SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Caracterização e biodegradabilidade de materiais empregados na adubação da cafeicultura orgânica
    (2005) Chacón, Eddi V.; Mendonça, Eduardo de Sá; Lima, Paulo César de; Tavares, Rodrigo C.; Moura, Waldênia de Melo; Coutinho, Paulo H.; Pires, Cleverson V.; Embrapa - Café
    A caracterização dos materiais utilizados como fertilizantes é fundamental para a otimização dos sistemas orgânicos. Uma questão chave na compreensão da dinâmica de mineralização-imobilização é conhecer a velocidade da liberação de nutrientes para o sistema solo-planta. Essa liberação de nutrientes pode ser explicada pela qualidade da matéria orgânica e pelas relações C/N/P/S. Este trabalho caracterizou estercos, resíduos industriais, adubos verdes e compostos utilizados como fertilizantes orgânicos com respeito a: matéria orgânica, carbono total, fracionamento do carbono, carbono solúvel em água, carboidratos, evolução de C-CO2, nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio, potássio, e enxofre. De maneira geral os materiais estudados são fontes adequadas de carbono total, com maiores valores nos adubos verdes e menores nos resíduos industriais em média 43,64 e 19,95 dag.kg-1. Considerando o fracionamento do carbono, as frações fúlvicas variaram de 6 a 34,8 g.kg-1 e as húmicas de 3 a 23 g.kg-1, em geral a fração fúlvica foi maior que a húmica indicando que a matéria orgânica destes materiais não está completamente humificada. De acordo com as relações C/N/P/S em sua maioria, os materiais são de mineralização intermediária. As taxas de evolução relativa de C-CO2 correlacionaram-se positivamente com o carbono solúvel em água (r2=0,95), e com os carboidratos (r2=0,89), indicando que estes parâmetros estão diretamente relacionados às quantidades de carbono facilmente mineralizáveis. Assumindo uma eficiência de assimilação de C pelos microrganismos de 60%, determinaram-se índices relativos de carbono oxidado de 128,57% para Crotalaria juncea; 115,48% para Brachiaria decumbens, e 103,27% para Amaranthus spinatum, indicando que as massas destes materiais foram totalmente oxidadas e ainda favoreceram oxidação adicional do carbono da matéria orgânica do solo "efeito priming". A avaliação qualitativa da matéria orgânica indicou que os materiais facilmente biodegradáveis produziram altas taxas de C-CO2 em curto tempo, provavelmente imobilizando nitrogênio até atingir o equilíbrio na relação C/N do sistema e mineralizando posteriormente. Conseqüentemente materiais com frações de carbono mais recalcitrantes permaneceriam por mais tempo no solo, induzindo melhoras nas propriedades físicas do solo e mineralizando mais lentamente, incrementando a sustentabilidade do sistema agrícola.
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    Resposta da formação de cafezal sob sistema de plantio adensado à adubação com nitrogênio e potássio na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2005) Lima, Paulo César de; Salgado, Luis Tarcísio; Moura, Waldênia de Melo; Penna, Bruno Àlvares de Souza; Hizumi, Seiji; Lima, Wanderlei Antônio Alves de; Freitas, Miguel A.S.; Embrapa - Café
    Ainda são pouquíssimas as informações relativas à adubação do cafeeiro com macronutrientes sob sistema de plantio adensamento nas regiões montanhosas de Minas Gerais, sendo que a maioria dos resultados está ainda em situação não conclusiva para recomendações de adubação. As recomendações de adubação para a cultura do cafeeiro consideram, entre outras coisas, a fase de desenvolvimento da cultura plantio, formação e produção. Esse trabalho teve como objetivo estudar respostas aos macronutrientes na fase de formação sob condições de plantio sob adensamento, na Zona da Mata de Minas Gerais. O experimento foi instalado, em Oratório, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em solo utilizado para a cultura do cafeeiro. Foi empregada a cultivar Catuaí cujas plantas foram espaçadas em 2,0 x 0,75 m utilizando-se uma população de 6.666 plantas por hectare. O esquema experimental é um fatorial fracionado (4 x 4 x 4) ½ (4 doses de N, 4 de P2O5 e 4 de K2O). Nos dois primeiros anos após o plantio foram variadas apenas as doses de N e K e a primeira colheita for realizada no terceiro ano, cujos dados de produção serão apresentados. Os resultados sugerem que as recomendações de adubação com nitrogênio e potássio poderiam ser reduzidas na formação de cafeeiros sob sistema de plantio adensado.
