mercado. Tal fenômeno, conhecido como ancoragem dos agentes na revisão das cotações de mercado, ocorre devido à baixa liquidez do mesmo, à volatilidade dos preços no mercado físico e o delineamento do contrato futuro de café.
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    Discriminação de preços nas exportações brasileiras de café em grão
    (2000) Ferreira, Alexandre Nogueira; Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo desse trabalho é analisar a estrutura competitiva das exportações brasileiras de café, baseado na transmissão das variações da taxa de cambio para os preços de exportação. Um modelo proposto por Knetter (1989), que distingue entre um mercado competitivo e dois mercados de competição imperfeita, é utilizado para testar se há discriminação de preços nas exportações de café em grão, para os principais países importadores. Os resultados encontrados com a estimação das equações, comprovam a hipótese de que o mercado exportador de café apresenta-se como de competição imperfeita, com discriminação de preços, de acordo com o destino das exportações.
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    A demanda de café em grãos à nível mundial: o que os dados mostram
    (2000) Silva, Orlando Monteiro da; Leite, Carlos Antônio Moreira; Pinto, Wildson Justiniano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo desse trabalho foi verificar a evolução das variáveis relacionadas à demanda de café em grão, nos principais países e regiões importadoras, através de análises tabulares, gráficas e das taxas de crescimento. Os resultados indicam que nos países que já atingiram níveis elevados de renda, o consumo de café parece ter estabilizado. Aumentos maiores no consumo estão ocorrendo nos países da Ásia, onde as taxas de crescimento da população e da renda são maiores. Mercados novos, contudo, apresentam padrões de preferências específicos que devem ser observados e avaliados por produtores e exportadores, se o objetivo é participar desses mercados.