SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Cafeína exógena inibe o desenvolvimento in vitro de embriões de Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Santos, Cíntia Guimarães dos; Paiva, Renato; Guimarães, Renato Mendes; Veiga, André Delly; Melo, Leonardo Queiróz de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A lenta germinação de sementes de café permanece não elucidada, embora seja sempre evidenciada em estudos sobre aspectos fisiológicos desta espécie. Têm sido sugeridas como prováveis causas, o impedimento à absorção de água e O2 pela presença do endocarpo, a presença de inibidores naturais ou o balanço hormonal. A cafeína, um alcaloide presente em sementes de cafeeiro perfaz de 1 a 2% do peso seco da semente ou uma média de 40 mM e pode inibir a germinação de sementes ou crescimento de plântulas, mas estudos da inibição de sementes de cafeeiro, por ação da cafeína endógena e ou exógena, são escassos. O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito de cafeína exógena sobre a germinação e o desenvolvimento de embriões de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre. O experimento foi realizado nos laboratórios de Análise de Sementes/DAG e de Cultura de Tecidos/Fisiologia Vegetal/DB da UFLA, utilizando-se frutos no estádio cereja da cultivar Rubi. Após desinfestação dos frutos por 30 minutos de imersão em hipoclorito de sódio (2% i.a.) e lavagem por três vezes em água destilada e autoclavada, os embriões foram retirados e inoculados, de modo asséptico, em placas de petri com meio MS 50%, acrescido de sacarose e suplementado com diferentes concentrações de cafeína (0,00; 0,05; 0,10; 0,15; 0,20; 0,25; 0,30 e 0,40%). Os embriões foram mantidos em sala de crescimento a 27 ± 2oC e intensidade luminosa de 13mmol.s-1.m-2 durante 23 dias quando avaliou-se o comprimento da parte aérea, comprimento de raiz e peso fresco das plântulas. Com cinco dias após o cultivo avaliou-se a porcentagem de germinação, computando-se os embriões com cotilédones abertos e com emissão de radículas, peso fresco de raízes e peso fresco de plântulas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 6 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por 5 embriões. A germinação e o desenvolvimento de embriões de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre são afetados por cafeína exógena, sendo este efeito mais drástico nas radículas do que nos cotilédones. Em embriões de Coffea arabica L. concentrações de cafeína superiores a 0,20% afetam drasticamente a emissão de radículas. Já a emissão de radículas em embriões de Coffea canephora Pierre, não é afetada até as concentrações de 0,30%, indicando ser esta espécie menos sensível aos efeitos inibidores da cafeína exógena.
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    Formação de mudas de Coffea arabica L. cv Rubi utilizando sementes e frutos em diferentes estádios de desenvolvimento
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Melo, Leonardo Queiróz de; Veiga, André Delly; Oliveira, Sirlei de; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Aguiar, Vinícius de Araujo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Sementes de cafeeiro apresentam germinação lenta e baixo potencial de armazenagem, o que dificulta a formação de mudas em tempo hábil e em condições climáticas favoráveis à implantação da lavoura. A propagação do cafeeiro por meio de mudas oriundas de sementes é ainda largamente realizada e é altamente desejável a redução do tempo para a obtenção de mudas bem desenvolvidas e vigorosas, visando o bom estabelecimento do estande e a redução da porcentagem de replantio. Considerando que sementes de cafeeiro adquirem a sua máxima germinação nos estádios verde-cana e cereja, realizou-se o presente trabalho com o objetivo de testar alternativas para a obtenção de mudas, utilizando-se frutos e sementes em vários estádios de desenvolvimento. O experimento foi conduzido no viveiro e no Laboratório de Análises de Sementes da Universidade Federal de Lavras. O delineamento foi blocos casualisados, com quatro repetições, com as mudas produzidas em sacolinhas com substrato de terra, esterco, superfosfato simples e cloreto de potássio (substrato padrão). Foram testados nove tratamentos de semeadura direta: 1) semeio do fruto no estádio verde; 2) do fruto no estádio verde após 10 dias da colheita; 3) do fruto no estádio verde-cana; 4) do fruto no estádio verde-cana após dez dias da colheita; 5) do fruto no estádio cereja; 6) da semente de fruto cereja, desmucilada e secada até 15% de teor de água; 7) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% e sem pergaminho; 8) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% de teor de água e pré-embebida em água por seis dias; e 9) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15%, sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias. Para verificar o efeito dos tratamentos, realizou-se, após seis meses de condução do experimento, a avaliação das mudas, por meio de medições de diâmetro do caule (DC), da altura da planta (AP), da massa seca do sistema radicular (MSSR), da massa seca da parte aérea (MSPA), do número de pares de folhas (PF), da razão MSPA/MSSR e da área foliar (AF). Aos 125 dias, foram computadas as plântulas emersas e calculados os índices de velocidade de emergência. Os tratamentos que se destacaram, segundo a análise estatística, foram a semeadura de fruto verde-cana, do fruto cereja, de sementes com e sem pergaminho e de sementes sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias, para as características DC, AC, MSSR, MSPA, PF e porcentagem de plântulas emersas. Para as características área foliar e número de pares de folhas, de extrema importância para o bom estabelecimento das mudas no campo, os tratamentos que apresentaram maiores valores, com significância estatística, foram a semeadura direta do fruto verde-cana e de sementes de frutos cereja com e sem pergaminho.