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    Resposta da formação de cafezal sob sistema de plantio adensado à adubação com zinco na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2005) Lima, Paulo César de; Salgado, Luis Tarcísio; Moura, Waldênia de Melo; Penna, Bruno Àlvares de Souza; Hizumi, Seiji; Lima, Wanderlei Antônio Alves de; Freitas, Miguel A.S.; Embrapa - Café
    Este trabalho teve como objetivos estudar respostas doses e formas de adição de zinco no solo sob condições de plantio adensado, na Zona da Mata de Minas Gerais. Experimento I - Adubação com zinco em lavouras em formação sob sistema de plantio adensado. Após correção, preparo do solo e adubação com macronutrientes, foram adicionados zinco nas doses: 0; 5,0; 10,0; 20,0 e 40,0 g de sulfato de zinco/metro. Além destes tratamentos a dose de 20,0 g sulfato de zinco/m foi repetida utilizando óxido de zinco e um outro tratamento com aplicação de sulfato de zinco foliar a 0,5%. O ensaio foi instalado em blocos ao acaso com 4 repetições, utilizando 20 plantas espaçadas de 2,0 x 0,75m. Experimento II - Formas de aplicação de zinco no plantio de cafeeiros adensados. O ensaio foi instalado, em fevereiro de 2001, em blocos ao acaso com 4 repetições utilizando-se por parcela 20 plantas espaçadas de 2,0 x 0,75m. Os seguintes tratamentos estão sendo testados: 1- Sem zinco; 2- Zn área total da parcela (100 kg/ha de sulfato de zinco); 3- Zn área total da parcela (50 kg/ha de sulfato de zinco) + Zn no sulco de plantio (50 kg/ha de sulfato de zinco); 4- Zn no sulco de plantio (100 kg/ha de sulfato de zinco); 5- Zn no sulco de plantio (33 kg de sulfato de zinco/ha) + Zn em dois sulcos laterais ao sulco de plantio (33,3 kg/ha de sulfato de zinco em cada sulco); 6- Zn no sulco de plantio (50 kg de sulfato de zinco/ha) + Zn em um sulco lateral ao sulco de plantio); 7- Idem tratamento nº 4 com calagem adicional no sulco de plantio; 8- Idem tratamento nº 5 com calagem adicional no sulco de plantio; 9- Aplicação de sulfato de zinco foliar a 0,5%. Os dados obtidos são ainda iniciais da primeira colheita, mas há indícios de que os resultados sobre formas de adição de Zinco sejam mais consistentes do que doses de Zn aplicadas ao solo.
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    Mineralização de adubos verdes empregados na cafeicultura orgânica
    (2005) Chacón, Eddi V.; Mendonça, Eduardo de Sá; Lima, Paulo César de; Tavares, Rodrigo C.; Moura, Waldênia de Melo; Coutinho, Paulo H.; Embrapa - Café
    Na agricultura orgânica é comum a incorporação de resíduos vegetais, já que estes são fontes de carbono facilmente biodegradável, fornecem nutrientes minerais como o nitrogênio, e produzem efeitos diretos sobre a qualidade do solo. A liberação de nitrogênio mineral para o sistema depende da taxa de mineralização, que é função da composição química de cada resíduo. Este trabalho qualificou diferentes resíduos vegetais para avaliar sua dinâmica de mineralização-imobilização mediante ensaio de mineralização do nitrogênio em ambiente controlado. Os principais resultados indicaram que materiais com mesma relação C/N tiveram padrões de mineralização diferente. A Leucaena leucocephala e o Amaranthus spinatum com mesmas relações C/N (C/N=11) apresentaram diferenças significativas nas quantidades de N-NH4+ + N-NO3- mineralizados (140 e 1700 mg kg-1 respectivamente). Esses resultados indicaram que existem diferenças na composição química dos resíduos vegetais que não são explicadas pela relação C/N, e que influenciam diretamente no processo de mineralização-imobilização. Portanto, para um melhor entendimento da dinâmica de decomposição dos resíduos vegetais deve-se considerar alem da relação C/N, as relações C/P/S, formas de carbono, carboidratos, hemicelulose, celulose, lignina, teor e capacidade dos polifenóis para complexar proteína.
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    Incorporação de N, P, K pela adubação verde com leguminosas em cafezais orgânicos na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2005) Lima, Wanderlei Antônio Alves de; Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Hizumi, Seiji; Matos, Eduardo da Silva; Penna, Bruno Àlvares de Souza; Ribeiro, Poliane Marcele; Embrapa - Café
    Com objetivo de avaliar a produção de matéria seca/ha e o conteúdo de nutrientes (N, P e K) provenientes de espécies de leguminosas cultivadas nas entrelinhas de cafeeiros foram conduzidos, de forma participativa com agricultores familiares, quatro experimentos em unidades experimentais, instaladas em propriedades de agricultores familiares nos municípios de Araponga (Pedra Redonda e Praia D’Anta), Pedra Dourada (União) e Eugenópolis (Bela Vista). Em cada unidade foram cultivados em sistema orgânico quatro cultivares de cafeeiros resistentes à ferrugem: Oeiras, Icatu, Obatã e Catucaí. Foram semeadas nas entrelinhas dos cafeeiros sete espécies de leguminosas: de ciclo anual: Crotalaria juncea (crotalária), Cajanus cajan (guandu-anão), Dolichus lablab (lab labe) e Stylozobium aterrimum (mucuna preta); e de cilco perene: Calopogonium mucunoides (calopogônio), Arachis pintoi (amendoim forrageiro) e Stylozanthes guyanensis (estilozantes). Na floração das leguminosas as partes aéreas foram cortadas e determinado a concentração e os conteúdos de nitrogênio, fósforo e potássio. As espécies de leguminosas apresentaram diferentes produções de fitomassa seca e conteúdo nutrientes. Em geral, o guandu anão foi a leguminosa que imobilizou maiores quantidades de N, P e K.
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    Decomposição de leguminosas utilizadas como adubos verdes em cafezais orgânicos na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2005) Lima, Paulo César de; Lima, Wanderlei Antônio Alves de; Moura, Waldênia de Melo; Hizumi, Seiji; Matos, Eduardo S.; Penna, Bruno Àlvares de Souza; Lisboa, Janaina Marques de Miranda; Embrapa - Café
    Com objetivo de medir a velocidade de decomposição de espécies de leguminosas cultivadas nas entrelinhas de cafeeiros, foram instados e conduzidos de forma participativa, experimentos em quatro unidades experimentais instaladas em quatro propriedades de agricultores familiares nos municípios de Araponga (Pedra Redonda e Praia D’Anta), Pedra Dourada (União) e Eugenópolis (Bela Vista). Em cada unidade foram cultivados em sistema orgânico quatro cultivares de cafeeiro resistentes ou tolerantes à ferrugem: Oeiras, Icatu, Obatã e Catucaí. Foram semeadas nas entrelinhas dos cafeeiros sete espécies de leguminosas: sendo as de ciclo anual: Crotalaria juncea (crotalária), Cajanus cajan (guandu-anão), Dolichus lablab (lablabe) e Stylozobium aterrimum (mucuna preta); e de ciclo perene: Calopogonium mucunoides (calopogônio), , Arachis pintoi (amendoim forrageiro) e Stylozanthes guyanensis (estilozantes). No florescimento das leguminosas as partes aéreas foram cortadas e determinadas as massas dos materiais frescos e secos em quilograma. Outra parte do material foi acondicionada em sacolinhas com malha de 4 mm e dispostas sob os cafeeiros. Nos períodos de 15, 30, 60, 120 e 240 dias após a deposição sob os cafeeiros as amostras foram colhidas, pesadas e secas em estufa para a determinação da matéria seca. As curvas de decomposição das leguminosas apresentaram as mesmas tendências independentemente do local estudado. A decomposição foi mais rápida nos primeiros quinze dias, com redução na velocidade entre quinze e trinta dias e retomada na decomposição em ritmo mais constante após esse período. As espécies Calopogonium mucunoides, Arachis pintoi e Cajanus cajan foram as que apresentaram maior velocidade de decomposição. Nas menores altitudes ocorreram decomposição mais rápida da matéria orgânica.
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    Avaliação de leguminosas utilizadas na adubação verde de cafezais orgânicos na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2005) Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Lima, Wanderlei Antônio Alves de; Hizumi, Seiji; Matos, Eduardo da Silva; Penna, Bruno Àlvares de Souza; Pertel, Josete; Embrapa - Café
    Com objetivo de comparar espécies de leguminosas cultivadas nas entrelinhas de cafeeiros quanto à produção de biomassa e acúmulo de nutrientes em diferentes condições edafo-climáticas, foram conduzidos de forma participativa, quatro experimentos em unidades experimentais instaladas em propriedades de agricultores familiares nos municípios de Araponga (Sítios Pedra Redonda e Praia D’Anta), Pedra Dourada (Sítio União) e Eugenópolis (Sítio Bela Vista). Em cada unidade foram cultivados em sistema orgânico quatro cultivares de café resistentes à ferrugem: Oeiras, Icatu, Obatã e Catucaí. Foram semeadas nas entrelinhas dos cafeeiros sete espécies de leguminosas: mucuna preta, guandu-anão, crotalária, lablabe, calopogônio, estilozantes e amendoim forrageiro. Na floração das leguminosas as partes aéreas foram cortadas e determinadas as massas dos materiais frescos em quilograma. As leguminosas de ciclo perene (estilozantes, amendoim forrageiro e calopogônio) apresentaram crescimento mais lento com produções de biomassas inferiores às das leguminosas de ciclo anual (guandu-anão, mucuna, lablabe e crotalária) que obtiveram crescimento mais rápido. Atitude, declividade, face de exposição solar e tipo de solo seriam os principais fatores ambientais que influenciaram a produção de biomassa das espécies leguminosas nos diferentes agroecossistemas.
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    Unidades experimentais de cafeeiros sob sistema de produção orgânica no municipio de Heliodora, Minas Gerais
    (2003) Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Pereira, Antônio Alves; Ribeiro, Poliane M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café sob sistema orgânico de produção representa 5% do segmento dos cafés especiais, e se desenvolve mais rapidamente, com um crescimento anual de 18% comparado com os 8 ou 9% para o restante do mercado de cafés especiais. Apesar disso, poucas pesquisas têm sido realizadas visando o desenvolvimento da cafeicultura orgânica. Neste sentido, desde o ano de 1999 a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), vem desenvolvendo unidades experimentais, visando o desenvolvimento de tecnologias para a produção de café sob cultivo orgânico. Esses trabalhos contam com a parceria de produtores de café, do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e do CNPq. Dentre essas unidades duas foram instaladas no ano de 2000 no município de Heliodora, MG, a 1.100 m de altitude, um sistema arborizado com bananeira e outro consorciado com leguminosas. Em cada unidade foram plantados quatro cultivares resistentes à ferrugem (Oeiras, Icatu Precoce, Obatã e Catucaí) com espaçamento de 2,8 a 0,5m, em deline-amento de blocos casualizados com quatro repetições. O número de plantas por parcela para o sistema consorciado foi de 74 plantas, enquanto que no sistema arborizado foi de 66 e 68, quando havia duas ou uma planta de bananeira na parcela, respectivamente. No sistema arborizado, utilizou-se bananeira espaçada a 12 m entre plantas, cultivadas na linha de cafeeiros, enquanto que no sistema consorciado as leguminosas foram cultivadas nas entrelinhas do cafezal. A formação de mudas e as adubações nas unidades experimentais foram baseadas nas recomendações da CFSEMG, utilizando-se de materiais permitidos para o cultivo orgânico. As conduções das unidades experimentais foram realizadas obedecendo às normas de certificação orgânica. As avaliações iniciaram após a primeira colheita, coletando-se dados de porte, vigor, maturação dos frutos, tamanho dos frutos incidência de doenças e pragas, produtividade e outras características agronômicas de interesse. Além disso, foram feitos acompanhamentos do estado nutricional das plantas, através de análises foliares e de solo. Em ambos sistemas de produção todas as cultivares mostraram-se bastante vigoro sas, com teores foliares de macro e micronutrientes dentro dos limites estabelecidos para a cultura. Também, observaram-se baixa incidência de ferrugem, cercosporiose, bicho mineiro e seca de ponteiros. De modo geral, todas as cultivares apresentaram maiores produções no sistema arborizado, destacando-se a cultivar Oeiras, sugerindo que neste sistema ocorreu uma maior precocidade na produção. No sistema consorciado, as cultivares mais promissoras foram Oeiras e Icatu Precoce. No entanto, por tratar-se de dados preliminares, ainda serão necessários o acompanhamento e avaliação destas unidades por um período de quatro colheitas.
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    Características químicas, físico-químicas e físicas de solos e o estado nutricional de cafeeiros que estão sob contínua aplicação de dejetos suínos
    (2003) Lima, Paulo César de; Garcia, Neusa C. P.; Salgado, Luís T.; Moura, Waldênia de Melo; Motta, Ernando F.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Na busca de alternativas para a disposição de dejetos de suínos com pequeno impacto para o ambiente, a sua incorporação ao solo vem sendo considerada uma forma viável, eficaz e barata para a destino dos resíduos, desde que feita de maneira criteriosa. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas, físico-químicas e físicas de solos e o estado nutricional de cafeeiros que estão sob contínua aplicação de dejetos suínos. O estudo foi realizado em propriedades agrícolas que exploram a suinocultura de forma integrada com a produção de café: Sítio Pimenteira, Fazenda São Paulo, e Fazenda Cachoeira, sediadas nos municípios de Ponte Nova, Santo Antônio do Amparo, e Oliveira, MG., respectivamente. Foram avaliadas áreas que receberam aplicações de dejetos de suínos, há mais de cinco anos. Amostras de materiais de solo foram retiradas em várias profundidades, em camadas de 20 cm até atingir os 100 cm. Em cada repetição foram retiradas amostras de folhas de 50 cafeeiros para estudar o seu estado nutricional. Quanto ao conteúdo de Coliformes totais, Coliformes fecais e Escherichia coli, em amostras de solo, apenas o Sítio Pimenteira apresentou valores mais elevados nas áreas adubadas com dejeto de suíno, em relação à área não adubada, que pode ser atribuído à proximidade do dia de aplicação do dejeto, em relação ao momento da coleta das amostras de solo. Nas três propriedades avaliadas observaram-se aumentos nos teores de P, Ca, Mg, Cu, Mn, Zn, Al, H+Al, t e Na, com a adição de dejeto de suíno nas diversas camadas de solo. Os teores foliares de nutrientes nas áreas adubadas com dejeto de suíno, foram semelhantes à aqueles de locais não adubados e, em geral, se encontram dentro da faixa de suficiência para a cultura. Das características físicas analisadas, a macroporosidade, o índice de floculação e a condutividade elétrica apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos com e sem dejeto de suíno, nos diferentes locais estudados. As variações foram semelhantes na Fazenda São Paulo e no Sitio Pimenteira, elevaram-se a condutividade elétrica e a densidade aparente e ocorreram reduções nos valores da macroporosidade, do índice de floculação, e porosidade total, em decorrência da aplicação do dejeto suíno. Enquanto que na Fazenda Cachoeira obtiveram-se aumentos na macroporosidade e no índice de floculação. Efeitos que podem ser atribuídos principalmente nas doses de dejeto aplicadas, sendo bem menores nesta Fazenda. Outrossim, a Fazenda Cachoeira é uma propriedade que produz café orgânico, empregando outras fontes de matéria orgânica na adubação dos cafeeiros que pode justificar as melhorias nas características físicas do solo.